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INTRODUÇÃO
A maioria das grandes cidades brasileiras e mesmo muitas das cidades de porte médio, vem
apresentando graves problemas nos seus sistemas de circulação e de transportes, que
colaboram com padrões inadequados de qualidade de vida.
O quadro acima delineado decorre de diversos fatores sociais, políticos e econômicos, bem
como de uma longa seqüência de decisões equivocadas no campo das políticas urbana e de
transporte, que privilegiaram sobremaneira o uso do automóvel e que deixaram em segundo
plano alguns aspectos como incentivo ao uso do transporte público, segurança de pedestres,
preservação das condições ambientais.
Com isso, as redes de equipamentos públicos - água, esgoto, eletricidade - tornam-se cada
vez mais caras ao mesmo tempo em que os usuários dos veículos privados passam a ter um
acesso privilegiado a boa parte das atividades e dos equipamentos urbanos.
Além disso, a falta de planejamento e de controle do uso do solo urbano acabou por deixar que
o desenho das cidades seja apenas resultante das forças de mercado, que tendem a investir
nas áreas de maior acessibilidade sem se preocupar com as implicações sobre o meio
ambiente e sobre o sistema viário local.
O uso indiscriminado das vias públicas para o tráfego de veículos, fora de uma adequada
hierarquização viária, tem propiciado nas áreas mais adensadas degradação ambiental,
aumento do nº de acidentes envolvendo pedestres, retardamentos no fluxo de tráfego, etc.
Através destes dispositivos é possível melhorar a segurança das vias e obter informações a
respeito do fluxo de tráfego viário.
O país vive uma nova fase na sua política urbana a partir da entrada em vigor do novo Código
de Trânsito Brasileiro – CTB, em Janeiro de 1998. Após uma longa discussão envolvendo o
Estado e a sociedade, chegou-se à proposta do novo código, que traz inovações muito
importantes em relação à legislação anterior.
O CTB estabelece que a velocidade máxima permitida nas áreas urbanas é de 60 km/h (vias
arteriais), 40 km/h (vias coletoras) e 20 km/h (vias locais), estando estas sujeitas à
especificação por parte do órgão gestor correspondente.
Este novo código reconhece que os graves problemas encontrados no trânsito urbano e
regional do país – principalmente os acidentes de trânsito, a impunidade, a ineficiência e a
iniqüidade no uso dos recursos públicos – precisam ser combatidos com vigor, para que o país
possa desfrutar de uma melhor qualidade de vida para seus habitantes e melhorar o
desempenho da sua economia.
gerar um enfoque mais coordenado entre as duas áreas, todavia este ainda é deficiente e
desvinculado das áreas responsáveis pelos investimentos no sistema viário.
O Código de Trânsito Brasileiro, no melhor e mais equilibrado espírito federativo, prevê uma
clara divisão de responsabilidades e uma sólida parceria entre órgãos federais, estaduais e
Aliás, nada mais justo se considerarmos que é nele que o cidadão efetivamente mora, trabalha
e se movimenta mais, ali encontrando sua razão concreta e imediata de vida comunitária e
expressão política.
Por isso, compete agora aos órgãos executivos municipais de trânsito exercer nada menos que
vinte e uma atribuições. Uma vez preenchidos os requisitos para integração do município no
Sistema Nacional de Trânsito, ele assume a responsabilidade pelo planejamento, o projeto, a
operação e a fiscalização, não apenas no perímetro urbano, mas também nas estradas
municipais. Assim, a prefeitura passa a desempenhar tarefas de sinalização, fiscalização,
aplicação de penalidades e educação de trânsito.
O Código de Trânsito Brasileiro, no seu artigo 24 (em anexo) designa as competências aos
órgãos e entidades executivos de trânsito dos municípios, no âmbito de sua circunscrição.
9 Municipal: responsável pelo trânsito e transporte público dentro dos seus limites
geográficos.
A União tem a prerrogativa de legislar sobre transporte e trânsito, cabendo aos demais níveis
de governo a regulamentação nas suas áreas de competência. Esta regulamentação é
estabelecida da seguinte forma:
Esta postura deve possibilitar o rompimento com as políticas anteriores que permitiam o apoio
e a concessão de privilégios ao uso do automóvel, para revertê-los em benefícios para a
grande maioria da população que não faz uso regular dos automóveis.
9 Preservar a vida;
9 Sociedade;
9 Profissionais da área; e,
c) Problemas a enfrentar:
do transporte público, pela redução da acessibilidade das pessoas no espaço urbano, pelo
aumento dos congestionamentos, da poluição atmosférica, dos acidentes de trânsito e pela
invasão das áreas residenciais e de vivência coletiva por tráfego inadequado de veículos;
9 A impunidade generalizada.
d) Princípios a adotar:
problemas coletivos;
9 A cidade é um ambiente de uso coletivo, cujo acesso por meio dos sistemas de transporte
e) Objetivos a perseguir:
9 Melhor qualidade de vida para toda a população, traduzida por melhores condições de
9 Maior eficiência urbana, traduzida pela disponibilidade de uma rede integrada por modos
de tal forma que a prática permita inibir infrações e atender cidadãos em situação de
necessidade ou emergência.
9 Municipalização do trânsito;
As ações específicas sugeridas para o alcance destas metas, podem ser separadas nas
seguintes áreas: institucional (política) e técnica e gerencial.
O Sistema Nacional de Trânsito – SNT é responsável pela regulamentação das normas contidas
no CTB, pelo estabelecimento de Diretrizes da Política Nacional de Trânsito, pela execução e
controle dessa política. Segundo a sua definição, o Sistema Nacional de Trânsito compreende:
Antes do CTB, o Sistema Nacional de Trânsito não incluía as Prefeituras. No entanto, muitas
ações necessárias para tornar o trânsito fácil e seguro dependem delas. É por este motivo que,
hoje, fala-se em municipalização do trânsito.
Nenhum município é pequeno demais para deixar de tratar do trânsito dos pedestres e
veículos motorizados ou não.
A visão do trânsito deve ser integrada e não composta apenas de ações isoladas de sinalização
ou fiscalização. O trabalho tem que ser planejado, sistemático e, ao mesmo tempo, sensível a
cada situação específica da vida do município.
1.2.2.1. Objetivos
1.2.2.2. Composição