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SECRETARIA DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO DA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - DCUE


DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE – DAIS
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Em 27 de abril de 2020

Nota técnica: Uso racional dos EPI - CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19


– Versão 2

Considerando a última atualização da Anvisa, de 31 de março de 2020, (Nota Técnica


GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020 – Orientações para Serviços de Saúde: Medidas
de Prevenção e Controle que devem ser adotadas durante a Assistência aos Caos
Suspeitos ou Confirmados de Infecção pelo Novo Coronavírus (SARS-CoV-2), que
visam, à luz do panorama atual, evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de
microrganismos durante a assistência à saúde.

Considerando o contexto pandêmico mundial que está ocasionando o desabastecimento


crítico dos EPIs e sua dificuldade de aquisição pelos serviços públicos e privados;

Considerando o Decreto 36811 de 21/04/2020;

Considerando o documento anexo (Orientações aos profissionais e usuários de saúde de


unidades básicas de Saúde quanto ao uso racional dos equipamentos de proteção
individual – EPI – no contexto da pandemia de COVID-19 )

Portanto, diante de todo exposto, especialmente devido à escassez das EPIs pela alta
demanda de consumo mundial decorrente da pandemia, estes devem ser usado de forma
extremamente racional, com as devidas indicações.

É de responsabilidade das gerências das unidades de saúde o controle e distribuição dos


EPIs, prover e prever o consumo, em quantidade suficiente para o dia de atendimento,
para a manutenção da proteção dos profissionais de saúde durante seu trabalho:

Máscaras cirúrgicas:

a) Deverão ser entregues ao paciente sintomático respiratório;


b) Orientamos que sejam utilizadas pelos profissionais por um período de 4 horas
ininterruptas (ou seja, num turno de 8 horas de trabalho, por exemplo, o
funcionário retire 2 máscaras no início de sua jornada de trabalho).

Máscara N95/PFF2: Deverão ser utilizadas somente pelos profissionais de saúde que
realizam procedimentos geradores de aerossóis como, por exemplo: intubação ou
aspiração traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar,
ventilação manual antes da intubação, coletas de amostras nasotraqueais, broncoscopias,
remoção de cárie com alta ou baixa rotação, etc. Por um período de até 30 dias corridos.

Caso fique úmida ou haja dano à máscara e necessite de uma nova, justificar ao
controlador de estoque ou gerente.
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Capote ou avental descartável: deve ser utilizado para evitar a contaminação da pele e
roupa do profissional, somente em situações geradoras de aerossóis.

Gorro: Está indicado para a proteção dos cabelos e cabeça dos profissionais somente
em procedimentos que podem gerar aerossóis. Deve ser de material descartável e
removido após o uso.

Luvas: As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas, em qualquer


contato com o paciente ou seu entorno (precaução de contato). Quando o
procedimento a ser realizado no paciente exigir técnica asséptica, devem ser utilizadas
luvas estéreis (de procedimento cirúrgico).

Óculos de proteção: Os óculos de proteção ou protetores faciais (que cubra a frente e


os lados do rosto) devem ser utilizados quando houver risco de exposição do
profissional a respingos de sangue, secreções corporais, excreções, etc. Após o uso
realizar a assepsia, pois trata-se de item permanente.

A cada início de dia de trabalho, o profissional deve retirar os EPIs com o controlador
de estoque ou gerente da unidade assinando a retirada. Este controlador deve especificar
detalhadamente o que foi retirado. Tal ato atribui a responsabilidade pelo EPI ao
profissional de saúde quanto ao uso racional e permite que as gerências das unidades
controlem o estoque, para que possam com antecedência e as devidas justificativas (com
os procedimentos realizados e alimentados no sistema de informação), possam solicitar
novas remessas, conforme necessidade.

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ORIENTAÇÕES AOS PROFISSIONAIS E USUÁRIOS DE SAÚDE DE


UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE E PRONTO ATENDIMENTO QUANTO AO
USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO CONTEXTO
DA PANDEMIA DE COVID-19

1. Medidas de cuidados com o paciente sintomático respiratório

Na porta de entrada do estabelecimento de saúde, deve-se identificar o paciente


sintomático respiratório (tosse, espirros, secreção nasal, etc.), para que ele receba
imediatamente 01 (uma) máscara cirúrgica, essa identificação precoce, é uma das
medidas mais importante para se evitar a disseminação do vírus dentro do serviço de
saúde. A máscara cirúrgica deve ser utilizada durante toda a sua permanência na
unidade.

Caso o indivíduo não possa tolerar o uso da máscara cirúrgica, como por exemplo,
quando há secreção excessiva ou falta de ar, deve-se orientá-lo a realizar rigorosamente
a higiene respiratória/etiqueta da tosse.

A-) Higiene respiratória/etiqueta da tosse: consiste em cobrir a boca e o nariz quando


tossir ou espirrar, mantendo o cotovelo flexionado ou utilizando o lenço de papel
descartável para higiene nasal (descartar imediatamente após o uso e realizar a higiene
das mãos); evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; realizar a seguir a higiene das
mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica a 70%, deixando-o em
espaço separado e bem ventilado.

B-) Sala de espera: este paciente não deve ficar esperando atendimento entre os outros
pacientes. Deverá ser encaminhado imediatamente a um espaço separado e bem
ventilado, permitindo que fiquem afastados uns dos outros e com fácil acesso a
suprimentos de higiene respiratória e higiene das mãos, devendo permanecer nessa área
separada até a consulta ou encaminhamento em caso de necessidade de remoção.

C- Higiene, Limpeza e desinfecção:

- Os dispensadores com preparações alcoólicas para a higiene das mãos (sob as formas
gel ou solução a 70%, espuma) devem estar nas salas de espera e demais locais de
acesso aos usuários do serviço.

- O(s) lavatório/pia (s) deve(m) estar com dispensador abastecido com sabonete líquido,
suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa com abertura sem contato
manual.

- Manter a intensificação da limpeza e desinfecção de objetos e superfícies,


principalmente as mais tocadas como maçanetas, interruptores de luz, corrimões, botões
dos elevadores, etc.
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- Orientar os profissionais de saúde a evitar tocar superfícies próximas ao paciente (ex.


mobiliário e equipamentos para a saúde) e aquelas fora do ambiente próximo ao
paciente, com luvas ou outros EPI contaminados ou com as mãos contaminadas.

– Manter os ambientes ventilados (se possível, com as janelas abertas).

– Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas,


pranchetas e telefones.

– Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenham


sido utilizados na assistência a estes pacientes suspeitos ou confirmados;

2- Tipos de precauções adotadas por todos os profissionais de saúde em atendimentos


de casos suspeitos/ confirmados de COVID-19:

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TABELA SOBRE USO DE EPIS (FUNCIONÁRIO/ CIRCUNSTÂNCIA)

Nota Técnica Anvisa 04/02020

HIGIENE DAS MÃOS COM ÁGUA E SABONETE LÍQUIDO

● Antes e após o contato direto com pacientes com infecção suspeita ou confirmada
pelo novo coronavírus, seus pertences e ambiente próximo, bem como na entrada e na
saída de áreas com pacientes infectados.
● Imediatamente antes e após colocar e retirar as luvas.
● Imediatamente após contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções ou
objetos contaminados.
● Entre procedimentos em um mesmo paciente, para prevenir a transmissão cruzada
entre diferentes sítios corporais.
● Em qualquer outra situação onde seja indicada a higiene das mãos para evitar a
transmissão do novo coronavírus para outro paciente ou ambiente.

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Precaução padrão:

A Precaução padrão é indicada a todos os pacientes, independentes de serem suspeitos


ou não de COVID-19. A principal medida da precaução padrão é a higienização das
mãos e descarte correto de materiais perfurocortantes, se utilizados.

- Realizar a higienização das mãos, antes e após o contato com qualquer paciente, após
a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções;

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-Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou
membranas mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o paciente e retire-
as logo após o uso, higienizando as mãos antes e após coloca-la;
- Use óculos, Máscara N95, PFF2 e/ou avental somente quando houver risco de contato
de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e
superfícies corporais;
- Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou
reencapá-las;

b) Precaução para contato:

- Higienização das mãos

-Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e sondas, do


circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito.

-Coloque-os imediatamente antes do contato com o paciente ou as superfícies e retire-os


logo após o uso, higienizando as mãos em seguida.

c) Precauções para gotículas

As gotículas têm tamanho maior que 5 µm e podem atingir a via respiratória alta, ou
seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal.

- Higienização das mãos

- Máscara cirúrgica para profissional

-Máscara cirúrgica para o paciente (quando em transporte)

Precauções para aerossóis

-os aerossóis são partículas menores que as gotículas, que permanecem suspensas no ar
por longos períodos de tempo e, quando inaladas, podem penetrar mais profundamente
no trato respiratório.

- Procedimentos realizados em pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo


novo coronavírus (SARS-CoV-2) que podem gerar aerossóis: intubação ou aspiração
traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação
manual antes da intubação, coletas de amostras nasotraqueais, broncoscopias, etc. Para
esses casos, as precauções para gotículas devem ser substituídas pelas precauções para
aerossóis. Ou seja, somente para profissionais que realizarão tais procedimentos, fica
indicado o uso da máscara N95 ou PFF2. OS demais, usar máscara cirúrgica, se
necessário.

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MÁSCARAS

A utilização do tipo de máscaras quando não indicado pode gerar custos desnecessários
e criar uma falsa sensação de segurança que pode levar a negligenciar outras medidas
como a prática de higiene das mãos. Além disso, a máscara deve estar apropriadamente
ajustada à face para garantir sua eficácia e reduzir o risco de transmissão. Todos os
profissionais devem ser orientados sobre como usar, remover, descartá-las e na ação de
higiene das mãos antes e após o uso.

MÁSCARAS CIRÚRGICAS

Orientamos que as máscaras cirúrgicas sejam utilizadas por um período de 4


horas (ou seja, num turno de 8 horas de trabalho, por exemplo, o funcionário
retire 2 máscaras no início de sua jornada de trabalho). Caso haja dano à máscara
e necessite de uma nova, deve justificar ao controlador de estoque.

Cuidados devem ser seguidos quando as máscaras cirúrgicas forem utilizadas:


- coloque a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz e ajuste com segurança
para minimizar os espaços entre a face e a máscara;
- enquanto estiver em uso, evite tocar na parte da frente da máscara;
- remova a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não toque na frente da
máscara, que pode estar contaminada, mas remova sempre pelas tiras laterais);
- após a remoção ou sempre que tocar inadvertidamente em uma máscara usada deve-se,
realizar a higiene das mãos;
- substitua as máscaras por uma nova máscara limpa e seca assim que a antiga tornar- se
suja ou úmida;
- não reutilize máscaras descartáveis;

Quem deve usar máscara cirúrgica?

Considerando o Decreto nº 36811 de 21/04/2020, no âmbito dos Estabelecimentos


de Saúde:

1) Todos pacientes com sintomas de infecção respiratória (tosse, espirro, dificuldade


para respirar) e seu acompanhante;

2) Todos os Profissionais de Saúde e de Apoio dos Estabelecimentos de Saúde;

Atenção: Máscaras artesanais NÃO são consideradas Equipamentos de Proteção


Individual e não deverá ser usada por profissional de saúde durante sua atuação.

Nunca se deve tentar realizar a limpeza da máscara cirúrgica já utilizada com


nenhum tipo de produto. As máscaras cirúrgicas são descartáveis e quando úmidas
perdem sua capacidade de filtração.

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MÁSCARA N95/PFF2

Quem deve usar a máscara N95/PFF2?

Profissionais de saúde que realizam procedimentos geradores de aerossóis como, por


exemplo: intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica não invasiva,
ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de
amostras nasotraqueais, broncoscopias, remoção de cáries com alta ou baixa rotação
etc.

Orientamos a utilização nos procedimentos que gerem aerossóis citados acima, se utilize
a máscara N95/PFF2 por até trinta dias corridos, se íntegra. Após isso, retirar uma
nova para usar quando necessário, justificando.

Se ao fim dos trinta dias a máscara estiver íntegra, orientamos guardá-la, identificada
pelo nome do usuário, pois estamos aguardando normas técnicas que autorizem sua
desinfecção para reuso.

Recomendamos colocá-la em embalagem individual não hermética, de forma a permitir


a saída da umidade (por exemplo, embalagem plástica perfurada ou embalagem de
papel aberta ou perfurada). A embalagem deve ser identificada com o nome do
profissional, pois é de uso individual. As unidades de saúde devem providenciar locais
adequados para guarda das máscaras usadas durante o turno, sempre o mais próximo
possível do quarto do caso suspeito/provável/confirmado.

- As máscaras, não devem, em hipótese alguma, serem levados para casa. Evitar uso de
maquiagem para não sujar a máscara. Não usar barba, pois compromete a vedação e
segurança.

- Não orientamos utilizar máscara cirúrgica por cima da N95/PFF2.

- Os profissionais de saúde devem inspecionar visualmente a máscara N95/PFF2


ou equivalente, antes de cada uso, para avaliar se sua integridade foi
comprometida. Máscaras sujas com fluídos corporais, rasgadas, amassadas ou com
vincos, devem ser descartadas.

- Verificar a eficácia do ajuste da máscara à face, antes de cada uso, com o teste de
vedação, que consiste em cobrir a máscara com as mãos em concha sem forçar a
máscara sobre o rosto e soprar suavemente. Ficar atento a vazamentos eventuais. Se
houver vazamentos o respirador está mal colocado ou o tamanho é inadequado. A
vedação é considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro da
máscara e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação com o rosto,
higienizar as mãos antes e após o teste.

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- Com objetivo de minimizar a contaminação da máscara N95/PFF2 ou equivalente, se


houver disponibilidade, o profissional de saúde deve utilizar um protetor facial (face
shield), pois este equipamento protegerá a máscara de contato com as gotículas
expelidas pelo paciente.

IMPORTANTE: Após as indicações de uso de cada tipo de máscara, concluímos,


portanto, que as Unidades de Pronto Atendimento necessitam muito mais de máscaras
N95/PFF2 do que as UBS, pois lidam com procedimentos que geram mais aerossóis,
por isso a entrega será priorizada a estas unidades. As UBS manterão o uso da máscara
N95/PFF2 nos atendimentos de pacientes com tuberculose, seguindo o quantitativo
anterior à pandemia.

LUVAS
As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas, em qualquer contato
com o paciente ou seu entorno (precaução de contato). Quando o procedimento a ser
realizado no paciente exigir técnica asséptica, devem ser utilizadas luvas estéreis (de
procedimento cirúrgico).

● As luvas devem ser colocadas dentro do quarto do paciente ou área em que o paciente
está isolado.
● Realizar a higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas.
● Jamais sair do quarto ou área de isolamento com as luvas.
● Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones,
maçanetas, portas) quando estiver com luvas.
● Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas nunca devem ser
reutilizadas).
● O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.
● As luvas devem ser removidas, utilizando a técnica correta de desparamentação, ainda
dentro do quarto ou área de isolamento e descartadas como resíduo infectante. Técnica
correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos: - Retire as luvas
puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta. - Segure a
luva removida com a outra mão enluvada. - Toque a parte interna do punho da mão
enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a outra luva.

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Como Calçar as Luvas

ÓCULOS DE PROTEÇÃO OU PROTETOR DE FACE (FACE SHIELD)

 Os óculos de proteção ou protetores faciais (que cubra a frente e os lados do


rosto) devem ser utilizados quando houver risco de exposição do profissional a
respingos de sangue, secreções corporais, excreções, etc.
 Devem ser, preferencialmente, exclusivos de cada profissional responsável pela
assistência, devendo, imediatamente após o uso sofrer limpeza e posterior
desinfecção com álcool líquido a 70% (quando o material for compatível),
hipoclorito de sódio ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante. Na atual
conjuntura, não havendo este EPI para todos os profissionais, é permitido que,
após correta desinfecção, possa ser utilizada por outro profissional, se
necessário.
 Caso o protetor facial tenha sujidade visível, deve ser lavado com água e
sabão/detergente e só depois dessa limpeza, passar pelo processo de desinfecção.

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1. Apoie a viseira do protetor facial na testa e passe o


elástico pela parte superior da cabeça. No caso dos óculos,
coloque da forma usual;

2. Os equipamentos devem ser de uso exclusivo para cada


profissional responsável pela assistência, sendo necessária
a higiene correta após o uso, caso não possa ser descartado;

3. Sugere-se a limpeza e desinfecção, de acordo com as


instruções de reprocessamento do fabricante

CAPOTE OU AVENTAL

 O capote ou avental (gramatura mínima de 30g/m2) deve ser utilizado para


evitar a contaminação da pele e roupa do profissional, somente em situações
geradoras de aerossóis.
 O profissional deve avaliar a necessidade do uso de capote ou avental
impermeável (estrutura impermeável e gramatura mínima de 50 g/m2) a
depender do quadro clínico do paciente (vômitos, diarreia, hipersecreção
orotraqueal, sangramento, etc.).
 O capote ou avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e
abertura posterior. Além disso, deve ser confeccionado de material de boa
qualidade, atóxico, hidro/hemorrepelente, hipoalérgico, com baixo
desprendimento de partículas e resistente, proporcionar barreira antimicrobiana
efetiva (Teste de Eficiência de Filtração Bacteriológica - BFE), além de permitir
a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos.
 O capote ou avental sujo deve ser removido e descartado como resíduo
infectante após a realização do procedimento e antes de sair do quarto do
paciente ou da área de isolamento.
 Após a remoção do capote ou avental deve-se proceder a higiene das mãos para
evitar a transmissão dos vírus para o profissional, pacientes e ambiente.

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1. Vista o avental ou capote, iniciando pelas mangas,


ajustando as amarras nas costas e cintura;

2. Certifique-se de que o tronco esteja totalmente coberto,


bem como os braços e os punhos.

GORRO

 O gorro está indicado para a proteção dos cabelos e cabeça dos profissionais
somente em procedimentos que podem gerar aerossóis.
 Deve ser de material descartável e removido após o uso. O seu descarte deve ser
como resíduo infectante.

1. Colocar o gorro ou a touca na cabeça, começando


pela testa, em direção á base da nuca;

2. Adaptar na cabeça de nodo confortável, cobrindo


todo o cabelo e as orelhas;

3. Sempre que o gorro ou a touca aparentarem sinais


de umidade, devem ser substituídos por outro.

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DESPARAMENTAÇÃO

1.Luvas

1. Com as duas mãos enluvadas, segure a parte externa


de luva na parte superior do pulso;

2. Retire esta primeira luva, afastando-se do corpo e do


pulso até a ponta dos dedos, virando a luva de dentro
pra outro;

3. Segure a luva que você acabou de remover em sua


mão enluvada;

4. Com a mão sem luva, retire a segunda luva inserindo


os dedos dentro da luva na parte superior do pulso;

5. Vire a segunda luva pelo avesso enquanto a inclina


para longe do corpo, deixando a primeira luva dentro da
segunda;

6. Descarte as luvas na lixeira. Não reutilize luvas;

7. Lave as mãos com água e sabão ou as higienize com


solução alcoólica 70%.

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2.Avental

1. Abra as tiras e solte as amarras;

2. Empurre pelo pescoço e pelos ombros, tocando apenas a


parte interna do avental/capote;

3. Retire o avental/capote pelo avesso;

4. Dobre ou enrole em uma trouxa e o descarte em recipiente


apropriado;

5. Lave as mãos com água e sabão ou as higienize com


solução alcoólica 70%.

3. Gorro:

1. Para retirar o gorro, puxe pela parte superior


central, sem tocar nos cabelos;

2. Descarte a touca em recipiente apropriado;

3. Lave as mãos com água e sabão ou as higienize


com solução alcoólica 70%.

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4. Óculos/ Face shield

1. Remova pela lateral ou pelas hastes,


considerando que a parte frontal está
contaminada;

2. A limpeza e a desinfecção devem ser de


acordo com as especificações do fabricante;

3. Lave as mãos com água e sabão ou as


higienize com solução alcoólica 70%.

5.Máscara cirúrgica:

1. Segure as alças inferiores e depois as superiores e


remova-as;

2. Descarte-a em um a lixeira;

3. Lave as mãos com água e sabão ou as higienize com


solução alcoólica 70%.

1. Segurar o elástico inferior com as duas mãos, passando–o por


6. Máscara N95/PFF2: cima da cabeça para removê-lo;

2. Segurar o elástico superior com as duas mãos, passando–o


por cima da cabeça para removê-lo;

3. Remover a mascara segurando-a pelos elásticos, tomando o


cuidado de não tocá-la na parte interna;

4. Acondicionar a máscara em um envelope ou saco de papel,


com os elásticos para fora para facilitar a retirada posterior;

5. Não coloque a máscara em um saco plástico, pois poderá ficar


úmida e potencialmente contaminada;

6. Lave as mãos com água e sabão ou as higienize com solução


alcoólica 70%.

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As orientações podem ser alteradas conforme novas informações sobre o vírus forem
disponibilizadas.

Bibliografia consultada:

1. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020 ORIENTAÇÕES PARA


Serviços de Saúde: Medidas de Prevenção e Controle que devem ser Adotadas Durante
a Assistência aos Casos Suspeitos ou Confirmados de Infecção pelo Novo Coronavirus
(SARS-CoV-2) atualizada em 31/03/2020

2. World Health Organization. Rational use of personal protective equipment for


coronavirus disease 2019.27 Feb. 2020

3. Centers for disease control and prevention

4. Ilustrações: Manual COFEN/ COREN – Covid-19 Orientações sobre a colocação e


retirada dos EPIs

5. Decreto Municipal 36811 de 21 de abril de 2020

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