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Nascer no Século XVIII

No século XVIII, um provérbio muito difundido afirmava que “a


mulher grávida tem sempre o pé na cova” devido aos poucos recursos
do século, felizmente isso mudou a algumas décadas do final do
século.
Segundo o Doc. A em 1767, o rei de França, Luís XV, nomeou
uma parteira famosa, Marguerite-Angélique du Coudray, “para ensinar
a arte dos partos em toda a extensão do reino”. Durante vinte anos,
Madame du Coudray percorreu todo o país, ministrando cursos e
certificando as mulheres que exercem o ofício de parteira. A Madame
du Courdray inventou uma espécie de manequim em tamanho natural
utilizado para simular as diversas situações que ocorrem nos partos.
No Doc. B refere-se que o mais indicado para uma criança após
o nascimento seria ser enfaixada esta tinha como objetivo dar a
criança uma postura ereta, humana, evitando que, mais tarde,
andasse de quatro patas, como os animais. Ainda neste documento
William Cadogan apresenta as consequências deste enfaixamento
pois as faixas eram colocadas e apertadas de tal modo que não
deixavam o corpo do recém-nascido formar-se como devido, levando a
deficiências corporais.
Nesta época as mulheres dos altos grupos sociais não
amamentavam os seus filhos, já que não era considerado digno, era
muito comum naquela época existiam amas-de-leite apenas nos
primeiros anos de vida, isto pode verificar-se no Doc.C. Jean-Jacques
Rousseau crítica tal coisa e no Doc. D declara o seu ponto de vista
sobre o aleitamento materno afirmando que amamentar os filhos é um
“este dever tao doce imposto que a Natureza lhes impõe”.
Houve uma evolução a nível da mentalidade relativamente á
infância e ao seu valor. A criança torna-se o centro da tenção da
família. Com isto aparecem as famílias-modelo, sendo estas
caracterizadas pelo amor entre pais e filhos. No Doc. E Louis Simon
afirma que “todos os nossos filhos foram criados com todos os
cuidados possíveis” e ainda refere que “ a mãe amamenta-os a todos
com o seu próprio leite”.
Mas nem todas as famílias eram iguais, pois não tinham
condições para criar os próprios filhos e veem se obrigadas a
abandona-los. Como é o caso presente no Doc.F onde uma mãe deixa
uma carta apelando misericórdia e piedade em alguns casos de
abandono os pais colocavam, junto aos seus filhos, algo que os
identificasse, caso mais tarde tivessem condições para os irem buscar.

Em suma, verificou-se um grande desenvolvimento quanto aos


cuidados materno-infantis no século XVIII tanto quanto às medidas a
tomar no final da gravidez como durante os primeiros anos de vida de
um bebé.

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