Você está na página 1de 7

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

Secretaria de Gestão de Pública


Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal
Coordenação-Geral de Elaboração, Orientação e Consolidação das Normas

Nota Técnica no 113/2013/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP


Assunto: Transposição para a Carreira de Professor do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico, de que trata a Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Procedente do então Departamento de Administração de Pessoal de Órgãos


Extintos, atual Departamento de Órgãos Extintos – DEPEX com solicitação de que seja feita
uma nova análise do assunto, a respeito do requerimento formulado por
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, no qual solicita a “realocação” em Unidade de
Ensino ligada ao Ministério da Educação, bem como o direito à transposição para a Carreira de
Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, com fundamento na Lei nº 11.784, de 22
setembro de 2008.

2. A requerente aposentou-se no cargo de Professor de 1º e 2º Graus, lotada na


extinta Delegacia do Ministério da Educação, no Estado de Minas Gerais – DEMEC/MG,
conforme Portaria 1.155, de 25/09/1992, cujo cargo pertencia ao Plano Único de Classificação e
Retribuição de Cargos e Empregos-PUCRCE, criado pela Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987,
regulamentado pelo Decreto nº 94.664, de 23 de julho de 1987.

3. Com a extinção das Delegacias do Ministério da Educação e do Desporto, com a


publicação do Decreto nº 2.890, de 22 de dezembro de 1998, os servidores ativos foram
redistribuídos para os órgãos vinculados àquela Pasta, e os aposentados e pensionistas passaram
a integrar o quadro de pessoal deste Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão-MP.

4. Ratifica-se integralmente os termos da NOTA INFORMATIVA Nº


664/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP, emitida pela então Secretaria de Recursos Humanos
quanto à impossibilidade de transposição para a Carreira pleiteada pela servidora aposentada.

5. Pela restituição dos autos ao Departamento de Órgãos Extintos - DEPEX, para


ciência e adoção das providências cabíveis.
ANÁLISE

6. De início, cumpre ressaltar que o assunto já foi objeto de análise deste Órgão
Central, consoante Nota Técnica nº 780/2010/COGES/DENOP/SRH/MP (fls. 18/20), na qual a
então Coordenação-Geral de Elaboração, sistematização e Aplicação das Normas, assim se
pronunciou:
8. Considerando as disposições mencionadas, constata-se que a Lei nº 11.784/2008 dispôs
especificamente acerca do enquadramento dos professores integrantes do quadro de pessoal das
Instituições Federais de Ensino. Nesse sentido, observando-se a situação da interessada, verifica-se
a impossibilidade de enquadramento na Carreira pleiteada, uma vez que pertence ao quadro de
pessoal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
(...)
12. Diante do exposto, tendo em vista o pronunciamento daquela Consultoria Jurídica, e ainda a
situação da interessada, pertencente ao quadro de pessoal deste Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, no cargo de Professor de 1º e 2º Graus, sugere-se o encaminhamento dos
autos à CONJUR/MP, a fim de que possa orientar esta Divisão de Aplicação da Legislação de
Plano de Cargos e Carreiras, acerca da possibilidade de atendimento do pleito da requerente,
considerando o entendimento manifestado na NOTA/MP/CONJUR/SMM/Nº 2645-3.26/2009,
tendo como base o Decreto-Lei nº 200/1967 – transferência do benefício para o Ministério da
Educação e posterior enquadramento na Carreira de que trata a Lei nº 11.784/2008 e se tal
entendimento pode ser aplicado aos casos análogos.

7. Na sequência, os autos foram encaminhados à Consultoria Jurídica desta Pasta –


CONJUR/MP, para manifestação acerca do assunto.

8. A CONJUR/MP, mediante o PARECER nº 1424 – 3.11/2010/JPA/CONJUR/MP


(fls. 36 a 42) concluiu que a requerente não tem direito à transposição para a Carreira de
Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, tendo em vista que a Lei nº 11.784, de
2008 “não contemplou a situação dos servidores aposentados que por força do Decreto nº
2.890/1998, deixaram de compor os Quadros do Ministério da Educação – MEC, tendo sido
transferidos para o Quadro de Pessoal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –
MP”, bem como pela inaplicabilidade ao caso da NOTA/MP/CONJUR/SMM Nº 2645-
3.26/2009.

9. Ato contínuo, consubstanciada no supracitado Parecer jurídico a então


Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas, exarou a Nota
Informativa nº 664/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP, fls. 44/45, reafirmando o posicionando
quanto à impossibilidade do enquadramento/transposição da servidora aposentada para a Carreira
de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.

10. Por sua vez, o extinto Departamento de Administração de Pessoal de Órgãos


Extintos, atual DEPEX, após ciência das conclusões contidas na Nota Informativa nº
664/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP, mediante documento de 27 de abril de 2011, (fls. 73 a 79),
solicitou a reanálise do caso, com fundamento nos seguintes argumentos:

2. Ressalta a requerente que “...O Sistema que gerou a nova forma de pagamento da
verba remuneratória não poderá gerar danos e prejuízo de grande monta à minha vida
pessoal e jurídica, indefiro redução profunda no meu provento mensal de inativo. Tal
verba remuneratória é de natureza alimentar, não podendo sofrer constrição sem a
garantia do direito de defesa amplo. Portanto, requer a observância aos princípios do
contraditório e da ampla defesa que vinculados à minha boa fé, selam o caráter de
proteção cabível, para fins de que seja processado o procedimentos administrativo
adequado...”
................................................................................................................................................
7. No item 7 do mencionado Parecer nº 1424-3.11/2010/JPA/CONJUR/MP, o senhor
Advogado da União, ao interpretar a legalidade dos dispositivos, concluiu que “não
podem integrar a nova carreira criada pela Lei nº 11.784/2008 os cargos que não atendam
a um dos seguintes requisitos: a) sejam de nível superior; b) componham o Quadro de
Pessoal de Instituições Federais de ensino subordinados ou vinculados ao Ministério
da Educação; c) integrem a Carreira de Magistério de 1º e 2º Graus do Plano Único de
Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (Lei nº 7.596/87).” (grifos nosso)
8. [...] omissis
9. Ora em relação aos citados requisitos podemos afirmar que: a) na tabela de cargos do
sistema SIAPE, o cargo ocupado pela requerente (GRUPO/CARGO:060/011), é de nível
superior, sendo o grupo 060 – Magistério Superior de 1º e 2º Graus da Lei nº 7.596/87 –
informações às fls. 54, 57, 58, 59 e 60; b) vislumbro que ao pleitear o enquadramento em
tela a requerente considerou sim, na sua condição de inativa, que o cargo ocupado
continua pertencendo ao quadro de pessoal de uma instituição de ensino vinculada ao
Ministério da Educação-MEC, e que vinculado a este Ministério é tão somente a sua folha
de pagamento; e c) nos comprovantes extraídos do sistema SIAPE, às fls. 57 e 59,
constam que o cargo pertence à Carreira de Magistério instituída pela Lei nº 7.596, de
1987, que o vencimento básico recebido pela requerente está em conformidade com a
tabela constante no ANEXO VII da Lei nº 7.596, de 1987, bem assim, que vem recebendo
a Gratificação GEAD-comprovantes às fls. 56 e 61.
10. A referida gratificação foi instituída pela Lei nº 10.971, de 2004, nos seguintes
termos, in verbis:

“Art. 11. Fica instituída a Gratificação Específica de Atividade Docente do


Ensino Fundamental, Médio e Tecnológico-GEAD, devida, exclusivamente, aos
servidores titulares de cargos ou empregos docentes do ensino fundamental,
médio e tecnológico das instituições federais de ensino, de que tratam a Lei nº
7.596, de 10 de abril de 1987, e o Decreto nº 94.664, de 23 de julho de 1987 e
suas alterações”.

11. [...] omissis


12. A Seção XVI (artigo 105 a 121) da mencionada Lei nº 11.784, de 2008, dispõe sobre
a estruturação do Plano de Carreira e Cargos de Magistério do Ensino Básico e
Tecnológico, composto pelos cargos de nível superior do Quadro de Pessoal das
Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Educação,
que integram a Carreira de Magistério de 1º e 2º Graus do Plano Único de Classificação e
Retribuição de Cargos e Empregos de que trata a Lei nº 7.596, de 10.04.1987.

13. O Plano de Carreira e Cargos de Magistério, aprovado pelo Decreto 94.664, de 23 de


julho de 1987, previu em seu artigo 43 o enquadramento dos servidores já aposentados.
(grifos do original)
14. Da mesma forma, a Lei nº 11.784, de 2008, conversão da Medida Provisória nº 431,
de 14.05.2008, na qual a requerente se fundamentou para solicitar para solicitar a sua
transposição, prevê em seus artigos 116 - § 1º, 119 e 121, in verbis:
“Art.116. Fica instituída a Gratificação Específica de Atividade Docente do
Ensino Básico, Técnico e Tecnológico - GEDBT, devida, exclusivamente, aos
titulares dos cargos integrantes do Plano de Carreira e Cargos de Magistério do
Ensino Básico, Técnico e Tecnológico
§ 1º A GEDBT integrará os proventos da aposentadoria e as pensões” (grigos do
original
“Art. 119. O posicionamento dos aposentados e dos pensionistas nas tabelas
remuneratórias, constantes dos Anexos LXXI, LXXII e LXXIII desta Lei, será
referenciado à situação em que o servidor se encontrava na data da
aposentadoria ou em que se originou a pensão, respeitadas as alterações
relativas a posicionamentos decorrentes de legislação específica.”(grifos do
original)
“Art. 121. Aplicam-se os efeitos decorrentes da estrutura do Plano de Carreira e
Cargos de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, no que couber,
aos servidores aposentados e aos pensionistas.” (grifos do original)
15. Nos termos do art. 118, do mesmo diploma legal, a partir de 1º de julho de 2008, os
integrantes do Plano de Carreira e Cargos de Magistério do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico, deixaram de fazer jus à percepção da Vantagem Pecuniária Individual-VPI
da Gratificação de Atividade Executiva-GAE e da Gratificação Específica de Atividade
Docente do Ensino Fundamental, Médio e Tecnológico-GEAD. No entanto, conforme se
verifica na ficha financeira anexada aos autos, a servidora continua recebendo as rubricas
relativas a GEAD, a VPI e a GAE.

...........................................................................................................................
18. Cabe observar que a requerente está recebendo seus vencimentos básicos em valor
que se iguala ao salário mínimo vigente até o último mês de fevereiro, conforme pode ser
verificado na ficha financeiras às fls. 56.
19. É justo que, em função de reformas administrativas, pelo fato de não se encontrar na
situação de ativo, haja vista ter preenchido os requisitos exigidos em lei e alcançado o
direito à aposentadoria, a requerente seja penalizada deixando de receber o benefício de
ser posicionada na carreira ora pleiteada, permanecendo com seus ganhos, de natureza
alimentar, cada vez mais defasado? Como bem colocado pela douta Consultoria Jurídica,
no item 14 da mencionada NOTA/MP/CONJUR/SMM/Nº 2645-3.26/2009, fls. 26: “...
com o consequente efeito patrimonial desfavorável, decorrente de indevido
reenquadramento do ex-servidor, mas, se isto de fato ocorreu, devem ser adotados,
com a devida urgência, tratando-se de benefício de natureza alimentar,
procedimentos tendentes à regularização da concessão, com o restabelecimento do
benefício aos valores então praticados”. (grifos do original)
20. Ademais, voltando ao texto da referida nota, precisamente em seu item 4, às fls. 22,
quando a CONJUR cita a manifestação da Coordenação-Geral de Recursos Humanos do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, exarada às fls. 198 do Processo nº
21044.006275/2004-52, deparamos com o entendimento de que a SRH/MP deveria
considerar “... a dificuldade encontrada naquele Ministério em manter atualizado o
benefício, uma vez que o instituidor era ocupante do cargo de Professor (estranho ao
quadro de Pessoal daquele MAPA), para fins de exame quanto à possibilidade da
transferência daquela pensão para o Ministério da Educação, tal como requerido pelo
representante legal da interessada.”
21. Ora, esta Gerência vem encontrando, ao longo dos anos, essa mesma dificuldade em
administrar as situações dos professores oriundos das ex-DEMEC’ e do extinto Território
Federal de Fernando de Noronha (estes, a situação já apontada por esta Gerência nos
autos do Processo nº 04597.002669/2006-28, em trâmite na Secretaria de Recursos
Humanos desde 17.04.2008), uma vez que, pertencendo à Carreira de Magistério são,
também, estranho ao Quadro de Pessoal deste Ministério.
22. Assim, repiso, por oportuno, a situação funcional/salarial da servidora que, detentora
de Nível Superior encontra-se com seus vencimentos próximos do salário-mínimo.
Ademais, e importante, é o fato de que a mesma foi aposentada pelo MEC – onde sempre
exerceu suas atividades como servidora pública – em ato administrativo não revogado ou
eivado de alguma irregularidade. Também NÃO FOI REDISTRIBUÍDA do MEC para o
então Ministério do Orçamento e Gestão – MOG. Apenas o pagamento de seus
vencimentos é que ficou na responsabilidade do MOG, por mera decisão administrativa.
A servidora sempre foi do MEC, e por lá se aposentou. Veja-se (fls. 51), que a sua
Portaria de aposentação fala, a tantas, em “... do Quadro Permanente deste Ministério
(MEC)”
23. De ser visto, ainda, que a Lei nº 11.784 abarcou professores de 1º e 2º graus, mesma
função exercida pela aqui interessada, além de servidores dos extintos Territórios
Federais e outros oriundos do Ministério da Defesa. De causar estranheza, assim, que uma
servidora do próprio Ministério da Educação, detentora dos mesmos atributos
profissionais daqueles beneficiados pela Lei nº 11.784 não possa ser beneficiada pela
mesma lei.

24. [...] omisses


25.[....] omisses
26. Entretanto, com fundamento legal nos artigos 114, 115, 116, 118, 119 e 121 e nos
anexos LXIX, LXXI, LXXII, LXXV e LXXVII, da Lei nº 11.784, de 2008, entendo que a
aposentada XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, vinculada à Unidade Pagadora
desta Gerência, faz jus ao posicionamento no Plano de Carreira e Cargos de Magistério
do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, a contar de 1º de julho de 2008, da seguinte
forma:
- Correlação: da Classe: “E”, Nível 004, para a Classe “D”-II, Nível 4, conforme Anexo
LXIX;
- Tabela de Vencimentos: Anexo LXXI.
- Carga horária: 40 horas
Gratificação: GEDBT – Gratificação Específica de Atividade Docente do Ensino Básico
Técnico e Tecnológico, conforme Anexo LXXII -

11. Por fim, retornaram os autos a este Departamento de Normas e Procedimentos


Judiciais, para reanálise, conforme solicitado pelo DEPEX.

12. É o breve relatório.

13. Em relação especificamente aos argumentos utilizados pelo então Departamento


de Administração de Pessoal de Órgãos Extintos como fundamento para solicitar a reanálise do
processo (fls. 73/79), e por consequência de possível alteração do posicionamento esposado na
Nota Informativa nº 664/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP, desta Coordenação-Geral, necessário
esclarecer que:

a) ao contrário do que afirmado no item nº 9 do documento de fls. 73/79, a extinção da DEMEC


não acarretou tão somente a transferência da folha de pagamento dos seus aposentados e
pensionistas ao Ministério do Planejamento, uma vez que dentre as competências do DEPEX se
inclui a execução de atividades relacionadas com cadastro e a concessão de benefícios1.
Ademais, os aposentados e pensionistas oriundos das extintas Delegacias do MEC não integram

1
Art. 4º do Decreto nº 7.799, de 12 de setembro de 2012.
o quadro de pessoal do MEC, mas, o quadro de pessoal do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, e é o DEPEX o órgão efetivamente responsável pela sua gestão.

b) a CONJUR/MP, por meio do PARECER nº 1424 – 3.11/2010/JPA/CONJUR/MP já analisou


todas as questões que foram objeto de questionamento do DEPEX nos itens nos 8/9/19/20/23 (fls.
73/79), nos quais se posicionou conclusivamente da seguinte forma: 1) a servidora não integra o
quadro de pessoal de Instituição Federal de Ensino ou do MEC; 2) qualquer alteração funcional
na situação funcional da servidora aposentada somente seria possível com o atendimento de
todos os requisitos estabelecidos pela Lei nº 11.784/2008, o que não ocorreu no caso (item 7 do
referido Parecer); 3) Não se aplica ao caso da servidora aposentada a
NOTA/MP/CONJUR/SMM/Nº 2645-3.26/2009; 4) A Lei nº 11.784, de 2008, estabeleceu um rol
taxativo daqueles servidores/aposentados que não integram o quadro de Instituição Federal de
Ensino e que fazem jus ao enquadramento/posicionamento por ela estabelecido, hipóteses em
que a servidora também não se enquadra.

c) o fato de a servidora aposentada perceber gratificações específicas do Plano Único de


Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos – PURCCE, de que trata a Lei nº 7.596, de 10
de janeiro de 1987 não possibilita a aplicação da Lei nº 11.784, de 2008, por todos os
argumentos explicitados na Nota Técnica nº 780/2010/COGES/DENOP/SRH/MP e na Nota
Informativa nº 664/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP, bem como no PARECER nº 1424 –
3.11/2010/JPA/CONJUR/MP. (itens nos 10/11, fls. 73/79).

d) Cumpre ressaltar que o Decreto nº 94.664, de 1987, não previu o enquadramento dos
aposentados e pensionistas, mas tão somente a extensão dos benefícios do PUCRCE;

e) Considerando a impossibilidade de aplicação da Lei nº 11.784, de 2008 ao caso da servidora


aposentada, por óbvio os art. 114, 115, 116, 118, 119, e 121, os anexos LXIX, LXXI, LXXII,
LXXV e LXXVII, daquela lei não podem servir com fundamento para que seja efetuado o
posicionamento na Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (item nº 26).

14. No que tange especificamente ao pleito da servidora aposentada conclui-se pela


impossibilidade de enquadramento/posicionamento na Carreira de Magistério do Ensino Básico,
Técnico e Tecnológico, criada pela Lei nº 11.784, de 2008, haja vista servidora aposentada não
integra o quadro de pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao
MEC, mas o deste Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em face da extinção da
DEMEC. Ressalte-se, que os únicos cargos vinculados a esta Pasta transpostos para a nova
carreira foram os previstos no art. 125 da Lei nº 11.784, 2008.

CONCLUSÃO

15. Por todo o exposto, resta demonstrado que todas as questões e implicações
decorrentes da aplicação da Lei nº 11.784, de 2008, ao caso da servidora
XXXXXXXXXXXZXXXXXXXXXXXX e a outros semelhantes foram objeto de análise desta
Coordenação-Geral e da Consultoria Jurídica desta Pasta, razão pela qual, ratifica-se
integralmente os argumentos anteriormente esposados na Nota Informativa nº
664/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP.

À consideração superior

Brasília, 2 de maio de 2013.

MARIA DO SOCORRO DE O. MOURÃO ANA PAULA DE OLIVEIRA FERNANDES


Administrador Chefe de Divisão

À consideração do Senhor Diretor do Departamento de Normas e Procedimentos


Judiciais de Pessoal.
Brasília, 2 de maio de 2013.

ANA CRISTINA SÁ TELES D’ÁVILA


Coordenadora-Geral de Elaboração, Orientação
e Consolidação das Normas

De acordo. Restitua-se ao Departamento d Administração de Pessoal de Órgãos


Extintos, na forma proposta.

Brasília, 2 de maio de 2013.

ROGÉRIO XAVIER ROCHA


Diretor do Departamento de Normas e
Procedimentos Judiciais de Pessoal

Você também pode gostar