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Câncer de Pele – Melanoma

Melanoma é um tumor maligno de pele causado por uma


proliferação de uma célula da pele que se chama melanócito. Essa
proliferação das células, se torna descontrolada, que é quando nós
chamamos de câncer. Existem vários tipos de melanoma, mas os
quatro principais são:

1. O melanoma extensivo superficial é o tipo mais comum.


Ele geralmente é plano e irregular, quanto ao formato e à
cor, e ocorre em tons diferentes de preto e marrom. Ele
pode se manifestar em qualquer idade ou região do corpo
e é mais comum em pessoas de pele branca.
2. O melanoma nodular geralmente começa como uma área
elevada de cor preta azulada ou vermelha azulada.
Entretanto, alguns melanomas não apresentam cor
alguma.
3. O melanoma lentigo maligno geralmente ocorre em idosos.
Ele é mais comum em peles danificadas pelo sol na região
do rosto, do pescoço e dos braços. As áreas de pele
anormal geralmente são grandes, planas e têm aspecto
bronzeado com áreas marrons.
4. O melanoma lentiginoso acral é a forma menos comum de
melanoma. Ele geralmente ocorre nas palmas, solas ou
embaixo das unhas e é mais comum em afroamericanos.

A cada 100 casos de pessoas com algum tipo de câncer, 25%


é câncer de pele, ou seja, o tumor é de alta agressividade, por isso
que é extremamente importante que o diagnóstico seja precoce, para
que o tratamento seja viável.
Toda lesão que aparece na pele que a pessoa não tinha ou,
tinha e mudou de aspecto, cor ou tamanho, e que foge do aspecto
das pintas normais que tem pelo corpo, é o momento de procurar um
médico. Chegando no dermatologista, o paciente é examinado e
através do microscópio, o médico saberá se aquela lesão é benigna
ou maligna.
Os fatores de risco são pessoas de pele clara, olhos claros,
cabelo claro, pessoas com sardas e principalmente sob muita
exposição solar. A maioria dos Melanomas surgem em áreas de pele
normal e saudável, então a manifestação clínica, nessa situação,
seria o surgimento de uma pinta em uma área que previamente não
existia. E a observação de modificação dessa pinta é muito
importante, pois essa pinta pode crescer, mudar de cor e aspecto,
também pode sangrar. Portanto ao observar essas características
existentes em alguma parte do corpo, deve-se imediatamente
recorrer ao especialista adequado para realizar um diagnóstico e o
tratamento, no caso, se confirmado à existência do melanoma. O
tratamento é realizado através de uma biópsia, que é um
procedimento cirúrgico e o principal tratamento para os pacientes
com melanoma na fase inicial. O melanoma na fase avançada ou
metastática, evoluiu muito em termos de tratamento nesses últimos
6 anos, decorrente do desenvolvimento de duas grandes áreas,
como terapia alvo e imunoterapia.
1. Terapia alvo: É oferecer um tratamento específico
direcionado para uma mutação ou fragilidade genômica
que o tumor tenha. É um tratamento novo, que cria um
conceito de terapia personalizada. Através da ação dos
genes, das proteínas e de outras moléculas presentes
nas células tumorais, cria-se medicamentos
personalizados, para cada caso, para o tipo do tumor, que
são compostos de substâncias que identifiquem e
ataquem características específicas das células
cancerígenas, bloqueando assim o crescimento e a
disseminação do câncer. A maioria das vezes a terapia é
oral, com altíssima taxa de resposta, é muito eficaz, até
mais do que as quimioterapias e com razoável perfil de
tolerância e de toxicidade para os pacientes. Como
exemplo, temos a droga Larotrectinib (aprovada no Brasil
em Julho/2019).
2. Imunoterapia: É um tipo de tratamento que tem como
premissa estimular ou melhorar o sistema imune de um
indivíduo, para combater alguns tipos de câncer. A
imunoterapia inclui tratamentos que agem de diferentes
formas. Alguns estimulam o sistema imunológico do
corpo de uma forma muito geral, enquanto outros ajudam
o sistema imunológico a atacar especificamente as
células cancerígenas. A imunoterapia vem se mostrando
mais eficaz em alguns tipos de câncer, como melanoma,
câncer renal, câncer de pulmão, entre outros.
Câncer de Pele – Não Melanoma

É a doença de pele cancerígena mais comum, corresponde


cerca de 90% de todos os cânceres de pele, e sua incidência tem
aumentado principalmente na faixa etária mais jovem. O câncer de
pele acomete mais as populações de pele clara, do fototipo que
queima e não se bronzeia. É encarado como um importante sinal de
alerta, pois sabe-se que, uma vez que o paciente apresente uma
lesão de não melanoma, há uma chance maior de aparecimento de
um novo câncer de pele.
O não melanoma, geralmente tem crescimento lento, é
localmente invasivo e raramente resulta em metástase a distância. É,
portanto, uma neoplasia de bom prognóstico, com altas taxas de cura
se for tratado de forma adequada e oportuna. Contudo, em alguns
casos em que há demora no diagnóstico ou um tipo histopatológico
mais agressivo, esse câncer pode levar a deformidades físicas
graves devido à invasão local das células tumorais. Existem dois
grupos distintos de câncer da pele: os não melanoma, mais
frequentes e menos agressivos, e os melanomas, mais agressivos,
porém menos comuns. Os não melanomas correspondem a tumores
de diferentes linhagens. Os mais frequentes são: o carcinoma
basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o Carcinoma
epidermóide ou espinocelular, que representa 25% dos casos.
Ambos possuem altos percentuais de cura se forem identificados
precocemente, e apenas uma pequena proporção se torna letal, visto
que o número de óbitos resultante é muito baixo. Assim, entre os
tumores de pele, são os cânceres de maior incidência e mais baixa
mortalidade.
Carcinoma Basocelular (CBC)

É um tumor maligno originado de células não queratinizantes


que formam a camada basal da epiderme. É a neoplasia mais comum
em pessoas de pele clara com histórico de exposição solar e sua
origem é multifatorial, apesar de grande parte das lesões estarem
relacionadas aos distúrbios com maior sensibilidade à exposição
excessiva à radiação ultravioleta (RUV).
A apresentação clínica e o comportamento biológico dos
carcinomas basocelulares são muito variáveis. Os tipos mais comuns
são:

1. Nodular (cerca de 60% dos carcinomas basocelulares):


pequenos nódulos brilhantes, firmes, quase translúcidos a rosa
com telangiectasias, normalmente na face. Ulceração e crostas
são comuns.
2. Superficial (cerca de 30%): pequenas pápulas ou placas
vermelhas marginadas, comumente no tronco, difíceis de
diferenciar da psoríase ou de dermatite localizada.
3. Tipo Morphea (5 a 10%): placas planas, parecidas com cicatriz
e induradas que podem ser cor de carne ou vermelho claro e
ter bordas vagas.
4. Outros: outros tipos são possíveis. Carcinomas basocelulares
nodulares e superficiais podem produzir pigmento (às vezes
chamado carcinoma basocelular pigmentado).

Mais comumente, o carcinoma inicia-se como uma pápula


brilhante, aumenta lentamente e, após alguns meses ou anos,
apresenta uma borda perlácea brilhante, com vasos sanguíneos
dilatados (telangiectasias) na superfície e na região central da úlcera.
Sangramento ou crostas recorrentes não são raros, e as lesões
continuam a crescer lentamente. Em geral, o carcinoma pode, de
forma alternativa, formar crostas e regredir, o que faz com que o
paciente e o médico injustificavelmente diminuam a importância da
lesão.
O carcinoma basocelular pode ser classificado clinicamente e
histopatologicamente em: nodular ou nódulo-ulcerado, superficial,
esclerodermiforme, cístico, metaplásico, adenoide, ceratótico,
infundibular, infiltrativo, micronodular e pigmentado.

Carcinoma Epidermoide ou Espinocelular (CEC)

O CEC é considerado um tumor maligno derivado dos queratinócitos,


da camada espinhosa da Epiderme. O maior fator de risco para o seu
desenvolvimento é a exposição crônica e excessiva ao sol, por isso,
ocorre geralmente em áreas fotoexpostas, como o rosto, cabeça,
pescoço, braços, mãos e pés. em mais agressivo e invasivo do que
o carcinoma basocelular, nas lesões do carcinoma epidermoide
proliferam células escamosas que, depois de um tempo, podem dar
origem a metástases distantes em órgãos internos como os pulmões,
colo do útero e na mucosa da boca, por exemplo. Essas lesões
também podem aparecer sobre cicatrizes e queimaduras antigas, e
nas ceratoses actinicas (áreas avermelhadas em consequência da
proliferação da queratina na camada basal da pele depois de longas
e repetidas exposições aos raios ultravioleta).
Além da exposição continuada ao sol, especialmente pelas pessoas
de pele e olhos claros, são fatores de risco para o desenvolvimento
do câncer epidermoide a exposição a substâncias como alcatrão,
fuligem, arsênico, tabaco, raios X. Pacientes transplantados que
fazem uso de medicamentos imunossupresores, pessoas com
histórico pessoal ou familiar de câncer de pele, portadores de lesões
pré-malignas como verrugas e ulcerações também constituem
grupos de risco para a doença.

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