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Crucificação: Jesus sofreu uma terrível morte

A crucificação geralmente começava com açoites e chicotadas nas costas


da vítima. Os romanos usavam um chicote especial que consistia de
pequenos pedaços de osso e metal amarrados a vários fios de couro. O
número de açoites dados a Jesus não foi registrado; no entanto, o número
comum na lei judaica era 39 (uma a menos que os 40 do Torá, para evitar
um erro de contagem). Durante o açoite, a pele das costas era rasgada,
expondo uma massa sangrenta de tecido e osso. Grande perda de sangue
ocorria, geralmente causando a morte, ou pelo menos a falta de
consciência. Além de ser açoitado, Jesus também sofria espancamento e
tormento por parte dos soldados romanos, incluindo uma arrancada
violenta de Sua barba e a perfuração de sua cabeça com uma coroa de
espinhos.

Depois dos açoites, a vítima geralmente era forçada a carregar sua própria
cruz, ou patíbulo, ao lugar de execução. O patíbulo podia chegar a pesar
cerca de 50 kg. No caso de Jesus, o registro mostra que Ele provavelmente
carregou seu patíbulo uma distância de mais de dois campos de futebol.
Em um estado fraco e atormentado, não é de surpreender que Ele
precisava de ajuda. Ao chegar ao lugar de execução, o patíbulo era
colocado no chão e a vítima era forçada a deitar nela. Pregos de cerca de
14 cm de comprimento e cerca de 2 cm de diâmetro eram usados para
pregar os pulsos. Os pregos atingiam a área do nervo mediano, causando
choques de dor dos braços aos ombros e pescoço. Já erguido no lugar da
crucificação se encontrava o poste de cerca de 2 metros, chamado de
"stipes" (ou hasta vertical). No centro desse poste encontrava-se um
assento para "sustentar" a vítima.

O patíbulo era então levantado aos stipes, e o corpo da vítima era virado
nesse assento de uma forma que seus pés podiam ser pregados aos
"stipes". A esse ponto, havia grande esforço colocado nos pulsos, braços e
ombros, resultando no deslocamento da articulação dos ombros e
cotovelo. A posição do corpo na cruz fazia com que as costelas ficassem
em uma posição fixa, o qual dificultou grandemente a expiração e fez com
que fosse impossível respirar bem. Por ter sofrido dos açoites,
espancamentos e da caminhada ao patíbulo, Jesus já estava extremamente
fraco e desidratado. Ele provavelmente já tinha perdido grandes
quantidades de sangue. À medida que o tempo se passava, a perda de
sangue e falta de oxigênio causavam grandes câimbras, contrações
irregulares e provavelmente falta de consciência.

No fim das contas, o mecanismo de morte na crucificação era


sufocamento. Para respirar, a vítima era forçada a se puxar pra cima com
os pés para permitir a inflação dos pulmões. Com o enfraquecimento do
corpo e com a dor dos pés e pernas se tornando insuportável, a vítima era
forçada a trocar a respiração pela dor e exaustão. Eventualmente, devido à
exaustão, a vítima chegava ao ponto que não mais podia levantar seu
corpo do stipes e inflar seus pulmões, ficando inconsciente. Devido à fraca
respiração, os pulmões da vítima começavam a sofrer um colapso,
provavelmente causando hipoxia. Devido à perda de sangue por causa dos
açoites, a vítima provavelmente formava acidose respiratória, resultando
no coração trabalhando com maior esforço, batendo mais forte para
compensar. Fluidos também se acumulavam no pulmão. Sob o estresse da
hipoxia e acidose, o coração eventualmente falhava. Há várias teorias
diferentes para o que finalmente causou a morte de Jesus. Uma teoria é
que houve um preenchimento do pericárdio com fluidos, colocando um
esforço fatal na habilidade do coração de bombear sangue. Uma outra
teoria é que a morte de Jesus foi "multifatorial e relacionada
primariamente a um choque hipovolêmico, asfixia por exaustão e talvez
insuficiência cardíaca aguda". Independentemente da causa médica
verdadeira da morte final, o registro histórico deixa bem claro – Jesus
sofreu várias horas de tortura horrível e contínua na cruz do Calvário.

Crucificação: Jesus sofreu por você e por mim


As narrativas da crucificação de Jesus Cristo estão em total acordo com os
costumes e práticas dos romanos daquele período. A evidência da morte
horrível e dolorosa de Cristo é inquestionável pelos estudiosos legítimos da
atualidade. A única disputa é a natureza e caráter do Jesus Cristo
"criminoso". Observe você mesmo o registro – mesmo com toda a dor,
Jesus pensava em outros, ao invés de se mesmo. Suas primeiras palavras da
cruz foram: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas
23:34). Ele pensou em Sua mãe, que estava ao pé da cruz chorando, e pediu
ao seu querido discípulo João que cuidasse dela. Aos dois lados de Jesus
estavam dois ladrões executados ao mesmo tempo. Quando um deles
aceitou Jesus como Senhor, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje
estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23:43). Finalmente, Jesus expressou sua
completa entrega à vontade de Deus ao dizer: "Está consumado" (João
19:30). "E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou" (Lucas 23:46).
Investigue o registro histórico, e então examine o seu coração. Jesus
entregou Sua preciosa vida de livre vontade por você e por mim. Ele nos
amou tanto que aceitou passar por vergonha e dor pelos nossos pecados. Na
verdade, a Bíblia nos ensina aquele que não tinha pecado "se tornou
pecado" por nós. Deus, em forma humana, tornou-se pecado para nos
salvar. Na cruz, ele carregou o pecado de todo o mundo por causa de seu
amor. A única forma de completar Sua história de amor é amá-lo de volta.

A Ressurreição: O Propósito e Promessa


"Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá" (João 11:25). A ressurreição de Cristo foi profetizada centenas de
anos antes do Seu nascimento milagroso. Ele também profetizou sobre esse
evento aos Seus discípulos (apesar deles não terem compreendido no
início). Ele é a Ressurreição, assim como centenas de pessoas
testemunharam.

O Filho de Deus foi sacrificado a nosso favor com o propósito de expiar os


nossos pecados. Quando Jesus ensinou isso ao povo daquela época, muitos
acharam que era heresia e ordenaram Sua morte por crucificação, uma
forma comum de punição para os transgressores da lei. Ao invés de se
defender diante das autoridades, Jesus ficou em silêncio. Por quê? Era o
plano divino do Deus Pai, do início dos tempos, que tudo acontecesse
assim, para que pudéssemos ter perdão e vida. Era o Seu propósito.

A ressurreição de Jesus Cristo é um presente de Deus e a realização de Sua


promessa. É a base do Cristianismo. Desde a desobediência de Adão no
Jardim do Éden, toda a humanidade nasce com uma natureza pecaminosa.
O Senhor nos diz que há um preço a ser pago pelo pecado e que o custo é a
morte. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é
a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6:23).

A vida sem Cristo pode apenas oferecer morte eterna, mas a aceitação de
Jesus como o nosso Salvador nos dá vida eterna. Porque a morte eterna não
é o que Deus quer para nós, Ele providenciou uma forma de expiação
através da crucificação do Seu Filho, Jesus, e da Sua ressurreição.

A Ressurreição: As Recompensas da Fé
Através da ressurreição, Deus nos ofereceu o seguinte:

Uma Nova Vida

 Romanos 6:2-3 – O poder do pecado é quebrado.


 Romanos 6:4 – A natureza que ama o pecado é enterrada.
 Romanos 6:6 – O pecado não pode mais nos controlar ou escravizar.

Uma Nova Natureza

 Romanos 6:5 – Agora podemos compartilhar Vida com Cristo através


da ressurreição.
 Romanos 6:11 – Nossa velha natureza pecaminosa morreu e temos
vida nova e transformada em Deus.

Uma Nova Liberdade

 Romanos 6:13 – Não estamos mais presos ao pecado e podemos nos


entregar livremente a Deus.
 Romanos 6:16 – Estamos livres para escolher o nosso Mestre, Deus
ou Satanás – as duas escolhas possíveis.

Ao acreditar que a Palavra de Deus é verdade, podemos aceitar Romanos


8:16-17: "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos
de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros
de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para
que também com ele sejamos glorificados." Através da ressurreição de
Cristo, podemos nos tornar co-herdeiros com Ele. Que presente
maravilhoso! Isso significa que também podemos derrotar a morte eterna e
ressuscitar a uma nova vida e corpo espiritual quando o nosso corpo físico
morrer. Você não está grato que através da ressurreição de Jesus Cristo
todas essas coisas são oferecidas a você? Se sim, então diga a Deus que
você é grato e que aceita o Seu presente gratuito.

A Ressurreição: Sua ontem, hoje e para sempre


Charles Spurgeon escreveu sobre a ressurreição: "O Senhor Jesus sofreu
pelo crente como um substituto, e virtualmente todo aquele que é salvo
morreu em Cristo, o qual o representou. O crente ressuscitou em Cristo
através da união eterna que existe entre o santo e o Salvador. Portanto, o
crente continua a viver, pois o Senhor disse: ‘porque eu vivo, e vós
vivereis’...Oh, querido leitor, se você não está em Cristo, você não tem
nada. Longe de Cristo você está perdido na imensidão: com ele você está no
paraíso. Em Cristo, os crentes possuem todos os tesouros da sabedoria e
conhecimento, e graça, e poder, e amor. Todas as coisas são suas, se você
pertence a Cristo. Da nossa união com Cristo segue a nossa santificação:
não podemos seguir o nosso pecado, pois não é isso que Cristo segue. Jesus
morreu pelo pecado de uma vez por todas, e desde então estamos mortos a
esse pecado. Ele ressuscitou pela glória do Pai, e ressuscitamos com Ele à
justiça, à aceitação e à alegria."

"Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua


morte, também o seremos na da sua ressurreição" (Romanos 6:5). Cada um
de nós precisa fazer a escolha individual de procurar e encontrar Deus;
assim como de ser cheio de Sua paz, alegria e compreensão de quem Ele é,
quem somos e o que significa ser o Seu filho.

"Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho
proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para
que vivas, tu e a tua descendência...." (Deuteronômio 30:19).

É a nossa oração que você vai realmente procurar e encontrar, que você vai
escolher a vida e não a morte, e que a sua eternidade especial vai começar
no momento em que perceber que uma vida ressurreta não é apenas um fato
histórico, mas uma promessa para hoje, para você, para sempre.

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