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Azulejos

Composição

O revestimento cerâmico é um produto constituído de um “biscoito”


poroso, coberto em uma face com vidrado que lhe dá o acabamento final.
A outra face é a sua superfície de aderência, destinada ao
assentamento, chamada de tardoz, que é a face do azulejo que fica em contato
com a argamassa.
As principais matérias-primas que entram na composição do biscoito
são: calcário, caulim, argila, filito, talco, feldspato e quartzo. Por suas
propriedades, os materiais fornecem as características necessárias ao produto
final. Os materiais são pesados em balanças para compor a mistura ideal da
fórmula pré-estabelecida.
Essa é uma composição básica, por haver diversos modelos de
azulejos, também existem diversas proporções de composição. Tais são pré-
estabelecidas pela fábrica no planejamento da produção.

Figura x - Tardoz

Fonte: http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-tardoz.html

Método de fabricação

Existem dois métodos de fabricação, via seca e via úmida.


Na via seca as argilas e demais matérias-primas são preparadas para
a conformação por prensagem com sua umidade natural, isto é, aquela com
que foram extraídas da jazida. O beneficiamento destes materiais envolve
somente misturas e desagregações para em seguida serem prensados,
praticamente sem beneficiamento.
Na via úmida, as argilas e demais matérias-primas são dosadas e com
adição de água são moídas. Esta mistura chama-se barbotina que é
homogeneizada em grandes tanques e depois segue para um equipamento
chamado atomizador ou spray-dryer, que a rigor é um grande e sofisticado
secador. Neste equipamento a barbotina é pulverizada em forma de spray
dentro de um grande ciclone (câmara) junto com ar quente. À medida que a
umidade é extraída, a barbotina se agrega em pequenos grãos, com forma e
umidade adequadas para uma boa prensagem. Os grãos são prensados no
formato desejado, adquirindo a compactação desejada, resultando no “biscoito”
cru.

Figura x – Spray Dryer.

Fonte: http://www.gea.com/pt/products/mobile-minor.jsp

Dentro da fabricação há os processos de queimas, que são definidos


de acordo com a disponibilidade e vontade da fábrica que o produz.
A Biqueima é um sistema onde o "biscoito" passa pela prensa, é
estampado e levado ao forno à temperatura de 1100ºC. Depois de selecionado,
é resfriado. Em seguida passa pela linha de esmaltação para ser decorado ou
serigrafado, se for o caso. Então é requeimado a 1000ºC ou 1500ºC sempre
um pouco abaixo da primeira queima para não romper o "biscoito".
A Monoqueima é uma técnica de produção na qual se queima o
produto uma única vez. As peças são decoradas e esmaltadas ainda cruas.
Tanto o “biscoito” como o vidrado são queimados em um único processo,
proporcionando melhor interação entre a superfície e o “biscoito”. Isto dificulta o
defeito de gretagem e melhora a resistência da peça, tanto à quebra quanto à
abrasão, porém não proporciona brilho à peça.
Por se utilizar somente um forno, simplificando a planta da fábrica, o
processo de produção fica mais racional e econômico.
A Monoporosa é uma técnica na qual se queima o produto uma única
vez. Utiliza-se uma massa porosa e de menor resistência, essa massa é
prensada, esmaltada e monoqueimada em 850ºC ou 900 ºC. Essa técnica
permite uma superfície brilhante e utiliza-se apenas um forno. Produtos
cerâmicos mais resistentes exigem queima a temperaturas mais altas, logo,
estas peças sofrem um encolhimento, sendo separadas quando apresentam
grandes diferenças de bitolas. As placas cerâmicas podem apresentar
pequenas diferenças de tamanho, mas devem estar sempre dentro dos limites
que prescreve a norma NBR 13818.
E o acabamento final, o esmalte, é um produto meio pastoso, feito com
vidro moído, resinas e corantes, óxidos de argilas de cores diversas. Toda esta
mistura é chamada de "fritas" pelos ceramistas. As "fritas" são responsáveis
pelo aspecto esmaltado da peça, e, por serem feitas de vidro, este resultado
final também é chamado de vitrificação.

Figura x - Azulejo esmaltado.


Fonte: http://www.azulejosdanimelo.com.br/artigo/azulejos-de-porcelana-x-
azulejos-ceramica-crua

Aplicação

O azulejo é geralmente usado em grande número como elemento


associado à arquitetura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores
ou como elemento decorativo isolado.
Seu uso inicial foi em cozinhas e banheiros a até 1,5 m de altura, ou de
forma artesanal para outros ambientes. Mas hoje em dia, por conta de suas
características e fabricação em série, acabou sendo utilizado em diversas
áreas da construção civil, não se resumindo a apenas banheiros e cozinhas.

Figura x - Exemplo de aplicação

Fonte: http://vilabacana.com.br/inspiracao/azulejo-portugues/

Características.

É um revestimento cerâmico com características distintas de produto para


produto a fim de se adaptar as necessidades do comprador.

Mas sempre com suas características bases de: impermeabilização, fácil


limpeza (higiênico), isolante, dureza, durabilidade e boa resistência ao fogo.
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Desconhecido. Características e propriedades. Disponível em:


<http://www.buschinelli.com.br/orientacao/ceramica/caracteristicas-e-
propriedades/15>. Acessado em 18 out de 2017.

Desconhecido. Azulejo. Disponível em: <http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-


que-e-azulejo.html>. Acessado em 18 out de 2017.

Desconhecido. Azulejo. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Azulejo>.


Acessado em 18 out de 2017.

MENDA, Mari. Cerâmica. Disponível em:


<http://www.crq4.org.br/quimicaviva_ceramica_boschi>. Acessado em 18 out
de 2017.

DANTAS, Enólla. Materiais Cerâmicos. Disponível em:


<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYGIAB/materiais-ceramicos>.
Acessado em 18 out de 2017.

Desconhecido. Azulejos. Disponível em:


<http://construindodecor.com.br/azulejo/#Aplicacao_de_azulejos>. Acessado
em 18 out de 2017.

BETTIN, Marília. Azulejo português. Disponível em:


<http://vilabacana.com.br/inspiracao/azulejo-portugues/>. Acessado em 22 out
de 2017.

Desconhecido. Tardoz. Disponível em: < http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-


que-e-tardoz.html>. Acessado em 22 out de 2017.

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