Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bruna Moreira
Monografia
Porto, 2010
i
Dedicatória
AGRADECIMENTOS
demonstrados sempre.
ÍNDICE
Dedicatória ……………………………………………………………...…………….. I
Agradecimentos ……………………………………………………………………… II
Resumo ………………………………………………………………………………. V
Abstract ……………………………………………………………………….……… VI
Introdução ……………………………………………………………………………. 1
Proteica …………………………………………………………………………….... 3
Macronutrientes ………………………………………………………………… 15
Conclusões ……………………………………………………………………….. 25
LISTA DE ABREVIATURAS
a.a. - Aminoácidos
Et al. – E colaboradores
HC – Hidratos de carbono
RM – Repetição máxima
RESUMO
massa muscular.
ABSTRACT
Despite the much-hyped need for protein intake, factors such as energy
intake or the intake timing have been shown to be as or more important in this
field.
INTRODUÇÃO
disponível nos media acerca deste assunto, assim como a variada oferta de
que a inerva[6].
INSULINA
endógenos[17].
proteólise induzida pela ubiquitina, que se pensa ser a principal responsável pela
de insulina [4]. Este resultado vai de encontro ao obtido por Roy et al. [8], que
não deve ser vista como um regulador primário da SPM, uma vez que na
modesto[18].
esquelético quando este é estimulado pelo exercício [16, 20], mas não em
5
repouso [10, 16, 21]. A esta variante foi posto o nome de factor de crescimento
muscular[22].
Além da relação IGF1 – células satélite, existem outras razões para que o
vez que está estabelecido que o aumento dos níveis de IGF1 conduz a um
23-25].
fosfatidilinositol-3OH (PI3K)[25].
desta citocina atenuou a diferenciação das células satélite, através da inibição dos
diversas células, havendo uma isoforma (FGF6) que é apenas expressa pelo
músculo esquelético[14].
indução do aumento da proliferação, não sendo, no entanto, através desta via que
MIOSTATINA
mioblastos[27].
funções celulares[10].
pelo eIF4A, eIF4E e eIF4G), tendo sido sugerido que a fosforilação do eIF4E
com o eIF4G pela ligação ao eIF4E, tendo capacidade de inactivar este último.
mTOR[29], a sua fosforilação por parte deste impede a sua ligação ao eIF4E, que
DA HIPERTROFIA
o anabolismo muscular [18, 21]. Por esta razão, diversas equipas de investigação
estudaram os efeitos que o exercício físico pode ter sobre os factores reguladores
do crescimento muscular.
musculares à insulina [31] faz com que uma quantidade mínima de insulina seja
suficiente para que a SPM permaneça inabalável, não sendo este processo
expressão desta proteína é afectada pelo exercício físico. Num estudo de revisão,
exercício de resistência.
humanos, que alterações nos níveis de leucina, por si só, são suficientes para
Além da acção do mTOR sobre a 4E-BP, Fujita S. et al. mostrou que um aumento
muscular que acontece com o envelhecimento pode ser atribuído a uma falha na
jovem[35].
12
Além disto, é curioso citar que foi demonstrado que o tecido muscular idoso
MUSCULAR
que este (contracções repetidas, de baixa intensidade, que podem ser efectuadas
durante longos períodos de tempo) resulta num aumento do número de fibras com
seguir, isto pode não acontecer, dependendo das capacidades físicas dos
indivíduos.
habitual, uma vez que a maioria dos estudos envolvem exercícios cuja duração é
pelo menos 24h após o exercício. O mesmo aconteceu em ratos, nos quais, após
de cerca de 45%[19].
como foi atrás referido, se assume que o exercício de endurance não induz
que os participantes eram os seus próprios controlos, estando uma perna sujeita
mesmo não aconteceu após 10 semanas de treino, altura em que se verificou que
exercício físico crónico (treino) pode dificultar o aumento da SPM. Isto foi notado
14
num estudo efectuado por Tipton et al., no qual não se verificou alterações
al., o treino crónico aumenta a SPM basal e diminui as respostas agudas a séries
de exercício[2, 19].
medição usados faz com que existam resultados contraditórios no que se refere à
Como foi referido até aqui, quer a síntese proteica quer a proteólise
repouso[2-3, 15, 42], tal não é suficiente para tornar o balanço proteico
Por esta razão, diversos autores[1-2, 15, 19, 42] propõem que, para promover o
a alimentação.
MACRONUTRIENTES
PROTEÍNA
muscular[3].
relativamente à obtida nos indivíduos que consumiram uma dieta com um teor
do azoto [2]. A razão para as discrepâncias observadas por estes autores são as
traz qualquer benefício para o aumento de massa muscular, uma vez que o
aumento da ureia sérica[2]. Por outro lado, num estudo efectuado por Burke et al.
necessário ter em conta que estes são atletas treinados, o que, como já foi
energética é tão ou mais importante que a ingestão proteica[2, 4]. Num estudo,
citado por Tipton et al., efectuado com indivíduos treinados, o grupo que ingeriu
uma dieta hiperenergética sem adição de proteína foi o que alcançou maior
Além disto, foi também demonstrado por Landmark, citado por Phillips S.M., que,
balanço proteico[44]. No seu estudo, um grupo ingeriu 40g de uma mistura de a.a
superior ao verificado no grupo controlo, o que seria de esperar, uma vez que
este apenas ingeriu água destilada com edulcorante artificial. No que respeita aos
resultados obtidos nos dois grupos que ingeriram a.a., o anabolismo proteico
ingestão da mistura de a.a.. Apesar da absorção de azoto ter sido diferente nos
dois grupos: 18% no grupo que ingeriu a.a. essenciais e 32% no grupo que
respectivamente). O facto de a SPM resultante ter sido idêntica nos dois grupos
perfusão foi feita com uma mistura de a.a. que não continha AACR[47]. Neste
aprovisionamento dos três AACR[47]. A leucina é o único dos AACR cuja eficácia
proteico[1, 15, 48]. Neste campo, as proteínas mais estudadas são as caseínas e
da soja, são denominadas proteínas rápidas, uma vez que a sua rápida digestão
Num estudo levado a cabo por Tipton et al., a ingestão quer de caseína
originavam diferentes respostas metabólicas. Tal não aconteceu, uma vez que,
forma como exercem o seu efeito ao nível do metabolismo proteico, sendo que
proteico mais continuado que a proteína da soja [49]. Uma vez que a proteína do
passagem rápida dos a.a. do intestino para o fígado, poderá ter resultado numa
HIDRATOS DE CARBONO
entanto, a taxa de SPM não é afectada pela ingestão de HC[3]. Noutro estudo, a
balanço proteico, não o tendo tornado positivo[15], o que levou o autor a propor
resistência[15].
a.a. inibe a proteólise muscular[3, 50], o que pode resultar numa óptima resposta
anabólica. Estes resultados podem ter sido obtidos uma vez que os aminoácidos,
GORDURA
outros macronutrientes. Apesar disso, autores afirmam que uma alimentação rica
testosterona circulantes, uma vez que é aceite que esta hormona tem efeitos
TIMING DA INGESTÃO
praticado o exercício é uma questão que tem vindo a ser desenvolvida e que se
resultados um pouco díspares [51-52]. Num estudo[51] teve como objectivo saber
proteico positivo, tendo este sido superior quando a ingestão aconteceu antes do
teve uma duração mais continuada. Da mesma forma que Biolo et al. reconhecem
a.a. para o tecido muscular[42], Tipton et al. sugerem que uma das razões para
que a SPM tenha sido superior quando se ingeriu a mistura antes do exercício,
terá sido a maior disponibilidade de a.a., uma vez que o fluxo sanguíneo no tecido
Porém, não foi observada qualquer diferença no balanço proteico nem na síntese
proteica devido aos diferentes timings de ingestão (1h e 3h após exercício), tendo
foi de apenas 30%. Isto sugeriu que a disponibilidade de a.a. para o tecido
massa muscular que não foi observado quando a ingestão aconteceu 2 horas
et al. que, como já foi referido, observaram que retardando a ingestão de proteína
mesmos resultados não foram obtidos por Godard et al., que não observou
exercício de resistência[31].
CONCLUSÕES
definição muscular são determinantes para o sucesso, apontam para 1,2 – 1,7 g
proteína Kg-1diia. No entanto, uma vez que a grande maioria dos atletas consome
anabolismo muscular.
ter em conta que o aumento da massa gorda poderá ser um efeito paralelo
o bom estado nutricional, assim como para alcançar a composição corporal ideal
Referências Bibliográficas
20. Booth, F., The many flavours of IGF-I. J. Appl. Physiol., 2006. 100: p. 1755-
1756.
21. Golds, G., Mechanical signals, IGF-I gene splicing, and muscle adaptation.
Physiology, 2005. 20: p. 232-238.
22. Yarasheski, K., Growth hormone effects on metabolism, body composition,
muscle mass, and strength. Exerc. Sport Scien. Rev., 1994. 22(1): p. 285-
312.
23. Kuschel, R. and Z.Y. Reuveni, Satellite cells on isolated myofibers from
normal and denervated adult rat muscle. J. Histoch. Cytoch., 1999. 47(11):
p. 1375-1383.
24. Miyasaki, M. and K.A. Esser, Cellular mechanisms regulating protein
synthesis and skeletal muscle hypertrophy in animals. J. Appl. Physiol.,
2009. 106: p. 1367-1373.
25. Glass, D.J., Signalling pathways that mediates skeletal muscle hypertrophy
and atrophy. Nature cell biology, 2003. 5: p. 87-90.
26. Lee, S.-J., Regulation of muscle mass by miostatin. Annu. Rev. Cell Dev.
Biol., 2004. 20: p. 61-86.
27. Rudnicki, F.L.G.a.M.A., Skeletal muscle satellite cells and adult
myogenesis. Curr. Opin. Cell Biol., 2007. 19(6): p. 628-633.
28. Gautsch TA , A.J., Availability of eIF4E regulates skeletal muscle protein
synthesis during recovery from exercise. Am. J. Physiol., 1998. 247(43): p.
C406-C414.
29. Fujita, S., H.C. Dreyer, and M.J. Drummond, Nutrient signalling in the
regulation of human muscle protein synthesis. J. Physiol, 2007. 582(2): p.
813-823.
30. Hartman, J.W., et al., Consumption of fat-free fluid milk after resistance
exercise promotes greater lean mass accretion than does consumption of
soy or carbohydrate in young, novice, male weightlifters. Am J Clin Nutr,
2007. 86: p. 373-81.
31. Lambert, C.P., L.L. Frank, and W.J. Evans, Macronutrient considerations
for the sport of bodybuilding. Sports Med, 2004. 34(5): p. 317-327.
32. Svanberg, E., Amino acids may be intrinsic regulators of protein synthesis
in response to feeding. Clin. Nutrition, 1998. 17: p. 77-79.
33. Hulmi, J.J., et al., Resistance exercise with whey protein ingestion affects
mTOR signalling pathway and miostatin in men. J. Appl. Physiol., 2009.
106: p. 1720-1729.
34. Drummond, M.J., et al., Skeletal muscle protein anabolic response to
resistance exercise and essential amino acids is delayed with aging. J.
Appl. Physiol., 2008. 104: p. 1452-1461.
35. Kumar, V., et al., Age-related differences in the dose-response relationship
of muscle protein synthesis to resistance in young and old men. J. Physiol,
2009. 587(1): p. 211-217.
36. Bylund-Fellenius, A.C., et al., Protein synthesis versus energu state in
contracting muscles of perfused rat hindlimb. Am. J. Physiol., 1984. 246: p.
E297-E305.
37. Dreyer, H.C., et al., Resistance exercise increases AMPK activity and
reduces 4E-BP1 phosphorylation and protein synthesis in human skeletal
muscle. J Physiol, 2006. 576(2): p. 613-624.
30
38. Chesley, A., J.D. MacDougall, and M.A. Tarnopolsky, Changes in human
muscle protein synthesis after resistance exercise. J. Appl. Physiol., 1992.
73(4): p. 1383-1388.
39. Wilkinson, S.B., et al., Differential effects of resistance and endurance
exercise in the fed state on signalling molecule phosphorylation and protein
synthesis in human muscle. J Physiol, 2008. 586(15): p. 3701-3717.
40. Tipton, K.D., et al., Muscle protein metabolism in female swimmers after a
combination of resistance and endurance exercise. J Appl Physiol, 1996.
81(5): p. 2034-2038.
41. Rennie, M.J. and K.D. Tipton, Protein and amino acid metabolism during
and after exercise and the effects of nutrition. Annu. Rev. Nutr., 2000. 20: p.
457-483.
42. Biolo, G., et al., Increased rates of muscle protein turnover and amino acid
transport after resistance exercise in humans. Am. J. Physiol., 1995.
268(31): p. E514-E520.
43. Thalacker-Mercer, A.E., J.K. Petrella, and M.M. Bamman, Does habitual
dietaru intake influence myofiber hypertrophy in response to resistance
training?
A cluster analysis. Appl. Physiol. Nutr. Metab., 2009. 34: p. 632-639.
44. Tipton, K.D., et al., Postexercise net protein synthesis in human muscle
from orally administered aminoacids. Am. J. Physiol., 1999. 276(39): p.
E628-E634.
45. Karlsson, H.K.R., et al., Branched-chain amino acids p70S6kphosphorylation
in human skeletal muscle after resistance exercise. Am J Physiol
Endocrinol Metab, 2003. 287: p. E1-E7.
46. Kreider, R.B., et al., ISSN exercise sport nutrition review: research
recommendations. Journal of the International Society of Sports Nutrition,
2010. 7:7.
47. Kimball, S.R. and L.S. Jefferson, Signalling pathways and molecular
mechanisms through wich branched-chain amino acids mediate
translational control os protein synthesis. J Nutr, 2006. 136: p. 227S-231S.
48. Tipton, K.D., T.A. Elliott, and M.G. Cree, Ingestion of casein and whey
proteins result in muscle anabolism after resistance exercise. Med. Sci.
Sports Exerc., 2004. 36(12): p. 2073-2081.
49. Wilkinson, S.B., et al., Consumption of fluid skim milk promotes greater
muscle protein accretion after resistance exercise than does consumption
of as isonitrigenous and isoenergetic soy-protein beverage. Am J Clin Nutr,
2007. 85(1031-40).
50. Tipton, K.D., et al., Nonessential amino acids are not necessary to stimulate
net muscle protein synthesis in healthy volunteers. J Nutr Biochem, 1999.
10: p. 89-95.
51. Tipton, K.D., et al., Timming of amino acid-carbohidrate ingestion alters
anabolic response of muscle to resistance exercise. Am J Endocrinol
Metab, 2001. 281: p. E197-E206.
52. Tipton, K.D., et al., Stimulation of net protein synthesis by whey protein
ingestion before and after exercise. Am J Physiol Endocrinol Metab, 2007.
292: p. E71-E76.
31