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Direito empresarial
fundamentos do direito:
a ciência do direito e
normas jurídicas
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direito empresarial
fundamentos do direito:
a ciência do direito e
normas jurídicas
Competências
A partir do estudo desta Unidade de Aprendizagem
você deve adquirir a capacidade de compreender o que
é o Direito e o que é a Ciência do Direito, e o que são as
normas jurídicas.
Habilidades
Organizar e gerir a empresa com base no Direito. Mobilizar
os recursos disponíveis para o encaminhamento de solu-
ções apropriadas dentro da ótica das normas da socieda-
de, para os mais diversos contextos organizacionais.
parte i
FUNDAMENTOS DO DIREITO:
A ciência do direito
apresentação
Olá, nesta primeira parte da Unidade de Aprendizagem
você terá uma visão panorâmica do que é a ciência do
Direito, seus principais conceitos para que possa desen-
volver os demais temas que se seguirão. A importância
de se conhecer a base do direito está no fato de que o
aluno terá condições de avaliar melhor suas escolhas, de
uma forma legítima e consciente, uma vez que o Direi-
to permeia os fatos sociais, ou seja, no nosso modo de
vida. Por meio dos conteúdos estudados nesta Unidade
de Aprendizagem ficará fácil dar prosseguimento aos es-
tudos e compreender de uma forma mais clara, os insti-
tutos que fazem parte do arcabouço jurídico.
Para Começar
Você sabe que tem que lutar incessantemente pelos seus
direitos para conseguir alcançar seus objetivos nessa vida.
Na sociedade em que vivemos, todos os dias nascem
novas leis, que interferem no nosso modo de vida, pode-
mos dizer que o Direito se modifica dia a dia.
Nesta parte da Unidade você compreenderá os fun-
damentos do Direito e sua finalidade e entenderá que o
Direito é uma ciência.
Tomará conhecimento que o Direito mantém a so-
ciedade coesa.
Conhecerá quais os elementos que compõem o Di-
reito e compreenderá que o Direito tem a finalidade de
organizar a vida em sociedade.Conhecerá, por fim, os
símbolos do Direito / Justiça.
Assim, para iniciarmos, observe as questões abaixo e anote suas res-
postas e percepções, para testar seus conhecimentos. Ao final desta Uni-
dade, refaça o exercício para ver o quanto assimilou da Unidade de Apren-
dizagem, pois isto certamente contribuirá para seus estudos.
Fundamentos
O Direito regula a vida em sociedade, imprime uma direção e a transforma.
O Direito visa o bem comum de todas as pessoas dentro da sociedade.
Por bem comum entendemos o respeito à dignidade que cada ser humano
possui, independentemente de sua condição social, da cor da pele, do sexo,
de idade, da orientação sexual e política e de sua convicção religiosa.
Atenção
Direito, ética e moral são coisas distintas, embora muitas
vezes apareçam unidas.
Moral pode ser entendida como o conjunto de costumes
de uma sociedade.
A ética estuda e realiza uma reflexão sobre as ações e o
comportamento humano, buscando os bons costumes e as
corretas ações.
Diz-se que a Moral não obriga, mas o Direito sim.
Atenção
Atualmente, a palavra “Direito” tem vários significados, como:
ATENÇÃO
Assim, se a Religião influenciou o Direito, como podemos
conciliar o termo Ciência do Direito?
Ciência e Religião se apresentaram, muitas vezes, in-
conciliáveis.
O ser humano, a todo tempo questiona e altera a realidade que vive, mo-
dificando a sociedade e o Direito.
O ser humano está em constante modificação e representa a síntese de
todos os elementos do Universo, sejam eles materiais e espirituais, o que re-
flete no modo como organiza a sociedade e o Direito, e como cria as normas.
Como a Ciência do Direito examina o Direito na sociedade, dizemos
que ela é uma ciência social.
O termo ciência tem, também, vários significados, como por exem-
plo, ciência de um fato por determinada pessoa; tomar ciência de um
documento (saber de seu conteúdo); ciências naturais, ciências sociais,
ciência da fé, ciências ocultas, ciência da alma e outras, numa uma lista
quase interminável.
É possível afirmar que a Ciência do Direito tem a tarefa de interpretar
os textos das normas e as situações ocorridas na sociedade, tendo em
vista uma finalidade prática de como aplicá-las. O caráter científico da
ciência do Direito pode ser verificado, pela característica de se ocupar em
DICA
O Direito nasce na sociedade; daquilo que ela considera que
seja importante transformar em norma de conduta, em re-
gra, em lei.
Assim, num primeiro momento, o Direito provém da so-
ciedade, atendendo seus anseios e interesses.
CONCEITO
Miguel Reale diz que o Direito é um conjunto de regras obri-
gatórias que garantem a convivência social, graças ao esta-
belecimento de limites à ação de cada um dos membros da
sociedade (REALE, 2001).
... o Direito é um dos fenômenos mais notáveis da vida humana, compreendê-lo é com-
preender uma parte de nós mesmos. É saber em parte porque obedecemos, porque
mandamos, porque nos indignamos, porque aspiramos mudar em nome de ideais,
porque em nome de ideais conservamos as coisas como estão. Ser livre é estar no di-
reito e, no entanto, o direito nos oprime e nos tira a liberdade. Por isso compreender
O Direito pode ser visto pelo ângulo interno, que é a prática jurídica, quanto
pelo ângulo externo, que é o das modalidades por meio das quais, o Direito
se insere na vida social, política e econômica (LAFER, apud FERRAZ, 1989).
Assim, é difícil encontrar uma forma sucinta que dê a noção de Direito,
independentemente de qualquer restrição, devido às suas características,
entre as quais podemos citar a coercibilidade da norma e na sujeição, tan-
to do indivíduo, quanto do Estado, ao seu comando.
É razoável entender que o Direito é o princípio de adequação à vida
social (PEREIRA, 1990).
O Direito, como ciência social que é, só pode ser imaginado em função
do homem vivendo em sociedade.
Não se pode conceber a vida social sem pressupor a existência de
certo número de normas reguladoras das relações entre os homens,
julgadas, por estes mesmos, obrigatórias e que irão determinar, de um
modo menos ou mais intenso, o comportamento do homem no grupo
social (RODRIGUES, 1989).
Qualquer agrupamento humano, por mais rudimentar que seja seu
estágio de desenvolvimento, possui um conjunto de normas, vistas pe-
los componentes como obrigatórias, disciplinado o comportamento de
tais indivíduos e aplicando uma sanção no caso de descumprimento
(RODRIGUES, 1989).
CONCEITO
A sanção (= punição), no Direito, existe para que a norma
seja cumprida, embora esta possa ser desempenhada es-
pontaneamente. Exemplo de sanção: aplicação de uma mul-
ta ou a decretação da prisão de uma pessoa.
CONCEITO
Não se pode querer apartar o Direito dos seres humanos.
O homem é resultado da integração de todas as coisas e
de tudo que existe.
Dividimos a vida humana em vários departamentos, ape-
nas para fins de aprendizado e, às vezes, de trabalho, mas a
vida humana forma um todo indivisível.
CONCEITO
As dimensões do Direito são três:
→ Os fatos que ocorrem na sociedade;
→ A valoração que se dá a esses fatos;
→ A norma que regula as condutas de acordo com os
fatos e valores.
CONCEITO
O Direito tem três elementos: sujeito, objeto e relação.
Sujeito: pessoa física ou jurídica;
Objeto: bem ou vantagem fixada pela ordem jurídica em
relação ao sujeito;
Relação: garantia dada pela ordem jurídica para proteger o
sujeito de direito e o objeto.
Símbolos do Direito/Justiça
Vamos agora verificar sobre os símbolos. Eles são utilizados como uma for-
ma de expressar conceitos orientadores do comportamento em sociedade.
Assim, o conceito de Direito / Justiça tem diversos símbolos. Ao acessar
o site do Supremo Tribunal Federal, lá encontraremos várias definições
dos símbolos do Direito.
Podemos destacar de forma resumida, alguns deles:
BALANÇA
Utensílio de origem caldéia, símbolo místico da jus-
tiça, quer dizer, da equivalência e equação entre o
castigo e a culpa (CIRLOT, 1984, p. 112). l
Conceitos associados: equidade, igualdade.
MARTELO
Também chamado de malhete, o martelo do juiz,
todo em madeira, é juntamente com a deusa Thê-
mis e a balança da justiça comutativa, um dos mais
fortes e conhecidos símbolos do direito e da justiça.
Conceitos associados: respeito, ordem.
CEGUEIRA
É símbolo da imparcialidade e do abandono ao des-
tino, e desse modo exprime o desprezo pelo mundo
exterior face à “luz interior”.
Conceitos associados: imparcialidade, sabedoria.
espada
Em primeiro lugar, a espada é o símbolo do estado
militar e de sua virtude, a barreira, bem como de sua
função, o poderio.
Conceitos associados: poder, defesa da lei.
TRONO PEDESTALS
Função universal de suporte da glória, do poder, da
manifestação da grandeza humana e das Institui-
ções.
Conceitos associados: autoridade, glória.
TÊMIS
É uma divindade grega onde a justiça é definida, no
sentido moral, como o sentimento da verdade da
equidade e da humanidade, colocado acima das pai-
xões humanas.
Conceitos associados: imparcialidade.
DIKÉ
Divindade grega que representa a Justiça, também
conhecida como Dice, ou ainda, Astreia. Filha de
Zeus e Têmis ela não usa vendas para julgar.
Conceitos associados: força e igualdade.
IUSTITIA
Divindade romana que representa a Justiça. Não é o
equivalente da Têmis grega, mas sim de Diké e tam-
bém de Astreia.
Conceitos associados: justiça.
ASTREIA
Nome que muitos autores dão à constelação de Vir-
gem no tempo em que reinava sobre a Terra. Filha
de Zeus e Têmis.
Conceitos associados: justiça e virtude.
Crucifixo
O crucifixo carrega uma simbologia que ultrapassa seu significado religioso.
Segundo a Doutrina, o crucifixo representa um erro judiciário, cometido
há milênios, e serve de alerta ao corpo de jurados. O Crucifixo fixados nos
Tribunais, está ali para lembrá-los e guiar suas decisões e ponderações
pela lei, para um julgamento verdadeiramente justo.
apresentação
Olá, nesta segunda parte destaUnidade de Aprendiza-
gem o tema abordado é Fundamentos do Direito: nor-
mas Jurídicas.
O principal aspecto que envolve as normas jurídicas
é a maneira como elas influenciam no funcionamento
da nossa sociedade. Tal aspecto é verdadeiro, pois, meio
dos sistemas jurídicos, da eficácia da lei no tempo e no
espaço, se dá o modo de ser da sociedade.
Nesse sentido, esse modo de ser sofre influência, prin-
cipalmente da globalização e a forma como esta é inter-
pretada. Por essa razão importante se torna esse estudo.
Para Começar
Na Parte I, acima estudada, conhecemos a Ciência do
Direito, seus conceitos e suas implicações com a moral e
com a ética, bem como os símbolos do Direito / Justiça.
Nesta Parte II trataremos das normas jurídicas e como
elas influenciam o funcionamento de nossa sociedade.
Mas eu começo fazendo os questionamentos abaixo,
e oriento, que as observe e anote suas respostas e per-
cepções para testar seus conhecimentos. Ao final desta
Unidade, tente refazer o exercício para ver o quanto assi-
milou da Unidade de Aprendizado, pois isto certamente
contribuirá para seus estudos.
1. O que é a Lei?
2. As pessoas podem propor uma lei (procure nos
fundamentos a dica sobre a iniciativa popular)?
Fundamentos
Podemos considerar o Direito como um conjunto de normas ou regras de
conduta, estabelecidas na sociedade.
Cada sociedade organiza uma determinada ordem interna, considera-
da essencial, capaz de controlá-la.
Os indivíduos, dentro da sociedade estão vinculados uns aos outros, de
diversas maneiras.
Um dos significados da palavra indivíduo é: “organismo único pertencen-
te a um grupo” (PRIBERAM, 2010).
Entre os pais e filhos, por exemplo, existem as normas do chamado
Direito de Família. Por exemplo, o direito à prestação de alimentos é re-
cíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo
a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros, confor-
me preceitua o artigo 1.696 do Código Civil. Chama-se isso o dever de
pagar alimentos.
Se por alguma razão, os pais abandonarem os filhos ou vice-versa, po-
derão exigir alimentos, sendo possível até a prisão civil (já que não é cri-
me) do devedor por esta dívida.
Por sua vez, existem normas entre o cidadão e o governo, como o de-
ver de pagar imposto.
Existem normas dentro do clube de lazer que você frequenta.
Existem normas no condomínio de edifício que você mora, a respeito
do dia que se pode fazer a mudança e até que horário, você pode fazer
barulho para uma reforma em seu apartamento.
Cada um desses grupos e associações se constitui e se desenvolve
através de normas.
Assim, seja em grupo ou individualmente, todos os seres humanos vi-
vem através das normas criadas.
As normas divergem pelas finalidades que querem atingir, pelo con-
teúdo que possuem, pela obrigação que impõem, pela sua validade no
tempo e no espaço.
Todas essas regras têm uma única alma, um único elemento caracte-
rístico, com a finalidade de influenciar e determinar o comportamento de
um grupo rumo a um objetivo comum, ao bem comum, à construção da
civilização (QUINN, 2001).
1. Sistemas jurídicos
Existem diversos sistemas jurídicos. Em particular vamos mencionar dois
deles: sistema romano-germânico (No qual impera a lei, por exemplo,
no Brasil) e, o sistema da Common Law (onde as decisões judiciais for-
mam precedentes, por exemplo: na Inglaterra e nos EUA).
Ao menos no nosso país, o Direito se expressa principalmente pela nor-
ma e essa, pela lei.
Assim, é possível dizer que o Direito se encontra nas leis, mas não só
nela como veremos nas lições seguintes.
Conceito
Toda norma jurídica pode ser submetida a três análises:
a justiça das normas, a sua validade e a sua eficácia
(BOBBIO, 2001).
Ninguém pode admitir que as normas injustas sejam boas
para organizar a sociedade, pois assim teríamos uma sociedade
injusta, e é exatamente isso que não queremos que aconteça.
Dica
Validade no tempo indica se determinada norma ainda exis-
te ou foi modificada/substituída por outra.
Como exemplo de validade, poderíamos perguntar: a norma
que permitia a escravidão ainda existe?
A resposta é não, porque a Lei Áurea acabou com a escravidão.
As leis se modificam no tempo, conforme a sociedade se
modifica.
4. Globalização
Dica
Agora é importante, dentro do Direito e dentro da aplica-
ção das normas no espaço, o conceito de Globalização que
tanto se fala.
Hoje, muitos dos produtos vendidos têm a etiqueta:
Made in China (feito na China).
A globalização é um fenômeno que influência nossa so-
ciedade e o nosso Direito.
5. Ordenamento jurídico
As normas determinam, previnem, consertam, orientam ou punem os
desvios ocorridos na sociedade.
O conjunto das normas jurídicas é chamado de ordenamento jurídico.
O ordenamento jurídico deve regular todas as condutas que a sociedade
entende ser importante serem reguladas.
A norma deve ser clara, para que todos entendam, deve ser objetiva e
obrigatória para que todos cumpram.
Se a norma não for cumprida haverá uma sanção.
Você sabe que uma norma pode ser expressa através de uma lei ou
através de um estatuto de um clube, por exemplo.
A lei, por sua vez, tem um sentido mais específico.
A lei é a forma como ordenamento jurídico diz, quais as normas que ele
quer pôr para funcionar na sociedade.
A lei posta para funcionar na sociedade tem o nome de direito positivo.
Por outro lado, a possibilidade de cumprir determinada norma se dá o
nome de direito subjetivo.
Por exemplo, existe uma norma de direito positivo que trata do casa-
mento, mas isso não quer dizer que todo mundo está obrigado a casar.
A lei provém da sociedade, mas é elaborada pelo poder legislativo.
A expressão Direito Natural surge para indicar que existem leis que
fazem parte da natureza humana.
Por exemplo, o cuidado dos pais pelos filhos.
Conceito
Você sabe o que é iniciativa popular?
Iniciativa é a faculdade que a pessoa tem de propor um
projeto de lei que, se aprovado passa a fazer parte do nosso
ordenamento jurídico.
Conceito
Quem elabora as leis é chamado de legislador.
O legislador também deve conhecer as leis já existentes para
não fazer uma grande confusão.
As normas de conduta do Direito se preocupam com os
destinos que devem ser dados à sociedade e ao chamado
“dever-ser”.
8. Evolução do Direito
O Direito é fruto da convivência humana e muda, conforme mudam os
valores da sociedade.
Assim, por exemplo, em 1890, a Alemanha aprova a liberdade da ativi-
dade dos sindicatos, até então proibidos de funcionar.
No mesmo ano os líderes operários, se unem no primeiro congresso de
sindicatos livres e na criação de uma união sindical.
Quando Hitler, em 1934, se torna chanceler supremo, torna ilegais to-
dos os partidos políticos, com exceção do partido nazista; dissolve os sin-
dicatos e termina com o direito de greve entre outros atos.
Veja que os valores da sociedade mudaram e, portanto, o ordenamen-
to jurídico passou a contar com novas leis.
I - Emendas à Constituição;
II - Leis complementares;
III - Leis ordinárias;
IV - Leis delegadas;
V - Medidas provisórias;
VI - Decretos legislativos;
VII - Resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e
consolidação das leis.
Figura 02. Pirâmide
representando
a hierarquia
das normas.
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promul-
gação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso
Nacional, em sessão unicameral.
Intervenção Federal
É a União Intervindo num Estado, nas situações previstas no art. 34
da Constituição Federal de 1988, a saber: manter a integridade nacional;
repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; garantir o livre
exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; reorganizar
as finanças da unidade da Federação.
Como se vê, pelo exposto acima, é uma medida de exceção.
Estado de defesa
O Estado de Defesa é decretado pelo Presidente da República, para
preservar ou restabelecer de imediato, a ordem pública ou a paz social, em
certos locais, ameaçadas por grave instabilidade institucional ou atingidas
por calamidades de grandes proporções na natureza. Está previsto no art.
136 da Constituição Federal.
O Estado de Defesa deve durar um determinado tempo não será
superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período.
Estado de sítio
De acordo com o artigo 137 da CF/88, o Presidente da República pode,
ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, soli-
citar ao Congresso Nacional autorização para decretar o Estado de Sítio
nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que
comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa e
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada
estrangeira.
No caso do inciso I - comoção grave, a duração do Estado de Sítio não
poderá ser decretada por mais de trinta dias, nem prorrogada, de cada
vez, por prazo superior (CF/88 art. 138 §1º).
Na vigência do Estado de Sítio, no caso de comoção nacional grave, as
medidas que poderão ser tomadas contra as pessoas serão: a obrigação
de permanência em localidade determinada, a detenção em edifício não
destinado a acusados ou condenados por crimes comuns, as restrições
relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunica-
ções, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão
e televisão, a suspensão da liberdade de reunião, a busca e apreensão em
domicílio, a intervenção nas empresas de serviços públicos e a requisição
de bens (art. 139 CF/88).
No caso do inciso II - declaração de Estado de Guerra, poderá ser
decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão arma-
da estrangeira, vigorando com medidas específicas e áreas abrangidas
(CF/88 art. 138 §1º).
O Estado de Sítio é uma medida das mais extremas na proteção do
Estado Nacional.
ATENÇÃO
O Conselho da República (art. 89 CF/88) é o órgão superior
de consulta do Presidente da República, no qual participam:
I - O Vice-presidente da República;
Referências
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