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Segundo as definições de Oliveira, C. (1988), os meridianos são círculos máximos que, em conseqüências,
cortam a terra em duas partes iguais, de pólo a pólo. Sendo assim, todos os meridianos se cruzam entre si,
em ambos os pólos. Os paralelos, por sua vez, cruzam os meridianos perpendicularmente, formando ângulos
retos. Porém existe apenas um círculo máximo que é o Equador (0 o). Os outros paralelos, tanto no hemisfério
sul quanto no hemisfério norte, vão diminuindo de tamanho, a proporção que vão se afastando do Equador,
até se transformarem em cada pólo, num ponto, isto é, 90 o. Os graus dos paralelos principiam no Equador
indo em direção aos pólos sul e norte. Os trópicos de câncer está localizado no hemisfério norte no paralelo
23o 27’ e o trópico de capricórnio está localizado no hemisfério sul correspondente aos mesmos graus ( o
trópico de capricórnio passa pelo estado de São Paulo) e aos 30o no pólo é marcado o círculo polar Ártico (no
hemisfério norte) e círculo polar Antártico ( no hemisfério sul) até o polo (90o).
Eis os principais círculos da terra. Na figura são vistos os meridianos, círculos máximos
convergentes nos pólos (linhas verticais). Na figura são vistos também os paralelos, que são círculos de
dimensões diferentes (linhas horizontais) .
Segundo DUARTE, P. A. (1988), a expressão meridiano superior ou simplesmente meridiano é
usada para indicar aquela linha que passa no lugar ao qual estamos fazendo qualquer referencia. Meridiano
inferior ou anti-meridiano é aquele que se encontra oposto ao meridiano superior.
O Equador é o único paralelo que serve de referencial da latitude, pois é o único que
corta a Terra num plano diametral, dividindo-a, portanto, em dois hemisférios, o Norte
e o Sul. A latitude é a distância em graus que vai de um ponto qualquer da
Terra ao Equador; é medida de 0° (Equador) a 90° (Pólos Norte e Sul geográficos).
As latitudes são consideradas baixas quando se localizam entre 0° e 30°; médias
latitudes, até aproximadamente 50°; altas latitudes, de 50° a 90 º. Elas são medidas
sobre arcos de meridianos.
1) 35º 45'
12cm
22 cm ------------------- A
15 cm
35o 25´
25º 15' 25º 25'
25 cm
2) 19o 30’
14cm
36 cm B
18 cm
20o 00´
3) 18o 30’
10cm
36 cm C
16 cm
18o 00´
8cm
20cm D
10cm
5) 20o 30’
20cm
32 cm E
20 cm
20o 00´
6)
22o 00’
14cm
34 cm F
18 cm
23o 00´
Outra informação que não passa despercebida numa carta topográfica são os números
que estão no entorno da área de representação da mesma. Trata-se da quilometragem
UTM, que, segundo Bakker (1965) “é outro sistema de coordenadas também utilizado
em Cartografia, onde não se representam os meridianos e paralelos e sim eixos
coordenados retangulares (X e Y); nesse caso, os pontos da superfície da Terra são
determinados por coordenadas retangulares X e Y (linhas horizontais e verticais;
quadrículas).
A Projeção Universal Transversa de Mercator passou a ser um sistema
internacional de projeções, embora sem o apoio geométrico que caracterizou tal projeção
quando da sua idealização (1569). Os 60 fusos de seis graus de longitude, que acabam
por gerar as cartas na escala 1:1.000.000 (CIM), possuem dois meridianos laterais (limite
de fuso) e um meridiano central. Cada meridiano lateral é um múltiplo de 6 (seis) e cada
meridiano central do fuso é igual a 3 (três) somado a um múltiplo de 6 (seis).
Assim, o Estado do Rio Grande do Sul possui dois fusos de seis graus. O primeiro
vai do meridiano 60º W Gr. Até o meridiano 54 º W Gr. E o segundo vai do meridiano 54 º W
Gr. Até o meridiano 48º W Gr., embora o Estado esteja “enquadrado” num único fuso
horário (o segundo citado), o mesmo de Brasília. O meridiano central do primeiro fuso é o
de 57º W Gr., enquanto o meridiano central do segundo é o de 51º W Gr. A origem da
quilometragem UTM de uma carta topográfica do hemisfério Sul tem início na intercessão
do meridiano central do fuso com o Equador. Além disso, a quilometragem inicial deste
meridiano central é de 500 km e cresce na direção leste e decresce na oeste, de acordo
com a distância real do meridiano onde se está até este meridiano central. Guarde-se a
lembrança de uma convergência meridiana que faz com que dois meridianos se
aproximem à medida que aumenta a latitude (ou se aproxima do pólo). A escolha do valor
500 km foi assim convencionada com a finalidade de que os valores a oeste do meridiano
central sempre sejam positivos.
A quilometragem inicial, para as latitudes do hemisfério Sul, é de 10.000 km na
direção norte. Os valores dessa quilometragem que aparecem na margem da carta
topográfica estão relacionados às diferenças entre esse valor e a distância em
quilômetros que um determinado ponto está do Equador. A escolha do valor 10.000 km foi
assim convencionada com a finalidade de que os valores ao sul do paralelo 0 º (equador)
sempre sejam positivos.
Assim, exemplificando tem-se que a cidade de São José do Norte possui
quilometragem UTM de longitude aproximada de 402 km, ou seja, está a 98 km (500 km –
402 km) do meridiano de 51º W Gr. (centro do fuso). De idêntica forma temos que esta
cidade possui quilometragem UTM de latitude aproximada de 6.458 km, ou seja, está a
3.542 km (10.000 km – 6.458 km) do paralelo 0o (Equador).
Fonte: Noções básicas de Coordenadas Geográficas e Cartográficas – Cássio Luís da Conceição e Jorge Luiz
Santos de Souza - 2000
1.
Escala 1: 50.000