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Marataízes
2019
NAIR CRUZ FRANÇA
MARATAÍZES
2019
NAIR CRUZ FRANÇA
BANCA EXAMINADORA
_______________________/__/___
Prof. Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Prof. Universidade Paulista – UNIP
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Prof. Universidade Paulista – UNIP
Dedico este trabalho ao meu pai, José França, que outrora, em momentos
financeiramente difíceis, me auxiliou nos estudos. À minha irmã Lucia, que me socorreu
diante deste mundo tecnológico. Ao meu esposo, Rogério, que muitas das vezes se
responsabilizou pelas atividades domésticas para que eu pudesse me dedicar aos
estudos. Ao meu pequeno Nicolas, que um dia irá compreender a ausência que fiz em
sua infância, fugindo de brincadeiras e deixando de contar-lhe histórias.
Dedido também às minhas amigas Maria Serrat, Vera Lúcia, Sandra e Rogéria,
que ausentei-me do convívio por algum tempo....
E, por fim, dedico à minha mãe, Maria da Penha, uma pessoa que não chegou a
completar os anos inicias do ensino fundamental, mas que de uma maneira muito
especial, foi a minha primeira professora.
AGRADECIMENTOS
(Emile Lemoine)
RESUMO
Este artigo apresenta um estudo sobre Educação Crítica e suas contribuições para o
ensino de matemática, proporcionando assim a consolidação de uma importante
Tendência de Pesquisa em Educação Matemática, denominada Educação
Matemática Crítica (EMC). Por meio de suas práticas, que podem ser caracterizadas
pela presença de diálogo e reflexão, a EMC permite que as questões sociais e
políticas sejam analisadas com um olhar matemático. Assim, foram elaboradas
propostas de atividades baseadas nessa tendência, a serem aplicadas em uma
turma do Ensino Superior e outra no Ensino Fundamental. A partir dos resultados do
aplicativo, alguns tópicos da EMC poderiam ser melhor discutidos e analisados. O
presente Trabalho de Curso abordou o tema Educação Matemática Crítica e apontou
aportes que visam ampliar habilidades matemáticas em sala de aula. O objetivo
geral deste trabalho foi ilustrar as diferenças de riqueza entre as diferentes regiões
do município de Itapemirim através da matemática na EMEIF “Anacleto Jacinto
Ribeiro”. Este Trabalho de Curso buscou ainda refletir questões em relação
abordagem educacional que não se restringem apenas ao aspecto cognitivo do
aprendizado, mas que também entenda como importante na formação do indivíduo,
considerando problemáticas como: o jovem da sociedade itapemirinense está
preparado para os desafios que são colocados a ele? Os objetivos específicos foram
descrever os principais conceitos sobre a Educação Matemática Crítica; apresentar
potencialidades no campo matemático na escola acima citada, auxiliando os alunos
no desenvolvimento do aprendizado da disciplina e; analisar o que as discrepâncias
indicadas no objetivo geral simbolizam em relação ao tipo de vida que os alunos
levam. Apresentou-se algumas características da Educação Matemática Crítica
apenas e, tão somente enquanto enfoque teórico, fundamentadas em pensamentos
de autores como Skovsmose e Lampert, entre outros, que deram sustentação para
as principais características do ensino de matemática feito de forma crítica, por meio
das abordagens a seguir.
This article presents a study on Critical Education and its contributions to the
teaching of mathematics, thus providing the consolidation of an important Research
Trend in Mathematical Education, called Critical Mathematical Education (EMC).
Through its practices, which can be characterized by the presence of dialogue and
reflection, EMC allows social and political issues to be analyzed with a mathematical
look. Thus, proposals for activities based on this trend were elaborated, to be applied
in one higher education class and another in elementary school. From the application
results, some EMC topics could be further discussed and analyzed. The present
Course Work addressed the Critical Mathematical Education theme and pointed out
contributions that aim to expand mathematical skills in the classroom. The general
objective of this work was to illustrate the differences in richness between the
different regions of the municipality of Itapemirim through mathematics in EMEIF
“Anacleto Jacinto Ribeiro”. This course work also sought to reflect issues regarding
educational approach that are not restricted to the cognitive aspect of learning, but
also understand as important in the formation of the individual, considering issues
such as: the youth of Itapemirim society is prepared for the challenges that are put to
him? The specific objectives were to describe the main concepts about Critical
Mathematical Education; present potentialities in the mathematical field in the school
mentioned above, helping students in the development of learning of the discipline
and; analyze what the discrepancies indicated in the overall goal symbolize in
relation to the kind of life students lead. Some characteristics of Critical Mathematics
Education were presented only and, only as a theoretical focus, based on thoughts of
authors such as Skovsmose and Lampert, among others, that supported the main
characteristics of the teaching of mathematics critically, through approaches to follow.
EC – Educação Crítica
EF – Educação Financeira
EMC –Educação Matemática Crítica
MF – Matemática Financeira
OCDE – Organização para a Coordenação e Desenvolvimento Econômico
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais
PENEF – Programa de estratégia Nacional de Educação Financeira
PG – Progressões Geométricas
PIB – Produto Interno Bruto
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
8 METODOLOGIA ................................................................................................................ 31
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO
preocupe com o modo como essas habilidades matemáticas podem ajudar as pessoas
a entender e transformar sua sociedade (SKOVSMOSE, 2001). Em outras palavras,
dados os vários pontos de vista que se podem observar em uma situação social, o
ensino também deve permitir que seja possível olhá-lo a partir das lentes matemáticas,
para ajudar na compreensão e fazer contribuições à análise, discussão e transformação
do mesmo.
Diante da crescente necessidade de formação de indivíduos para a cidadania,
percebe-se na abordagem sociopolítica da EMC a possibilidade de complementar o
caráter da matemática, trazendo à sua ótica questões relacionadas ao poder e à
democracia. Também pode contribuir para a formação de bases educacionais que
promovam o desenvolvimento de habilidades críticas e reflexivas, contribuindo para o
posicionamento dos sujeitos em diversas situações da sociedade.
Ilustrando as potencialidades, serão descritos alguns exemplos de atividades já
desenvolvidas no escopo da EMC, para que as características apontadas na teoria
possam ser reconhecidas nas aplicações. Os exemplos também serão um elo entre a
teoria apresentada inicialmente e a prática posteriormente após a visualização permitida
pelos exemplos, será mostrado um plano e uma prática que fazem uso da EMC para
mostrar que é possível olhar o ensino de matemática de uma maneira diferente , não
não no sentido de ser melhor ou pior prática, mas de dar possibilidades de criar um
ambiente em que habilidades matemáticas, democ ráticas e sociais possam ser
estimuladas e desenvolvidas de maneira desigual da tradicional.
Para isso as atividades planejadas com base em Hersh; Peterson (2005) foram
realizadas numa turma de estudantes do ensino fundamental. Este público foi escolhido
para que a teoria estudada anteriormente pudesse ser posta em prática e, assim,
capturar como os elementos da crítica poderiam ajudar, de maneira diferente, esse
grupo na formação de seus pensame ntos como alunos e também como sujeitos de uma
sociedade.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
cidadão crítico, que pensa de forma autônoma e sabe se posicionar diante das
questões sociais atuais. Eles foram: o “estudo de algumas maneiras de economizar;
estudo de casos de cálculos de trabalho; cálculo de benefícios constantes; atenção ao
financiamento imobiliário - tabela SAC e algumas taxas e alguns meios de aquisição de
veículos; arrendamento mercantil, CDC e consórcio ”(CUNHA, 2014, p.5).
Hersh; Peterson (2005) propõem uma atividade em que usaria a matemática para
auxiliar na análise e discussão das desigualdades de riqueza no mundo. Para fazer
isso, eles sugerem a distribuição de mapas do mundo para os alunos para identificar
continentes e, em seguida, estimar quantas pessoas vivem no mundo. Depois disso, 25
cartões de uma determinada cor devem ser distribuídos e disseram que representariam
toda a população mundial.
Os alunos também seriam convidados a empilhar esses cartões nos continentes
do mapa recebido, com base em como eles acreditariam que a população estaria
dividida no mundo. Seguindo sua proposta, 25 cartões de cores diferentes daqueles
inicialmente distribuídos devem ser compartilhados. Eles representariam toda a riqueza
do mundo, e os estudantes também deveriam empilhá-los nos continentes no mapa,
com base em como acreditariam que a riqueza seria dividida no mundo.
Após discutirem as estimativas, os autores propõem demonstrar como a riqueza
e a população do mundo são realmente distribuídas, dividindo a classe para que cada
grupo represente um continente. O número de alunos em cada grupo deve ser
proporcional à população de cada continente. Alguns brindes também seriam
distribuídos aos grupos, de acordo com a riqueza e a pobreza do continente
representado.
Os presentes poderiam ser renegociados escolhendo um negociador por grupo
que pudesse se reunir com outros negociadores para realizar essa tarefa como bem
entenderem. Concluindo a proposta, os alunos puderam discutir suas perspectivas
sobre a distribuição dos brindes, em uma reflexão com toda a turma. Além de trabalhar
em proporções matemáticas através de diferenças discrepantes em alguns continentes
entre o número de estudantes (habitantes) e a quantidade de guloseimas (riqueza), a
atividade poderia permitir discussões sobre (des) igualdade e justiça social.
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nossa vida desde o momento em que nascemos, é através dela que aprendemos as
normas para que possamos agir e conviver bem em sociedade.
Fazendo a junção desses dois termos Educação e Financeira, podem-se ter
diferentes concepções. O entendimento do que vem a ser EF foi expresso nos
seguintes termos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE):
EF é o processo pelo qual os consumidores financeiros/investidores melhoram a sua
compreensão sobre os conceitos e produtos financeiros e, através da informação,
instrução e/ou aconselhamento objetivos, desenvolvam as habilidades e a confiança
para tomar consciência de riscos e oportunidades financeiras, para fazer escolhas
informadas, saber onde buscar ajuda e tomar outras medidas eficazes para
melhorar a sua proteção e o seu bem-estar financeiro (OECD, 2005b, p. 26).
Educação Financeira sempre foi importante aos consumidores, para auxiliá -los
a orçar e gerir a sua renda, a poupar e investir, e a evitar que se tornem vítimas
de fraudes. No entanto, sua c rescente relevância nos últimos anos vem
ocorrendo em decorrência do desenvolvimento d os mercados financeiros, e das
mudanças demográficas, econômicas e políticas. (OCDE, 2004, p.223)
O jogo faz parte do cotidiano das crianças. A atividade de jogar é uma alternativa
de realização pessoal que possibilita a expressão de sentimentos, de emoção e propicia
a aprendizagem de comportamentos adequados e adaptativos. A utilização de
ambientes virtuais de aprendizagem, associada a uma metodologia adequada, favorece
o desenvolvimento de iniciativa, motivação, autodisciplina e autonomia no aluno.
Sob essa nova perspectiva é que se torna possível analisar novas estratégias de
ensino e aprendizagem, como por exemplo, os jogos. Motta coloca que:
Para jogar é fundamental resgat ar a crianç a que existe dentro de nós, pois as
crianças sabem brinc ar, são elas que transitam entre fantasia e realidade,
levando e t razendo elementos de um cont exto a outro, refazendo a história c om
a liberdade de um criador. Como todos os mamíferos, as crianças já nascem
sabendo brincar, mas são capazes e ir além, de s e apropriar do mundo criando
seus jogos dramáticos. Este potencial para o aperfeiçoamento próprio é uma
peculiaridade humana que distingui o ser humano dos filhotes de animais. Mas,
curiosamente, a criança não joga para evoluir; ela evolui porque joga. (MOTTA,
2002, p.16-17)
Segundo Brenelli (1996), jogar é estar interessado, não podendo ser uma
imposição, é um desejo. O sujeito quer participar do desafio, da tarefa. Já para Smole
(2007, p. 14) “todo o jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma
certa alegria para o espaço no qual normalmente entram apenas livros, o caderno e o
lápis”. É, portanto, preciso ter clareza no momento de selecionar ou construir o jogo
mais adequado para determinado grupo:
Um jogo pode ser escolhido porque permitirá ao aluno que comecem a pensar
sobre um novo assunto, ou para que tenham um tempo maior para desenvolver
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a compreensão sobre um conc eito, para que eles des envolvam estratégias de
resolução de problemas ou para que conquistem determinadas habilidades que
naquele momento você vê como importante para o ensino e aprendizagem.
Uma vez escolhido por meio de critérios, seu início não deve ser imediato: é
importante que você tenha clareza se fez uma boa opção. Por isso antes de
levar em aula e necessário que você o conheç a jogando (SMOLE, 2007, p.14).
Outra realidade que não se pode desconsiderar é que alguns jogos apresentam
diferentes aspectos para alguns alunos. Enquanto que para certo aluno um jogo é
apenas um aprofundamento, para outro, pode ser um jogo de construção do
conhecimento que está sendo explorado. Tal realidade deve ser encarada com
naturalidade, visto que trabalhamos, normalmente, com grupos heterogêneos e que
necessitam de diferentes espaços de tempo para se desenvolverem.
Frente a essa preocupação, Lara, esclarece que:
Trabalhar com jogos envolve o planejamento, exige preparo por partes dos
envolvidos para que além de jogar o aluno possa aprender. O jogo deve apresentar
tanto a dimensão lúdica quanto a educacional para que seus objetivos sejam
concretizados.
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8 METODOLOGIA
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I.; MILANI, E. Cadernos do Mathema. Porto Alegre: Artmed,
2007
TOLOTTI, M. As armadilhas do consumo: acabe com o endividamento. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2007.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. Trad. José Cipolla Neto et alii. São
Paulo, Livraria Martins Fontes, 1984.
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APÊNDICES
TEMA
Pobreza em Itapemirim: um município tão rico.
PÚBLICO ALVO
Alunos do 8º ano da EMEIEF “Anacleto Jacinto Ribeiro”.
DURAÇÃO
1 hora e 40 minutos.
MATERIAIS:
2.1.1 1 mapa político de Itapemirim dividido por regiões;
2.1.2 30 questionários sobre estimativas populacionais e econômicas;
2.1.3 25 biscoitos;
2.1.4 Fichas de papel contendo nomes de regiões escritas.
OBJETIVO
PARTE 1
Fonte: https://sedes.es.gov.br/itapemirim
PARTE 2
Na sua opinião:
(a) Qual é o mais populoso?
(b) Qual é o 2º mais populoso?
(c) Qual é o 3º mais populoso?
(d) Qual é o 4º mais populoso?
(e) Qual é o menos populoso?
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3) Na sua opinião:
(a) Qual é o distrito mais rico?
(b) Qual é o 2º mais rico?
(c) Qual é o 3º mais rico?
(d) Qual é o 4º mais rico?
(e) Qual é o mais pobre?
Após este momento serão revelados os verdadeiros dados sobre a população. Para
isso serão consideraremos a população total itapemirinense segundo dados do
IBGE/2014 como 33.952 habitantes. A tabela abaixo mostra informações à população.
Entretanto não são os dados reais exatos, mas sim dados aproximados. Foi optado por
utilizar esta tabela aproximada pois o tempo de aplicação será limitado, e o trabalho
com números menos complexos, poderá auxiliar melhor para que o objetivo da
atividade seja atingido: que não é a avaliação de cálculos elaborados, mas sim a
compreensão do conceito de porcentagem, para que depois haja uma discussão sobre
o que esses números representam.
Itaipava 60,38%
PARTE 3
Itaipava tendo 60,38% como seu número aproximado de população significa que, da
população total brasileira, que chamamos de 100%, mais da metade reside nessa
localidade, ou seja, mais 6% cada 100 habitantes pertencem a esta localidade. Em
seguida, os alunos serão revelados que sua turma representará Itapemirim e toda a sua
população e serão divididos em grupos de acordo com o percent ual da população
regional.
Portanto, eles devem calcular quantos alunos cada grupo regional deve ter. Exemplo:
Utilizando o percentual fictício de 8%, se a turma tiver 25 alunos no total, o grupo
Itaipava deverá ter 8% desses alunos. Portanto, devemos fazer a regra de três:
Vamos lá: 25 alunos - 100% X (quantos alunos?) - 8%. Em frações, teremos essas três
regras como: 25/x = 100/8. Multiplicaremos o numerador da fração esquerda pelo
denominador da fração direita. Também multiplicaremos o numerador da fração à direita
pelo denominador da fração à esquerda. Vamos combinar os dois produtos resultantes.
Este procedimento é chamado multiplicação cruzada. Assim, teremos o resultado: 100X
= 200; portanto X = 2.
Portanto, se a turma tivesse 25 alunos presentes, dois deles fariam parte do grupo de
Itaipava. Os alunos devem determinar individualmente quantos alunos estarão em cada
grupo regional e depois verificar os resultados no quadro. Após todos os cálculos
efetuados, a turma será dividida de acordo com as porcentagens, e isso pode ser feito
através de sorteio, utilizando os registros em papel que contêm as regiões escritas do
Brasil.
PARTE 4
Nesta atividade, a riqueza de cada região será simbolizada por biscoitos. A riqueza total
do país será representada por 25 biscoitos. Devido ao tempo reduzido, a porcentagem e
os cookies que cada grupo receberá devem ser calculados previamente. Assim, cada
grupo receberá uma quantidade do doce de acordo com a riqueza da região que
representa. A seguir, é apresentada a tabela do total de cookies que serão recebidos
por grupo:
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PARTE 5
PARTE 6
com distritos e não com localidades. A aluna respondeu que, pelo que ela já havia
escutado e visto, provavelmente o Frade e a Freira pertencesse a Itapemirim e não à
cidade de Cachoeiro de Itapemirim, como muitas pessoas acreditam e que, por pensar
assim, seria o distrito mens populoso.
Sua lógica é verdadeira, pois o Frade e a Freira pertence ao distrito de Itapecoá,
o menos populoso. Apesar de ainda não serem conhecidos os valores matemáticos
para que soubesse qual era a região mais ou menos populosa, a aluna utilizou de
outros dados, como os midiáticos ou por ouvir dizer.
Seguindo analisando as respostas dos alunos, a maioria deles escreveu que o
distrito Sede era a mais populoso, o que não condiz com os dados reais. Em relação à
região menos populosa, houve divergência entre a maioria dos alunos, pois alguns não
entenderam a divisão. Os dados reais seguem a seguinte ordem (do de maior
concentração de habitantes ao menos populoso: Itaipava, Sede, Piabanha, Rio Muqui e
Itapecoá.
Outra situação interessante foi que alguns alunos fizeram suas estimativas, mas
sempre olhavam atentamente para o mapa a todo momento. Ao conferir suas
respostas, percebi que estes alunos julgaram que áreas maiores poderiam conter mais
pessoas e logo, afirmaram em seus questionários que a região mais populosa seria a
central (por verem no mapa que ela possuía a maior extensão de terras.
Caso esta não fosse uma atividade isolada, onde pudessem ter continuidade as
reflexões, ainda poderia ser trabalhado com os alunos questões que discutissem
situações como as observadas acima, em atividades interdisciplinares com geografia.
Poderíamos discutir quais regiões tem grandes extensões de terras, e se essas terras
são todas habitáveis. Ou ainda, quais as vegetações existentes em Itapemirim e quais
delas são mais propícias para que uma grande quantidade de pessoas possa viver, e
outras questões.
Na terceira pergunta, onde tinham que escrever as regiões em ordem
decrescente da quantidade de riqueza que estimavam que cada uma possuía, a maioria
da turma alegou em seus questionários que o centro seria a região mais rica, o que
condiz com os fatos reais. Já em relação a região que possuía menos riquezas, a
maioria da sala escolheu o o limite com o município de Presidente Kennedy, por
ouvirem dizer que as comunidades limitrofes são extremamente pobres.
Na pergunta alguns alunos julgaram a quantidade de riqueza das regiões
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Figura 4: Opinião de um dos alunos sobre a forma como os biscoitos foram distribuídos.
Outros alunos mostraram em suas opiniões que estavam esperando que ao final
da atividade, seus negociadores representantes pudessem alterar esta divisão, e como
não foi isso o que ocorreu, não consideraram justas as divisões.
Figura 5: Opinião de um dos alunos sobre a forma como os biscoitos foram distribuídos 29.
Figura 6: Opinião de um dos alunos sobre a forma como os biscoitos foram distribuídos 30.
Figura 7: Opinião de um dos alunos sobre a forma como os biscoitos foram distribuídos.