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Índice

Introdução..........................................................................................................................2
Unidade no 1: origem e natureza da ciência política.........................................................4
Unidade No 2: Objecto Da Ciência Política......................................................................5
Unidade no 3: conceito da ciência política........................................................................5
Unidade no 4: ciência política na antiguidade clássica.....................................................6
Unidade no 5: ciência política na idade média..................................................................7
Unidade no 6: ciência política na idade moderna..............................................................8
Unidade no 7: conceito de estado......................................................................................8
Unidade no 8: elementos do estado...................................................................................9
Unidade no 9: funções do estado.....................................................................................10
Conclusão........................................................................................................................11
Bibliografia......................................................................................................................12
Introdução

O presente trabalho da cadeira de Ciências Políticas e Políticas de Boa Governação,


tem como objectivos gerais a busca de conhecimentos através do estudo e investigação
das obras traduzidos nos artigos de vários autores sobre as Ciências Políticas e o papel
da boa governação num determinado Estado de acordo da escolha do tipo do regime.

Nos objectivos específicos, predente localizar a origem e natureza da ciência política, as


etapas bem como a respectiva história humana período, no que diz o respeito a essência
das Ciências Políticas, deixando claro que  até o final do século XIX, ou seja, não era
um ramo de conhecimento científico, segundo autor Maurice Duverger, (1976).

Grandes pensadores desde Aristóteles, Cícero, São Tomás de Aquino, Santo Agostinho,
Maquiavel, Thomas Hobbes, Montesquieu e outros não menos importantes que se
preocupavam indicar com precisão eles encontraram a melhor forma de governar a
Cidade.

Assim, pretendemos nesta abordagem definir o autor que demonstrou essa melhor forma
de política na obra “A POLÍTICA”, Aristóteles, (384 – 322 a. C.)

O trabalho vai obedecer as regras exigidas cientificamente a saber: Introdução,


Desenvolvimento, Conclusão e Bibliografia. Normas pela qual a UCM – (CED) toma
como um dos princípios neste tipo de trabalho cientifico.

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UNIDADE NO 1: ORIGEM E NATUREZA DA CIÊNCIA POLÍTICA

Surgiram grandes pensadores desde Aristóteles, Cícero, São Tomás de Aquino, Santo
Agostinho, Maquiavel, Thomas Hobbes, Montesquieu e outros não menos importantes
que se preocupavam com a melhor forma de governar a Cidade.
Na sua obra “A Política”, Aristóteles (384 – 322 a. C.) examina os elementos que
compõem a Cidade (polis), nomeadamente, as famílias, o território, a população, e
fundamentalmente, o governo. Ele analisa os regimes políticos, segundo a sua estrutura
e eficácia. Para ele, a política é um tratado sobre o Estado. Dos diversos regimes
políticos, Aristóteles emite juízo de valor escolhendo aquele que em sua opinião será o
melhor.
Cícero (106 a. C. – 43 a. C.), um dos grandes expoentes do pensamento político do seu
tempo, abordava as diversas formas de governo, das instituições romanas.
Santo Agostinho (354 - 430), expoente do pensamento medieval, considera que a
sociedade é regulada por uma autoridade mas este poder nunca deve ser assumido como
propriedade pessoal (princípio da despersonalização do poder). Para ele, o poder é para
fazer reinar a justiça.
Maquiavel (1469 - 1527), na sua obra “O Príncipe”, enumera um conjunto de homens
que alcançaram e conservaram o poder com êxito e numa segunda parte fornece um
conjunto de normas concernentes à arte de governar. Esta obra é mais um manual de
arte da política que um tratado da ciência política.
Thomas Hobbes (1588 - 1679) foi o primeiro a teorizar a política em tanto que Estado
Moderno, assente no conceito de soberania, entendida como capacidade de decidir. Para
Hobbes, este poder não é original e nem divino, mas sim resultado de um contracto
através do qual os súbditos o delegam no Estado, tendo em vista a harmonia dos
interesses da sociedade.
Montesquieu (1689 - 1755), defensor acérrimo da partilha do poder (legislativo,
executivo e judiciário), como forma de o limitar, é o fundador da moderna ciência
política.

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UNIDADE NO 2: OBJECTO DA CIÊNCIA POLÍTICA

A ciência política tem objectivo de estudar todas as formas de luta pela aquisição e
exercício do poder político ou forma de influenciar os seus interesses.
A ciência política dedica-se, nesta óptica, ao estudo das origens do Estado e do seu
devir. O estudo da ciência política não se limita ao Estado mas também aos fenómenos
paraestatais, interestatais, superestatais ou transestatais, pois, todos estes fenómenos
políticos surgem em referência ao Estado.
Basto (1999), citando o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, considera que o objecto da
ciência política é o estudo científico dos factos políticos na perspectiva do acesso, a
titularidade, o exercício e o controle do poder político. Aqui é necessário distinguir o
poder que o homem tem sobre a natureza do poder do homem sobre o homem. O poder
do homem sobre o homem pressupõe a existência de uma relação entre seres humanos,
na medida em que se traduz na potencialidade de alguém impor aos outros um
determinado comportamento.

UNIDADE NO 3: CONCEITO DA CIÊNCIA POLÍTICA

A ciência política é uma ciência social que tem um objecto e método, estuda os factos
ou acontecimentos políticos, não só os inerentes ao Estado mas em todas outras
vertentes, quer seja local, institucional.
Fernandes (1995) refere que a palavra política tem sido entendida, por alguns, como a
técnica com vista a alcançar os melhores resultados, com menor dispêndio de esforço, e
outros consideram como a arte de governar, permitindo desta forma obter sempre os
melhores resultados entre vários.
Aristóteles já referia que o homem é um animal político, ou seja, o homem é um ser
social. A perspectiva aristotélica é no sentido em que a natureza humana exige a vida
em sociedade, a vida em comum, bem como as decisões sobre estes aspectos. A política
não se refere exclusivamente ao processo de governação ou de luta pela conquista e
exercício de poder, mas a toda acção humana que produza algum efeito sobre à
organização, o funcionamento e os objectivos de uma sociedade. A acção política não se
limita, de modo algum, à acção dos partidos políticos, podendo ser vista a participação

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na vida social ou como na luta pelo poder do Estado, através dos partidos políticos,
refere Obede Baloi (1995).
O termo política significa tudo o que se refere a Cidade, consequentemente, tudo o que
é urbano, civil, público e até mesmo sociável. O termo política se expandiu graças a
influência da grande obra de Aristóteles, designada A Política, que foi considerada
como o primeiro tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado, e sobre as várias
formas de governo (Bobbio, Matteucci e Pasquino, 1992).
A ciência remete-nos a existência de um objecto e método, logo, a ciência política seria
o estudo dos fenómenos políticos (factos e acontecimentos políticos), guiando-se por
um método, como a observação, análise, comparação, sistematização, com vista a
interpretar o poder político.

UNIDADE NO 4: CIÊNCIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA

Foram os Gregos da Antiguidade Clássica os primeiros a observarem, analisarem e


sistematizarem os fenómenos políticos. Entre os Gregos, foi Aristóteles o autor dessa
descoberta, quem melhor sistematizou o estudo dos fenómenos políticos, utilizando pela
primeira vez o método indutivo.
Fernandes (1995) considera que Aristóteles reuniu um conjunto de factos e
acontecimentos, observou-os, analisou-os e sistematizou as suas conclusões. Ele
analisou 158 Constituições de Cidades Gregas, analisando os seus regimes.
Platão procurou definir o bom governo, e para tal, desenvolveu a teoria do Estado ideal,
observando os factos, usando o método indutivo.
Para Platão, o governo deve ser entregue a um Rei - filósofo, dado ser único com acesso
às ideias e às formas originais. Esse governante supremo poderia exercer o poder, sem
necessitar de Leis, e subordinar a vontade individual dos membros da comunidade às
suas decisões.
A vida do homem em sociedade tem origem natural. Para ele, se as causas da
contestação política e das revoluções é a desigualdade existente nas sociedades, então
deve existir uma classe média, aqueles que tem o suficiente para a satisfação das suas
necessidades, para poderem manter o correcto funcionamento da sociedade. Ou melhor,
os muito pobres não tem nada a perder com a instabilidade social, enquanto os poucos
ricos (classe média) devem encontrar meios de não serem afectados pela instabilidade
que ocorrer.
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Para Aristóteles, as três (3) formas de governo que procuram o bem comum são:
 A monarquia (governo de um só);
 A aristocracia (governo de um pequeno grupo de homens);
 A república (governo da multidão).
Se estas formas de governo se de gerarem e os governantes prosseguirem o interesse da
classe dirigente, teremos, a tirania (monarquia governada no interesse exclusivo do
monarca), oligarquia (forma de governo dirigida unicamente no interesse dos ricos) e
democracia (forma de governo dirigida unicamente no interesse dos pobres).
Aristóteles considera a democracia o mais tolerável entre os governos viciosos, ele foi o
primeiro a defender as sociedades pluralistas, contra os defensores do totalitarismo.

UNIDADE NO 5: CIÊNCIA POLÍTICA NA IDADE MÉDIA

A cidade de Deus
Caracteriza-se por reunir as pessoas que vivem em conformidade com os mandamentos
de Deus, e que, por essa via, alcançam amor-perfeito, a paz profunda, a justiça plena, a
liberdade e a realização pessoal.

A cidade terrena
É o reino de Satanás, caracterizado por pessoas que vivem num permanente estado de
conflito, de injustiça e de guerra.
Estas duas cidades estão em permanente conflito, com o objectivo de controlarem o
mundo. Para Santo Agostinho, os Estados cristãos procuram alcançar a cidade de Deus.
São Tomás de Aquino (1225-1274), também figura importante no estudo da Ciência
Política, na Idade Média, defende a existência de uma ordem única na natureza, criada
pela providência divina.
São Tomás de Aquino considera que o poder tem uma origem divina mas ele, em
relação ao pensamento tradicional, faz uma inovação, considerando que a titularidade
do poder é do povo e que só através deste é que pode ser transferido aos governantes.

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Em termos de regimes políticos, São Tomás de Aquino considera que o ideal é
monarquia e o pior é a tirania, daí a necessidade de se evitar que o monarca se
transforme em tirano. Se o monarca se transformar em tirano, ele deve ser deposto.

UNIDADE NO 6: CIÊNCIA POLÍTICA NA IDADE MODERNA

A obra “O Príncipe” de Maquiavel é que introduz as concepções modernas da Ciência


Política. Este se preocupa com a manutenção do poder através da eficácia do governo. A
eficácia do governo deve-se reflectir na obediência dos seus cidadãos. Maquiavel não se
preocupa com as questões morais, daí que este tenha introduzido o método objectivo.
Bodin desenvolve a teoria da soberania. Considera que a soberania do Estado é o poder
que não tem igual internamente e não tem superior externamente.
Hobbes projecta a sociedade perfeita através da construção de um poder político forte.
Considera que na história da humanidade existem dois grandes estados: o estado da
natureza e o da sociedade. O estado da natureza é caracterizado pelos conflitos entre os
homens e para se passar para o estado da sociedade é necessário os homens abdicarem
de uma parte dos seus direitos a favor do Estado.

UNIDADE NO 7: CONCEITO DE ESTADO

Marcello Caetano admite que a palavra Estado assenta em várias acepções, das mais
importantes a internacional, a constitucional e a administrativa.

A acepção internacional
Refere o Estado com uma entidade soberana, titular de direitos e obrigações na esfera
internacional.

A acepção constitucional
Considera o Estado como uma comunidade de cidadãos com um poder constituído para
prosseguir os seus fins nacionais.

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A monarquia absoluta
É diferente da monarquia constitucional, da república ou da ditadura.

A acepção administrativa
Considera o Estado como pessoa colectiva pública que no seio da comunidade
desenvolve, sob direcção do Governo, a actividade administrativa.
Outros autores consideram o Estado como o conjunto dos órgãos que, numa sociedade,
aparecem a exercer o poder político. Esta definição é restrita na medida em que refere
simplesmente na parte funcional dos seus órgãos.

UNIDADE NO 8: ELEMENTOS DO ESTADO

O Estado garante o bem-estar social da colectividade através da organização política do


povo, dentro do seu território.

Os elementos do estado são:


A população, o território e o aparelho do poder ou o poder político.

O povo
É o elemento básico na constituição do Estado. Ele é o primeiro elemento do Estado, a
parte humana e imprescindível à existência de um Estado (Henriques e Cabrito, 1995).

O território do Estado
Deve estar delimitado por fronteiras naturais ou convencionais, que definem o âmbito
geográfico da competência dos órgãos supremos do Estado.

O poder político
É o último e fundamental dos elementos constitutivos do Estado. Uma colectividade
fixada num território só ascende à categoria de Estado quando passa a exercer o poder
político. Este poder é exercido por um conjunto de órgãos do Estado, tem competências
previstas na Lei, portanto, limitado pelo Direito.

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UNIDADE NO 9: FUNÇÕES DO ESTADO

Henriques e Cabrito, 1995, consideram funções do Estado ao conjunto de actividades


por este desenvolvido com vista à realização dos seus fins. São actividades
desenvolvidas pelos órgãos do poder político do Estado, tendo em vista a realização dos
objectivos que se lhes encontram constitucionalmente cometidos.

A primeira seria a função técnico-económica

 Que actua ao nível da instância económica;

A política

 Que actua ao nível da luta política de classes;

A ideológica

 Que tem em vista a inserção dos homens nas actividades práticas que suportam a
estrutura do Estado.
Marcello Caetano analisa as funções do Estado, enquadrado aos Estados modernos,
baseando-se no Direito. Deste modo, considera haver 2 funções do Estado que são:
jurídicas e não jurídicas.

A função jurídica

 Engloba a função legislativa através do qual o Estado cria as normas jurídicas de


carácter geral e impessoal.

A função legislativa

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 Define opções, objectivos, normas abstractas, enquanto a Administração Pública
está subordinada à Lei. A Lei é o fundamento, o critério e o limite de toda
actividade administrativa.

A função executiva ou administrativa

 Que complementando a função legislativa, assegura o cumprimento da lei.


As funções não jurídicas englobam a função política ou governativa cuja actividade é
desenvolvida no sentido de manter a sociedade política e definir e prosseguir o interesse
geral da colectividade

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Conclusão

Ao concluir este trabalho da cadeira de Ciências Políticas e Políticas de Boa


Governação, depois de trazer os conhecimentos desde os objectivos gerais do estudo e
investigação das obras traduzidos nos artigos de vários autores sobre as Ciências
Políticas e o papel da boa governação, notamos que se trata de um novo desafio humano
o qual tornou rumo nos finais do século XIX com as novas exigências dos povos que
querem posicionar os governantes nos seus territórios.

Portanto, elas foram estudadas com o propósito de estabelecer normas como orientar ou
dirigir a cidade, mas também criou condições da nova vida na história da humanidade
sobre tudo nos tempos em que encontramo-nos.

Com efeito, as políticas governativas dos Estados modernos, exigem conhecimentos de


vários quadrantes ou horizontes de desenvolvimento que arrasta com diferentes
pensamentos, alguns dos quais até colocam em primeira mão todas liberdades do
homem e exigem aos governante irem ao povo e saber ouvir das opiniões.

Com tudo, o tema em alusão, permite conhecer com clareza as partes que diz o respeito
dos assuntos que caracterizam a melhor forma de dirigir o cidadão comum quer nas
cidades quer nas comunidades rurais sempre acreditam nas políticas aceitáveis.

Finalmente, há que considerar vários passos das regras destas ciências, para não
confundir as definições dos autores atrás enumerados e reconhecer o real caminho das já
citadas neste trabalho.

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Bibliografia

MÓDULO DE CIÊNCIAS POLÍTICAS DA UCM.

BASTOS, Fernando Loureiro, Ciência Política Guia de Estudo, Associação Académica


da Faculdade de Direito de Lisboa, 1999.

BOBBIO, Norberto, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, Dicionário de Política,


Editora Universidade de Brasília, Vol. 2, 1992.

FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política, Teoria, Métodos e


Temáticas, Porto Editora, 1995.

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