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Usando a Curva ABC!

O método e uso da Curva ABC é muito simples. Leia todo o artigo com atenção
(em especial o penúltimo parágrafo) e você se surpreenderá – pronto para fazer a
sua Curva ABC e obter os ganhos que ela oferece – já!

O nome – Curva ABC – é para lembrar, ressaltar que ABC são as três letras que
estão na frente de todo o alfabeto. É uma analogia, para nos lembrar que o mais
importante deve ser visto primeiro.

A Curva ABC, num gráfico, tem um desenho característico. Veja figuras abaixo.

Numa definição simples, Curva ABC é um recurso para identificar os itens


mais importantes a considerar dentro de uma quantidade geralmente grande
de itens.

A Curva ABC, também conhecida como Classificação ABC, ou Lei de Paretto


(“primo rico do Murphy”), nada mais é que a constatação de que a maioria das
coisas que ocorrem “livremente” (preços de mercado, tamanhos de arquivos,
tempos de espera), quando colocada num gráfico, com uma classificação de
valores (do maior para o menor, por exemplo), segue uma distribuição de
ocorrência como mostrado no exemplo da figura-janela abaixo.
Se desejar ver como foi construída esta curva ABC (recomendo ler antes o
restante do artigo), ou testar com outros valores, acesse, analise e teste
diretamente o arquivo original (planilha de cálculo).

O ponto-chave da Curva ABC é ver – constatar – que as maiores parcelas do


VALOR (acumulado) correspondem às menores parcelas da QUANTIDADE.
Tem-se em média 35% do valor total para apenas 20% do total de itens. Os
próximos 30% dos itens acumulam 75% do valor, e os últimos 50% correspondem
a 25% do valor. Os 30% finais da quantidade correspondem a apenas 10% do
valor total.
Chamamos de A os itens de maior valor, de B os de valor intermediário e C o
restante – A B C.

O exemplo da figura acima corresponde ao caso “teórico” da Curva ABC, onde os


valores têm uma distribuição uniforme.
Na prática, nos casos mais comuns, por motivos diversos, a distribuição
costuma ser bem desuniforme. Exemplos: distribuição de renda, valor de itens
de estoque, qualidade de fornecedores, despesas, custos, tamanhos de
mensagens eletrônicas, etc.

E quanto mais desuniforme a distribuição, mais se acentua a Curva ABC.


Mais interessante e vantajosa se torna a sua aplicação.

Nesses casos a Curva ABC fica como na figura abaixo, sendo comum ter-se em
torno de 65% do valor total para apenas 20% do total de itens! Ou 50% para 10%!
Ou 30% para 5%!!
Assim, por exemplo, se você apagar 5% apenas das suas mensagens –
escolhendo as maiores (no topo da lista colocada em ordem decrescente pelo
tamanho dos arquivos, conforme explicado abaixo) – já vai liberar uns 30% de
espaço na sua caixa postal. Experimente, comprove. Deu certo? Você acabou de
usar a técnica da Curva ABC ou de Paretto.

Em casos de desuniformidade mais acentuada, a proporção entre os maiores


valores e as menores quantidades pode atingir os 80/20 ou até mais.

O maior trabalho para fazer uma Curva ABC é colocar os itens em ordem de valor,
crescente ou decrescente. Geralmente isso costuma ser muito fácil.
Na sua caixa postal, por exemplo, basta clicar no título da coluna que mostra o
tamanho das mensagens. Se essa coluna não aparece na sua tela, vale a pena
colocar (é super-fácil; veja no Help).
Para escolher quais despesas reduzir usando a Curva ABC, primeiro relacione
todas, ou pelo menos as mais significativas. Coloque os valores em ordem
decrescente. Ao lado de cada item, indique o valor acumulado (sub-total) e a %
que ele representa do total (é tudo coisa fácil de fazer, por exemplo, usando o
Excel – se for sua 1ª. vez, possivelmente um amigo ao lado poderá lhe ajudar ou
mostrar como fazer). Escolha o “lote” de itens a serem trabalhados do tamanho
que julgar conveniente, pelo valor da porcentagem. Assim, com a Curva ABC,
você vai trabalhar com “foco” nos melhores resultados possíveis.

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