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Universidade Federal de Alagoas

Centro de Tecnologia
Programa de Pós-Graduação de Engenharia Civil

Sistemas Estruturais em Concreto Armado


Prof. Wayne Santos de Assis

Lajes
ELU,, ELS,, Dimensionamento à Punção,
ç , Detalhamento e Exemplo
p
Lajes
ELU e ELS

Força Cortante em Lajes

Dimensionamento de Lajes à Punção

Detalhamento

Exemplo
Lajes

Estado Limite Último

Na determinação dos esforços resistentes das seções de lajes submetidas a


esforços normais e momentos fletores, devem ser usados os mesmos princípios
vistos em aula anterior (Estado Limite Último - VIGAS)

Estados Limites de Serviço

Em relação ao Estado Limite de Deformação e Estado Limite de Fissuração,


Fissuração
devem ser usados os critérios vistos em aula anterior
Lajes
Força Cortante em Lajes
Lajes sem Armadura para Força Cortante
VSd ≤ VRd1
VRd1 = [τRd k (1,2 + 40 ρ1) + 0,15 σcp] bwd

onde:
τRd = 0,25 fctd
fctd = fctk,inf / γc
As1 , não maior que 0,02
ρ1 =
bw d
σcp = NSd / Ac (Nsd é a força longitudinal na seção, causada pela protensão ou carregamento)

k é um coeficiente que tem os seguintes valores:


elementos onde 50 % da armadura inferior não chega até o apoio: k = 1
para os demais casos: k = 1,6 - d, não menor que 1, com d em metros
Lajes
Força Cortante em Lajes
Lajes sem Armadura para Força Cortante
Onde:
fctd resistência de cálculo do concreto ao cisalhamento
As1 área da armadura de tração que se estende até não menos que d + lb,nec
além da seção considerada; com lb,nec definido na figura
bw largura mínima da seção ao longo da altura útil d
NSd força longitudinal na seção devida à protensão ou carregamento
(compressão positiva)
Lajes
Punção
Punção é o Estado Limite Último determinado por cisalhamento no entorno
de forças concentradas

Arm. de flexão Superfície de Ruptura

25º a 30º

.
Pilar

Pode ocorrer quando forças concentradas, ou atuando em pequenas áreas,


são aplicadas diretamente nas lajes, causando a sua perfuração
Lajes

Punção

‰ Ruptura ocorre na ligação da laje com o pilar

‰ Ruína de forma abrupta e frágil

‰ Para aumentar a resistência à punção da laje:

ƒ Aumentar a espessura das lajes na região do pilar


ƒ Utilizar concreto de alta resistência
ƒ Usar armadura de cisalhamento
Lajes

Punção

Superfície de ruína para pilares internos


ƒ Lajes e carregamentos simétricos (caso simétrico
simétrico))
Lajes

Punção

Superfície de ruína para pilares de borda


ƒ Caso assimétrico
Lajes

Punção

Superfície de ruína para pilares de canto


ƒ Caso assimétrico
Lajes
Punção
Detalhe de Armadura de Cisalhamento
“Studs” (Conectores)
Lajes

Punção

Posições das superfícies de ruína para lajes


com armadura de punção
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Modelo de Cálculo

ƒ Verificação do cisalhamento em duas ou mais superfícies críticas


ƒ Na primeira superfície crítica, dada pelo perímetro C do pilar ou da
carga concentrada
ƒ Na segunda superfície crítica, dada pelo perímetro C’, afastado 2d do
pilar ou da carga concentrada
ƒ Caso haja necessidade, a ligação deve ser reforçada por armadura
transversal
ƒ A terceira superfície crítica, perímetro C”, só é utilizada quando é
necessário colocar armadura transversal. O perímetro da superfície
C” é afastado 2d da última camada de armadura transversal
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Pilares internos - Superfícies Críticas C e C’

Perímetro crítico em pilares internos


Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Tensão Solicitante nas Superfícies C e C’
No caso em que o efeito do carregamento pode ser considerado simétrico:

FSd
τSd =
ud
Com:
d = (dx + dy)/2
onde:
d altura útil da laje ao longo do contorno crítico C', externo ao contorno C da
área de aplicação da força e deste distante 2d no plano da laje
dx e dy alturas úteis nas duas direções ortogonais
u perímetro do contorno crítico C'
ud área da superfície crítica
FSd força ou a reação concentrada, de cálculo
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Pilar Interno com Momento em Uma Direção
FSd K M Sd
τSd = +
ud Wp d
onde:
K coeficiente que fornece a parcela de MSd transmitida ao pilar por cisalhamento,
que depende da relação C1/C2 entre as dimensões do pilar
C1/C2 0,5 1,0 2,0 3,0

K 0,45 0,60 0,70 0,80

Onde:
C1 é a dimensão do pilar paralela à excentricidade da força
C2 é a dimensão do pilar perpendicular à excentricidade da força

Para um pilar retangular:


C12
Wp = + C1 C2 (para o contorno C)
2
C12 Msd C2
Wp = + C1 C2 + 4 C2 d + 16 d 2 + 2π d C1 (para o contorno C')
2
C1
W p : Módulo de resistência plástica do perímetro crítico
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Pilares de Borda

Menor valor entre

Perímetro crítico em pilares de borda


Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Pilares de Borda

Quando não agir momento no plano paralelo à borda livre:

F K1 MSd1
τSd = Sd + MSd1 =( MSd - MSd*) ≥ 0
u* d Wp1 d

MSd* é o momento de cálculo resultante da excentricidade (e*)


do perímetro crítico reduzido u* em relação ao centro do pilar MSd* = Fsd. e*

K1 é fornecido pela tabela do slide 16, de acordo com C1 / C2


Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Pilares de Borda

Quando agir momento no plano paralelo à borda livre:

FSd K 1M Sd1 K 2M Sd 2
τ Sd = + +
u*d W p1d Wp 2d
Msd2 é o momento no plano paralelo à borda livre
K2 é fornecido pela tabela do slide 16, mas depende de C2 / (2. C1)
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Pilares de Canto

Perímetro crítico em pilares de canto


Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Pilares de Canto
Aplica-se o disposto para o pilar de borda quando não age momento no
Aplica-
plano paralelo à borda

Como o pilar de canto apresenta duas bordas livres, deve ser feita a
verificação separadamente para cada uma delas, considerando o
momento fletor cujo plano é perpendicular à borda livre adotada

K deve ser calculado em função da proporção C1/C2, sendo C1 e C2,


respectivamente, os lados do pilar perpendicular e paralelo à borda
livre adotada
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Definição da tensão resistente nas superfícies
críticas C, C’ e C”

Verificação da tensão resistente de compressão diagonal


do concreto na superfície crítica C

τ Sd ≤ τ Rd 2 = 0,27αν fcd
sendo:

αν = (1 - fck/250)
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Definição da tensão resistente nas superfícies
críticas C, C’ e C”

Tensão resistente na superfície crítica C’ em elementos


estruturais ou trechos sem armadura de punção

(
τ Sd ≤ τ Rd 1 = 0,13 1 + 20 d (100 ρ f ck ) ) 13

ρ = ρ x .ρ y dx + dy
d=
2
d é a altura útil da laje ao longo do contorno crítico C' da área de aplicação da força, em
centímetros

ρ é a taxa geométrica de armadura de flexão aderente

ρx e ρy são as taxas de armadura nas duas direções ortogonais


Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Definição da tensão resistente nas superfícies
críticas C, C’ e C”

Tensão resistente nas superfícies C’ em elementos estruturais


ou trechos com armaduras de punção

d Asw f ywd senα


(
τ Sd ≤ τ Rd3 = 0,10 1+ 20 / d (100ρ fck )) 1/ 3
+1,5
sr u d
Sr é o espaçamento radial entre linhas de armadura de punção, não maior do que 0,75d
Asw é a área da armadura de punção num contorno completo paralelo a C‘
α é o ângulo de inclinação entre o eixo da armadura de punção e o plano da laje
u é o perímetro crítico ou perímetro crítico reduzido no caso de pilares de borda ou canto
fywd é a resistência de cálculo da armadura de punção, não maior do que 300 MPa para conectores ou
250 MPa para estribos (de aço CA-50 ou CA-60)
Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção
Definição da superfície crítica C’’
Quando for necessário utilizar armadura transversal, ela deve ser estendida em
contornos paralelos a C’ até que, num contorno C” afastado 2d do último contorno de
armadura, não seja mais necessária armadura,isto é, τsd ≤ τRd1

Disposição da armadura de punção em planta e contorno da superfície crítica C”


Lajes
Dimensionamento de Lajes à Punção

Disposição da armadura de punção em corte


Lajes
Detalhamento

Armadura contra colapso progressivo: As fyd ≥ FSd


As é a somatória de todas as áreas das barras que cruzam cada uma das faces do pilar
Lajes
Exemplo
Exemplo baseado em trabalho de Vasconcelos (2003)

Dados::
Dados

fck = 30 MPa
h laje = 17 cm
d laje = 15 cm
Aço CA50
Carga atuante no pilar, por pavimento: 300 kN
VASCONCELOS, A. C. Desvendando os mistérios da punção, 2003.
Lajes
Exemplo
Lajes
Exemplo
Lajes
Exemplo
Lajes
Exemplo
Lajes
Exemplo
Determinação dos perímetros críticos
Lajes
Exemplo
Determinação dos perímetros críticos
Lajes
Exemplo
Determinação dos perímetros críticos
Lajes
Exemplo
Determinação dos perímetros críticos

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