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Trabalho - Final
Trabalho - Final
QUÍMICA
Cornélio Procópio
2016
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Cornélio Procópio
2016
SUMÁRIO
1. RESUMO.............................................................................................................................4
2. MECANISMOS BÁSICOS.................................................................................................5
3. REAÇÕES...........................................................................................................................9
4. CAUSAS...........................................................................................................................10
4.1. Impurezas – Variáveis influentes...............................................................................10
4.2. Sais dissolvidos..........................................................................................................10
4.3. Gases Disssolvidos.....................................................................................................12
4.4. Bases e ácidos – pH....................................................................................................13
4.5. Temperatura...............................................................................................................14
4.6. Velocidade de Circulação...........................................................................................14
4.7. Água potável..............................................................................................................15
5. ASPECTOS CINÉTICOS E TERMODINÂMICOS DA CORROSÃO...........................15
5.1. Condições para ocorrer corrosão................................................................................16
5.2. Determinação da variação de energia livre................................................................16
5.3. Dedução da equação de Nernst:.................................................................................17
5.4. O Diagrama de Pourbaix............................................................................................17
5.5. Conceitos fundamentais sobre o Diagrama de Pourbaix............................................18
5.6. Velocidade de corrosão..............................................................................................19
5.7. Fatores importantes na velocidade de corrosão..........................................................20
5.8. Taxa de Corrosão.......................................................................................................21
6. CONCLUSÃO...................................................................................................................23
7. REFERÊNCIAS................................................................................................................24
1. RESUMO
A maioria dos materiais em contato não somente com a parte aquosa mais também
com todo ambiente nas suas condições normais de temperatura e pressão, forma um sistema
termodinamicamente instável. Com a única exceção dos metais nobres (ouro, prata e platina),
todos os mais metais em contato com o ar e água devem reagir e transformam-se em óxidos,
hidróxidos ou outras formas semelhantes. Para alguns metais tais como alumínio, magnésio,
cromo, etc., tal transformação implica numa grande redução da energia livre.
Assim, de acordo com a termodinâmica, os metais não poderiam ser utilizados numa
atmosfera como a atmosfera terrestre. Entretanto, apesar da termodinâmica indicar a
possibilidade de uma reação, não diz nada a respeito da velocidade com que esta reação
ocorre. E é precisamente devido ao fato de que certas velocidades de reação são lentas que se
pode utilizar os metais no cotidiano. Como citado por Gentil (1996), os problemas de
deterioração aparecem nas mais variadas atividades da vida econômica de uma nação, sendo
conhecidos diversos casos na indústria petroquímica, em que ocorre a corrosão nos pilares
fixadores da plataforma petróleo, como também podemos observar processos parecidos no
setor: naval, químico, construção civil, automobilístico, nos meios de transporte, em todas as
etapas do sistema elétrico, em telecomunicações, em odontologia, obras de arte, monumentos
históricos, entre outros.
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2. MECANISMOS BÁSICOS
- oxidação
2(Fe(s) → 2Fe2+(aq) + 2e )
- redução
O2(g) + 2H2O(l) + 4e → 4OH-
2Fe(s) + O2(g) + 2H2O(l) → 2Fe2+(aq) + 4OH-
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Figura 1- corrosão metálica em meio ácido
Fonte: PONTE (2007, p. 14)
Considerando um metal no vácuo, para se trazer uma carga unitária do infinito até
este metal será necessário exercer um trabalho pois haverá uma interação entre a carga
unitária e as cargas da estrutura eletrônica do metal. Cada metal (ou material) possui uma
distribuição de suas cargas que é característica do material. Desta forma, o trabalho para se
trazer uma carga unitária do infinito para o interior do cobre é diferente para o caso do níquel
e para todos os outros materiais. Este trabalho se traduz numa energia absoluta φABS sendo
portanto característica de cada material.
Entretanto, um material não se encontra no vácuo, ele está num meio (um eletrólito).
Haverá, da mesma forma, um potencial consequente do trabalho de se trazer uma carga
unitária do infinito para o interior da solução. Este trabalho, se traduz num φSOLABS ,
dependerá, entretanto, da concentração de íons metálicos na solução.
Este ∆φ funciona como uma força motriz para as reações de corrosão. Este fenômeno
é observado fisicamente pela tendência natural da maioria dos metais passarem para a solução
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num eletrólito. Para que isto ocorra é necessário que ele passe para a forma iônica, o que
ocorre segundo a reação anódica da equação 1, conforme ilustrado na Figura 2.
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Figura 3- Condições de equilíbrio metal/eletrólito
Fonte: PONTE (2007, p. 16)
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3. REAÇÕES
Os elétrons gerados devem ser transferidos para outra espécie química. Para metais
que sofrem corrosão ácida,
-
2H+ (aq) + 2e → H2(g)
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estão: cloretos, sulfatos, sais hidrolisáveis, sais oxidantes e bicarbonatos de cálcio, de
magnésio e de ferro.
O efeito do cloreto de sódio, na corrosão, deve-se ao fato de este sal ser um eletrólito
forte, ocasionando, portanto, aumento de condutividade, que é fundamental no mecanismo
eletroquímico de corrosão. No caso da corrosão do ferro em água saturada de ar, em
temperatura ambiente, observa-se que a taxa de corrosão inicialmente cresce com a
concentração de cloreto de sódio e depois decresce, o máximo sendo depois até 26% de NaCl.
Daí o ferro ser corroído mais rapidamente em soluções diluídas de NaCl, porque
mais oxigênio dissolvido pode atingir as áreas catódicas, ocasionando a despolarização, o que
implica um aumento da velocidade da reação catódica. Como a taxa da reação anódica
(corrosão do ferro) depende da velocidade da reação catódica (consumo de elétrons), o ferro
corrói mais rapidamente. Acima de 3% de NaCl, o decréscimo contínuo na solubilidade de
oxigênio torna-se mais importante do que os fatos anteriores e a corrosão decresce.
Entre os gases mais comumente encontrados na agua podem destacar: Oxigênio, O2,
gás sulfídrico, H2S, dióxido de enxofre, SO2, trióxido de enxofre, SO3, amônia, NH3, dióxido
de carbono CO2, e cloro, Cl2. Alguns desses gases são encontrados sempre na água como o
oxigênio e dióxido de carbono, enquanto os outros aparecem na água proveniente da absorção
de poluentes atmosféricos ou devido ao tratamento como o cloro. O oxigênio é considerado
como um fator de controle do processo corrosivo, podendo acelerá-lo ou retardá-lo.
Acelerando caso de agir como despolarizante na área catódica na qual em meio não-aerado a
reação é muito lenta praticamente desprezível:
Fe + H2S → FeS + H2
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A presença de amônia, na agua para uso industrial, pode causar corrosão em ligas de
cobre e zinco, pois ocorre formação de complexos solúveis:
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4.4. Bases e ácidos – pH
Alumínio e suas ligas: são resistentes à ação de ácido nítrico, devido à ação desse
ácido formar camada protetora de óxido de alumínio, mas não resistem ao ácido
clorídrico. Não resistem também a pH elevados, formados por bases fortes como
hidróxido de sódio ou potássio, porque formam aluminatos solúveis:
Aços inoxidáveis: podem resistir ao ácido nítrico mas não resistem ao ácido
clorídrico.
4.5. Temperatura
Os efeitos são vários, podendo-se citar: as reações de corrosão são usualmente mais
rápidas em temperaturas elevadas; as mudanças de temperatura podem afetar a solubilidade
dos produtos de corrosão; os gases são menos solúveis com a elevação da temperatura. Às
vezes águas agressivas, a frio, podem-se tornar incrustantes com o aquecimento, modificando
portanto seu comportamento: casos da diminuição da solubilidade do carbonato de cálcio,
com o aquecimento.
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1a: difusão do íon dentro do banho até a superfície condutora;
2a: redução do íon na superfície condutora;
3a: difusão na superfície condutora e formação da molécula de H2;
4a: junção de diversas moléculas por difusão na superfície condutora formando a
bolha de H2 que se desprende.
Onde:
R = constante universal dos gases = 8,3 Joule K-1 mol –1
F = 96500 Coulomb (carga e . no Avogadro)
T = 298 K
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5.4. O Diagrama de Pourbaix
- Gases: H2 e O2;
- Regiões de imunidade → região do cobre;
- Regiões passivas → formação de espécies sólidas insolúveis: Cu2O e CuO;
- Regiões de corrosão → espécies solúveis com formação de íons Cu+, Cu2+, CuO22-;
- Cu(s) → Cu2+(aq) + 2e- (cátion);
- Cu(s) + 2H2O(l) → CuO22-(aq) + 4H+ + 2e- (anion);
- Cu2O(aq) + 3H2O(l) → 2CuO22-(aq) + 6H+ + 2e- (anion);
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c) temperatura: o aumento de temperatura acelera, de modo geral, as reações
químicas. Da mesma forma também em corrosão as taxas de desgaste aumentam com
o aumento da temperatura. Com a elevação da temperatura diminui-se a resistividade
do eletrólito e aumenta-se a velocidade de corrosão;
mm = 3,65. ∆M
ano S.t.
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Onde:
mm/ano= é a perda de espessura (mm por ano);
M = é a perda de massa (mg);
S=área exposta (cm2 );
t=tempo de exposição (dias);
= massa específica do material (g/cm³).
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6. CONCLUSÃO
No processo natural de corrosão por meio dos diferentes fontes de água (marinha,
potável) em diferentes situações de diferentes meios, temos uma área da corrosão que envolve
amplamente processos cotidianos e industriais. Tais processos que, tomados por base na
eletroquímica, foram aprofundados por meio dos princípios termodinâmicos e cinéticos, tendo
as causas dessa corrosão explicadas nesses termos.
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7. REFERÊNCIAS
FILHO, André. Corrosão. IFES. Espirito Santo, 2010. Disponível em:< ftp://
www.cefetes.br/Cursos/MetalurgiaMateriais/AndreItman/Corros%E3o/Corros%E3o%20Tecn
%F3logo_Agosto%202010.pdf>. Acesso em: 24 junho 2016.
MORA, Nora. Deterioração dos materiais. UNIOESTE. Paraná, 2010. Disponível em:<
http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap9.pdf>. Acesso em: 23 junho
2009.
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