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LÍDER E CHEFE NAS EMPRESAS

Autor:
Volume 01, Nº 01, ano 2018. Ser um líder ou ser um chefe nas empresas
< LIDERANÇA>

Resumo <Líder e Chefe nas Empresas>

O objetivo deste artigo é mostrar a importância e as principais


diferenças entre líder e chefe, baseado em uma pesquisa empírica, em
artigos meios bibliográficos e que através da pesquisa realizada é
possível verificar como pode ser benéfica para uma organização a
adoção do modelo de liderança, onde o líder entende que ser líder é
quando a sua equipe se torna autossuficiente para os trabalhos diários
e que são capazes de resolver problemas sem a necessidade de
orientação superior. Este trabalho mostra também que o modelo de
chefe adotado pelas organizações por muitos anos não é mais adotado
e quem ainda persiste neste modelo não consegue se manter no
mercado ou tem grandes dificuldades na gestão dos seus
colaboradores.

Palavras-chave: Líder; Chefe; Organização; colaborador.

abstract < Leader and Boss in Companies >

The objective of this article is to show the importance and the


main differences between leader and boss, based on an empirical
research, articles, bibliographical means and that through the
realized research it is possible to verify how it can be beneficial for
an organization the adoption of the model of leadership , where the
leader understands that being a leader is when your team becomes
self-sufficient for daily work and that they are able to solve
problems without the need for superior guidance. This paper also
shows that the boss model adopted by the organizations for many
years is no longer adopted and those who still persist in this
model can not keep themselves in the market or have great
difficulties in the management of their employees.

Keywords: Leader; Boss; Organization; collaborator.


Anhanguera Educacional Ltda

Modelo Submissão versão 31


2 LÍDER E CHEFE NAS EMPRESAS

1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem como objetivo pesquisar sobre as diferenças entre líderes e chefes
dentro das organizações terá como abordagem principal mostrar o universo dessas dife-
renças, partindo do pressuposto que chefe dá ordens e tem uma representação hierár-
quica superior aos colaboradores, monitora, controla tudo e a todos e que líder é aquele
que mantém a sua equipe motivada, sempre acompanhada e visa melhorar o desenvol-
vimento desses colaboradores, fica claro a enorme diferença entre um e outro.

As empresas se beneficiam de uma boa gestão, principalmente baseadas na con-


dução de seus negócios. Quando se trata de liderar equipes, as empresas propiciam as
melhores táticas para que isto ocorra. Tendo em vista estes conceitos, este artigo mostra-
rá as diferenças, vantagens e desvantagens das duas funções e como elas podem influ-
enciar positiva ou negativamente no desenvolvimento pessoal, profissional e organizacio-
nal. Sabe-se que em qualquer atividade a gestão dos recursos é muito importante para
sua execução. Atualmente encontram-se vários perfis de gestores, sendo uns com mais
sucesso e outros com menos, as remunerações nem sempre revela quem realmente está
na liderança. As constantes mudanças que ocorrem no mundo globalizado aumentam
cada vez mais a competitividade nas organizações, exigindo delas inovações incessantes
e a necessidade de se criar novas habilidades e atitudes que visem alcançar seus objeti-
vos. Com a crescente valorização do capital humano, muito tem se falado e discutido so-
bre o conceito de liderança e chefia nos meios organizacionais, levantando sempre a
questão da diferença entre estes dois conceitos.

A diferença aparentemente sutil tem um enorme peso no nível motivacional dos


empregados e no aumento da produtividade. Então se questiona: porque as empresas
devem ter um olhar crítico para sua forma de gestão? Liderança ou chefia, qual apresenta
resultados positivos para as organizações? Estas questões serão respondidas no decor-
rer deste artigo, demonstrando os dois cenários da gestão e como a evolução pessoal e
profissional do gestor pode gerar resultados surpreendentes e positivos para ele próprio e
para organização.

Através de conceitos e dados coletados, este artigo visa mostrar que conceitos na
gestão empresarial devem ser atualizados e evoluídos, buscando cada vez mais a satis-
fação dos colaboradores, do líder e da organização.
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Uma vez que a equipe se mostra bem conduzida e motivada, ela se torna mais efi-
ciente, trazendo comprovadamente benefícios para a organização. Estas que por muitas
vezes tendem a não dar atenção necessária às formas de gestão aplicadas pelos gesto-
res. O resultado deste artigo trará conhecimento e alternativas às organizações que bus-
cam melhoria contínua, desenvolvimento e crescimento satisfatório.

A metodologia a ser utilizada, será por intermédio de uma pesquisa relacionada ao


estudo das ferramentas de gestão e diferentes perfis de gestores, identificando-os e
comparando-os à gestão de um líder com a gestão de um chefe. Os instrumentos de
pesquisa bibliográfica documental serão através de leituras de artigos, livros e revistas
em conjunto com a análise das referências bibliográficas que irão subsidiar o alcance dos
objetivos da pesquisa. Comparação entre chefe e líder.

Para Truman, (Cit in Kets de Vries, 1997), liderança é a habilidade de levar pesso-
as a fazer o que não gostam, gostando de fazê-lo. McGregor, nas suas investiga-
ções, aborda a diferença de pressupostos sobre a natureza humana e as suas mo-
tivações correspondentes a diferentes estilos de liderança e compara o perfil dos
liderados da “Teoria X”, onde as pessoas são preguiçosas e indolentes, evitam o
trabalho e precisam ser vigiadas e na “Teoria Y”, onde as pessoas gostam do tra-
balho, podem-se controlar e, consequentemente, são criativas e competentes
(Motta e Vasconcellos, 2002). Caso seja feita uma comparação das teorias e defi-
nições de liderança, na “Teoria X” praticamente inexiste a liderança, prevalecendo
a postura administrativa hierárquica, enquanto, na “Teoria Y” prevalecem as ações
relacionadas aos conceitos de liderança. (Gonçalves, 2008, p.09).

Uma das qualidades do líder é valorizar potencialmente o trabalhador ao invés de


trazer a atenção para si própria, treinar os seus liderados, conseguir fazer com que os
mesmos acreditem nele e confiar em suas decisões, sendo essa a principal exigência
para que os liderados fiquem empenhados a dar o seu melhor na realização dos projetos.
Assim os melhores resultados surgem de uma equipe com criatividade, unida, focada, e
comprometida com seu líder.

Liderar diz respeito a ser capaz, conduzir as pessoas a entenderem e fazerem o


que o seu líder precisar que façam. Para tanto, o líder precisa estar apto e ser capaz de
lidar com emoções e frustrações que venham a surgir no ambiente de trabalho.
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Para que se consiga fazer transformação de colaborador em seguidor , segundo


(Donnell, 2009) o líder precisa diferenciar-se do restante do grupo. Dentre estas qualida-
des pode-se destacar:

 A Humildade (não ter todas as respostas, sendo isso natural por parte dele)

 A Honestidade (Fator primordial na confiança entre líder e liderados ou em


qualquer relação para a obtenção do sucesso).

 O Compromisso (cumprir os compromissos assumidos dando o exemplo


aos colaboradores para que cumpram com os seus).

 A Solicitude (Saber ouvir e atender de pronto ás necessidades do colabora-


dor referentes ao trabalho pessoal).

 O Respeito (Dar a devida atenção às pessoas, aceitando suas limitações e


dificuldades, criando oportunidade de melhoria profissional para esse traba-
lhador).

 A Paciência (A paciência e autocontrole são características de sucesso de


um líder).

Algumas atitudes que levam facilmente à ruina de um líder segundo (Donnell, p.53,
2009) são: a Arrogância, a Impulsividade, a Autopromoção, a Baixa flexibilidade e a In-
constância.

Um dos grandes desafios dos dias atuais é conseguir encontrar grandes lideres.
Esta necessidade esta relacionada não só nas organizações empresariais como também
nas lideranças mundiais. Inúmero escândalo que vem acontecendo no meio corporativo e
público, tem aberto grandes discussões com relação ao real papel dos líderes e também
dos modelos de liderança, gestão e governança (GEORGE, 2003). Para tanto, estão
sendo cobrados dos líderes o aperfeiçoamento e atualização além do dever de se treinar
mais líderes.
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As organizações que visam o sucesso hoje, através da competência de um bom lí-


der estão deixando de lado o comando e controle, pela boa informação e consenso, ob-
tendo assim maiores resultados no trabalho.

O líder que as empresas buscam hoje é aquele que não se surpreende, mas sim
que surpreende sua equipe que se antecipa aos acontecimentos que anda lado a
lado com os colaboradores e ainda participa da conquista dos objetivos e metas.
Mas para que o líder atinja os objetivos determinados pela empresa se faz neces-
sário que ele seja um pouco mais que líder, ele tem que ser um líder motivador.
(Baceiredo, 2009, p.8).

Algumas práticas na rotina do líder podem torna-lo um líder melhor e fazer com
que o sucesso da equipe seja duradouro, sendo assim o líder precisa desenvolver as
pessoas que são subordinadas a ele, tomar decisões, orientar visão e dar direção, comu-
nicar bem, cooperar e participar das soluções em equipe, desenvolver soluções criativas,
influenciar a organização, ser modelo na função, impulsionar mudanças, desenvolver es-
tratégias, valorizar os colaboradores, criar ambiente de alto desempenho, gerenciar de-
sempenho, gerenciar diversidades. Cortella e Mussak (Foco, 2009, p.119).

Apesar de existirem inúmeras definições para o fenômeno, a liderança pode ser


definida como um processo de influência das atividades de um grupo rumo à realização
de seus objetivos, por meio de uma interação entre duas ou mais pessoas que, frequen-
temente, se envolvem na construção ou desconstrução de situações, percepções e ex-
pectativas (HUGHES; GINNETT; CURPHY, 2005). As teorias contemporâneas sobre lide-
rança – nas quais se incluem as lideranças visionária, carismática e transformacional –
tendem a enfatizar comportamentos simbólicos e apelativos do líder, numa tentativa de
explicar como líderes conseguem altos graus de comprometimento dos liderados por
meio de uma abordagem inspiracional (por exemplo, HOUSE, 1977). No entanto, alguns
pesquisadores entendem que essas teorias estimulam uma visão romântica e ingênua do
líder, além de serem acríticas com relação à forma como o líder alcança os seus objetivos
(PRICE, 2003).

É nesse contexto que emerge a preocupação com a ética e a confiança na lideran-


ça e na identificação de um estilo de liderança mais genuíno e baseado em valores. Ga-
nham destaque as teorias transformacionais e carismáticas socializadas, e, mais recen-
temente, uma nova teoria de liderança, a teoria de liderança autêntica, que tem como
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principais características uma maior transparência na relação com o liderado e uma con-
duta consistente com o sistema de valores pessoais e convicções, gerando assim o res-
peito e a confiança dos seguidores (AVOLIO et al., 2004; AVOLIO; LUTHANS;
WALUMBWA, 2004). Na essência da teoria da liderança autêntica, está o conceito de
autenticidade. Embora as definições de autenticidade sejam abundantes, muitos sofrem
com o erro comum de confundir autenticidade com sinceridade (ERICKSON, 1995). Sin-
ceridade é definida como a expressão externa de sentimentos e pensamentos alinhados
com a realidade vivida pela pessoa. Essa definição tem implícita a ideia de interação com
outros, uma vez que a sinceridade é avaliada na medida em que o “eu” é representado de
forma verdadeira e honesta perante outros. Já a autenticidade está relacionada com ser
verdadeiro consigo mesmo, não necessitando da presença de outros para se manifestar
(AVOLIO; GARDNER, 2005). Nesse sentido, uma pessoa será tão mais autêntica quanto
maior for a fidelidade que ela tiver em relação às suas emoções, às suas necessidades,
aos seus desejos, às suas preferências ou crenças. Nesse contexto, essa pessoa está
inserida em um processo de autoconhecimento, em que ela age de acordo com o seu
verdadeiro eu e se expressa de maneira consistente com seus pensamentos e sentimen-
tos (HARTER, 2002). Essa diferença entre sinceridade e autenticidade é crítica para en-
tender o construto de liderança autêntica.

LÍDER
Líder é aquele que busca ultrapassar seu próprio limite e tem habilidades de influ-
enciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns,
inspirando confiança por meio do caráter, ser líder é ter talento para servir de modelo e
saber exercer autoridade sobre determinado grupo. O bom líder é aquele que demonstra
ter várias qualidades, mas uma em especial não pode faltar disposição de pular na frente
dos outros e executar algo bem feito. (Hunter 2004).
Algumas características prevalecem sobre o líder, uma teoria chamada “teoria dos
traços” a qual busca enfatizar as qualidades pessoais e físicas de um líder, a teoria relata
que um líder somente será líder se nascer líder. Trata-se de características de nascença,
não seria necessário a formação e simplesmente suas atribuições de líder seriam por um
processo completamente natural, baseado nesta crença um número muito limitado de
pessoas poderiam adquirir esta atribuição (Bennis e Nanus, 1988). A teoria baseia-se em
distinguir os traços pessoais dos líderes, diferente de quem não tinha os traços para ser
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líder. As características físicas eram compreendidas como seres diferentes e o fato de


possuírem alguns traços de personalidade profundos. (Bergamini, 1994).

Algumas características observadas pelos pesquisadores eram físicas, como: altu-


ra, aparência, inteligência e fluência de discurso, também características de personalida-
de, introversão, extroversão e autoconfiança.

Um relevante acontecimento na evolução dos estudos sobre o traço pessoal dos


líderes foi a publicação da pesquisa de Stogdill (1948), que, juntamente a um estu-
do de Gibb (1947) questionaram os resultados de pesquisas anteriores sobre os
traços pessoais de liderança. Segundo Bergamini (1994), o principal objetivo dos
teóricos era a investigação dos conjuntos de traços peculiares ao líder, portanto
não foram correlacionadas essas características a outros aspectos relevantes, por
exemplo a eficácia no processo de liderança. Diante das cinco versões de lideran-
ça, com graus previsíveis de eficiência, Crosby (1999) classifica os líderes em:
destruidor, procrastinador, paralisador, planeador e realizador. Evidentemente, os
dois últimos estilos de liderar tem mais aderência às necessidades do cenário
mundial presente e futuro. (Gonçalves, 2008, p.13).

Foi criada uma tabela para identificar os tipos de líderes: Destruidor, procrastinador, para-
lisador, planeador e realizador.
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Foi criada também outra tabela com estilo de liderança, aspecto negativo do líder e as-
pecto positivo do líder.

CHEFE

O chefe que as organizações buscam no mercado de trabalho é aquele que co-


nhece e coordena as necessidades do grupo levando-os a se esforçarem no sentido de
que todos estejam no mesmo objetivo. Algumas empresas promovem palestras e trei-
namentos com seus chefes, objetivando melhorias e um melhor preparo ao se incorpora-
rem ao cargo após a promoção.
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No meio empresarial encontra-se chefes que se preocupam em gerar uma boa


imagem ou impressão em superiores, ignorando a contribuição de seus colaboradores,
que buscam alcançar e bater metas e dos objetivos da empresa onde trabalham.

O chefe é aquele que sabe, quer, realiza é também aquele que faz saber, querer e
realizar, não se pode considerar que seja chefe aquele que não for capaz de parti-
lhar com o grupo o ideal para que exista a empresa. Compreende-se bem o senti-
do e a grandeza do nome chefe quando esse sabe fazer-se obedecer e ao mesmo
tempo fazer-se amar, ele impõe suas ideias, mas sabe se impor se necessário.
(Hunter, 2004, p.37).

Poder é a capacidade de obrigar, por causa de uma posição ou força, os outros a


obedecerem, mesmo que eles preferissem não fazê-lo, o raciocínio é de que quando se
tem o poder, pode-se derrotar forçar e despedir todos que não obedecerem às determi-
nações do superior ou chefe imediato, quando o poder é usado de forma autoritária dete-
riora ao longo do tempo vários tipos de relacionamentos, não só de chefe para subordi-
nado, mas também de pai para filho de cônjuge e vários outros. (Mussak e cortella, 2009
p.96).

Várias são as situações em que a vontade é imposta pela força e que gera muitos
conflitos. O chefe que ainda se vale do poder ou métodos tradicionais de uso do poder
está cada vez mais perdendo espaço no mercado competitivo atual, já foi o tempo em
que bom era o profissional que concentrava todo o conhecimento, que se punha distante
dos comandados

O chefe geralmente é autoritário e centralizador, acredita que a eficiência esta em


ter respostas pra todas as coisas, manter o controle de qualquer situação e conseguir
resolver todos os problemas. Esse chefe de alguma forma interfere e exerce influência na
vida de seus colaboradores, chegando a afetar a rotina profissional e pessoal. Esse tipo
de chefe possivelmente recebeu pouco ou nenhum treinamento de como conduzir um
grupo de pessoas ou colaboradores.

O que se observa é que esse tipo de chefe recebe classificação/promoção por se


destacarem com os números, esperteza, ou ainda pior apelam para condutas antiéticas,
como falta de transparência , dissimulação e usando do poder pra tirar vantagem em be-
neficio próprio. Esse tipo de atitude não coincide com o que se espera da liderança co-
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brada pelo mercado de trabalho atual. Nessa chefia os baixos resultados de rendimentos,
a falta de qualidade e criatividade, estão entre os indicadores da necessidade de mudan-
ça. E o que se pode observar é que as grandes empresas/organizações já estão se ade-
quando aos novos tempos e as mudanças.

Os chefes se esquecem que eles existem porque há pessoas a serem chefias e


que estas são a razão de sua permanência na posição de chefe, não entendem que não
existe boa produtividade, motivação e comprometimento de verdade quando se trabalha
sob pressão. Muitos profissionais de chefia têm consciência de estar falhando com suas
equipes, sabe-se que os antigos métodos de controle e comando na base do grito ou de
ameaças não são mais eficientes quando se lida com força de trabalho diversificada, for-
mada por gerações muito diferentes, que vem se desenvolvendo e desconfiando de quem
usa do poder para atingir metas e objetivos. O comando e o controle podem ter funciona-
do em épocas menos complexas, mas hoje não é o medo que realmente move as pesso-
as para ações significativas, mas sim a inspiração e a compreensão.

LÍDER X CHEFE

Na globalização atual, as empresas buscam diferencial para se tornarem mais pro-


dutivas e competitivas ao invés de manterem chefes que ainda adotam posturas de auto-
ritarismos contrapondo-se à nova postura de líderes atuais, fazendo-se necessário que
essas empresas se adequem e mudem seus métodos e sistemas de chefia para lideran-
ça.

É nítida a diferença de um chefe para um líder. O chefe se faz conhecer por suas
ordens diretas, autoritárias e incontestáveis, onde exige que se cumpra a tarefa designa-
da, sem levar em conta os aspectos relativos e as condições humanas de trabalho.

Os chefes por sua postura autoritária não são respeitados, mas sim temidos pe-
los seus subordinados. Não existe entre eles um diálogo aberto onde se possa ouvir e ser
ouvido, comunicar problemas e muito menos pedir conselhos sobre alguma dúvida. A
postura desse chefe nunca é de incentivo ou motivação, porque pra ele a realização per-
feita de uma atividade nada mais é que a obrigação do funcionário, já que ele recebe pra
isso, ao mesmo tempo em que se vangloria por ter conseguido os resultados positivos.
Quando o serviço não sai de acordo com o planejado, ele faz questão de atribuir a res-
ponsabilidade dos erros sobre sua equipe.
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O Líder se destaca como sendo aquele que procura conduzir os funcionários a fa-
zerem com bom empenho o que lhes compete e lhes são propostos, sem coação nem
imposições, mas sim através de orientações e procurando sempre manter o diálogo e
uma postura democrática envolvendo a todos e considerando as contestações a serem
analisadas por ele com justo julgamento.

No entanto chefe é a pessoa que comanda e nunca aceita ser contrariado, tem
tendência a comandar e controlar seus subordinados impõe ordens e é autoritário. Tam-
bém é conhecido por centralizar o poder e pensar apenas nos resultados e lucros. Abaixo
uma tabela em que são demonstradas as diferenças entre líder e chefe.

Quadro comparativo retirado do site: swebman.com/2013/04/29/boss-vs-leader-2/


Adaptado e traduzido para português

Na visão do líder o bom funcionamento de uma organização precisa que o liderado


delegue poder a outros, evitando centraliza-los em si mesmo. Agregando forças com os
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demais funcionários trará para si uma organização forte e com potenciais e talentos que
podem ser despontados em meio à coletividade e interesse de todos pelo trabalho a ser
desenvolvido. Assim o bom desempenho do líder poderá ser medido pelo talento, de-
sempenho e resultados produzidos por sua equipe.

As organizações aprenderam pelo modo mais difícil que um líder não é necessari-
amente aquele que possui um cargo de comando, há grande diferença entre o tipo che-
fão sabe tudo e um líder consciente e autêntico.

1 Gestão Contemporânea: A Ciência e a arte de ser dirigente. Pág.: 222

O líder exerce o poder pelo compartilhamento das informações, sendo essa uma
conquista diária, onde todos os liderados o sigam sem questionar, e entendem que o líder
fará de sua equipe a melhor. Normalmente os chefes ficam envolvidos com seus cargos,
acabam por não perceberem o quanto estão ultrapassados e que com autoritarismo não
se obtém resultados duradouros. Quando os funcionários seguem o chefe por causa do
poder exercido, com o tempo percebem e deixam de segui-lo. (Motta, 1999).

As condutas de um Líder e de um Chefe são de uma extrema diferença:

- O líder aconselha, o chefe determina;

- O líder inspira entusiasmo, o chefe impõe pelo medo;

- O líder diz "nós", o chefe diz "eu";

- O líder foca nas pessoas, o chefe nas tarefas;


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- O líder contempla o futuro, o chefe o passado;

- O líder eleva cada colaborador à líder no que faz, o chefe centraliza as decisões;

- O líder se preocupa com a missão, valores e pessoas, o chefe com resultados


imediatos e aparentes.

Segundo (Motta, 1999), o homem na organização do século XXI, em sua grande


maioria, não aceita ser tratado como mais uma peça de engrenagem e sim como um ser
pensante e que entende o sentido do trabalho a ser realizado, bem como participar do
processo decisório, contribuindo para o bem maior da empresa.

O sentido das palavras “Líder ou Chefe” tem um mesmo sentido da palavra que é
orientar, guiar, ser representante de um grupo ou partido, direcionados a um objetivo. O
que vai diferenciá-los é o modo que cada um terá para influenciar pessoas. O líder tem
espírito de chefia, sabe que cargo e poder por ele exercido são passageiros. Exerce do-
mínio sobre as pessoas com respeito e admiração, de tal forma que essas o sigam bem
como todas as suas orientações.

Liderança se constrói com admiração, exemplo, respeito, parceria e autoridade.


Enquanto que a chefia caracteriza-se e se sustenta pelo poder do mando, amparado pela
posição em que o sujeito ocupa em determinada hierarquia. Quando se está na posição
de chefe e exerce o poder que a posição lhe impõe, segundo (Hunter, 2004), deve ter
consciência de que o poder pertence ao cargo que está ocupando e não a pessoa que o
exerce.

Muito se fala em chefes que são forjados e em líderes que nascem feitos, talvez
seja por isso que três quartos das empresas americanas gastam alguns dólares
todo ano em treinamento desenvolvimento e consultoria para transformar chefes e
líderes em melhores gestores. (Hunter, 2004 p.9) Tanto os chefes quanto os líde-
res podem desenvolver habilidades para se tornar o melhor. (Baceiredo, 2009
p.21).
Para ser um chefe, é preciso ter conhecimento técnico da atividade, bater a meta
de produtividade, atender as necessidades tem..............................................

Para ser um chefe não precisa muita coisa, tem que atingir a meta de produtivida-
de, ter conhecimento técnico e atender as necessidades básicas da empresa em que tra-
balha o chefe não se preocupa em compartilhar conhecimento, normalmente ele acredita
que o conhecimento é propriedade dele e não repassa sob o medo de perder o poder,
quando se fala em equipe mais uma vez o chefe leva nota zero, pois o mesmo tem difi-
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culdade de interpretar os pensamentos do grupo, na verdade não está preocupado com


isso, exige resultado em equipe, mas não da feedback individual, isso com certeza faz
com que o grupo fique dividido, tomar decisões sem consultar a equipe também é um
erro do chefe, ele tende a subestimar a capacidade do grupo esse fator aliado a total falta
de comunicação tende a um distanciamento do todo e pode gerar mais problemas que
soluções para a empresa.

Para ser líder há necessidade de se submeter ao aprimoramento das atitudes e


dos comportamentos, ter como objetivo o melhoramento constante do conhecimento e
divulgar esse conhecimento é um dever do líder.

Quando o foco é voltado a desenvolver pessoas e influenciá-las o líder atuará para


criar um ambiente saudável e sempre que tomar decisões ela será colocada ao grupo
estendendo a todos a responsabilidade pelas decisões mesmo que corra risco de errar,
isso dá ao grupo incentivo para doarem o melhor e maior de cada um em busca dos obje-
tivos. (Donnell, 2009).

Quando o líder é conciliador consegue fazer com que o grupo se envolva e todos
tenham responsabilidade pelo sucesso um do outro é o grupo que ganha e não um ou
outro colaborador. As organizações buscam no mercado profissionais que possam de-
senvolver um sentimento de conquista constante, sabendo antes de tudo das suas pró-
prias limitações, que saiba lidar com pessoas tirando de cada uma o que há de melhor
nelas compreendendo que nem todas são iguais e que as diferenças possa ser um desa-
fio a superar todos os dias.

Com essa busca por profissionais diferenciados as organizações vêm modificando


o rumo do mercado e obrigando aqueles que não estão dentro do perfil a se aperfeiçoa-
rem buscando condições de competir e atender as necessidades do mercado atual. O
modelo de autoridade, na sociedade, na família, nas igrejas e principalmente nas empre-
sas mudou e essa mudança se faz em um processo contínuo, as empresas precisam
acompanhar essa mudança, pois o chefe autoritário foi com o tempo ficando ultrapassado
e a modernidade exige que as empresas se tornem mais competitivas.
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OBJETIVOS

 Apresentar as características principais entre líder e chefe;

 Conceituar as ferramentas da gestão aplicadas pela organização;

 Comparar os resultados obtidos entre líder e chefe.

 Analisar as principais dificuldades de um gestor;

 Comparar ou verificar a aplicação de conceitos de liderança na organização;

 Apresentar as principais diferenças entre liderança e chefia e como elas podem in-
fluenciar no rendimento pessoal, profissional e resultados organizacionais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve por finalidade mostrar a importância das diferenças entre líderes
e chefes nas organizações. Para a realização deste estudo foi necessário realizar um
mapeamento bibliográfico em livros, bases científicas, teses e dissertações, também res-
saltado que este trabalho seria de estrutura teórica e não teria aplicação em campo, em
todo contexto estudado é possível concluir que as razões para o sucesso ou o fracasso
de uma organização estão baseadas no investimento de sua liderança.

Diante das pesquisas realizadas foi possível constatar que as organizações que
adotam o modelo de liderança entre suas equipes, contribuem para a evolução e melho-
ria dos processos e garante um melhor resultado.

A proposta do artigo alcançou o resultado pretendido uma vez que as informações


pesquisadas reforçam a importância da liderança nas organizações. As análises levanta-
das através dos estudos e comparações mostram a posição de organizações bem suce-
didas e com pouco investimento, obtendo melhor resultado baseado no modelo de ges-
tão.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• BAICEREDO, M.A. de Souza. Liderança Motivacional - Universidade Cândido


Mendes, Niterói, 2009.

• CAMPOS, Josemar Maciel de. Comportamento Humano no Contexto


Organizacional – Liderança, motivação e gestão do desempenho, Apostila
Parceria Portal Educação e Universidade Católica Dom Bosco.

• MATTA, Vilela da. A Diferença entre ser Chefe e Líder. Sociedade brasileira em
Coaching. Acesso em: 29 de mar de 2014. Disponível em:
http://www.sbcoaching.com.br.

• SOBRAL, F.J. B. de Azevedo, GIMBA, R. de Freitas. As Prioridades Axiológicas do


Líder Autêntico: Um Estudo Sobre Valores e Liderança, Edição Especial, São
Paulo, 2012.

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