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E DIREITO À SAÚDE:
DIÁLOGOS AO ENCONTRO
DOS DIREITOS HUMANOS
Volume II
Janaína Machado Sturza
Evandro Luis Sippert
ORGANIZADORES
Volume II
Conselho editorial:
Vera Lucia Maciel Barroso (FAPA)
Valdir Pedde (FEEVALE)
José Eduardo Zdanowicz (UFRGS)
Clésio Gianello (UFRGS)
Lizandra Brasil Estabel (IFRS)
Ribas Antônio Vidal (UFRGS)
Ronaldo Bordin (UFRGS)
Mauro Meirelles (UNISINOS)
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-88022-51-5
CDU 342.7:614
CDD 342.085
(Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507)
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer
fim, sem a autorização prévia dos autores. Obra protegida pela Lei dos Direitos Autorais.
PREFÁCIO
Marcos Rolim ........................................................................................................................... 7
APRESENTAÇÃO
Andressa Fracaro Cavalheiro............................................................................................. 15
PREFÁCIO
INTERFACE ENTRE
DIREITOS HUMANOS E SAÚDE
Marcos Rolim1
2 BOBBIO, Norberto. Presente y futuro de los derechos del hombre. In:. El problema de la guerra y las vías
de la paz. Barcelona: Gedisa, 1982.
3 MENDÉZ, E.G. Origem, sentido e futuro dos direitos humanos: Reflexões para uma nova agenda. In:
Revista Sur, revista internacional de direitos humanos. Edição V. 1 - N. 1 - Jan/2004
Boa leitura!
APRESENTAÇÃO
A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO ACESSO À
SAÚDE: A SAÚDE NO BRASIL COMO DIREITO
FUNDAMENTAL E A (IN)EFETIVIDADE DO
ESTADO FRENTE ÀS DEMANDAS SOCIAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1 Pós doutora em direito pelo PPG em direito da Unisinos, Doutora em Direito pela Escola Internacional
de Doutorado em Direito e Economia Tullio Ascarelli, da Universidade de Roma Tre/Itália. Mestre em
Direito, Especialista em Demandas Sociais e Políticas Públicas e Graduada em Direito pela Universidade
de Santa Cruz do Sul – UNISC. Professora no Programa de Pós Graduação em Direitos Humanos –
Mestrado e na graduação em Direito da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande
do Sul – UNIJUÍ. Professora na graduação em Direito da Faculdade Dom Alberto/Santa Cruz do Sul.
Advogada. Contato: janasturza@hotmail.com
2 Mestrando em Direito pelo PPGD – Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Regional
do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Bacharel em Direito pela Universidade de Cruz
Alta - UNICRUZ, Graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul -
PUC/RS, MBA em Gestão das Tecnologias de Informação e Comunicação em Educação pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS, Pós-Graduação em Docência do Ensino Superior
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Contato: evandro.sippert@gmail.com.
Ter e dispor de saúde são condições essenciais para uma boa qua-
lidade de vida. Sem estas, torna-se improvável que o indivíduo tenha
uma vida digna e possa exercer a sua cidadania de forma plena, com
condições de efetivar a (re)construção dos direitos humanos numa so-
ciedade cada vez mais globalizada e sectária. Pois o acesso à saúde é
um direito humano fundamental, aliás fundamentalíssimo, tão
fundamental que mesmo em países nos quais não está previsto
expressamente na Constituição, chegou a haver um reconheci-
mento da saúde como um direito fundamental não escrito(im-
plícito), tal como ocorreu na Alemanha e em outros lugares. Na
verdade, parece elementar que uma ordem jurídica constitucio-
nal que protege o direito à vida e assegura o direito à integridade
física e corporal, evidentemente, também protege a saúde, já que
onde esta não existe e não é assegurada, resta esvaziada a prote-
ção prevista para a vida e integridade física (SARLET, 2007, p. 3).
Em virtude da não concretização dos direitos sociais, e quando o
Estado não garante um direito fundamental, acaba por não permitir
também a efetivação dos Direitos Humanos, acarretando um grande
número de pessoas vivendo em condições precárias, sem vida digna
e em condições de miserabilidade. Entretanto, ao dar proteção e re-
conhecimento, o Estado de Direito permite ao indivíduo, por meio da
cidadania, pelo menos a esperança de melhorar suas precárias condi-
ções de vida.
tatais. A Lei das doze tábuas pode ser considerada a origem dos textos
escritos consagradores da liberdade, da propriedade e da proteção aos
direitos do cidadão”.
Para Cretella Neto (2012), alguns instrumentos legais também são
considerados embriões dos modernos direitos humanos, pois garan-
tiam a liberdade dos cidadãos, pois uma vez que na sociedade euro-
peia e americana ainda houvesse escravos, e os direitos das mulheres
fossem mais limitados que os dos homens, não se pode afirmar que
estes textos proclamavam uma verdadeira igualdade das pessoas. Em
que pese servirem de alvorada para a igualdade dos seres humanos e
seus direitos fundamentais, deve-se ter cuidado e atenção ao momen-
to histórico e às características da sociedade na época em que foram
redigidos.
A Magna Carta, como é abreviadamente conhecida a Magna Car-
ta Libertatum seu Concocordian inter regem Johannem et Barones
pro concessione libertatum ecclesiae et regni Angliae (Carta Magna
das liberdades ou Concórdia entre o Rei João e os barões para a
outorga das liberdades da Igreja e do reino inglês), de 15.06.1215,
a qual, embora fosse um instrumento que vinculava o rei e os
barões feudais – e sequer mencionasse o povo – representa o re-
conhecimento de que o monarca deveria se submeter à lei, ainda
que ele próprio fosse o legislador. Também o clero e a nobreza
deveriam submeter-se às leis, o que lhes limitava os privilégios e
poderes;
a Lei de Habeas Corpus inglesa, de 27.05.1979, promulgada du-
rante o reinado de Carlos II, (1630-1685), que conferiu eficácia ao
instituto que já existia antes mesmo da Carta Magna;
a Bil of Rights (Declaração de Direitos) inglesa, de 16.12.1689,
abreviatura de Na Act Declaratory of Rights and Liberties of the Sub-
ject and Settlingth Sucession of the Crown (uma lei Declaratória dos
Direitos de Liberdades dos Súditos e que estabelece a Sucessão
da Coroa), que limitou os poderes governamentais e garantiu as
liberdades individuais, além de atribuir ao Parlamento as funções
3 Fato que vem, normalmente, acompanhado dos fenômenos do centralismo estatal, do clientelismo
político em grande escala, do caudilhismo e personalismo no exercício do poder e do analfabetismo
de parte da população. O termo é empregado para caracterizar uma específica de dominação política,
na qual a administração pública está a serviço de seus agentes ou de pessoas a ele relacionadas
(BEDIN e NIELSSEN, 2012, p. 110).
sendo que no seu § 3º restou claro que o dever do Estado não exclui
o dever das pessoas, da família, das empresas e da sociedade, tratando
assim a questão sanitária como uma obrigação de todos. Na lição de Sar-
let (2007), o direito à saúde pode é considerado como “[...] constituindo
simultaneamente direito de defesa, no sentido de impedir ingerências
indevidas por parte do Estado e terceiros na saúde do titular, bem como
(...) impondo ao Estado a realização de políticas públicas que busquem a
efetivação deste direito para a população” (SARLET, 2007, p. 08).
A partir do desenvolvimento do conceito de saúde, principalmente,
após o término da 2ª Guerra Mundial, onde o mundo e principalmente
a Europa, recuperava-se de uma grave crise, constata-se a dificuldade
de efetivar pois
[...] o conceito não é operacional, pois depende de várias escalas
decisórias que podem não implementar suas diretrizes. Vários são
os fatores que afetam negativamente nesse sentido, sendo que o
principal, pode-se dizer, é que, a partir do momento em que o
Estado assume papel destaque no cenário da saúde, a vontade
política é instrumento de inaplicabilidade do conceito da OMS,
uma vez que as verbas públicas correm o risco de não serem sufi-
cientes para a consecução do pretendido bem-estar físico, social
e mundial (SCHWARTZ, 2001, p. 36).
A importância do bem-estar para o desenvolvimento do país, as-
sim também como a correta aplicação dos recursos sanitários, que mui-
tas vezes são escassos, possibilita dar condições mínimas para que o
indivíduo possa exercer sua cidadania, e viver dignamente. Outro gran-
de óbice à possibilidade de poder atingir a definição de “bem-estar” é
que, segundo Schwartz (2001), o conceito visa à imperfeição inatingí-
vel, uma vez que quantificar a perfeição é algo impossível, além do que
é subjetivo, e depende muito da evolução e da sociedade e da tecno-
logia disponível.
Nesse sentido como dispõe a Constituição da Organização Mun-
dial de Saúde é que “os Governos têm responsabilidade pela saúde dos
Considerações finais
Referências
manos.usp.br/index.php/OMS-Organização-Mundial-da-Saúde/constituicao-
da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html> Acesso em: 27 julho 2016.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. São Paulo:
Malheiros, 2006-2007. In: SOUSA, Simone Letícia Severo e. Direito à saúde e
políticas públicas: do ressarcimento entre os gestores públicos e priva-
dos da saúde. Belo Horizonte: Del Rey, 2015.
________, Ingo Wolfgang. Algumas considerações em torno do conteúdo,
eficácia e efetividade do direito à saúde na Constituição de 1988. Revista
eletrônica sobre a reforma do Estado, n. 11, set/nov. Salvador. 2007. Dis-
ponível em: <http://www.direitodoestado.com/revista/rere-11-setembro-
2007-ingo%20sarlet.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2016.
SCHWARTZ, Germano. O tratamento jurídico do risco no direito à saúde.
Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2004.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo:
Malheiros, 25. Ed. 2005
SOUSA, Simone Letícia Severo e. Direito à saúde e políticas públicas: do
ressarcimento entre os gestores públicos e privados da saúde. Belo Hori-
zonte: Del Rey, 2015.
STRECK, Lenio Luiz. MORAIS. Jose Luis Bolzan de. Ciência política e teoria do
Estado. 8. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.
STURZA, Janaína Machado. O Direito À Saúde na Sociedade Contemporâ-
nea: A figura jurídica do dano biológico na Itália e a proteção à saúde no
Brasil. 2008. Disponível em: <www.unisc.br/portal/images/stories/mestrado/
direito/.../janaina_machado_sturza.pdf.> Acesso em: 27 jul. 2016.
Considerações iniciais
1 Mestranda em Direitos Humanos pelo PPGD da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUI), Ijuí-RS. Graduada em Direito pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior de
Santo Ângelo (IESA), Santo Ângelo-RS. Advogada. E-mail: karine.ck@gmail.com
2 Mestranda em Direitos Humanos pelo PPGD da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUI), Ijuí-RS. Especialista em Processo Civil pela FAVENI-MG. Graduada em Direito
pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria-RS. Advogada. E-mail: juliamenuci@
hotmail.com
3 No caso brasileiro, foi, igualmente, na década de 30, notadamente com a edição da Constituição
Federal de 1937, na Era Vargas, que direitos e garantias de cunho trabalhista passaram a despontar no
cenário constitucional nacional.
4 Conforme leciona Pelayo “os valores básicos do Estado democrático-liberal eram a liberdade, a
propriedade individual, a igualdade, a segurança jurídica e a participação dos cidadãos na formação da
vontade estatal através do sufrágio. O Estado social democrático e livre não nega esses valores; pretende
torna-los mais efetivos na medida em que lhes dá uma base e um conteúdo material” (2009, p. 14).
5 Diferentemente da forma de interpretar a racionalidade no modelo Liberal, “o Estado Social [...]
parte da experiência de que a sociedade, deixada, total ou parcialmente, a seus mecanismos auto-
reguladores, conduz à pura irracionalidade” (PELAYO, 2009, p. 11), pelo que a intervenção estatal era
necessária e vista como condição à perpetuação da lógica racional que mantinha soerguido o edifício
estatal.
conexões delicadas entre si, não seria diferente com um campo cujas
fronteiras entre direito e política revelavam-se tênues: versa-se sobre o
direito constitucional. Sob este prisma, verifica-se que as próprias cons-
tituições/cartas constitucionais promulgadas sob a influência do Esta-
do Social de Direito chamaram para si matérias de cunho social, assim
como passaram a positivar em seus textos novo conjunto de direitos
que passaria a integrar as políticas públicas do Estado (novo ferramen-
tal de que lançaria mão, o Estado Social, na tentativa de alcançar seus
objetivos), erigindo o Poder Executivo como poder primeiro a impul-
sionar as atividades rumo à consecução do modelo social e, as políticas
públicas como instrumentos por meio dos quais o Estado agiria neste
afã.
Políticas públicas, aqui, são vistas como conjuntos de programas,
atividades, ações, atos que emanam de quem controla o poder estatal,
esses programas podem ser desenvolvidos diretamente pelo Estado ou
indiretamente, visam atingir a população, um grupo ou parcela dela,
elas exigem a participação de entes públicos ou privados para que se-
jam efetivadas. As políticas públicas tentam sanar deficiências sociais,
ou efetivar direitos de cidadania, como por exemplo, temas que tan-
gem sobre a área da saúde, educação, meio ambiente, etc. Essas polí-
ticas versam sobre direitos assegurados constitucionalmente, mas que
sofrem de alguma debilidade para serem cumpridos, assim, o ente pú-
blico recorre as necessidades e demandas da comunidade para incor-
porar medidas que melhorem a vivencia social. A formulação das políti-
cas públicas ocorre por meio das reivindicações sociais, podendo partir
do próprio Estado ou das propostas da população. Essa concepção de
políticas públicas explana que essas atitudes são conjuntos de ações
partidas do próprio governo, voltadas para a solução de problemas en-
contrados na sociedade. Elas se traduzem como um sistema de metas e
planos que partem dos entes federativos, União, Estados e Municípios
abarcando todas as moléstias que uma comunidade pode ter (LIMA,
2012).
6 Conforme Cury a“[...] saúde foi objeto de inúmeras convenções internacionais. Na Europa, no século
XIX, foram concluídas, contra a cólera, as Convenções de Paris (1825), Viena (1874), Veneza (1892),
Dresden (1893) e Paris (1894). Sobre a peste bubônica, foi assinada uma convenção em Veneza
(1897)” (2005, p. 40), ao passo que, “na América, as convenções sobre matéria sanitária se sucederam:
a do Rio de Janeiro (1887), entre Argentina, Paraguai, Brasil e Uruguai; a de Montevidéu (1904); a de
Washington (1905), que criou a Repartição Sanitária PanAmericana; a de Havana (1924) [...]” (CURY,
2005, p. 40).
7 “Primeiramente, a OMS deveria utilizar seus poderes legislativos para adotar convenções elucidando
as obrigações estatais com relação ao direito à saúde. Em segundo lugar, a OMS deveria aplicar mais
severamente os procedimentos contidos em seus relatórios anuais. Deveria proceder igualmente com
relação ao relatório da Convenção Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ou seja,
influenciando mais ativamente suas regras” (CURY, 2005, p. 45).
8 Artigo 25
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde,
bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais
indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou
outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas
dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
9 Artigo 10
Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem que:
(...)
3. Devem-se adotar medidas especiais de proteção e de assistência em prol de todas as crianças e
adolescentes, sem distinção alguma por motivo de filiação ou qualquer outra condição. Devem-se
proteger as crianças e adolescentes contra a exploração econômica e social. O emprego de crianças e
adolescentes em trabalhos que lhes sejam nocivos à moral e à saúde ou que lhes façam correr perigo
de vida, ou ainda que lhes venham a prejudicar o desenvolvimento norma, será punido por lei.
Artigo 12
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa de desfrutar o mais
elevado nível possível de saúde física e mental.
11 Consoante dispõe o At. 7º, inciso XIV, da Lei n. 8.080/90, com redação dada pela Lei nº 13.427, de 30
de março de 2017.:As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as
diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
(...)
XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de
violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico
e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013.
12 Nos explica, Carneiro (2001), ser necessário que em qualquer planejamento de ações de saúde da
mulher, além do enfoque de gênero, sejam incorporadas também as questões relativas à raça/etnia,
ou seja, o “quesito cor” na saúde, porque eles diferenciam as necessidades de cada mulher, políticas
públicas devem ser criadas para atender as demandas da mulher negra que vive em situação de risco.
Considerações finais
Referências
MORAIS, José Luis Bolzan de. Do direito social aos interesses transindividu-
ais: o estado e o direito na ordem contemporânea. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 1996.
MORAIS, José Luis Bolzan de; STRECK, LênioLuis. Ciência Política e Teoria do
Estado. 7 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.
PELAYO, Manuel Garcia. As transformações do Estado Contemporâneo. Rio
de Janeiro: Forense, 2009.
REGONINI, Gloria. Verbete Estado do Bem-Estar. In: BOBBIO, Norberto; MAT-
TEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 11 ed. Vol1.
Brasília: UNB, 1998. Disponível em <https://mpassosbr.files.wordpress.
com/2013/03/dicionario_de_politica.pdf> acesso em 05. Jul. 2017.
SCHWARTZ, Germano. Direito à saúde: efetivação em uma perspectiva sis-
têmica. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001.
SCHWARTZ, Germano. O tratamento jurídico do risco no direito à saúde.
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
SOBRINHO, LitonLanesPilau. Direito à saúde: uma perspectiva constitucio-
nalista. Passo Fundo: UPF, 2003.
Considerações iniciais
1 Doutora pela Universidade Federal de Burgos-Espanha em Direito Público, Mestre em Direito pela
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, Pós-graduada em Demandas Sociais e Políticas pela
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, Advogada, Professora da Pós-Graduação Lato Sensu em
Direito da Faculdade Imed, pólo Porto Alegre. E-mail: claudinerodembusch@yahoo.com.br.
2 Bacharel em Direito pela Universidade FEEVALE, Assessora de Secretaria, vinculada à Secretaria
Municipal da Saúde e Assistência Social da cidade de Feliz/RS. E-mail: jaquelinet.rhoden@gmail.com.
cumpra com o seu dever de garantir tal direito, visto a saúde ser consi-
derada um direito público subjetivo. Sarlet (2011, p. 582-583) corrobora
com o entendimento elucidando que, em se tratando o direito à saúde
de uma garantia fundamental (e direito subjetivo), exigível judicialmen-
te, segundo entendimento dos Tribunais Superiores, o Brasil destaca-se
quanto ao número e diversidade de ações judiciais envolvendo o direi-
to à saúde, assim como o número de condenações à que foi sujeito o
Poder Público. A “judicialização da saúde”, porém tem se tornado um
fenômeno em escala mundial, merecendo especial atenção, tendo em
vista o impacto dessas decisões sobre o orçamento público, bem como
o sistema de políticas públicas.
3 Art. 198 - CF/88: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada
e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade.
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
4 Art. 199 - CF/88: A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde,
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
2 Políticas públicas
5 Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo,
as seguintes atribuições:
[...]
I - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;
[...]
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos
que caracterizam a assistência à saúde;
[...]
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
IX - participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de recursos
humanos para a saúde;
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o
plano de saúde;
[...]
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;”
6 Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:
[...]
III - definir e coordenar os sistemas:
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária;
[...]
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de
insumos e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de
padrões técnicos de assistência à saúde;
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
[...]
XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e
ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal;
[...]
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS
em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal.
7 Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde;
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);
[...]
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta
complexidade, de referência estadual e regional;
8 Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços
públicos de saúde;
Considerações finais
Referências
A JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO A
SAÚDE NO BRASIL ENQUANTO OBICE
PARA A CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
Considerações iniciais
1 Fabiana David Carles. Doutoranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo –
PUC/SP; Mestre em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM; Professora de
Direito da Universidade Federal do Acre – UFAC; Advogada. E-mail: fabi.carles@gmail.com.br
2 Sabrina Cassol. Mestre em Direito; Especialista em Direito Processual Civil; Professora de Direito da
UFAC – Universidade Federal do Acre, UNINORTE – União Educacional do Norte e IESACRE – Instituição
de Ensino Superior do Acre; Advogada. E-mail: binacassol@yahoo.com.br
Considerações finais
Referências
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Trad. Virgílio Afonso da Sil-
va. São Paulo: Malheiros, 2008.
AMARAL, Gustavo. Direito, escassez e escolha: critérios jurídicos para lidar
com a escassez de recursos e as decisões trágicas. 2. ed. Rio de Janeiro:
Editora Lumen Juris, 2010.
____; MELO. Há direitos acima do orçamento? In: Direitos fundamentais or-
çamento e “reserva do possível”. Org. SARLET, Ingo Wolfgang; TIMM, Lucia-
no Benetti. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2010.
BARCELLOS, Ana Paula de. Constitucionalização das políticas públicas em ma-
téria de direitos fundamentais: o controle político-social e o controle jurídico
no espaço democrático. In: Direitos fundamentais: orçamento e “reserva
do possível”. Org. SARLET, Ingo Wolfgang; TIMM, Luciano Benetti. 2. ed. Porto
Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2010.
Considerações iniciais
1 Mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS.
Integrante do Grupoo de Pesquisa em Criminologia - GEPCRIM, da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul – PUC/RS. Presidente da Comissão da Diversidade Sexual da OAB – Subsecção Bagé.
Professora de Direito Penal da Faculdade Ideau. Advogada.
2 Tecnólogo em Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais, pelo Centro Universitário Internacional
UNINTER e Graduando em Direito pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional de Bagé – IDEAU.
difícil conceber que a resolução dos conflitos possa se dar de uma for-
ma mais reflexiva, racional e humanitária.
Isso porque o sistema penal brasileiro, como um todo, carece de
aspectos legitimadores de uma consciência de restauração do confli-
to, pois nem mesmo o Estado, detendo o monopólio de aplicação do
Direito Penal, foi capaz de gerenciar de forma inteligente e acertada as
questões referentes à administração da justiça. Conforme Misse:
O problema é que, no Brasil, o Estado nunca conseguiu ter com-
pletamente o monopólio do uso legítimo da violência, nem foi
capaz de oferecer igualmente a todos os cidadãos acesso judicial
à resolução de conflitos. O que significa que o Estado brasileiro
não deteve, em nenhum momento completamente, a capacida-
de de ter o monopólio do uso da força em todo território, nem o
de ser capaz de transferir para si a administração plena da Justiça.
(MISSE, 2008, p.374)
Talvez pelo mesmo fundamento que ao primeiro olhar parece de-
sacreditar na possibilidade da aplicação da composição dos conflitos
na seara penal, podemos afirmar que o encarceramento não é a respos-
ta acertada para diminuição da violência na sociedade, pois nasceu de
uma ideia mal concebida e fadada ao insucesso (FOCAULT,1987).
Entretanto, o discurso punitivista da sociedade brasileira é mui-
to presente e está cada vez mais insuflado pela mídia e pelo próprio
discurso raso dos cidadãos e dos seus representantes políticos. Possi-
velmente o aumento da criminalidade e a forma violenta e retributiva
-punitiva de pensar a segurança pública e a saúde no cárcere, cria um
senso comum de revanchisvo e de perseguição.
As respostas que perpassam as discussões sobre a segurança pú-
blica geralmente são tratadas pelos governantes e legisladores como
uma promessa de maior repressão e, consequentemente, no pensar
equivocado de muitos atores da segurança pública, como alguns mem-
bros do judiciário e Ministério Público, uma necessidade de maior en-
carceramento.
Considerações finais
Referências
RETINOPATIA DA PREMATURIDADE NO
CONTEXTO DA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA NEONATAL E O PROCESSO DE
JUDICIALIZAÇÃO
Considerações iniciais
Considerações finais
Referências
Considerações iniciais
leite. No momento que o bebê nasce a mãe não está com a mama cheia
de leite e quando ele suga o peito, gera uma estimulação que facilita
a descida. Quando o recém-nascido acordar faminto após o primeiro
sono vai encontrar o peito com mais leite e isso facilita o sucesso de
todo o processo de aleitamento materno.
Para Boccolini et all (2013) o aleitamento materno na primeira hora
de vida é uma prática que atua na redução da morbimortalidade neo-
natal e quanto mais se prorroga o início do aleitamento materno, maio-
res as chances de mortalidade neonatal causadas por infecções.
Amamentar ultrapassa a simples ação de nutrição e torna-se um
gesto de amor, a interação entre mãe e filho institui vínculo indissociá-
vel, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua imuni-
dade a infecções, no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, oca-
sionando implicações positivas na saúde física e psíquica da mãe que
se descobre capaz de cuidar e nutrir.
O leite materno contém componentes imunológicos que o carac-
terizam como único e inimitável, assim é de grande importância para o
bebê na prevenção de infecções e alergias, bem como diminui o risco
de comorbidades futuras como hipertensão arterial sistêmica (HAS),
dislipidemia, diabetes, obesidade, entre outros (BRASIL ESTEVES, 2014).
A promoção ao aleitamento materno deve ser estimulada na rede
básica, tão logo a gravidez seja identificada, a gestação é uma etapa
chave para a promoção do aleitamento materno, pois é nesse período
que a maioria das mulheres define os padrões de alimentação que es-
pera praticar com seu filho (MORAIS TEIXEIRA, 2013).
No que tange a importância da amamentação na primeira hora,
faz-se necessário que as mães sejam estimuladas pela equipe multidis-
ciplinar a amamentar ainda na sala de parto. Para Fontes Figueredo et
all (2012) nesse cenário, a mulher deve ser respeitada em sua individu-
alidade e especificidade cultural, e pode tornar-se sujeito desta prática.
Não basta ao profissional de saúde ter conhecimentos básicos e habi-
lidades em aleitamento materno. Ele precisa ter, também ter compe-
alinhados (pescoço não torcido); bebê bem apoiado; aréola visível aci-
ma da boca do bebê; boca bem aberta; lábio inferior virado para fora;
queixo tocando a mama.
Silva et al (2016) corroboram destacando que a técnica incorreta
de amamentação realizado por nutrizes desencadeia sinais indicativos
como bochechas do bebê encovadas a cada sucção; ruídos da língua;
mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas
quando o bebê solta a mama e dor na amamentação. Tais indícios con-
tribuem para o desmame precoce.
Com o intuito de garantir a oferta de leite materno ao recém-nas-
cido e por conseguinte proporcionar vantagens do ato de amamentar
tanto para mãe como para o filho e os profissionais de saúde devem
atuar na promoção da amamentação e prevenção de traumas físicos
e psicológicos provenientes de técnicas incorretas. Para tanto orienta-
ções precoces para a preparação do mamilo e manobras de fortaleci-
mento deste contribuem para a adesão ao aleitamento por parte das
nutrizes (COSTA et al, 2013).
Entre os fatores que influenciam o desmame precoce está o pouco
conhecimento das mães sobre o ato de amamentar. Deste modo os
profissionais de saúde são de fundamental importância na avaliação de
sinais e sintomas que possam dificultar a amamentação, bem como na
disseminação deste conhecimento.
Entre as principais dificuldades encontradas pelas nutrizes du-
rante a amamentação está a presença de ingurgitamento, apresen-
tado por aréola tensa, endurecida, o que dificulta à pega. A inefi-
ciente preparação das mamas para a amamentação e o pouco forta-
lecimento dos mamilos, também estão associados a falta de adesão
a amamentação. Para tais condições o esgotamento da mama ante-
rior a mamada e o uso de conchas ou sutiãs com um orifício central
para alongar os mamilos são respectivamente eficazes (SHIMODA et
al, 2014).
1 Desenvolvimento
Considerações finais
fícios desta ação tão simples, porém tão benéfica para a saúde do bi-
nômio mãe e filho.
Referências
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL NO
DEBATE DOS DIREITOS HUMANOS: A VISÃO
DOS EMPRESÁRIOS DAS PEQUENAS E MÉDIAS
EMPRESAS
Considerações iniciais
3 As Rios são Conferências das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável e contam os anos a
partir da Rio 92. A Rio+20 foi realizada em 2012 e marcou os 20 anos que se passaram desde a Rio 92.
4 As Conferências COP foram realizadas em todas as partes do mundo. A primeira aconteceu em 1995,
em Berlim, na Alemanha. Na COP 3 o Protocolo de Kyoto foi aprovado.
5 É um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que
agravam o efeito estufa, discutido e negociado em Quioto, no Japão, em 1997.
6 A sociedade do conhecimento é baseada no uso compartilhado de recursos, na construção coletiva
de conhecimento, na interação livre de restrições de espaço e tempo e, na valorização do direito à
informação, às tecnologias de informação e comunicação e à educação, como um bem comum.
1 Desenvolvimento
Dimensão
Dimensão Pergunta Elementos abordados na visão
identificada
Paciência, persistência, mercados e
Econômica
O que o senhor produto.
Dimensão (a) entende por
Produto, mercado e redução de custos. Econômica
Geral sustentabilidade
empresarial? Engenharia, criação, inovação e
Econômica
mercado.
Controles, centralização, critérios de
Econômica
Em sua opinião, compra e economia.
quais são as Controles, estoque enxuto, domínio
Dimensão melhores práticas do processo produtivo e controle de Econômica
Econômica para o sucesso compras.
econômico da sua Conhecer o produto, qualidade,
empresa? preço competitivo e disseminação do Econômica
conhecimento.
Responsabilidade em produzir
alimento, informações no rótulo,
Como a sua crédito financeiro e desenvolvimento Socioeconômica
empresa pode para os funcionários, doações e
influenciar a voluntariado.
Dimensão
comunidade, Qualidade no produto, confiabilidade
Social
os funcionários, do cliente, qualidade dos fornecedores Socioeconômica
clientes e e manter funcionários empregados.
fornecedores? Dificuldades financeiras, bons
relacionamentos, rotatividade e falta de Socioeconômica
comprometimento.
Sofrimento, incerteza e morosidade dos Econômica-
Em sua opinião, órgãos públicos. Ambiental
qual é a ETE como obrigação, gás R22, controle
importância da Econômica-
Dimensão do consumo de energia e falta de
preservação Ambiental
Ambiental incentivos financeiros públicos.
ambiental para a Desenvolve produtos ecologicamente
administração da corretos para preservação do solo e Econômica-
sua empresa? produz os degradantes para manter o Ambiental
faturamento.
Fonte: A pesquisa.
Considerações finais
Referências
Considerações iniciais
Neste trabalho, busca-se uma reflexão com viés psicanalítico das dife-
rentes perspectivas que a Saúde Pública tem pautado no Sistema Único de
Saúde (SUS) sobre o tema: Saúde como direito humano e dever de estado.
1 Psicóloga, Mestre Ciências da Educação Uninorte, Psicanalista, Especialista em Saúde Mental, Saúde
Coletiva, Psicologia do Trabalho- Faculdade Dom Bosco, Neuropsicologia Projecto, Especialista em
Psicologia Jurídica, entre outras. Emails: carla.binsfeld@hotmail.com ou clinicapensee1@gmail.com.br
2 Psicanalista. Professor Titular do Departamento de Psicanálise e Psicopatologia do Instituto de
Psicologia da UFRGS. Professor do PPG de Psicanálise: Clinica e Cultura. Pós- doutorado na Ecole
des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS) e na Université de Paris VII. Pesquisador do CNPQ.
Coordenador do LAPPAP. Analista membro da APPOA. Email: edsonlasousa@uol.com.br
Considerações finais
Referências