Para o funcionamento pleno e efetivo da função jurisdicional, e do Poder
Judiciário como um todo, decidiu o legislador constituinte, em elencar junto a Constituição Federal de 1988, algumas das funções, chamadas, essenciais à justiça, dotadas de tamanha importância, que sem elas, tornam se inviáveis a função jurisdicional no país. Trataremos neste momento, da magistratura. São os juízes, que representarão, de fato, o Poder judiciário numa determinada lide, que determinarão a procedência ou não das ações judiciais a eles propostas. Tais juízes, são apenas os juízes togados, excluindo-se os juízes leigos, árbitros ou conciliadores. De acordo com o Código de Processo Civil, em seu artigo 203, o juiz se manifestará nos processos de três maneiras, com a sentença, que dará fim a fase de conhecimento do processo, ou execução, a decisão interlocutória, qualquer manifestação com caráter decisório que não sentença terminativa de mérito, e despacho de mero expediente, qualquer manifestação do magistrado que não sentença ou decisão interlocutória. A admissão na carreira, terá início com cargo de juiz substituto, que terá ingresso através de concurso público, tanto de provas, quanto títulos, sendo exigido, ao menos três anos de atividade jurídica para o ingresso aos cargos iniciais da carreira da magistratura. O cargo de magistrado, tendo em vista a grande relevância de sua função, adquiriu certas garantias com o advento da Carta Magna de 1988. A primeira, prevista no artigo 95, I, da Constituição Federal, a vitaliciedade, isto é, após a aprovação em seu estágio probatório, atual de dois anos, o juiz só poderá ser destituído de sua ocupação através de sentença judicial transitada em julgado. A segunda garantia dos magistrados é prevista do inciso II do artigo 95 da Carta Magna, a inamovibilidade, quer dizer, a impossibilidade de transferência arbitrária de um magistrado de uma comarca a outra sem a sua anuência, cabendo ressaltar, entretanto a exceção presente no artigo 93, VII da mesma Constituição Federal. Por último, presente no artigo 95, III da Carta Maior, está presente a irredutibilidade de subsídios, seu salário não poderá ser reduzido.
Referências Bibliográficas
GRINOVER, Ada Pellegrini.; CINTRA, Antônio Carlos De Araújo;
DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 31 ed. São Paulo: Malheiros, 2015. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2015.