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A cidade e a arte

Ninguém ficou indiferente às transformações urbanísticas da segunda


metade de Oitocentos e início de Novecentos.

No Doc. A, o escritor austríaco Stefan Zweig exprime o seu entusiasmo


pelas cidades, onde afirma que “ as cidades tornaram-se mais belas e
populosas de ano para ano (…) as rua eram cada vez mais largas, mais
sumptuosas, os edifícios públicos mais imponentes, os armazéns mais
luxuosas e decorados com gosto. Sentia-se em tudo que a riqueza crescia e se
espalhava”.

Émile Zola, escritor francês apela no Doc.B aos artistas para que estes
encontrem a poesia das gares afirmando que Monet expôs os interiores de
magníficas gares”. Monet era um pintor impressionista, amante do efémero e
fugaz, este encantou com os jogos da luz e da cor que os fumos e vapores das
locomotivas formavam a diferentes horas do dia. Como tal, pintou sete
variantes da Gare de Saint- Lazere representada no Doc. C.

No Doc. D encontra-se uma gravura de A Ponte Europa, óleo sobre tela


de Gustave Caillebote. Caillebote era um admirador dos impressionistas a
quem comprou vários trabalhos, foi ele próprio um pintor de modernidade
urbanística parisiense.

Beraud é considerado um dos melhores pintores da vida mundana de


finais de Oitocentos. Com os seus cafés, esplanadas e teatros, os boulevards
de Paris inspiraram-no recorrentemente como se verifica na gravura do Doc. E.

No quadro do Doc. F, A rua de Saint Honoré depois do meio-dia do


impressionista Camille Pissarro fixou o sentido da horizontalidade que o barão
Haussmann concebeu para o urbanismo parisiense. As fachadas erguem-se à
mesma altura; varandas e linhas de separação entre os andares sucedem-se
de forma contínua e regular.

No Doc. G, no quadro de Luis Jiménez y Aranda, refere que a Torre


Eiffel é, talvez, a verdadeira protagonista deste quando que assim, rende
tributo à nova arquitetura do ferro.

O triunfo da urbanização e indissociável da revolução dos transportes.


Comboios, ónibus, autocarros, carro elétrico e logo o metropolitano fazem
confluir, no espaço citadino de finais do seculo XIX uma variedade de gentes
que espelham as transformações sociais do tempo. (Doc. H)

Concluindo, escritores e artistas, especialmente, encontraram nas


cidades uma fonte inesgotável de inspiração. Fixaram ruas, edifícios e praças e
captaram o bulício das suas gentes.

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