Você está na página 1de 127

2.

6 Reprodução
2.6.1 Aparelho Reprodutor Feminino
• Ovários
• Trompas de Falópio
• Útero
• Vagina
• Vulva
Anatomia dos aparelhos reprodutores
• Fêmea
Anatomia dos aparelhos reprodutores
• Fêmea 1
2
3

4
6 5

7 8

10
Aparelho Reprodutor Feminino

Rim Recto

Oviduto

Vagina
Infundibulo Bexiga
Vulva

Ovário

Útero Cervix
Aparelho Reprodutor Feminino
Vulva
• É constituída por dois lábios unidos por uma
comissura dorsal e uma comissura ventral.
Imediatamente a seguir à comissura ventral
encontra-se o clitóris. A comissura dorsal está
sujeita a lacerações durante o parto.
• Representa o primeiro selo que protege o
útero de infecções.
Aparelho Reprodutor Feminino
Vagina
• Vai desde o cérvix até à vulva. Tem cerca de 20
cm de comprimento.
• Representa o segundo selo que protege o
útero de infecções.
Aparelho Reprodutor Feminino
Cérvix ou colo uterino
• É a abertura tubular do útero na vagina, onde
se projecta. A sua forma altera-se consoante a
fase do ciclo éstrico em que a fêmea se
encontra.
Aparelho Reprodutor Feminino
Útero
• Tem forma de T ou Y e é constituído por dois
cornos e um corpo. É onde se desenvolve a
gestação.
Aparelho Reprodutor Feminino
• O útero é constituído por três
partes:
– Corpo do útero – parte central
– Cornos uterinos –
prolongamentos simétricos que
saem do corpo do útero
– Colo do útero ou cervix –
Segmento mais estreito situado
na porção posterior do corpo do
útero, na transição para a vagina
Aparelho Reprodutor Feminino
• O útero possui três camadas de tecido
diferentes:
– o perimétrio (camada mais externa),
– o miométrio (camada interna formada por
músculo liso, responsável pelas contracções
uterinas)
– endométrio (camada mais interna, onde ocorrem
a maior parte das infecções - endometrites)
Aparelho Reprodutor Feminino
• O útero está suspenso a partir da cavidade
infra-lombar através de ligamentos do
peritoneo.
• Os cornos uterinos na vaca têm um
comprimento de cerca de metade do corpo do
útero. Na porca os cornos do útero podem
atingir cerca de 10x o tamanho do corpo.
Aparelho Reprodutor Feminino
Trompas de Falópio ou oviductos
• As trompas de Falópio estendem-se dos
cornos uterinos até aos ovários. A sua
extremidade ovárica, designada por
infundíbulo, alarga-se e termina em fímbrias
parcialmente unidas ao ovário respetivo.
Quando há ovulação recolhe o óvulo. É onde
se dá a fecundação.
Aparelho Reprodutor Feminino
Ovários
• Os ovários contêm os óvulos.
• Toda a pool de óvulos nasce com o animal, não
havendo mais produção durante toda a vida. Quer
isto dizer, que logo ao nascimento, cada ovário
contém milhares de óvulos. Estes só iniciam o seu
desenvolvimento e são libertados em intervalos
regulares após a puberdade. Estes fenómenos são
regulados por uma série de hormonas.
Aparelho Reprodutor Feminino
Ovários
• Os óvulos encontram-se revestidos por uma
membrana formando os folículos. Até à
puberdade os folículos contendo os seus
óvulos imaturos denominam-se folículos
primordiais. A maior parte destes folículos vão
regredir, só se desenvolvendo parte destes
durante a vida do animal.
Aparelho Reprodutor Feminino
Ovários
• Só na puberdade é que alguns destes folículos se
desenvolvem e passam a folículos primários.
Destes há um (mais raramente dois na égua e na
vaca), que se vai desenvolver (folículo secundário
e depois folículo terciário) até atingir a maturação
completa - folículo de Graaf -, o qual vai libertar o
óvulo. O óvulo dirige-se para a trompa de Falópio,
onde poderá ser fertilizado.
Aparelho Reprodutor Feminino
Ovários
• Os folículos durante o seu crescimento
secretam uma hormona: o estrogénio.
• O folículo colapsado por onde saíu o óvulo
transforma-se no corpo amarelo. Este é
responsável pela secreção de progesterona
até regredir.
Aparelho Reprodutor Feminino
2.6.2 ANATOMIA REPRODUTOR
MASCULINO
• O aparelho reprodutor masculino é
constituído pelos testículos, que se encontram
envolvidos pelo escroto, o epidídimo, o
cordão espermático, as glândulas acessórias
e o pénis no interior do forro ou baínha.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
• O ducto deferente, juntamente com a artéria,
veia e nervo testicular vão formar o cordão
espermático. Na castração é o cordão
espermático que é seccionado, após prévia
hemostase para evitar hemorragia.
• O músculo cremáster encontra-se associado
ao cordão espermático e é responsável pela
aproximação ou afastamento dos testículos ao
corpo.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO

VESÍCULA SEMINAL
CORDÃO
ESPERMÁTICO
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
Os testículos
• No feto os testículos desenvolvem-se junto ao
rim e começam a sua descida em direcção ao
escroto no fim da gestação.
• .
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
Os testículos
• Os espermatozóides formam-se a partir de
células especializadas presentes no testículo.
Depois de formados* são conduzidos através de
túbulos no interior do testículo até ao epidídimo.
• Os testículos encontram-se fora da cavidade
abdominal porque a espermatogénese ocorre a
uma temperatura mais baixa do que aquela do
corpo.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
Escroto
• Estrutura sacular que contem os testículos.
• Por debaixo da camada cutânea externa
encontra-se outra camada de tecido
fibroelástico denominada túnica dartos.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
O Epidídimo
• O epidídimo é uma estrutura tubular situada
na parte superior do testículo e encontra-se
aderente a este. Divide-se em cabeça, corpo e
cauda. A cabeça está ligada ao testículo por
ductos que saem deste.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
O Epidídimo
• As funções do epidídimo são a maturação,
transporte e armazenamento dos
espermatozóides. Os espermatozóides entram no
epidídimo pela cabeça e à medida que vão sendo
transportados em direcção à cauda vão
amadurecendo, onde são armazenados. A cauda
do epidídimo forma uma proeminência discreta
na extremidade posterior do testículo.
Na continuidade do epidídimo encontra-se o ducto
deferente
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
Ducto deferente
• O ducto deferente forma juntamente com a
veia, a artéria e o nervo testiculares o cordão
espermático. Assim, o cordão espermático é
constituído pelo ducto deferente, os vasos e
os nervos envolvidos por uma túnica. Na
castração o cordão é cortado.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
Ducto deferente
• Os espermatozóides são transportados ao
longo do ducto deferente, onde se vão
misturar com as secreções provenientes das
glândulas acessórias, formando o sémen. O
ducto deferente desemboca na uretra.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
As glândulas acessórias
• No seu percurso do testículo até à uretra, os
espermatozóides vão receber secreções a
partir de determinadas glândulas. Este
conjunto (espermatozóides + secreções)
constitui o sémen.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
As glândulas acessórias
• Estas glândulas são:
– as glândulas da ampola do ducto deferente
– as vesículas seminais
– a próstata
– as glândulas bulbouretrais
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
A uretra
• A uretra transporta o sémen para o exterior. A
uretra forma-se no colo da bexiga e transporta
também a urina.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
Criptorquidismo
• Aos animais cujos testículos não descem para
o saco escrotal dá-se o nome criptorquídios.
• O criptorquidísmo pode ser abdominal ou
inguinal de acordo com o local onde o
testículo fica retido.
ANATOMIA REPRODUTOR MASCULINO
2.6.3 - FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
• O funcionamento dos órgãos reprodutores vai
depender de estímulos nervosos e hormonais.
– As hormonas são responsáveis pelo
desenvolvimento dos orgãos, produção de
substâncias e células (espermatozóides).
– Os estímulos nervosos são responsáveis pelo
comportamento.
2.6.3.1 - Ciclo éstrico (fêmea)
• Dividido em quatro fases:
– Proestro
– Estro ou cio
– Metaestro
– Diestro

– Anestro
Ciclo Éstrico
• Proestro
– Período de preparação durante o qual os folículos
aumentam de tamanho.
– As paredes vaginais ficam mais espessas.
– O útero aumenta as suas secreções mucosas.
Ciclo éstrico
• Estro ou cio
– envolve o processo ovulatório, sendo o período de
receptividade sexual ao macho, bem como a
preparação do trato genital da fêmea para receber
e transportar os espermatozóides até ao oviduto
para a fertilização.
Ciclo Éstrico
• Metaestro
– Formação do Corpo Lúteo (após a ovulação)
– Alterações das paredes vaginais e uterinas
Ciclo Éstrico
• Diestro
– Período de inactividade até ao ciclo seguinte.

Ou, caso haja fecundação

• Gestação
Ciclo Éstrico
• Anestro
– Longa temporada de repouso entre as temporadas
de atividade sexual
Produzida
Hormona Função
Por:
FSH (Follicle stimulating
Hipófise Estimula o desenvolvimento dos folículos
hormone)

Participa no desenvolvimento dos folículos


LH (luteinizing hormone) Hipófise O pico na sua produção induz a ovulação; controla a
produção de progesterona pelo corpo amarelo
Responsável pelas alterações de comportamento
durante o cio e pelas alterações a nível do canal
Estrogénio Ovário (folículos)
genital; desenvolvimento dos caracteres femininos
secundários
Responsável pelo diestro (ou pela manutenção da
Progesterona Corpo amarelo gestação, caso ocorra fecundação) e alterações no
canal genital
Faz com que o corpo amarelo regrida e deixe de
Prostaglandina Útero produzir progesterona - a partir deste momento
começa um novo ciclo.
Égua
• Tipo de ciclo: Poliéstrica Sazonal (Primavera-
Verão)
• Puberdade: 18 meses (10-24)
• Duração do ciclo: 21 dias (19-26)
• Duração do estro: 6 dias (2-10)
• Momento óptimo da cobrição: últimos dias do
cio
• 1º cio após o parto: 9 dias (4-14)
Vaca
• Tipo de ciclo: Poliéstrica ao longo do ano
• Puberdade: 15 meses (4-18)
• Duração do ciclo: 21 dias (18-24)
• Duração do estro: 18 horas (10-24)
• Momento óptimo da cobrição: do meio do cio
até 6 horas após o fim do cio
• 1º cio após o parto: varia, 60 a 90 dias
Sequência de fases do ciclo éstrico na vaca
Ovelha
• Tipo de ciclo: Poliéstrica Sazonal (Outono-
Inverno)
• Puberdade: 9 meses (7-12)
• Duração do ciclo: 16 dias (14-20)
• Duração do estro: 24-48horas
• Momento óptimo da cobrição: 18 a 20 horas
após o início do cio
• 1º cio após o parto: no Outono seguinte
Porca
• Tipo de ciclo: Poliéstrica ao longo do ano
• Puberdade: 7 meses (4-9)
• Duração do ciclo: 21 dias (16-24)
• Duração do estro:2-3 dias
• Momento óptimo da cobrição: 24 horas após
o inicio do cio
• 1º cio após o parto: 4 a 10 dias após o
desmame
Cabra
• Tipo de ciclo: Poliéstrica Sazonal (Outono-
Inverno)
• Puberdade: 5 meses (4-8)
• Duração do ciclo: 19dias (18-21)
• Duração do estro:2-3 dias
• Momento óptimo da cobrição: diariamente
durante o cio
• 1º cio após o parto: Outono seguinte
Coelha
• Tipo de ciclo: Ovulação provocada, geralmente
criam todo o ano; podem mostrar anestro
sazonal
• Puberdade: 5-9 meses
• Duração do ciclo: irregular
• Duração do estro: até 1 mês
• Momento óptimo da cobrição: quando a vulva se
encontra aumentada de volume e vermelha
• 1º cio após o parto: imediatamente
2.6.3.2 - Macho
• Os órgãos dos sentidos recebem estímulos do
meio ambiente. Estes vão ser transmitidos ao
hipotálamo. Este último é responsável pela
produção GnRH.
• A GnRH produzida é transportada pela
corrente sanguínea até à hipófise, onde vai
estimular a produção de LH (luteinizing
hormone) e FSH (follicle stimulating
hormone).
Macho
• A FSH e LH semelhantes àquelas produzidas
pela fêmea, mas com funções diferentes,
nomeadamente: a FSH vai estimular a
produção de espermatozóides, enquanto que
a LH vai estimular a produção de testosterona
por células especializadas situadas no
testículo – células de Leydig.
Testosterona
• É responsável pelo desenvolvimento do
aparelho reprodutor masculino no feto, o seu
crescimento durante a puberdade, pela
maturação final dos espermatozóides e pela
manutenção e funcionalidade das glândulas
acessórias.
Testosterona
• Estimula a libido
• Responsável pelo desenvolvimento de
características sexuais secundárias como o
desenvolvimento muscular e o bordo crinal do
pescoço.
2.6.4 FERTILIZAÇÃO E GESTAÇÃO
FERTILIZAÇÃO E DIVISÃO DO OVO

• A fertilização do óvulo vai ocorrer nas trompas


de Falópio dando origem ao ovo.
FERTILIZAÇÃO E DIVISÃO DO OVO
• O ovo vai iniciar a sua divisão em 2, 4, 6,
através de mitoses sucessivas e vai formar
uma mórula.
FERTILIZAÇÃO E DIVISÃO DO OVO
• A mórula vai migrar para o útero após a
fertilização.
FERTILIZAÇÃO E DIVISÃO DO OVO
• A partir da mórula vai-se formar o blastocisto,
em que as células se dividem em dois grupos:
– um invólucro superficial, que vai formar a placenta
– um conjunto de células que vão formar o embrião.
Sexo do Feto
• O sexo é determinado pelo par de
cromossomas XY (macho) ou XX (fêmea):
– O macho dá origem a dois tipos de gâmetas: X e Y
(50% cada)
– Na fêmea os dois gâmetas são iguais (X e X)

Quem determina o sexo da cria é o gâmeta masculino


Placenta
• Uma característica singular do
desenvolvimento precoce dos mamíferos é a
provisão de nutrientes do organismo materno
por intermédio da placenta.
• A placenta é uma justaposição, ou fusão das
membranas fetais à parede do útero
(endométrio) que permite trocas entre o feto
e a mãe
Tipos de Placenta

Vaca, ovelha e cabra


Equino e suíno

Humanos Cães e gatos


Tipos de Placenta
• Difusa – Equino e suíno
• Cotilenodária – Vaca, ovelha e cabra
• Zonal – Cães e gatos
• Discoidal - Humanos
• Placenta bovino
Funções placentárias
• A função da placenta é permitir trocas através
do sangue (nutrientes e O2/produtos finais e
CO2 do metabolismo) entre a fêmea e o feto.
• A placenta substitui o tracto gastrointestinal,
os pulmões, os rins, o fígado e as glândulas
endócrinas no feto
• A circulação faz-se através das artérias e veias
umbilicais.
Desenvolvimento placentário
• O feto é envolvido por 3 membranas e
formam-se 2 sacos:
– O âmnio - o saco mais interno, que contém o
líquido amniótico.
– O alantóide - o saco mais exterior.
• A membrana mais externa é o corión.
Desenvolvimento placentário
• O embrião está ligado à placenta através do
cordão umbilical, o qual atravessa o âmnio e
depois o alantóide.
• No corión desenvolvem-se pequenas
vilosidades, que formam juntamente com as
pequenas criptas na parede do útero - os
microcotilédones (Equino e Suíno)
Período de Implatação
Duração da Gestação
Tempo de Nº de Nº de Nº de
gestação partos/ano filhos/mãe/par filhos/mãe/ano
(dias) to
(prolificidade)

vaca 270 1 1 1

ovelha 150 1,5 1-2 1,5-3

porca 114 2-2,2 10-12 18-22

galinha 21 1* 270 270

égua 336 1 1 1
* 1 época de postura
MANUTENÇÃO DA GESTAÇÃO
• A hormona responsável pela manutenção da
gestação é a progesterona. Logo tem que
haver manutenção do corpo lúteo após
fertilização do óvulo na égua.
• Não há produção de prostaglandina (hormona
luteolítica).
Diagnostico de Gestação
• Vaca
– Cessação do cio – as vacas deixam geralmente de
apresentar cio no mês seguinte ao da fecundação.
Apenas 3% delas apresentam cio depois de
fecundadas. É o cio infértil
– Mudança de carácter – mais calmas
– Aumento do ventre – o lado direito do ventre
aumenta de volume a partir do 4º mês de gestação
– Desenvolvimento do úbere – a partir dos 6 meses
– Movimentos do feto – a partir do 5º mês
Diagnóstico Precoce
• Palpação rectal
– A partir dos 30 dias após a fecundação (mt dificil)
– Com 60 dias o feto tem forma ovoide e mede
cerca de 6,5 cm (altura ideal)

• Ecografia trans-rectal
– pode ser feito a partir do 24º dia após a
fecundação
Diagnóstico de gestação na Ovelha
2.6.5 - INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
• A inseminação artificial (IA) envolve a colheita
de sémen de um macho, a sua mistura com
um extensor de sémen e a sua deposição no
útero da fêmea.
Sémen
• O sémen se colhido nas 12 horas antes da
inseminação é designado por fresco.
• O sémen pode ser refrigerado e mantido a 4 a
8ºC e tem duração até 48h.
• O sémen congelado é mantido a uma
temperatura de –196ºC e tem duração
“infinita”.
Inseminação Artificial
• Vantagens:
– aumenta a capacidade reprodutiva do macho.
Uma única ejaculação pode ser dividida em várias
doses de inseminação e usada para várias fêmeas.
– permite o acesso a machos superiores, que se
podem encontrar longe
– Elimina o risco de acidentes durante a cobrição
Inseminação Artificial
• Vantagens:
– Reduz o risco de transmissão de doenças venéreas
– é uma excelente alternativa quando há um
impedimento físico ou uma recusa à cobrição por
parte da fêmea.
Inseminação Artificial
• Desvantagens:
– É necessário pessoal especializado para fazer a
colheita, processamento e conservação do sémen
– É necessário monitorizar intensivamente a fêmea,
principalmente com sémen congelado de modo a
determinar o momento óptimo para a inseminação e
o momento da colheita, no caso do sémen fresco e
refrigerado.
– Existem machos, cujo sémen reage mal à congelação,
o que limita a sua utilização nesta área.
Recolha de sémen em cavalos
Recolha de sémen
Recolha de sémen em bovinos
• Para a realização da recolha de sémen em
bovinos, os seguintes métodos são indicados
em ordem de eleição:
– vagina artificial,
– eletro-ejaculador
– massagem de ampola.
Parâmetros avaliados
• Volume
• Aspecto
• Porção Gelatiniforme Porção
gelatiniforme

• Mobilidade
• Concentração
• pH
Volume
Parâmetros avaliados
• Concentração
Parâmetros avaliados
• Mobilidade
2.6.6 - PARTO
• A parição é um acontecimento
naturalmente dramático, que
deve ser supervisionado pelo
homem, de longe. No entanto,
não nos podemos esquecer que
só uma pequena percentagem
das parições é que necessita de
intervenção humana.
Preparação materna para o
nascimento
• O primeiro sinal materno de que a data da
parição se está a aproximar é o
desenvolvimento do úbere ou das glândulas
mamárias.
• Normalmente, este inicia o seu
desenvolvimento cerca de 3 semanas antes da
parição. Este período de preparação é muito
variável
Sinais Percussores do Parto
• Ligamentos ao redor da cauda relaxam
• A vulva incha e expele um muco lufrificador
• O animal fica agitado e indócil

O nível de progesterona no sangue diminui


enquanto que o de estrogénio e oxitocina
aumentam.
Preparação fetal para o nascimento
• O feto desenvolve-se durante a gestação até
atingir um estado de maturidade funcional.
• O feto encontra-se no útero da mãe numa
posição drosopubica, com a cabeça, o pescoço
e os membros flectidos.
Preparação fetal para o nascimento
• Assim que o parto se inicia, o feto efectua
movimentos propulsivos e de rotação
estendendo a cabeça e os membros anteriores
de forma a passar através do canal pélvico.
Trabalho de Parto
• 3 fases:
– Fase de abertura
– Fase de expulsão
– Fase de eliminação da placenta
Fase de abertura
• Sinais exteriores: Os primeiros sinais são visíveis
quando a fêmea pára de comer e se torna inquieta,
escavando, levantando-se e deitando-se
repetidamente. Sob a acção da hormona relaxina o
canal do parto constituído pelo cervix, vagina e vulva,
fica com os tecidos relaxados, prontos para a
dilatação. As contracções uterinas aumentam
empurrando o vitelo em direcção ao cervix.
Fase de abertura
• Este processo dura mais ou menos 5 horas, no
caso da vaca, até que os membros do feto
aparecem no cervix, que já está
completamente aberto, dando inicio à
próxima fase.
Fase de Expulsão
• As contracções vão empurrar o feto ainda
envolvido pela membrana amniótica através
do cérvix agora totalmente dilatado.
• A maioria das fêmeas deitam-se em decúbito
lateral e fazem força abdominal até haver
expulsão do feto. As mãos rompem o saco
amniótico.
Fases da parição (4)
• Após o aparecimento dos membros anteriores
pela vulva, o nascimento deve completar-se,
no caso da vaca, dentro de uma hora,
podendo esperar-se no máximo até 4 horas,
depois providenciar ajuda externa.
Fase de Eliminação da Placenta
• Corresponde à expulsão da placenta. Se
houver retenção desta deve-se recorrer ao
veterinário.
Fase de Eliminação da Placenta
• Esta fase pode durar, no caso da vaca, de 3 a 12
horas, depois disto deve-se considerar como caso
patológico. Se a expulsão não for feita dentro de
24 horas, é porque há infecção (metrite) que se
não for tratada com urgência pode provocar
intoxicação do sangue (toxemia).
• No caso da égua a expulsão da placenta deve ser
15 a 90 minutos depois da expulsão do feto.
2.6.7. Indução e sincronização de
cios
Ver documento separado
2.6.8 - Reprodução nas Aves
• Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor:
– Constituído por duas partes:
• Ovário
• Oviducto
Reprodução nas Aves
• Ovário
• A galinha só tem um ovário
a funcionar: o ovário
esquerdo.

• No ovário estão contidos


vários milhares de óvulos
imaturos. Quando atinge a
maturidade, esses óvulos
começam a desenvolver-se.
Reprodução nas Aves
• Oviducto
• É uma estrutura em forma de tubo (cerca de
69cm)
• Partes do oviducto:
– Infundíbulo ou funil
– Magno
– Ìstmo
• Quando a gema fica completamente formada
no ovário, o saco folicular liberta-a. A gema
entra então no infundíbulo . Nas 24 horas
seguintes a gema desloca-se ao longo do
oviducto e em redor dela formam-se as
calazas, albumina, as membranas da casca e a
casca.
• Se houver fecundação ela dá-se no
infundíbulo.
O ovo de ave
• O ovo é a única célula reprodutiva rodeada
por todos os nutrientes necessários ao
desenvolvimento do embrião.
Ovo
• Tem quatro partes basicas:
– Casca
– Membranas da casca
– Albumina
– Gema
Constituintes do ovo
• Casca: constituída fundamentalmente por
carbonato de cálcio. Existem numerosos poros
que permitem a troca de gases.
• Membranas da casca: impedem a evaporação
rápida do líquido do ovo e evitam a
contaminação por bactérias.
• Câmara de ar (entre as membranas): surge
após a postura, quando do arrefecimento e
contracção do conteúdo.
Constituintes do ovo
• Albumina: proporciona um meio liquido ao
embrião em desenvolvimento, bem como um
meio rico em proteínas.
• Calazas: dois cordões ligados que ligam a
gema à camada exterior da albumina.
Mantêm a gema centrada dentro do ovo.
• Gema: contém grandes quantidades de
proteína, gorduras, vitaminas e minerais.
Aparelho reprodutor masculino Ave
• Macho:
– Dois testículos
– Epididimo
– Ducto deferente
– Falo
Fecundação
• Macho deposita os espermatozóides dentro
do oviducto.
• Os espermatozóides são armazenados no
infundíbulo.
• Quando a gema entra no infundíbulo, um
espermatozóide penetra no disco germinal e
ocorre a fecundação
• Após a fecundação, o ovo (zigoto) divide-se
rapidamente em 2 células, 4, 8, 16, etc.
Fecundação
• Quando ocorre a postura, já ocorreram vários
milhares de divisões celulares, mas a
temperatura diminui bruscamente e a divisão
celular é interrompida até que o ovo seja de
novo exposto a condições adequadas de
humidade e temperatura para que ocorra a
incubação.
Incubação
• Condições para a incubação
– Humidade: 84-88%
– Temperatura: 37,8 °C nos primeiros 13 dias, e de
37,1 °C até ao final
– Ventilação: aumentando ao longo do período de
incubação
Desenvolvimento do embrião
• Período de incubação para as várias espécies:

Espécie Dias
Galinha 21
Pato 28
Peru 28
Ganso 30-32

Você também pode gostar