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Antigo Testamento

Os doze filhos de Jacó


01
Não são raras as ocasiões em que preferimos nos abster de dizer a verdade. Também não
são infundadas as razões pelas quais optamos por proceder assim. De fato, se ousarmos
manifestar o que pensamos, tornaremo-nos, no mínimo, indesejáveis e, se considerarmos
que uma das excelências humanas está justamente na capacidade de convívio, no cultivo de
aprazíveis relações, nada mais coerente.
Parresía é o termo em grego para designar a coragem de se dizer a verdade, expor tudo, de
se falar com franqueza. O filósofo francês Michel Foucault (1926-1984), em sua obra "O
governo de si e dos outros", tratará desta antiqüíssima noção e seu uso político desde os
primórdios da politéia (constituição) e da democracia na Grécia.
A palavra certa, proferida no momento adequado (kairós - tempo oportuno) pode revelar
injustiças, impor lucidez e também ferir. Metralhadora ou flecha certeira, dispará-las pode
aniquilar moralmente um (a) poderoso (a).
Estar convicto é fundamental. Se tratar-se de mero atrevimento, irresponsável, o dano pode
ser irreversível, sobretudo se houver platéia. Mesmo que se tente remediar, a ardilosidade
de se ofender em público e se retratar em particular é expediente inaceitável.
A parresía é uma virtude e seu emprego pode se dar tanto na esfera pública quanto na
privada. Algumas características lhe são peculiares: uma delas é a de que o destemido que
confrontar o poder com a verdade esteja em condição subalterna a seu interlocutor. Não
háparresía quando um pai repreende um filho, um professor contesta seu aluno ou o patrão
adverte o funcionário.
Há de se ter muita intimidade e confiança para que, sem magoar, sejamos autênticos.
Quando a verdade é proferida sem malícia, não se guarda rancores. É delicado
sermos parrésicos na vida privada e, salvo raras exceções, até dispensável.
Embora estejamos cônscios de que evitar o confronto, abstendo-se de uma corajosa
franqueza implica numa fatura onde se discrimina hipocrisia, falsidade, fingimento e
mentira, sobretudo no âmbito das relações familiares e de amizade, quem teria coragem de
dizer assim, na lata, que o filho é um ingrato, os progenitores do cônjuge são inconvenientes
ou maledicentes? Que o cunhado é um inútil e a cunhada lhe parece dissimulada, invejosa
ou que, após a plástica, sua amiga a faz lembrar Sartre?
Ser parresiasta (parrésico ou Parresiázesthai) não é ser irônico, crítico, persuadir ou
desafiar proferindo ofensas e insultos gratuitos. Isso é mera opinião (dóxa), não
necessariamente uma opinião verdadeira (dóxa alethés).
Mais que uma recusa à mentira, à bajulação, peculiar da parresía é haver um alto preço a
ser pago. Por isso, será no âmbito da vida profissional e cívica que optar por dizer a verdade
pode acarretar implicações de alcance imprevisíveis: retaliações, demissões, exílio e até
mesmo a morte.
Na vida privada em desavença (império de "futrica de comadres", território de desocupadas
aves de rapina), as conseqüências de dizer a verdade podem ser relativamente mensuráveis
e, dependendo do caso, mesmo que desconfortável, o máximo que pode acontecer é o
rompimento de relações notadamente desarmoniosas e inautênticas, algo capaz de revelar-se
até benéfico à saúde psíquica.
É no dizer público que a parresía é mais parresía. Foucault afirma que "as diferentes
maneiras de dizer a verdade podem aparecer como formas" e analisa quatro delas: estratégia
de demonstração, de persuasão, de ensino e de discussão.
Embora possa utilizar elementos de demonstração, a parresía não é uma maneira de
demonstrar: "não é a demonstração nem a estrutura racional do discurso que vão definir a
parresía".
Quanto à retórica, diz ele: "a parresía como técnica, como procedimento, como maneira de
dizer as coisas, pode e muitas vezes deve efetivamente utilizar os recursos da retórica (...)
a parresía se define fundamentalmente, essencialmente e primeiramente como o dizer-a-
verdade, enquanto a retórica é uma maneira, uma arte ou uma técnica de dispor os
elementos do discurso a fim de persuadir." Sem dúvida, a retórica não se ocupa com o fato
do discurso ser ou não verdadeiro e isso é essencial à parresía.
Sobre ser uma maneira de ensinar, uma pedagogia, Foucault também refuta dizendo haver:
"(...) toda uma brutalidade, toda uma violência, todo um lado abrupto da parresía,
totalmente diferente do que pode ser um procedimento pedagógico. O parresiasta, aquele
que diz a verdade dessa forma, pois bem, ele lança a verdade na cara daquele com quem
dialoga ou a quem se dirige (...)".
E complementa dizendo que "(...) quem diz a verdade lança a verdade na cara desse
interlocutor de maneira tão cortante e tão definitiva, que o outro em frente não pode fazer
mais que calar-se, ou sufocar de furor (...)".
Seria a parresía uma maneira de discutir? Pertenceria à Erística? Éris é a deusa da discórdia
(disputa, querela) e esse termo compreende "uma arte da controvérsia e do debate,
desenvolvido principalmente pela Escola de Mégara (séc. V-IV)". Não. O parresiasta não
tem por télos(finalidade) discutir, mas dizer: "Há, de um lado, um dos interlocutores que diz
a verdade, e que se preocupa, no fundo, com dizer a verdade o mais depressa, o mais alto, o
mais claro possível; e depois, em face, o outro que não responde, ou que responde por outra
coisa que não são discursos".
Michel Foucault afirma que a parresía é uma certa maneira de se dizer a verdade, mas que
esta maneira não pertence à erística (arte de discutir), nem à pedagogia (arte de ensinar),
nem à retórica (arte da persuasão) nem tampouco a uma arte da demonstração: "Não a
encontramos no que poderíamos chamar de estratégias discursivas".
Pode-se servir da parresía para emitir lições, aforismos, réplicas, opiniões, juízos etc., mas
o que mais a caracteriza, onde há verdadeiramente parresía, é quando não se fica impune ao
pronunciá-la.
Ele diz crer que, se quisermos analisar a parresía, não devemos nos ater ao "lado da
estrutura interna do discurso, nem do lado da finalidade que o discurso verdadeiro procura
atingir o interlocutor, mas do lado do locutor, ou antes, do lado do risco que o dizer-a-
verdade abre para o próprio interlocutor".
Arriscado, proferir a verdade é encontrar a fúria: "é abrir para quem diz a verdade um certo
espaço de risco, é abrir um perigo em que a própria existência do locutor vai estar em jogo."
De fato, é se expor pelo que o Homem mais preza: liberdade.
Corajosos, Parresiázesthai estão dispostos a morrer por ela.
Por Luciene Félix, Professora de Filosofia e Mitologia Grega da Escola Superior de
Direito Constitucional.
Fonte: Jornal Carta Forense, 4 de abril de 2011.
Publicado por Promotor de Justiça às 22.5.11 
 
Colado de <http://promotordejustica.blogspot.com/2011/05/parresia-coragem-de-dizer-verdade.html>
 
 
02
Tribos de Israel
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Tribos de Israel
As Tribos
1. Rúb
en
2. Sim
eão
3. Levi
4. Judá
5. Dã
6. Naft
ali
7. Gad
e
8. Aser
9. Issa
car
10. Zeb
ulão
11. José
12. Man
assés
13. Efra
im
14. Benj
amim
Tópicos
1. Filh
os de Israel
2. 10
Tribos perdidas
 
Tribo de Israel (do hebraico ‫ )שבטי ישראל‬é o nome dado às unidades tribais
patriarcais do Antigo Povo de Israel e que de acordo com a tradição judaico-
cristã teriam se originado dos doze filhos de Yaacov (Jacó), neto de Abraham
(Abraão).
As doze tribos teriam o nome de dez dos filhos de Jacó. As outras duas tribos
restantes receberam os nomes dos filhos de Yossef (José) , abençoados por Yaacov
como seus próprios filhos. Os nomes das tribos
são: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, Benjam
im, Manassés e Efraim. Apesar desta suposta irmandade as tribos não teriam sido
sempre aliadas, o que ficaria manifesto na cisão do reino após a morte do
rei Salomão. Com a extinção do Reino de Israel ao norte, dez das
tribos desapareceriam e a determinação do seu destino até hoje é objeto de debate.
As outras tribos restantes (Judá, Benjamim e Levi constituiriam o que hoje chama-
se de judeus e serviria de base para sua divisão comunitária (Yisrael, Levi e Cohen).
As "Doze Tribos" também pode ser pronunciada por alguns como "Treze tribos",
levando em consideração que os filhos de José (Manassés e Efraim), que teriam
sido considerados por seu avô (Israel), como seus próprios filhos, ficando ao invés
de 12, 13 tribos.
Índice
 [esconder]
 1 Origem das tribos
 1.1 Hipóteses históricas
 2 As tribos como unidades geográficas
 3 Período monárquico - União política
 4 Israel dividida
 5 O destino das Tribos de Israel
 5.1 As tribos perdidas
 5.2 A tribo remanescente: Judá e os judeus
[editar]Origem das tribos

Mapa de 1759 com a divisão clássica das doze tribos de Israel


O livro de Gênesis conta da descendência do patriarca Jacó, mais tarde batizado por
Deus como Israel, e de suas duas mulheres e duas concubinas. Jacó teve ao todo 12
filhos, cujos nomes estão acima citados. Neste momento da narrativa, o cronista
bíblico concentra-se no relato da história de José, de como ele foi separado de seus
irmãos, como obteve importância política no Egito, e de como voltou a reunir sua
família. A narração conta também que os 12 filhos de Jacó e suas famílias e criados
obtiveram permissão para habitar a fértil região oriental do Delta do Nilo, onde
teriam se multiplicado grandemente. Cada uma das 12 famílias teria mantido uma
individualidade cultural, de forma que se identificassem entre si como tribos
separadas. A narrativa ainda destaca que José teve 2 filhos, Manassés e Efraim, e
seus descendentes seriam elevados ao status de tribos independentes, embora
fossem sempre referidos como meio-tribos (encerrando um número fixo de 12
tribos). Ao final de Gênesis, Jacó, em sua velhice, abençoa a cada um de seus
filhos, prenunciando o destino que aguardavam os seus descendentes no futuro.
Em Êxodo, a Bíblia conta como Moisés, membro da tribo de Levi, e seu
irmão Arão, lideraram os hebreus das 12 tribos em sua fuga do Egito. Durante a
narrativa, as tribos são contadas, e seus líderes e representantes são nomeados,
demonstrando um forte senso de individualidade entre as tribos e as meio-tribos de
José. À tribo de Levi são designadas as tarefas sacerdotais e os direitos e deveres
diferenciados que estas tarefas implicavam. As demais mantiveram-se com os
mesmos direitos e obrigações, embora, através do número de membros, algumas
tribos já pudessem gozar de alguma superioridade política.
[editar]Hipóteses históricas
Para judeus e cristãos, não há dúvidas da veracidade do relato bíblico, e há pouco o
que se discutir sobre a origem das Tribos de Israel fora do contexto bíblico.
No entanto, arqueólogos, historiadores e estudiosos da Bíblia argumentam sobre a
origem das tribos.
Há teorias que sugerem que apenas algumas das tribos teriam realmente saído do
Egito, e se fixado por alguns anos no entorno de Canaã, onde teriam encontrado
outras tribos de origem hebraica autóctones da região. Sua afinidade lingüística e
racial, em contraste com as diferenças encontradas nos vizinhos cananeus teria
encorajado as tribos a agirem em regime de coexistência, e em algumas vezes, de
cooperação, o que teria favorecido a conquista de Canaã (uma miríade de cidades-
estado e pequenos reinos independentes) pelos hebreus. Neste caso, as tribos do
Êxodo teriam sido aquelas de maior destaque na narrativa bíblica, ou seja, Judá,
Levi, Simeão, Benjamim, e as meio-tribos de Efraim e Manassés, o que
enfraqueceria toda a base histórica da narrativa do Êxodo. Já os arqueólogos notam
que não há vestígios concretos da passagem de um povo, estimado em mais de
600000 pessoas, por 40 anos pelo deserto entre o Egito e a Palestina. Assim, a
narrativa de Gênesis e Êxodo não tem uma base histórica, embora alguns pontos
pudessem ter sido moldados para justificar com raízes familiares a união das 12
tribos.
[editar]As tribos como unidades geográficas
 
Moisés liderou as 12 tribos pelo deserto da Península do Sinai, e seu
sucessor Josué tomou para si a tarefa de coordenar a tomada de Canaã. Para que
ocorresse de forma ordenada, a terra de Canaã foi dividida entre cada uma das
tribos e meias-tribos, que se encarregaram de conquistá-las, na maior parte dos
casos sem o auxílio das demais. Uma das tribos, a de Levi, não recebeu uma porção
territorial fixa, mas sim algumas cidades distribuídas por toda a Palestina.
O território de algumas das tribos, como Simeão e Aser, correspondiam a áreas
mais tarde dominadas por filisteus e fenícios, respectivamente. Após a narrativa da
conquista de Canaã, os relatos acerca destas tribos se tornam confusos, e as suas
referências geográficas são praticamente inexistentes, ou inconsistentes, dando a
entender que essas tribos deixaram de existir geograficamente, e seu povo foi
absorvido ou por povos estrangeiros, ou por outras tribos israelitas, ou por ambos,
embora ainda fossem contados como parte das 12 tribos.
A tribos de Dã é outro exemplo de mudança ao longo da Bíblia. Inicialmente, Dã é
posicionada na metade sul da Palestina, em um pequeno território posteriormente
conquistado pelos filisteus. Mas ao contrário de Simeão e Aser, o território de Dã
continuou existindo, mas muito mais ao norte, ao redor da cidade de mesmo nome.
Algumas interpretações colocam que Dã havia sido alocada desde o princípio em
dois territórios disjuntos.
A meia-tribo de Manassés ocupou um vasto território nos dois lados do Rio Jordão,
do Mar Mediterrâneo até a Síria, próximo a Damasco. Efraim foi posicionada na
região central, incluindo as importantes cidades de Siló, Gilgal e Betel, cuja
importância remete às histórias dos Patriarcas. Benjamim recebeu um territótio
pequeno ao sul de Efraim, porém incluindo cidades importantes,
como Gibeá, Jericó e Jerusalém. Judá posicionou-se num vasto território
montanhoso e fértil ao sul, entre o Mar Morto e o Mediterrâneo,
tendo Hebrom e Belém como cidades mais importantes. As demais tribos
receberam territórios pequenos, ou com pequena importância na narrativa bíblica
subseqüente.
[editar]Período monárquico - União política
As tribos mantiveram certa estabilidade, independência e equilíbrio político durante
o Período dos Juízes, visto que são relatados feitos notáveis de herdeiros da maior
parte das tribos, sem particular destaque a nenhuma delas. Mas no final do século
XI a.C., com o início do período monárquico e a coroação de Saul, as tribos se
uniram pela primeira vez sob um único líder.
Entretanto, apesar da identidade racial, lingüística e religiosa, e das histórias que as
uniam desde a sua criação, aparentemente havia uma certa cisão entre a tribo de
Judá e as demais, visto que o profeta Samuel refere-se algumas vezes a Israel e Judá
como entidades independentes unidas apenas por um contexto histórico. O rei Saul
pertencia à tribo de Benjamim, e adquiriu inicialmente a simpatia de todas as tribos,
mas um movimento em Judá, liderado por David e apoiado pelos filisteus, terminou
por vencer Saul. Davi foi coroado em Hebrom rei de Judá, enquanto o restante de
Israel deveu lealdade ao filho de Saul, Isbosete. Houve uma guerra civil, com
vitória de Davi. Ao poupar a Casa de Saul, Davi ganhou popularidade, e após vários
feitos militares contra povos estrangeiros, viu as 12 tribos se unirem firmemente
sob seu cetro. Seu filho, Salomão, manteve sua autoridade sobre toda a ISRAEL até
sua morte.
Apesar desta união política, a própria narrativa deste período faz transparecer as
profundas diferenças políticas e mesmo culturais entre Judá (e ao final do reinado
de Salomão, também de Benjamim, já que os reis de Judá reinaram em Jerusalém,
cidade benjaminita) e as demais tribos. Uma diferença marcante na carga de
impostos aplicados a Judá e às outras tribos, favorecendo a primeira, principalmente
numa época de constante expansão territorial e grandes obras, foi o estopim para a
desunião que se seguiu.
[editar]Israel dividida
Com a morte de Salomão, uma facção liderada por Jeroboão viu nesta uma
oportunidade para resgatar Israel do poderio de Judá. A aclamação de Jeroboão
significou a divisão indissolúvel entre Judá (e Benjamim) e as demais 10 tribos,
uma vez que o filho de Salomão, Roboão, foi confirmado rei em Jerusalém.
Formou-se assim os reinos de Judá, ao sul, com sede em Jerusalém, e Israel, ao
norte, com capital em Samaria.
Neste período, as tribos de Judá e Benjamim aparecem quase inteiramente fundidas
entre si (ou seja, as referências a Benjamim desaparecem, embora seu território e
suas cidades estivessem no coração do território de Judá), e o mesmo acontece com
as outras 10 tribos do norte. Dentre as tribos do norte, ainda se observa traços de
individualidade na meia-tribo de Manassés, mas de maneira geral não há mais
distinção física ou cultural entre elas. A partir deste momento, as 12 Tribos de Israel
passaram a ser uma alegoria, referindo-se ao seu estágio original de união em nome
de Deus, representando o ideal do povo hebreu, especialmente no Novo
Testamento, e não mais entidades políticas diversas.
De qualquer modo é possível que o sistema de tribos tenha permanecido, mesmo
que apenas ao nível familiar devido à tradição de traçar genealogias, remetendo
indivíduos aos filhos de Jacó. O reino teve início com Roboão, que era filho de
Salomão e durou o periodo de 209 anos.Ele foi dividido por volta de 931 A.C e
permaneceu assim ate o ano de 722 A.C. Neste reino dividido temos:o REINO
NORTE também chamado de ISRAEL que foi formado pelas 10 tribos: Rúben,
Issacar, Zebulom,Dã,nafitali, Gade, Aser, Efraim, Manasses, Simeão. Essas são as
10 tribos do reino Norte.
[editar]O destino das Tribos de Israel
Um dos elementos que mais intrigam os estudiosos é o destino das Tribos de Israel,
sobretudo as 10 tribos do norte, cuja referência cessa completamente após as
invasões da Assíria
[editar]As tribos perdidas
As conquistas assírias no século VIII a.C. abriram caminho para a conquista do
reino do norte de Israel. A queda de Samaria significou o fim do estado Israelita.
Seu povo, ou aqueles que sobreviveram, foram deportados para a Assíria e
redistribuídos por todo seu território. Neste momento, as 10 tribos do norte
desapareceram por completo do relato bíblico. O mais provável é que qualquer
traço de união tribal tenha desfalecido com a fragmentação das comunidades
israelitas, e que os hebreus que sobreviveram ao processo tenham se unido a
estrangeiros e abandonado suas tradições.
[editar]A tribo remanescente: Judá e os judeus
Apesar da queda de Jerusalém, menos de 2 séculos depois, os descendentes de Judá,
ao serem levados ao exílio no reino da Babilônia, mantiveram fortes laços culturais
entre si. É possível que tivessem mantido esta união graças às profecias do
profeta Jeremias, que previu que o exílio duraria 70 anos, e que o povo seria
libertado e mandado de volta a Jerusalém ao final deste período; a fé conjunta na
realização da profecia teria mantido a tradição da tribo de Judá intacta, se não
fortalecida. É no período de exílio que surge pela primeira vez de maneira
consistente o termo judeu, se referindo a todos os membros da tribo de Judá.
Passado o tempo previsto por Jeremias, Ciro, o Grande, conquistou a Babilônia, e
enviou os judeus de volta à Palestina, designando para eles a província de Yehud,
de maneira geral, o mesmo território do antigo reino de Judá. Os judeus ali
habitaram até o século II da Era Cristã. Sua religião passou a se chamar "judaísmo",
a prática religiosa de Judá (distinta havia muito das práticas religiosas mais
populares no Reino de Israel).
Entre o fim do exílio babilônico e a diáspora, os judeus nutriram um forte senso de
união e resistência a dominação estrangeira, tão forte que, mesmo após sua
expulsão definitiva da Palestina pelosromanos, os judeus mantiveram laços entre as
distantes comunidades formadas por toda Ásia, norte da África e Europa,
verdadeiras redes através das quais sobreviveram suas tradições. Durante este
período, o termo "judeu" significando um seguidor da religião judaica suplantou o
significado tribal do termo, e muitos estrangeiros de origem não semítica se
declaravam judeus. De toda forma, através dos judeus e do judaísmo, a tradição da
tribo de Judá sobreviveu até os dias de hoje.
Categorias: Antigo Testamento | Tanakh
 
Colado de <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribos_de_Israel>
 
 

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