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quadrinhos
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História dos
quadrinhos
Outros marcos mundiais foram as tiras de “Tarzan” desenhadas por Hal Foster a
partir de 1929 e assumidas por Burne Hogarth em 1937, e “Tintim”, em 1929. Em
1930, Mickey Mouse, que estreara em animação em 1928, virou tira de quadri-
nhos e, depois, revista semanal. As histórias policiais estrearam em 1931 com
“Dick Trace”, de Chester Gould. Em 1934, Alex Raymond fez sucesso com a
ficção científica “Flash Gordon”. Criados em 1938 e 1939, Superman e Batman
inauguram uma nova fase dos quadrinhos de heróis pós-Segunda Guerra.
Em 1940, Will Eisner revolucionou a linguagem dos quadrinhos com “The Spirit”,
quadrinhos que uniam referências temáticas e estéticas da literatura policial e
do cinema noir. Por tudo isso, os anos entre 1920 e 1940 ficaram conhecidos
como a “época de ouro dos quadrinhos”.
No Brasil, a década de 1930 foi marcada pela iniciativa de Adolfo Aizen, que
importou quadrinhos americanos como “Agente secreto X-9”, “Flash Gordon”,
“Mandrake”, “Príncipe Valente”, “Tarzan”, “Pinduca”, entre outros. Em 1937 surge
a primeira personagem de terror brasileira “Garra Cinzenta”.
Até a década de 1960, porém, as tiras ainda tinham mais prestígio e público do
que as revistas em todo o mundo. Nesse período começou a se espalhar a
“febre dos quadrinhos” quando livros, revistas e conferências surgem reunindo
intelectuais e artistas no reconhecimento da importância dos quadrinhos no
século XX. Em 1985, Frank Miller inaugura os HQs de autor, lançando a história
do “Batman, O Cavaleiro das Trevas”. No ano seguinte, Art Spiegelman ganhou
o prêmio Pulitzer pela história de “Maus”.
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História dos
quadrinhos
MANGÁS
A arte dos mangás remonta o final do período Edo, no final do século XIX,
quando o Japão se abre para receber influências da cultura ocidental. Em 1877
é fundada a primeira revista japonesa de humor ilustrada “Marumaru Chim-
bum”. Rakuten Kitazawa lança em 1902 “Togosaky to Mokubê” no “Tokyo Kem-
butsu”, primeiros quadrinhos com personagem fixo do país. Outro artista
importante do período foi Ippei Okamoto. Até a Primeira Guerra Mundial, os
mangás eram voltados ao público adulto e tinham viés satírico. As histórias
infantis surgiram em 1923 com “Sho-chan no Boken” - “As aventuras do peque-
no Sho” de Katsuichi Kabashima e “Mangá Taro”, de Shigeo Miayao. No universo
infantil, o mangá deu origem a uma infinidade de personagens tornados símbo-
los da cultura pop japonesa.
Referências
ARAÚJO, Lucas Fonseca de. Cinema e quadrinhos: a evolução da arte sequencial de Will Eisner
e Frank Miller através do fenômeno noir. Monografia. Comunicação e Multimeios. Faficla. PUC,
São Paulo. 2011.
CARVALHO, Beatriz Sequeira de. O processo de legitimação cultural das histórias em quadri-
nhos. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação –
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. 2017.
SILVA, Cíntia Cristina da. Quem inventou as histórias em quadrinhos? Superinteressante. Digital.
18 abr. 2011. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-inventou-as-
-historias-em-quadrinhos/