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NOTA TÉCNICA 113 - 2013 - Transposição para A Carreira de Professor Do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, de Que Trata A Lei Nº 11.784 PDF
NOTA TÉCNICA 113 - 2013 - Transposição para A Carreira de Professor Do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, de Que Trata A Lei Nº 11.784 PDF
SUMÁRIO EXECUTIVO
6. De início, cumpre ressaltar que o assunto já foi objeto de análise deste Órgão
Central, consoante Nota Técnica nº 780/2010/COGES/DENOP/SRH/MP (fls. 18/20), na qual a
então Coordenação-Geral de Elaboração, sistematização e Aplicação das Normas, assim se
pronunciou:
8. Considerando as disposições mencionadas, constata-se que a Lei nº 11.784/2008 dispôs
especificamente acerca do enquadramento dos professores integrantes do quadro de pessoal das
Instituições Federais de Ensino. Nesse sentido, observando-se a situação da interessada, verifica-se
a impossibilidade de enquadramento na Carreira pleiteada, uma vez que pertence ao quadro de
pessoal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
(...)
12. Diante do exposto, tendo em vista o pronunciamento daquela Consultoria Jurídica, e ainda a
situação da interessada, pertencente ao quadro de pessoal deste Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, no cargo de Professor de 1º e 2º Graus, sugere-se o encaminhamento dos
autos à CONJUR/MP, a fim de que possa orientar esta Divisão de Aplicação da Legislação de
Plano de Cargos e Carreiras, acerca da possibilidade de atendimento do pleito da requerente,
considerando o entendimento manifestado na NOTA/MP/CONJUR/SMM/Nº 2645-3.26/2009,
tendo como base o Decreto-Lei nº 200/1967 – transferência do benefício para o Ministério da
Educação e posterior enquadramento na Carreira de que trata a Lei nº 11.784/2008 e se tal
entendimento pode ser aplicado aos casos análogos.
2. Ressalta a requerente que “...O Sistema que gerou a nova forma de pagamento da
verba remuneratória não poderá gerar danos e prejuízo de grande monta à minha vida
pessoal e jurídica, indefiro redução profunda no meu provento mensal de inativo. Tal
verba remuneratória é de natureza alimentar, não podendo sofrer constrição sem a
garantia do direito de defesa amplo. Portanto, requer a observância aos princípios do
contraditório e da ampla defesa que vinculados à minha boa fé, selam o caráter de
proteção cabível, para fins de que seja processado o procedimentos administrativo
adequado...”
................................................................................................................................................
7. No item 7 do mencionado Parecer nº 1424-3.11/2010/JPA/CONJUR/MP, o senhor
Advogado da União, ao interpretar a legalidade dos dispositivos, concluiu que “não
podem integrar a nova carreira criada pela Lei nº 11.784/2008 os cargos que não atendam
a um dos seguintes requisitos: a) sejam de nível superior; b) componham o Quadro de
Pessoal de Instituições Federais de ensino subordinados ou vinculados ao Ministério
da Educação; c) integrem a Carreira de Magistério de 1º e 2º Graus do Plano Único de
Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (Lei nº 7.596/87).” (grifos nosso)
8. [...] omissis
9. Ora em relação aos citados requisitos podemos afirmar que: a) na tabela de cargos do
sistema SIAPE, o cargo ocupado pela requerente (GRUPO/CARGO:060/011), é de nível
superior, sendo o grupo 060 – Magistério Superior de 1º e 2º Graus da Lei nº 7.596/87 –
informações às fls. 54, 57, 58, 59 e 60; b) vislumbro que ao pleitear o enquadramento em
tela a requerente considerou sim, na sua condição de inativa, que o cargo ocupado
continua pertencendo ao quadro de pessoal de uma instituição de ensino vinculada ao
Ministério da Educação-MEC, e que vinculado a este Ministério é tão somente a sua folha
de pagamento; e c) nos comprovantes extraídos do sistema SIAPE, às fls. 57 e 59,
constam que o cargo pertence à Carreira de Magistério instituída pela Lei nº 7.596, de
1987, que o vencimento básico recebido pela requerente está em conformidade com a
tabela constante no ANEXO VII da Lei nº 7.596, de 1987, bem assim, que vem recebendo
a Gratificação GEAD-comprovantes às fls. 56 e 61.
10. A referida gratificação foi instituída pela Lei nº 10.971, de 2004, nos seguintes
termos, in verbis:
...........................................................................................................................
18. Cabe observar que a requerente está recebendo seus vencimentos básicos em valor
que se iguala ao salário mínimo vigente até o último mês de fevereiro, conforme pode ser
verificado na ficha financeiras às fls. 56.
19. É justo que, em função de reformas administrativas, pelo fato de não se encontrar na
situação de ativo, haja vista ter preenchido os requisitos exigidos em lei e alcançado o
direito à aposentadoria, a requerente seja penalizada deixando de receber o benefício de
ser posicionada na carreira ora pleiteada, permanecendo com seus ganhos, de natureza
alimentar, cada vez mais defasado? Como bem colocado pela douta Consultoria Jurídica,
no item 14 da mencionada NOTA/MP/CONJUR/SMM/Nº 2645-3.26/2009, fls. 26: “...
com o consequente efeito patrimonial desfavorável, decorrente de indevido
reenquadramento do ex-servidor, mas, se isto de fato ocorreu, devem ser adotados,
com a devida urgência, tratando-se de benefício de natureza alimentar,
procedimentos tendentes à regularização da concessão, com o restabelecimento do
benefício aos valores então praticados”. (grifos do original)
20. Ademais, voltando ao texto da referida nota, precisamente em seu item 4, às fls. 22,
quando a CONJUR cita a manifestação da Coordenação-Geral de Recursos Humanos do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, exarada às fls. 198 do Processo nº
21044.006275/2004-52, deparamos com o entendimento de que a SRH/MP deveria
considerar “... a dificuldade encontrada naquele Ministério em manter atualizado o
benefício, uma vez que o instituidor era ocupante do cargo de Professor (estranho ao
quadro de Pessoal daquele MAPA), para fins de exame quanto à possibilidade da
transferência daquela pensão para o Ministério da Educação, tal como requerido pelo
representante legal da interessada.”
21. Ora, esta Gerência vem encontrando, ao longo dos anos, essa mesma dificuldade em
administrar as situações dos professores oriundos das ex-DEMEC’ e do extinto Território
Federal de Fernando de Noronha (estes, a situação já apontada por esta Gerência nos
autos do Processo nº 04597.002669/2006-28, em trâmite na Secretaria de Recursos
Humanos desde 17.04.2008), uma vez que, pertencendo à Carreira de Magistério são,
também, estranho ao Quadro de Pessoal deste Ministério.
22. Assim, repiso, por oportuno, a situação funcional/salarial da servidora que, detentora
de Nível Superior encontra-se com seus vencimentos próximos do salário-mínimo.
Ademais, e importante, é o fato de que a mesma foi aposentada pelo MEC – onde sempre
exerceu suas atividades como servidora pública – em ato administrativo não revogado ou
eivado de alguma irregularidade. Também NÃO FOI REDISTRIBUÍDA do MEC para o
então Ministério do Orçamento e Gestão – MOG. Apenas o pagamento de seus
vencimentos é que ficou na responsabilidade do MOG, por mera decisão administrativa.
A servidora sempre foi do MEC, e por lá se aposentou. Veja-se (fls. 51), que a sua
Portaria de aposentação fala, a tantas, em “... do Quadro Permanente deste Ministério
(MEC)”
23. De ser visto, ainda, que a Lei nº 11.784 abarcou professores de 1º e 2º graus, mesma
função exercida pela aqui interessada, além de servidores dos extintos Territórios
Federais e outros oriundos do Ministério da Defesa. De causar estranheza, assim, que uma
servidora do próprio Ministério da Educação, detentora dos mesmos atributos
profissionais daqueles beneficiados pela Lei nº 11.784 não possa ser beneficiada pela
mesma lei.
1
Art. 4º do Decreto nº 7.799, de 12 de setembro de 2012.
o quadro de pessoal do MEC, mas, o quadro de pessoal do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, e é o DEPEX o órgão efetivamente responsável pela sua gestão.
d) Cumpre ressaltar que o Decreto nº 94.664, de 1987, não previu o enquadramento dos
aposentados e pensionistas, mas tão somente a extensão dos benefícios do PUCRCE;
CONCLUSÃO
15. Por todo o exposto, resta demonstrado que todas as questões e implicações
decorrentes da aplicação da Lei nº 11.784, de 2008, ao caso da servidora
XXXXXXXXXXXZXXXXXXXXXXXX e a outros semelhantes foram objeto de análise desta
Coordenação-Geral e da Consultoria Jurídica desta Pasta, razão pela qual, ratifica-se
integralmente os argumentos anteriormente esposados na Nota Informativa nº
664/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP.
À consideração superior