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Maria Alberto Mirriua Manuel

Criminalidade na Província de Sofala


Licenciatura em Administração pública-1˚ano
Metodologia de investigacao cientifica - 1

Dr° Victor Sixpence Saltiel

Universidade Católica de Moçambique


Instituto de educação á distância
Beira, Abril de
2020
Maria Alberto Mirriua Manuel

Criminalidade na Província de Sofala


Licenciatura em Administração pública- 1˚ano

Trabalho de investigação a ser


apresentado ao Departamento de
ciências sociais para avaliação na
cadeira de Metodologia de
investigação científica-I

Universidade Católica de Moçambique


Instituto de educação á distância
Beira, Abril de
2020
Índice

Capítulo I...........................................................................................................................4

Introdução..........................................................................................................................4

Justificativa........................................................................................................................5

Objetivos de estudo...........................................................................................................5

Geralː.............................................................................................................................5

Específicos:....................................................................................................................5

Delimitação do Problema..................................................................................................5

Hipóteses:..........................................................................................................................5

Relevância do estudo.........................................................................................................5

No âmbito científico......................................................................................................5

No âmbito social............................................................................................................6

Metodologia aplicada........................................................................................................6

.Capítulo II.........................................................................................................................6

Quadro referencial teórico.................................................................................................6

Explicações a partir de patologias individuais..................................................................6

Explicações à partir da teoria de desorganização social....................................................7

Explicação apartir da teoria estrutural-funcionalista do desvio e da anomia....................8

Teoria da Associação Diferencial e do Aprendizado Cultural..........................................8

Capítulo III........................................................................................................................9

Conclusão..........................................................................................................................9

Referencias bibliograficas...............................................................................................12
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Capítulo I

1. Introdução

Este trabalho tem por objectivo trazer uma discussão acerca das teorias que abordam as
causas da criminalidade violenta assente em assalto a mão armada na Cidade da Beira
Província de Sofala. Diversas explicações sobre a criminalidade repousam no agressor;
outras, na vítima, e ainda têm aquelas que partem do pressuposto de que tanto o
agressor quanto a vítima contribuem para a ocorrência de crimes violentos. Porém,
conhecer o espaço onde tais incidências são mais recorrentes pode ser o ponto de partida
para se compreender o comportamento do crime, ou seja, os fatores que levam à sua
ocorrência. Para isso, a Teoria da Ecologia Humana apresenta pressupostos que
fundamentam os estudos relacionados às causas da criminalidade violenta, a partir de
elementos constituintes do espaço geográfico.
5

1.1. Justificativa

A escolha do tema parte da observação do quotidiano. Até aos últimos anos tem se
verificado varios actos de crimes na sua maioria violentos, dentre eles o assalto a mão
armada na provincia de Sofala no geral e em particular na Cidade da Beira. Dia pois dia
o fenomeno vem crescendo gerando um clima de terror e medo no meio social.

1.1.1. Objetivos de estudo

Geralː

 Compreender o fenômeno de criminalidade.

Específicos:

 Descrever as causas da prática do crime na Beira

 Analisar os mpactos socio-politico da criminalidade na Cidade da Beira

 Analisar o papel desempenhado pelas autoridades de jusstiçaa na Beira

1.1.2. Delimitação do Problema

Não obstante aos argumentos apresentados na justificativa, levanta se a seguinte


questão: Quais as causas que levam a prática do crime?

Hipóteses:

 Impossibilidade de o indivíduo alcançar as metas desejadas;


 Relações de amizade Status sócio econômico e desemprego
 Aprendizado cultural.

1.1.3. Relevância do estudo

No âmbito científico

Tanto no Pais como na diáspora, a escolha do tema facilita outros pesquisadores como
fonte para a solução do problema do género. O estudo poderá contribuir no panorama
académico para os pesquisadores da área criminal, ajudando a clarificar vários
fenómenos criminais, quer novos ou aqueles mais comuns.
6

No âmbito social

Socialmente o estudo é relevante porque ajudará as comunidades e as autoridades a


melhorar os mecanismos de controlo e esclarecimento de casos criminais.

1.1.4. Metodologia aplicada


 Consulta Bibliográfica: Segundo LAKATOS (2009, p. 88) “é uma pesquisa
exploratória que os pesquisadores utilizaram para obter conhecimento,
procurando encontrar informações publicadas em livros, artigos científicos e
documentos”. Deste modo consultamos livros, documentos, que abordam o tema
em estudo de modo a encontrar um pressuposto sobre o trabalho.
 O estudo deste fenómeno também foi feito com recurso a técnica própria da
investigação Qualitativa que tem como objetivo principal interpretar o
fenomeno que observa. Preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que
não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da
dinâmica das relações sociais. Nesta pesquisa qualitativa foi usada à entrevista
estruturada que consiste na elaboraçao previa de perguntas, isto é, aplicação de
um questionário (Tecnica de recolha de dados com base no inquerito)
 Método de observação: Para LAKATOS (2009, p. 88) “é uma técnica de coleta
de dados, para conseguir informações e utiliza-la no sentido de obtenção de
determinados aspectos da realidade”. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar factos, que se deseja estudar, a observação pode ser direta
e indireta.

.Capítulo II

1.2. Quadro referencial teórico

Neste capítulo, vários autores, fontes de interesse nacional e internacional, abordam o


tema, fazendo uma comparação critica de diferentes teorias. Antigamente, a crescente
preocupação com os problemas ligados ao crime era menor, mais tarde com as
dinámicas sociais bem como outros factoes, o cenário foi tomando uma outra posição.

1.2.1. Explicações a partir de patologias individuais

Segundo POSTERLI citado por SANTOS 2016, p.49. O crime decorre de ajustamento
de problemas mentais ou biológicos que o individuo teria conectado a outros problemas
7

derivados de relacionamentos sociais e a sua variável consiste na disfunções bio-


psicológicas. Estudos desenvolvidos no campo da Medicina, abordando aspectos
neurofisiológicos, apresentaram contribuições para a compreensão dos fatores que
predispõem o comportamento violento em momentos específicos, como, por exemplo,
durante a prática de um assalto. Segundo o atutor durante um assalto, as sensações
vividas são as mesmas tanto para o assaltante quanto para a vítima, apesar de o abalo ser
maior para quem está com a arma em punho, sobretudo se for inexperiente, o que pode
se caracterizar como um problema ainda maior, agravando a situaçãoEnfatiza o autor
que aquele instante ocorre um verdadeiro alarme cerebral com subsequentemente as
mais variadas reações corpóreas. O medo da arma ou de ter que puxar o gatilho estimula
uma região do cérebro chamada hipotálamo, a qual regula o metabolismo e controla as
actividades involuntárias do organismo. Deflagrado isso, ocorre então uma mensagem
pela medula espinhal, avisando as glândulas supra-remais para que descarreguem no
sangue o hormônio por elas secretadas e sobejamente conhecido por adrenalina
desencadeando aí uma autêntica reação de cadeia. A adrenalina por sua vez prepara o
corpo e o cérebro para a possibilidade de ataque ou fuga. A essa instância ocorre
taquicardia, ou seja, respiração superficial e acelerada, assim como taqui cardia, isto é,
aumento do número de batimento cardíacos por minuto, além de elevar-se a pressão
arterial. Por isso o coração dispara á custa, pois, desse propaladissimo hormóno
adrealina, aliás, tudo fica exaltado, inclusive o metabolismo que, estando mais rápido
cria força e vigor para o momento decisivo.

1.2.2. Explicações à partir da teoria de desorganização social

De acordo com CERQUEIRA; LOBÃO, citados por SANTOS 2016, P.51. Esta teoria
foi inicialmente desenvolvida na Universidade de Chicago, entre 1920 e 1930, pelos
sociólogos Clifford Shaw e Henry McKay, cujo enfoque era dado às comunidades
locais, entendidas “como um complexo sistema de redes de associações formais e
informais, de relações de amizade, parentesco e outras que, de alguma forma,
contribuam para o processo de socialização e aculturação do indivíduo”. A prática do
crime é tambem condicionado por relações de amizade. Tais relações seriam
condicionadas por fatores estruturais, como: status econômico, mobilidade residencial,
heterogeneidade étnica, desagregação familiar e urbanização. Ressalta que a
criminalidade surgiria como consequência de efeitos indesejáveis presentes na
organização dessas relações sociais comunitárias e de vizinhança, tais como redes de
8

amizade dispersas, grupos de adolescentes sem supervisão, orientação ou reduzida


participação social, não só, mas tambem o status sócio económico, heterogeinidade,
etnica, mobilidade social, desorganizaçã familiar, urbaniização, redes de amizades,
grupos de adolescentes sem supervisão, participação institucional, desemprego,
existência de mais de um morador por cômodo.

1.2.3. Explicação a partir da teoria estrutural-funcionalista do desvio e da


anomia.

Segudo SANTOS 2016, p.52 Foi desenvolvida por Robert Merton (1938), e baseia-se
na afirmação de que a motivação para o crime decorre da impossibilidade de o
indivíduo alcançar as metas desejadas, como o sucesso econômico, por exemplo, em
virtude de fatores sociais que impedem sua realização.

Para CERQUEIRA citado por SANTOS 2016, P.53. Para operacionalizar essa teoria fez
surgir três perspectivas distintas. São elas: Primeira, o processo de anomia ou tensão
decorreria da aspirações individuais e suas reais possibilidades de realização. Um
exemplo de questão que poderia indicar a existência desses fenómenos seria: eu
gostaria de possuir um carro, uma casa, um tênis da moda, etc, mas eu acho que não
conseguiria dinheiro ou condições para satisfazer tais aspirações. Segunda, o foco de
divergências com as normas instituidas passa a existir apartir do momento em que o
indivíduo percebe que o se insucesso decorre de condições externas à sua vontade, oque
implicaria a afirmação do tipo: toda vez que tento ir para frente, algo me segura ou eu
não tenho sucesso, pois, não participo de uma rede de conexões. A terceira, a distância
entre o ideal de sucesso da sociedade (vivido por alguns) e aquela situação específica
em que o indivíduo se encontra. Um exemplo seria: sinto me irritado com o fato de
alguns terem muto, ao passo que não possuo o suficiente para viver adequadamente.

1.2.4. Teoria da Associação Diferencial e do Aprendizado Cultural

De acordo com OLIVEIRA citado por SANTOS 2016, P.54. surgiu de questionamentos
levantados por Sutherland sobre alguns pontos da teoria da anomia, dentre eles, como
explicar, por exemplo, crimes cometidos pelas classes média e rica, que não ocorrem
devido à falta de acesso aos meios para obtenção de sucesso profissional e financeiro.
Assim, propôs, então: Que os individuos aprendem a respeitar as normas sociais ou a
delinquir, a partir das suas relações com os outros indivíduos. A condição primordial
9

para o comportamento criminoso e/ou violento, nesta perspectiva, é estar em


associações, ou seja, em companhia de ouros que sejam favoráveis à violação das
normas. O crime não é causado por características da personalidade do criminoso e nem
por ambiente, mas decorre do aprendizado, ou seja, a conduta criminosa é apreendida
assim como qualquer outro cmportamento, aprendizado este que ocorre na interação
com outras pessoas através de um processo de comunicação.

1.2.5. Apresentação de dados

Num universo de cerca de 15,308 habitantes do Distrito, como amostra foram 35


pessoas inqueridas, numa escolha aleatória, sendo 24 do sexo masculino na qual 1 de 45
anos e 23 de idade compreendida entre 25 a 35 anos e 11 de sexo feminino, sendo 9 de
idade compreendida entre 18 a 20 anos e 2 de 50 anos.

1.2.6. Interpretação de dados

O estudo apurou que a maioria dos inqueridos confirmaram a existência do fenómeno


de crime no Distrito e concentuam-o como principais causas o desejos e da ganância por
parte dos jovens praticantes do crime. Importa referir que o nosso questionário não
dispunha apenas de perguntas fechadas como também dispunha de questões abertas de
modo que possamos perceber aquilo que é o pensamento do nosso entrevistado, sendo
que das perguntas abertas os entrevistados sempre tiveram a mesma concepção de que
para além dos desejos e da ganância a pobreza é um dos factor principal deste
fenómeno, pois alguns meliantes fazem dessa prática “fonte de sobrevivência”. Nesse
sentido uma causa não justificável, pois, o Distrito dispõe de muitas actividades para o
auto-sustento. Para a maioria dos inqueridos “não se pode confundir pobreza com
crime”.
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Capítulo III

1.3. Conclusão

Todos os pressupostos utilizados para explicar as causas da criminalidade violenta no


Distrito de Muanza, como de assalto a mão armada apresentam suas contribuições para
o período histórico no qual foram desenvolvidos. Importa referir que existem mais itens
para explicar as motivações que concorrem para o cometimento de crimes. Vale a pena
de forma sucinta voltar a explicar as causas que foram mencionadas. Primeiro,
patologias individuais, O crime decorre de ajustamento de problemas mentais ou
biológicos que o individuo teria conectado a outros problemas derivados de
relacionamentos sociais. Segundo, desorganização social, cujo a prática do crime funda
se a partir das relações de amizade. Terceiro, do desvio e de anomia onde baseia-se na
afirmação de que a motivação para o crime decorre da impossibilidade de o indivíduo
alcançar as metas desejadas. E por último do aprendizado cultural onde a conduta
criminosa é apreendida assim como qualquer outro cmportamento. Ainda foram
apresentados dados de uma amostra da população inquerida que apontam como
principais causas os desejos e da ganância por parte dos jovens praticantes do crime
bem como a pobreza.
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Anexos

1. Questionário dirigido à comunidade

1. Identificação

Nome, (opcional)_______________________________________

Morada_____________________________________________

Idade________________________________ Estado civil_________

2. Situação Pessoal

a)      A quanto tempo vive aqui?

Um mes _, Um ano__, outro___

b)      Ja houve ocorrencia de um crime nesta comunidade?

Sim__, Não__

c)      Que tipo de crimes tem acontecido com frequencia?___________________

a)      Quando acontece um crime , onde recorrem?

Posto policial__, Regulo__, secretario da zona__, ___ outro___

b)      Tem tido sensibilizacao sobre crimes?

Sim___, Não___

c)      Se sim, com que instituicao?

Estado__, ONG nacional__, ONG estrangeira__ outra______

d)     Conhece os perigos causados pelo crime?

Sim__, quais são?_________________, Não___

e)      Qual e o recurso que os criminosos usam para efectarem as suas açoes neste
Distrito ?

Arma de fogo__, arma branca___,outro____.


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f)       Tem contribuido para reduzir a pratica de crime? Sim___, Não____

g)      Se sim, como?__________________________________________________

h)      O que deve ser feito para reduzir a prática que causam o crime?

_______________________________________________________________

2. Quadro de Cronograma

Atividades Março Abril Maio Junho


Elaboração do projeto X
Recolha de dados X X
Recolha de dado local X
Analises e discussão de dados X
Execução e entrega X

3. Quadro de orçamento

Descrição do material Quantidade Valor Total


Transporte X 1700 mt 1700 mt
Alimentação X 15000 mt 15000 mt
Uso de computador X 1750 mt 1750 mt
Papel A4 75 2 mt 150 mt
Internet 4.5 G 1500 mt 1500 mt
Encadernação 1 30 mt 30 mt
Impressão 30 5 mt 150 mt
Total _______ ______ 20280 mt

3.1.1. Referencias bibliográficas

LAKATOS, Eva Maria, sociologia geral 6ª edição revista e ampliada, São Paulo
Editoras atlas – 1990.
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SANTOS, Márcia Andreia Ferreira, abordagens científica sobre as causas da


criminalidade violenta, edição 17, revista LEVS/UNESP Marília- 2016

UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCACAO A DISTANCIA


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CADEIRA: METODOLOGIA DE INVESTIGACAO CIENTIFICA-MIC 1

TRABALHO DO CAMPO MIC2020

1.Descreva as principais competências a serem desenvolvidas pelos estudantes


universitários?

De acordo com SANTOS 2009, p. 41. No nível universitário há uma exigência maior
sobre o estudante quanto a sua conduta. Esta deve estar voltada para maior participação,
mais iniciativa e autonomia em relação a sua aprendizagem. De acordo com para que
um aluno da universidade seja bem-sucedido na aprendizagem académica, deve ser
capaz de interpretar e compreender a informação escrita, de ter raciocínios abstratos, de
refletir e de generalizar conceitos, de colocar questões e esclarecer dúvidas bem como
expor conhecimentos oralmente, por escrito e de forma numérica.

 A autorregulação de acordo com os estudos realizados tem-se revelado como um


aspecto decisivo para o desempenho melhor e consequente sucesso acadêmico
dos estudantes universitários.

2. Na sua perspectiva, o que diferencia a leitura universitária de outras leituras?

A leitura na universidade deveria ser uma prática assídua e constante a todos que
ingressassem, porque somente pela leitura as atividades acadêmicas serão
desenvolvidas. À partir destas práticas é possível a produção científica, a leitura
universitária é mais objetiva, crítica, visa fundamentar uma produção científica,
enquanto que outras leituras estão apenas para uma informação de atualidade, são
subjetiva não tem em vista uma produção científica.

3. Qual é a importância da problematização das leituras na vida académica?

Segundo SAMUEL 2016, p.6. Em ciências sociais, a questão relacionada com a


formulação de problema refere-se ao processo de identificação, caracterização e
delimitação de um determinado fenómeno (acontecimento ou experiência) no sentido de
aumentar o conhecimento sobre o mesmo e/ou contribuir para resolver uma determinada
problemática associada aquele e/ou ainda produzir melhorias/mudanças (sociais ou
profissionais). Enquanto alguns autores procuram distinguir problema e oportunidade de
pesquisa, outros apresentam uma perspectiva diferente, como duas faces da mesma
15

moeda que para serem solucionadas ou capitalizados dependem de uma pesquisa de


informação

4.Qual é a importância da citação na vida académica?

De acordo com ABNT, 2002, p.16. Para defender o direito do autor, evitar situações de
plágio e demonstrar que o trabalho feito reconhece as pesquisas relevantes na área e
não partiu de uma ideia vaga e sem fundamentação, mas que está embasado
teoricamente em estudos anteriores à sua produção. Importa referir que plágio não é
fazer uso da obra de outrem, mas sim, fazer uso de um texto do qual não somos autores
sem fazer a devida referência! Isso quer dizer que, em textos acadêmicos, podemos (e
devemos) recorrer a outros autores.

5.Na sua opinião, quem pode ser citado?

Primeiro referir que a menção de uma informação extraída de outra fonte” “citar” é
“introduzir” a “fala” (texto) ou parte dela (fragmento textual) de outro autor em textos
de nossa autoria, portanto quem pode ser citado é um outro autor.

6.O que é uma referência bibliográfica?

Para CANASTRA 2015 p. 43. Recebe o nome de referências bibliográficas a lista de


obras efetivamente utilizadas pelo autor no corpo do texto principal de seu trabalho.
Obras consultadas, mas não mencionadas, são omissas da lista final. O CED-UCM
adoptou, como modelo de citação/referenciarão das fontes usadas nos trabalhos, as
Normas APA, 6ª Edição, (vide as normas no documento de normas APA, 6ª Edição).

Conjunto de indicações precisas e minuciosas, retiradas do próprio documento,


permitindo sua identificação no todo ou em parte. Os elementos de referência

Bibliográfica de documentos (livros, textos, periódicos, anais de congressos, folhetos


etc.) considerados no todo ou em parte devem ser retirados sempre que for possível da
folha de rosto da obra consultada.

7.Fale da importante da referência bibliográfica na elaboração de trabalhos


académicos.

Permite sua identificação no todo ou em parte. Os elementos de referência bibliográfica


de documentos (livros, textos, periódicos, anais de congressos, folhetos etc.)
16

considerados no todo ou em parte devem ser retirados sempre que for possível da folha
de rosto da obra consultada.

8. Oque é ciência?

Segundo FONSECA Citado por GERHARDT 2009, p.14, a ciência é uma forma
particular de conhecer o mundo. É o saber produzido através do raciocínio lógico
associado à experimentação prática.

9.A ciência na sua busca pelo conhecimento é neutra, porqué?

A ciência na sua busca pelo conhecimento é neutra, Porque segundo FONSECA, citado
por GERHARDT 2009, p.34, deve-se ter clareza de que a ciência é apenas uma das
formas de se conhecer o mundo e, portanto, existem outras formas de tornar o mundo
inteligível. E Na sociedade ocidental, a ciência é a forma hegemônica de construção do
conhecimento, embora seja considerada por muitos críticos como um novo mito da
atualidade por causa de sua pretensão de ser único motor e critério de verdade”. Não
concordando com o absolutismo do sentido e valor da ciência, ainda o autor lembra que
“desde tempos imemoriais, as religiões, a filosofia, os mitos, a poesia e a arte têm sido
instrumentos poderosos de conhecimento, desvendando lógicas profundas do
inconsciente coletivo, da vida cotidiana e do destino humano.

10. Quais são as principais características do método científico?

O método científico caracteriza-se por um conjunto de modelos de observação,


identificação, descrição, investigação experimental e explanação teórica de fenômenos.
O método científico envolve técnicas exatas, objetivas e sistemáticas. Regras fixas para
a formação de conceitos, para a condução de observações, para a realização de
experimentos e para a validação de hipóteses explicativa.

11. Enumere as funções dos elementos do método cientifico :

Método Científico – é a expressão lógica do raciocínio associada à formulação de


argumentos convincentes. Esses argumentos, uma vez apresentados, têm por finalidade
informar, descrever ou persuadir um fato. Para isso o estudioso vai utilizar-se de:
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Termos - são palavras, declarações, significações convencionais que se referem a um


objeto.

Conceito - é a representação, expressão e interiorização daquilo que a coisa é


(compreensão da coisa). É a idealização do objeto. O conceito é uma atividade mental
que conduz um conhecimento, tornando não apenas compreensível essa pessoa ou essa
coisa, mas todas as pessoas e coisas da mesma época;

Definição – é a manifestação e apreensão dos elementos contidos no conceito, tratando


de decidir em torno do que se duvida ou do que é ambivalente. Saber utilizar
adequadamente termos, conceitos e definições significa metodologicamente expressar
na Ciência aquilo que o indivíduo sabe e quer transmitir.

12. Fale da relação dos elementos do método cientifico nas ciências humanas e
sociais?

Os métodos científicos são as formas mais seguras inventadas pelos homens para
controlar o movimento das coisas que cerceiam um fato e montar formas de
compreensão adequada dos fenômenos.

Fatos – acontecem na realidade, independentemente de haver ou não quem os conheça.

Fenômeno – é a percepção que o observador tem do fato. Pessoas diversas podem


observar no mesmo fato fenômenos diferentes, dependendo de seu paradigma.

Paradigmas – constituem-se em referenciais teóricos que servirão de orientação para a


opção metodológica de investigação. Mesmo que os paradigmas sejam constituídos por
construções teóricas, não há cisão entre a teoria e a prática, ou entre a teoria e a lei
científica. Portanto, um e outro coexistem gerando o que se pode denominar
praxiologia.

13. Classifique as pesquisas quanto aos objectivos?

Para GIL, citado por GERHARDT 2009, p.35, com base nos objetivos, é possível
classificar as pesquisas em três grupos:
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 Pesquisa exploratória:

Segundo GIL, citado por GERHARDT 2009, p.35. Este tipo de pesquisa tem como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a)
levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a
compreensão. Essas pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica e
estudo de caso.

 Pesquisa descritiva:

De acordo com TRIVIÑOS, citado por GERHARDT 2009, p.35. A pesquisa descritiva
exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo
de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade São
exemplos de pesquisa descritiva: estudos de caso, análise documental, pesquisa ex-post-
facto. Segundo o autor, os estudos descritivos podem ser criticados porque pode existir
uma descrição exata dos fenômenos e dos fatos. Estes fogem da possibilidade de
verificação através da observação. Ainda para o autor, às vezes não existe por parte do
investigador um exame crítico das informações, e os resultados podem ser equivocados;
e as técnicas de coleta de dados, como questionários, escalas e entrevistas, podem ser
subjetivas, apenas quantificáveis, gerando imprecisão.

 Pesquisa explicativa

De acordo com GIL, citado por GERHARDT 2009, p.35 .Este tipo de pesquisa
preocupa-se em identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a
ocorrência dos fenômenos. Ou seja, este tipo de pesquisa explica o porquê das coisas
através dos resultados oferecidos, uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de
outra descritiva, posto que a identificação de fatores que determinam um fenômeno
exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado. Pesquisas desse tipo podem
ser classificadas como experimentais e ex-postfacto.

14. Classifique as pesquisas quanto as fontes de informação?

Quanto as fontes de informação as pesqisas podem ser:

 Pesquisa qualitativa
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De acordo com DESLAURIERS, citado por GERHARDT 2009, p.31, não se preocupa
com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de
um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores que utilizam os métodos
qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito,
mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de
fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação) e se valem
de diferentes abordagens. Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o
sujeito e o objeto de suas pesquisas. O desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O
conhecimento do pesquisador é parcial e limitado. O objetivo da amostra é de produzir
informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela pequena ou grande, o que importa é
que ela seja capaz de produzir novas informações

 Pesquisa quantitativa

Segundo FONSECA, citado por GERHARDT 2009, p.33. A pesquisa quantitativa


podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas
representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um
retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na
objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser
compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de
instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem
matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A
utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais
informações do que se poderia conseguir isoladamente.

15. Classifique as pesquisas quanto aos níveis de investigação?

Quanto aos níveis de investigação as pesqisas podem ser:

 Pesquisa experimental

Para GIL, citado por GERHARDT 2009, p.36, a pesquisa experimental consiste em
determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável
produz no objeto. E a pesquisa experimental seleciona grupos de assuntos coincidentes,
submete-os a tratamentos diferentes, verificando as variáveis estranhas e checando se as
diferenças observadas nas respostas são estatisticamente significantes. [...] Os efeitos
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observados são relacionados com as variações nos estímulos, pois o propósito da


pesquisa experimental é apreender as relações de causa e efeito ao eliminar explicações
conflitantes das descobertas realizadas.

 Pesquisa bibliográfica

De acordo com FONSECA, citado por GERHARDT 2009, p.37. A pesquisa


bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e
publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de
web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que
permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém
pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando
referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou
conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta.

 Pesquisa documental

Segundo FONSECA, citado por GERHARDT 2009, p.37. A pesquisa documental trilha
os mesmos caminhos da pesquisa bibliográfica, não sendo fácil por vezes distingui-las.
A pesquisa bibliográfica utiliza fontes constituídas por material já elaborado,
constituído basicamente por livros e artigos científicos localizados em bibliotecas. A
pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento
analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos
oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos
de programas de televisão, etc.

 Pesquisa de campo

Segundo FONSECA, citado por GERHARDT 2009, p.37. A pesquisa de campo


caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou
documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos
de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante, etc.)

 Pesquisa ex-post-facto
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Para FONSECA, citado por GERHARDT 2009, p.38. A pesquisa ex-post-facto tem por
objetivo investigar possíveis relações de causa e efeito entre um determinado fato
identificado pelo pesquisador e um fenômeno que ocorre posteriormente. A principal
característica deste tipo de pesquisa é o fato de os dados serem coletados após a
ocorrência dos eventos. A pesquisa ex-post-facto é utilizada quando há impossibilidade
de aplicação da pesquisa experimental, pelo fato de nem sempre ser possível manipular
as variáveis necessárias para o estudo da causa e do seu efeito.

 Pesquisa de levantamento

FONSECA, citado por GERHARDT 2009, p.38. Aponta que este tipo de pesquisa é
utilizado em estudos exploratórios e descritivos, o levantamento pode ser de dois tipos:
levantamento de uma amostra ou levantamento de uma população (também designado
censo). O Censo populacional constituía única fonte de informação sobre a situação de
vida da população nos municípios e localidades. Os censos produzem informações
imprescindíveis para a definição de políticas públicas estaduais e municipais e para a
tomada de decisões de investimentos, sejam eles provenientes da iniciativa privada ou
de qualquer nível de governo. Foram recenseados todos os moradores em domicílios
particulares (permanentes e improvisados) e coletivos, na data de referência. Através de
pesquisas mensais do comércio, da indústria e da agricultura, é possível recolher
informações sobre o seu desempenho. A coleta de dados realiza-se em ambos os casos
através de questionários ou entrevistas.

 Pesquisa com survey

Segundo SANTOS, citado por GERHARDT 2009, p.39. É a pesquisa que busca
informação diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que se deseja
obter. Trata-se de um procedimento útil, especialmente em pesquisas exploratórias e
descritivas Nesse tipo de pesquisa, o respondente não é identificável, portanto o sigilo é
garantido. São exemplos desse tipo de estudo as pesquisas de opinião sobre determinado
atributo, a realização de um mapeamento geológico ou botânico.

 Estudo de caso

De acordo com GIL, citado por GERHARDT 2009, p.39 . Esta modalidade de pesquisa
é amplamente usada nas ciências biomédicas e sociais Um estudo de caso pode ser
caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma
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instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer
em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser
única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e
característico. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado, mas
revelá-lo tal como ele o percebe. O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma
perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista
dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar
uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo
do ponto de vista do investigador..

 Pesquisa participante

De acordo com FONSECA citado por GERHARDT 2009, p.40. Este tipo de pesquisa
caracteriza-se pelo envolvimento e identificação do pesquisador com as pessoas
investigadas. A pesquisa participante foi criada por Bronislaw Malinowski: para
conhecer os nativos das ilhas Trobriand, ele foi se tornar um deles. Rompendo com a
sociedade ocidental, montava sua tenda nas aldeias que desejava estudar, aprendia suas
línguas e observava sua vida quotidiana Exemplos de aplicação da pesquisa participante
são o estabelecimento de programas públicos ou plataformas políticas e a determinação
de ações básicas de grupos de trabalho.

 Pesquisa-ação

Define THIOLLENT, citado por GERHARDT 2009, p.40 : A pesquisa ação é um tipo
de investigação social com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo no qual os
pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo.

 Pesquisa etnográfica

Segundo GERHARDT 2009, p.41. A pesquisa etnográfica pode ser entendida como o
estudo de um grupo ou povo. As características específicas da pesquisa etnográfica são:
o uso da observação participante, da entrevista intensiva e da análise de documentos; a
interação entre pesquisador e objeto pesquisado; a flexibilidade para modificar os rumos
da pesquisa; a ênfase no processo, e não nos resultados finais; a visão dos sujeitos
pesquisados sobre suas experiências; a não intervenção do pesquisador sobre o ambiente
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pesquisado; a variação do período, que pode ser de semanas, de meses e até de anos; a
coleta dos dados descritivos, transcritos literalmente para a utilização no relatório.

 Pesquisa etnometodológica

Para FONSECA, citado por GERHARDT 2009, p.41. O termo etnometodologia se


refere nas suas raízes gregas às estratégias que as pessoas utilizam cotidianamente para
viver. Tendo essa referência por norte, a pesquisa etnometodológica visa compreender
como as pessoas constroem ou reconstroem a sua realidade social. Para a pesquisa
etnometodológica, fenômenos sociais não determinam de fora a conduta humana. A
conduta humana é o resultado da interação social que se produz continuamente através
da sua prática quotidiana. Os seres humanos são capazes de ativamente definir e
articular procedimentos, de acordo com as circunstâncias e as situações sociais em que
estão implicados. A pesquisa etnometodológica analisa deste modo os procedimentos a
que os indivíduos recorrem para concretizar as suas ações diárias.

16. O que distingue a pesquisa básica e aplicada?

Segundo GERHARDT 2009, p.34. Pesquisa básica - Objetiva gerar conhecimentos


novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades
e interesses universais, enquanto que; e ainda segundo o mesmo autor,

pesquisa aplicada - Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à


solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

Referência bibliográfica

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – Rio de Janeiro, 1987 –


2002. Várias normas.

CANASTRA, Fernando, Manual de Investigação Científica da Universidade Católica


de Moçambique, Craft Chadambuka editora, Beira 2015.
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GERHARDT, Tatiana Engel , Métodos de pesquisa, Porto Alegre: Editora da UFRGS,


2009

SAMUEL, Lino Marques, Manual de elaboração de trabalhos científicos, Universidade


Católica de Moçambique, centro de ensino á distância, Beira 2016

SANTOS, Silmara de Jesus Bignardi dos, A importância da leitura no ensino superior,


br, 2009.

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