Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IIê-Ifé :
de Odùduwà a Sàngó.
A cidade de Ilê-Ifé (Ilé-Ifè) é considerada pelos yorùbá o lugar de origem de seus primeiros grupos. lfé é o
berço de toda religião tradicional yorùbá (a religião dos Òrìsà, o Candomblé do Brasil), um lugar sagrado,
onde os deuses ali chegaram, criaram e povoaram o mundo e depois ensinaram aos mortais como os
cultuarem, nos primórdios da civilização. Ilê-Ifé é o “Berço da Terra”.
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 1/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
(h ps://aulobarre i.files.wordpress.com/2012/07/oba_ade.jpg)
Oba Òrángún de Ìlá, um descendente direto de um dos sete principais filhos, dos dezesseis
de Odùduwà.
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 2/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
Olódùmarè
Olódùmarè é o Ser Superior dos yorùbá, que vive num universo paralelo ao nosso, conhecido
como òrun, por isso Ele é também conhecido como Àjàlórún e Olórun “Senhor ou rei do òrun“,
que através dos òrìsà por Ele criado, resolve incumbir um dos òrìsà funfun (do
branco), Òrínsànlá, (o grande òrìsà) o primeiro a ser criado, também chamado de Òrìsà-nlá e
de Obàtálá, de criar e governar o futuro Àiyé : a Terra, do nosso universo conhecido. Ele lhe
entrega o àpò-iwá (a sacola da existência) o qual contém todas as coisas necessárias para a
criação, e é aclamado como Aláàbáláàse, “Senhor que tem o poder de sugerir e realizar”.
Como a tradição mandava, para todos, antes de iniciar a viagem ele foi consultar o oráculo
de Ifá, com Òrúnmìlà, outro òrìsà funfun, e este lhe orientou a fazer alguns sacrifícios a
divindade Èsù, mas, se ele já era orgulhoso e altivo, mais ainda ficou, se recusou e nada fez,
mas foi avisado que infortúnios poderiam ocorrer.
Òrìsànlá, de posse do àpò-iwá, põe-se a caminhar pelo òrun, para chegar à “porta do espaço”,
até então um vazio, que viria a ser o àiyé. Ele é o òrìsà que usa um cajado ritual conhecida
como òpásóró, durante o caminho, com muita sede, ele se defronta com o igi-òpé (árvore do
dendêzeiro) e com o seu òpásóró, perfura o caule da árvore da qual começa a “jorrar o emu”
(vinho de palma), e põe-se a beber, a tal ponto, que cai totalmente embriagado no pé da
palmeira e dorme profundamente. O infortúnio começa acontecer.
Odùduwà, outro òrìsà funfun, o segundo criado por Olódùmarè, por conceito “irmão mais
novo” de Òrìsànlá, ficou enciumado, porque Olódùmarè tinha entregado a Òrìsànlá o àpò-iwá,
e o estava seguindo pelos caminhos do òrun, esperando que ele cometesse algum deslize, o
que de fato aconteceu. Odùduwà, encontrando-o naquele estado, apodera-se do àpò-iwá e
leva-o até Olódùmarè, narrando o acontecido, e, por este fato, Olódùmarè delega a Odùduwà o
poder de criar o àiyé e por “punição” incumbe Òrìsànlá de “somente” criar, moldar e esculpir
os corpos dos “homens” no òrun, sob sua supervisão e o proíbe terminantemente de nunca
mais beber o emu. Odùduwà, então, cumpre a tradição e faz as obrigações, para se tornar o
progenitor dos Yorùbá, do Mundo : Olófin Odùduwà, o futuro Àjàlàiyé.
Desde então a relação tempestuosa entre Odùduwà e Obàtálá perpetuou-se, ora em disputas,
discórdias, controvérsias e de outras formas, mas sempre munindo a eterna rivalidade.
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 3/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
(h ps://aulobarre i.wordpress.com/ile-ife/oduduwa-ooni-ife/)
Veja e leia : fotos e dados sobre o Adé Are Odùduwà (h ps://aulobarre i.wordpress.com/ile-
ife/oduduwa-ooni-ife/)
Odùduwà
Odùduwà chegando ao àiyé, cria tudo o que era necessário e delega poderes às divindades
que o seguiram, conhecidos como os Àgbà (h ps://aulobarre i.wordpress.com/revista-
ebano-ile-ife/agba/), para governarem a criação, e volta ao òrun, e só retornaria quando tudo
estivesse realmente concluído. Òrìsànlá, que tinha ficado no òrun com seus seguidores, já
tinha moldado corpos suficientes para povoar o inicio do mundo, vai então para o àiyé, com
seus seguidores, os Funfun (h ps://aulobarre i.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/funfun/); fato
que ocorre antes da volta de Odùduwà para o àiyé.
Quando Olófin Odùduwà retorna ao àiyé, funda a cidade de Ilê-Ifé, e vem a ser o primeiro Oba
(rei) do povo yorùbá com o titulo de “Oba Óòni“, ou seja, o primeiro Óòni de Ifé, e a cidade se
torna a morada dos deuses e dos novos seres.
Durante todo esse “tempo”, Odùduwà que já estava casado com Ìyá Olóòkun, divindade
feminina, responsável e dona dos mares, tem dois filhos, o primogênito, a divindade Ògún e
uma filha de nome Ìsèdélè. O tempo passa, e Odùduwà, que era uma divindade negra, porém
albina, incumbe seu filho Ògún de ir para a aldeia de Ògòtún, vizinha de Ifé, conter uma
rebelião.
Ògún, divindade negra, senhor do ferro, parte para sua missão e realiza o intento, trazendo
consigo Lakanje, filha do rebelde vencido. Ora, Lakanje era espólio de Odùduwà, o Óòni Ifé,
portanto intocável, mas Lakanje era muito bela e extremamente sensual e Ògún não resistiu
aos seus encantos e com ela teve várias noites de amor, durante sua viagem de volta.
Chegando a Ifé , ele entrega os espólios da conquista, inclusive Lakanje, a seu
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 4/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
pai Odùduwà, que também não resistiu aos lindos encantos da mortal Lakanje e por ela se
apaixona, e casam-se. Ògún nada tinha contado a seu pai dos fatos ocorridos; e logo após o
casamento Lakanje engravida, desta gravidez nasce um filho de nome Odéde.
Só que o destino foi fatídico, Odéde nasceu metade negro, como a pele de Ògún e metade
branco, como a pele do albino Odùduwà, revelando assim, a traição de Ògún e
consequentemente a perda da confiança do seu pai. Esta situação gerou inúmeras discussões
entre Odùduwà e Ògún, mas a principal foi “quem tinha razão”, ou, quem teria mais “genes”
no filho em comum, Odéde, e cada um se posicionava com a seguinte frase : “a minha palavra
triunfou” ou “a minha palavra é a correta”, que aglutinada é Òrànmíyàn e foi assim que ele
passou a ser chamado e conhecido.
Obàtálá (Òrìsànlá), também já estava no àiyé com sua comitiva, entretanto, devido a grande
rivalidade com Odùduwà, ele foi expulso de Ilê-Ifé e assim funda a cidade de Ìgbò e se torna o
primeiro Oba Ìgbò chamado também de Bàbá Ìgbò, pai dos ìgbò. Numa sociedade polígama,
Òrìsànlá é um caso raro de monogamia, pois a divindade Yemowo foi sua única esposa e não
tiveram filhos.
(h ps://aulobarre i.files.wordpress.com/2012/07/opa_oranmiyan_r.jpg)
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 5/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
Òrànmíyàn
Após grandes vitórias, Òrànmíyàn torna-se o braço direito de seu pai em Ilê-Ifê, pois seus
outros irmãos foram povoar regiões distantes, menos Obàlùfan Ògbógbódirin. Odùduwà
ordena então que Òrànmíyàn conquiste terras ao norte de Ifé, mas Òrànmíyàn não consegue
cumprir a tarefa e sai derrotado e, com vergonha de encarar seu pai, não volta mais a Ifé, com
isso funda uma nova cidade e lhe dá o nome de Òyó, tornando-se o primeiro Oba
Aláààfin Òyó.
Casado com Morèmi, uma bela mortal nativa de Òfà (que mais tarde tornou-se uma heroína
em Ilê-Ifé), teve um filho de nome Ajaká. Passado “algum tempo”, Òrànmíyàn investe em
novas conquistas e volta a guerrear contra a nação dos Tapa, onde havia sido derrotado,
porém desta vez obtém uma grande vitória sobre Elémpe, na época rei dos Tapa, como
espólio, Elémpe entrega-lhe sua filha Torosí. Retornando a Òyó, Òrànmíyàn casa-se com Torosí
e com ela tem um filho, chamado Sàngó, um “mortal”, nascido de uma mãe mortal e um pai
semideus, portanto com ascendentes divinos por parte de pai.
Após este período de inúmeras vitórias, a cidade de Òyó torna-se um poderoso império,
Òrànmíyàn, prestigiado e redimido de sua vergonha, volta para Ilê-Ifé, deixando em seu lugar
em Òyó, o príncipe coroado, seu primogênito Ajaká, que torna-se o segundo Aláààfin Òyó.
Durante sua longa ausência em Ilê-Ifé, Obàlùfan Ògbógbódirin, seu irmão mais velho, tornou-se
o segundo Óòni Ifé, após o reinado de Odùduwà. Quando ninguém mais sabia do paradeiro
de Òrànmíyàn, o povo de Ifé aclamou Obàlùfan de Aláyémore como sucessor direto de seu pai
Odùduwà.
Após um “grande tempo”, quando Òrànmíyàn estava retornado à Ifé, Obàlùfan Aláyémore já
era o terceiro Óòni Ifé, todavia, com um fraco reinado e agora com os rumores da volta de seu
irmão, mais instável ainda ficava seu governo.
Obàlúfan enfurecido com o povo de Ifé, que já haviam-o nomeado de Aláyémore, agora,
clamavam para combater “possíveis inimigos” que rodeavam a cidade (na verdade, gente de
Òránmíyàn que chegava). O poderoso guerreiro, então, colérico comete varias atrocidades e
só para quando uma anciã desesperada grita que ele está destruindo seus “próprios filhos”,
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 6/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
gente do seu próprio povo. Atônito, ele finca no chão seu asà (escudo) que imediatamente
transforma-se em uma enorme laje de pedra, num lugar hoje chamado de “Ìta Alásà”, e
“decide ir embora e nunca mais” voltar à Ifé.
Enquanto isso, Òrànmíyàn desiludido pelo seu povo que não lhe reconhecera, já rumava fora
dos arredores de Ifé, em Mòpá. Quando foi interceptado pelo povo que o saudavam e o
aclamavam como Óòni Ifé, e, suplicavam por sua volta. Então, satisfeito e envaidecido, atende
ao povo e finca no chão seu òpá (bastão de guerreiro) transformando-o em um monólito de
granito (ver foto acima: Òpá Òrànmíyàn) selando assim o acordo com o povo e volta em
uma triunfante procissão ao palácio de Ifé.
Sabendo disso, Obàlùfan Aláyémore abandona, agora, de fato, o palácio e se exila na cidade de
Ìlárá. Òrànmíyàn ascende ao trono e se torna o terceiro Óòni Ifé até sua morte.
Obàlùfan Aláyémore, retorna do exílio e reassume como o quarto Óòni Ifé e reina, desta vez,
com sucesso até a morte.
(h ps://aulobarre i.files.wordpress.com/2012/07/ade_orisa.jpg)
Adé Òrìsà, tipo de coroa real tradicional, somente usada por alguns privilegiados reis que sejam
descendentes de Odùduwà.
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 7/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
Ajaká
O Aláààfin de Òyó, o Oba Ajaká, meio irmão de Sàngó, era muito pacifico, apático e não
realizava um bom governo.
Sàngó, que cresceu nas terras dos Tapa (Nupe), local de origem de Torosí, sua mãe, depois
instalá-se na cidade de Kòso. Mesmo rejeitado pelo povo por ser violento e incontrolável,
aclamou-se como Oba Kòso, agora, também tirânico. Mais tarde, com seus seguidores, se
estabeleceu em Òyó, num pequeno bairro que recebeu o mesmo nome da cidade que viveu,
Kòso, com isso manteve seu titulo de Oba Kòso. Sàngó percebendo a fraqueza de seu irmão e
sendo astuto e ávido por poder, destrona Ajaká e torna-se o terceiro Aláààfin Òyó.
Ajaká, também chamado de Dadá (aquele que nasce com os cabelos encaracolados), exilado,
sai de Òyó para reinar numa cidade vizinha e menor, Igboho, obviamente, não usaria mais a
coroa real de Òyó. Com vergonha por ter sido deposto, declara que neste seu reinado vai usar
uma coroa (adé), que cubra seus olhos envergonhados e somente deixará de usar-la quando
novamente puder usar o adé que lhe foi usurpado. Essa coroa que Dadá Ajaká passa a usar, é
rodeada por vários fios ornados de búzios no lugar das contas preciosas do adé de Òyó, e esta
chama-se adé bayánni (ver fotos). Dadá Ajaká, então, casa-se e tem um filho de nome Aganjú,
que vem a ser sobrinho de Sàngó.
Sàngó reina durante sete anos em Òyó, sob intenso remorso das inúmeras atrocidades
cometidas e com o povo revoltado. Assim, ele abandona o trono e se refugia na terra natal de
sua mãe em Tapa. Após um tempo, suicida-se, enforcando-se numa árvore chamada de àyòn
(àyàn) na cidade de Kòso. Com o fato consumado, Dadá Ajaká volta à Òyó e reassume o trono,
retira então o adé bayánni e passa a usar o adé Aláààfin, tornando-se então o quarto Alááàfin
Òyó. Após sua morte, assume o trono seu filho Aganjú, neto de Òrànmíyàn e sobrinho de
Sàngó, tornando-se o quinto Aláààfin Òyó.
Com Aganjú termina o primeiro período da formação do povo yorùbá; após seu reinado se dá
inicio ao segundo período, o dos reis históricos.
Vimos: “De Ilé-Ifè até Òyó, de Odùduwà a Aganjú, passando por Sàngó.“
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 8/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
(h ps://aulobarre i.files.wordpress.com/2012/07/ade_bayanni_r.jpg)
Adé bayánni, tipo de coroa usada por Dadá Ajaká, durante seu exílio na cidade de Igboho.
Sàngó
O que notamos nesse primeiro período yorùbá, é que na realidade, o que se fala de Sàngó e de
outros personagens acima descritos, com suas histórias relatadas nos candomblés, são
incorretas, assim, levando os fiéis a crer em fatos irreais.
Quanto a Sàngó, demonstramos que foi um mortal em sua vida no àiyé, portanto quando
morreu, tornou-se um égún, pois seus pais eram mortais. O que ocorreu em sua vida, foi que
uma de suas esposas e a única que o acompanhou em sua fuga de Òyó, era a divindade Oya,
loucamente apaixonada por ele, e no instante de sua morte ela pegou-o com o seu poder de
òrìsà e o conduziu diretamente a Olódùmarè, e por insistência de Oya, Ele o “ressuscita” como
uma divindade, já que em vida, perdida de amores, ensina-lhe vários segredos (awo) dos
òrìsà, principalmente o segredo do fogo que então, pertencia somente a òrìsà Oya, ela ensina e
lhe confere este e outros poderes, por paixão.
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 9/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
Esta afirmação é facilmente notada, pois, Sàngó é a única divindade do panteão que é
assentada de forma material completamente diferente, isto é, em madeira, numa gamela
sobre um pilão, sua roupa ritual é composta de várias tiras de panos, coloridas e soltas,
caindo sobre as pernas, que lembra perfeitamente o tipo de roupa usada pelos Bàbá Egúngún
(ancestrais) e seu animal preferido para sacrifício é também o mesmo dos égún, os mortos
comum, o carneiro; existe também outras minúcias, que aqui não cabe mencionar. Leia em
artigos: O Culto dos Egúngún (h ps://aulobarre i.wordpress.com/a-revista/o-culto-dos-eguns-no-
candomble/)
Nos candomblés, citam Ajaká e Aganjú como sendo “qualidades” de Sàngó, que agora
sabemos isto não é possível, pois, Ajaká é seu meio irmão e Aganjú é filho de Dadá Ajaká,
portanto seu sobrinho, notoriamente pessoas mortais e completamente distintas, que fazem
parte da família de Sàngó, mas não tiveram a honra de tornarem-se òrìsà, mas sim, são
ancestrais ilustres. Também no Brasil, faz-se uma cerimônia chamada de “Coroa de Dadá” ou
“Adê Baiani”, onde a coroa é carregada ritualmente em uma charola durante as festas do
ciclo de Sàngó chamada de “Banni ou lyamasse”, que representa a “mãe” de Sàngó. Ora,
sabemos que quem usou este adé foi, Ajaká, apelidado de Dadá, de quem Sàngó roubou-lhe o
trono, e que sua mãe foi Torosí, filha de Elémpe, rei dos Tapa, sabemos que ela não tem
nenhuma importância teológica, somente histórica, por ter sido mãe de um Aláààfin.
NOTA* : Os mitos e/ou fatos relatados, são baseados em dados religiosos, por vezes
dogmáticos, que pertencem ao corpo da tradição oral yorùbá. Sob o ponto de vista cientifico,
são considerados parcialmente históricos, pois não são dados comprovados por documentos
e nem tampouco pela arqueologia, que pouco investiu, os “pouquíssimos” artefatos que
foram achados e datados pelo carbono 14, são de datas recentes, perto da longínqua história
da civilização yorùbá. No contraponto, em nenhum momento afirmamos que não exista a
história dos Yorùbá, isto sim, seria um absurdo afirmar. A tradição oral pode ser contraditória
e a cronologia praticamente inexistente, pela forma cultural dos yorùbá mensurarem o tempo,
mas jamais poderá ser negligenciada e nem tampouco rejeitada.
Junho de 1984
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 10/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
(h ps://aulobarre i.files.wordpress.com/2012/07/banni_r.jpg)
– Anexos –
Aré Òrànmíyàn
(h ps://aulobarre i.wordpress.com/ile- (h ps://aulobarre i.wordpress.com/ile- (
ife/oduduwa-ooni-ife/) ife/oranmiyan/)
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 11/12
02/01/2020 Ilê-Ifé a Origem do Mundo. | Aulo Barretti Filho
* Proibida a reprodução total ou parcial destes textos sem autorização expressa do autor.
https://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ 12/12