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Vacina contra gripe (Influenza) X Coronavírus

Perguntas que merecem respostas


ANTES de campanha de vacinação em massa
Há riscos e incertezas científicas, notadamente quanto ao tempo
adequado da campanha de vacinação em massa contra influenza
proposta em março de 2020 (em razão da suspeita que os recém-
vacinados se tornam temporariamente mais susceptíveis a infecções
virais e respiratórias causadas por coronavirus e outros patógenos
não-influenza).
É preciso ponderar, ainda, os riscos epidemiológicos que poderão
advir de uma população amedrontada, enfileirada e amontoada em
postos de saúde para receberem uma vacina com histórico de baixa
eficácia e cercada de incertezas científicas quanto à possível
interação com o coronavírus e outras viroses respiratórias.
Roga-se, portanto, que, à luz dos artigos abaixo mencionados, as
autoridades responsáveis reavaliem o momento da campanha de
vacinação em massa OU assegurem – apontando referências
científicas convincentes – que a referida vacinação não implicará
incremento de risco para infecção por coronavírus e outras infecções
respiratórias não-influenza, evitando-se, deste modo, mais um
complicador neste momento de crise e pandemia por coronavírus.
De acordo com o artigo Increased risk of noninfluenza respiratory
virus infections associated with receipt of inactivated influenza
vaccine publicado em 2012 no Clinical Infectious Disease Journal, a
vacina trivalente inativada contra influenza aumentou em 4,4
vezes o risco de contrair outras viroses respiratórias “não-
influenza”.
O resumo (abstract) do artigo diz o seguinte:
“Foram randomizadas 115 crianças para vacina trivalente inativada contra influenza (VTI)
ou placebo. Nos 9 meses seguintes, os receptores da vacina trivalente inativada
tiveram um risco aumentado de infecções não influenza confirmadas
virologicamente (risco relativo: 4,40; intervalo de confiança de 95%: 1,31-14,8). Sendo
protegidos contra a gripe, os receptores da vacina trivalente contra influenza podem
perder temporariamente a imunidade inespecífica que os protegeria contra outros
vírus respiratórios.”

Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22423139

Em 2019, o artigo do Pentágono Influenza vaccination and respiratory


virus interference among Department of Defense personnel during
the 2017-2018 influenza season associou a vacina a um
incremento de 36% no risco de contrair coronavírus.
Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X19313647?via%3Dihub
Um artigo Australiano de 2011 denominado Vaccine Effectiveness
Against Laboratory-confirmed Influenza in Healthy Young Children: A
Case-Control Study apontou que a vacina contra influenza
duplicou o risco de infecção viral “não-influenza” e aumentou o
risco de gripe em 73%.
Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21079528

Em 2018, um estudo do CDC intitulado Assessment of temporally-


related acute respiratory illness following influenza vaccination
concluiu que, em comparação com as crianças não vacinadas, as
crianças que receberam a vacina contra influenza tiveram um
aumento no risco de doença respiratória aguda causado por
patógenos respiratórios não-influenza.
Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29525279

Pesquisadores da Clinica Mayo reportaram que a vacina contra


influenza pode triplicar o risco de internação hospitalar relacionado à
gripe em crianças asmáticas.
Fonte: https://www.medscape.com/viewarticle/703235
O artigo Influenza vaccine effectiveness among children 6 to 59
months of age during 2 influenza seasons: a case-cohort study
publicado em tradicional revista médica concluiu que não foi
possível demonstrar a eficácia da vacina na prevenção de
internação, idas à emergência ou visitas ambulatoriais
relacionadas à influenza em crianças menores de 5 anos.
Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=18838647

Em outras oportunidades, foram publicados artigos observacionais


apontando que a vacina contra influenza pode ter contribuído
para o incremento de pandemias por H1N1.

Skowronski DM, De Serres G, Crowcroft NS, et al. Association


between the 2008–09 seasonal influenza vaccine and pandemic
H1N1 illness during spring–summer 2009: four observational studies
from Canada. PLoS Med 2010 Apr 6;7(4)

Viboud C, Simonsen L. Does seasonal influenza vaccination increase


the risk of illness with the 2009 A/H1N1 pandemic virus? PLoS Med
2010 Apr 6;7(4)
“Apesar de uma série de estudos lançados rapidamente, os pesquisadores no Canadá
ainda não conseguem dizer - ou descartar - se receber uma vacinação contra a gripe
sazonal na temporada 2008-09 tornou mais provável que os canadenses adoecessem
com a pandemia de gripe H1N1 em 2009.
Em um longo artigo publicado hoje na Biblioteca Pública de Medicina (PLoSMed), os
pesquisadores detalham os resultados de quatro estudos complementares que foram
lançados após um surto escolar em abril de 2009, fornecendo o primeiro sinal de uma
associação entre vacinas sazonais e doença pandêmica da gripe. Os estudos, que
envolveram cerca de 2.700 pessoas, constataram no geral que a probabilidade de
precisar de atenção médica para a gripe pandêmica era 1,4 a 2,5 vezes maior entre
as pessoas que foram vacinadas no outono anterior.”

Fontes:

• http://www.cidrap.umn.edu/news-perspective/2010/04/new-canadian-studies-suggest-
seasonal-flu-shot-increased-h1n1-risk
• https://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1000258
• https://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1000259

Revisões sistemáticas Cochrane apontaram baixos resultados


de eficácia da vacina da gripe (perto de 1% em alguns casos), ou
seja, muito pouco animadores para justificar campanhas de
vacinação em massa.
Fontes:

• https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29388195
• https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29388196
• https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29388197

Além dos decepcionantes resultados das revisões sistemáticas


Cochrane, convém relembrar que no estudo Impact of Influenza
Vaccination on Seasonal Mortality in the US Elderly Population,
publicado em 2005, pesquisadores do governo americano não
identificaram qualquer impacto da vacinação contra influenza na
redução da mortalidade da população idosa americana, conforme
conclusão transcrita abaixo:
“Atribuímos o declínio na mortalidade relacionada ao vírus influenza entre pessoas de 65
a 74 anos na década após a pandemia de 1968 devido à aquisição de imunidade ao
emergente vírus A (H3N2). Nós não pudemos correlacionar o aumento da cobertura
vacinal após 1980 com taxas de mortalidade em declínio em qualquer faixa etária.
Porque menos de 10% de todas as mortes no inverno foram atribuídas à influenza em
qualquer estação do ano, concluímos que os estudos observacionais superestimam
substancialmente os benefícios da vacinação.”

Fonte: https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/486407

Vale mencionar que o artigo acima foi objeto de reportagem


publicada inicialmente na CBS News em 2006, atualizada em 2015
pela repórter investigativo Sharyl Attkisson, a qual consignou, dentre
outras conclusões extraídas a partir da análise de diversos artigos e
entrevistas com os envolvidos: “a taxa de mortalidade aumentou
acentuadamente desde a ampla vacinação contra a gripe entre
os americanos mais velhos. Os cientistas finalmente tiveram
que reconhecer que décadas de pensamento em saúde pública
estavam equivocadas.”
Fonte:

https://sharylattkisson.com/2015/09/govt-researchers-flu-shots-not-effective-in-elderly-after-all/

A conclusão de possível ineficácia da vacina contra influenza perante


a população idosa também foi registrada por pesquisadores italianos
que, no artigo Influenza-related mortality in the Italian elderly: No
decline associated with increasing vaccination coverage, concluíram:
“Esses achados sugerem que a vacina falhou em proteger os idosos contra a
mortalidade (possivelmente devido à senescência imunológica) e / ou os esforços
de vacinação não foram direcionados adequadamente aos idosos mais frágeis.
Como nos EUA, nosso estudo (na Itália) desafia as estratégias atuais para melhor
proteger os idosos contra a mortalidade, garantindo a necessidade de melhores
ensaios controlados com estratégias alternativas de vacinação”.

Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X0600764X

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