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OBJETO DIDÁTICO
CADERNO PEDAGÓGICO DE ARTE:
MÚSICA
Não é verdade que ouvir e cantar é tão agradável que nem parece
trabalho ou estudo? Essa ideia está presente até na fábula da cigarra e da
formiga. Nessa fábula de La Fontaine, a cigarra trabalha cantando enquanto a
formiga carrega peso e pensa que a cigarra não faz nada.
Um bom estudo.
1ª UNIDADE: SONS E RITMOS
Atividade:
Atividade de Pesquisa:
*CD 1
Quando seu avô era jovem (e não faz tanto tempo assim), o meio de
comunicação mais moderno era o rádio. Naquela época as novelas eram
transmitidas pelo rádio e, como o rádio não transmite imagens, o trabalho de
sonorização das histórias tinha que ser muito bem feito. Para isso existiam
profissionais, que eram contratados somente para trabalhar com os sons: eram os
sonoplastas, que produziam sons de passos, cavalaria, tempestades, chuva,
trovão, vento e muitos outros, além de selecionarem as músicas que eram temas
dos personagens. Isso fazia com que aquelas pessoas que estivessem ouvindo
em casa pudessem imaginar a cena da história com muita clareza. E, acreditem!
Muita gente chorava e ria de emoção. Converse com seu avô sobre isso. Ele pode
lhe contar mais detalhes.
Atividade:
Atividade:
CLASSIFICAÇÃO:
Quanto ao timbre, significa que tem uma voz própria: Pelo timbre
você sabe quem está chamando, mesmo que você esteja com os olhos fechados.
*CD 2, 3 e 4
Atividade:
Atividade:
Em grupo de 3 alunos,
1)
2)
Atividade:
Atividade:
PULSAÇÃO
Wisnik nos conta que o ritmo é muito presente nas músicas de alguns
povos. Já em outros povos, o que predomina é a melodia. No CD Ziskid (1989),
que acompanha o livro “O Som e o Sentido”, você poderá ouvir exemplos de
músicas tocadas por alguns povos do Oriente, da África e da América do Sul. O
ritmo é muito rico, envolvente, repetitivo, algo mágico, que pulsa.
− dia / noite;
− primavera / verão / outono / inverno;
− lua nova / lua crescente / lua cheia / lua minguante;
− batidas do coração, nossos passos, palmas quando aplaudimos;
− respiração: inspira / expira.
Atividade:
a) Coloque o polegar da mão esquerda levemente sobre a veia que
está no pulso direito e sinta a pulsação do seu coração.
b) Agora inspire contando quatro pulsações e depois expire contando
também quatro pulsações.
c) Inspire contando quatro pulsações, segure contando quatro e expire
produzindo som de ss contando quatro pulsações.
d) Sentado, marque com os pés as pulsações de seu coração.
e) Marque as pulsações falando ta ta ta ta.
*CD
Atividade:
Vamos ler os gráficos abaixo sempre com o polegar direito no pulso
esquerdo para sentir a pulsação.
c) Igual atividade a:
d) Enquanto o coração pulsa, você segura o ar:
Atividade:
Bom Com
| | | |
Atividade:
Monossílabas Semínima
Tetrassílabas Semicolcheias
Atividade:
SEMÍNIMAS E COLCHEIAS
Faça a leitura rítmica abaixo com palmas:
Atividade:
Experimente fazer uma linha rítmica com os pés e outra com palmas.
1- Chocalho:
D- Mão direita
E- Mão esquerda
5- Reco-reco:
6- Outros instrumentos:
PAUSA DE SEMÍNIMA
Leitura rítmica:
Atividade:
Sorteio das palavras. Em grupo de cinco:
Atividade:
Faça a leitura rítmica das figuras: *CD.
A semibreve dura o dobro da mínima, logo, se a mínima dura duas
pulsações, a semibreve dura quatro.
Nesses três exemplos, cada tempo tem a duração de uma semínima, mas
existem casos em que cada tempo pode ter também a duração de uma mínima ou
de uma colcheia e assim por diante.
Segundo Piolli (1977), o quadro completo de figuras e de valores
apresenta as figuras, mais as pausas com os respectivos nomes. Apresenta
também os números, que indicam quantas figuras são necessárias para ocupar o
mesmo espaço de uma semibreve.
Figuras e valores
Neste Caderno vamos estudar apenas até a semicolcheia. Além das
células rítmicas estudadas até aqui, existem outras que estão muito presentes na
música popular brasileira, ritmicamente muito rica, herança dos povos africanos
que compõem a nossa população. Nas próximas células rítmicas veja que o
espaço ocupado pela colcheia é o mesmo de duas semicolcheias.
Faça a Leitura:
Duas semicolcheias e uma colcheia
Leitura:
Semicolcheia colcheia e semicolcheia
Leitura:
Colcheia pontuada e semicolcheia
Leitura:
Semínima pontuada e colcheia: Aqui a semínima pontuada ocupa
uma pulsação e meia, portanto são quase duas pulsações.
Leitura:
Marcha:
Marcha Rancho:
Maxixe:
Samba- Existem muitas variações de samba. A mais característica é
esta:
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido. 2 ed. São Paulo: Círculo do Livro /
Companhia das Letras,1989.
Sites:
<http://www.cifras.com.br/tablatura/luiz-gonzaga/asa-branca>. Acesso em: 21 nov.
2008.
<http://pwp.netcabo.pt/jose-lucio/Pagina2/Pag2.htm>. Acesso em: 26 nov. 2008.
2ª UNIDADE- MELODIA
Vimos, na Unidade 1, que os povos escolhem os sons para compor suas músicas.
Assim como temos o alfabeto e dele tiramos as letras para a escrita, na música
temos uma seleção de notas musicais. E, assim como o alfabeto da língua
portuguesa é diferente do alfabeto da língua guarani, por exemplo, as notas
escolhidas para tocar as músicas ocidentais são diferentes das notas escolhidas
para tocar as músicas orientais. A essa seleção de notas escolhidas damos o
nome de escala e é com elas que construímos as melodias. Segundo Méd (1980),
existem várias escalas no mundo chamadas de exóticas. Dentre elas, os povos
que vivem nos países orientais usam, para compor suas melodias, a escala
pentatônica (penta: cinco, tônica: tom). É também a mais antiga.
Como nosso país faz parte do mundo ocidental, você já deve ter ouvido
falar que as notas musicais são sete. No Ocidente usamos a escala diatônica:
Escala Diatônica: Dó, Ré, Mi, Fá Sol, Lá, Si, Dó
Quando a sequência das notas está nessa ordem, dizemos que ela é
ascendente. Vai da nota mais grave até a mais aguda. Quando for ao contrário, da
mais aguda até a mais grave, será descendente:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi
Colaboração: Prof. Vera L.F.Lourenço Buba
Se existe um tom entre as notas, que sons são aqueles emitidos pelas
teclas pretas que ficam entre essas notas? De uma nota até a tecla preta ocorre
um semiton e da tecla preta até a nota seguinte ocorre mais um semiton. E
quando queremos que uma nota fique um semiton mais aguda, dizemos que ela
tem um sustenido. Quando queremos que a nota fique um semiton mais grave,
dizemos que ela tem um bemol.
Por exemplo:
Dó - dó# = Dó sustenido
Ré - réb = Ré bemol.
O sustenido é representado pelo sinal:
E o bemol:
FLAUTA
Experimente tocar. Respire pelo nariz e sopre fazendo um movimento
com a língua como se falasse ru, ru, ru, ru. O som deve ser bem suave. Lembre-
se de que flauta não é apito. Comece com as posições mais simples e,
gradativamente, vá para as mais difíceis. Siga a sequência abaixo. Ouça bem
cada som.
Atividade:
a) Toque as escalas pentatônica e diatônica.
b) Experimente criar uma melodia com a escala pentatônica. É só você
não usar o mi nem o si.
c) Agora experimente tocar uma melodia com a escala diatônica.
Atividade:
Vamos treinar com a flauta as cinco notas: ré2, dó2, si, lá sol e depois
tocar a melodia abaixo:
Agora toque as notas sem olhar para o desenho da flauta até conseguir.
Atividade:
Dois grupos. Um toca a melodia com a flauta e outro o ritmo em
ostinato com os instrumentos de percussão. Ostinato é quando o mesmo ritmo se
repete ao longo de toda a música.
Melodia 1-
.
Atividade:
Agora toque as seguintes notas até não precisar mais olhar para os
desenhos da flauta.
Nos exercícios abaixo, vamos tocar e cantar.
Atividade:
Exercícios:
a) Alongamento:
Conte até oito para cada movimento.
1 - Com uma perna um pouco levantada do chão, gire o pé para a
direita (oito vezes) fazendo círculos e depois para a esquerda (oito vezes). Faça o
mesmo com o outro pé.
2 – Agora com a perna um pouco acima do chão gire o joelho, fazendo
círculos para um lado e depois para o outro. Faça o mesmo com a outra perna.
3 – Gire o quadril para a direita e depois para a esquerda. Faça o
mesmo com o tronco.
4 – Gire os ombros para frente oito vezes e depois para trás.
5 – Entrelace os dedos das duas mãos e estique os braços para frente
(conte até oito) depois para trás.
6 – Movimente a cabeça lentamente para frente, para trás, para a
direita e para a esquerda.
8 – Faça com a cabeça um círculo, duas vezes para a direita e duas
vezes para a esquerda. Repita devagar.
9 – Estique bem os braços para cima e fique na ponta dos pés.
10 – Dê uma espreguiçada com bocejo abrindo bem a garganta.
b) Respiração:
Atividade:
Melodia 3
Melodia 4
Melodia 5
Melodia 6
Atividade:
- Usando a flauta, crie uma linha melódica, com as notas estudadas até
aqui e, depois, cante-a e escreva-a.
Observe que, da nota Dó mais grave até a nota Dó mais aguda, há oito
notas. Então dizemos que há, entre as duas notas, um intervalo de uma oitava.
Entre Dó e Sol, cinco notas, logo o intervalo será de quinta. E o intervalo de
quarta? Tem que ter quatro notas. E os outros intervalos?
Wisnik (1989) nos conta que quem descobriu essa sequência de notas
com esses intervalos foi Pitágoras, na antiga Grécia. Grande estudioso,
matemático e músico, criou um instrumento chamado monocórdio (mono= um;
córdio= corda) e com ele descobriu a escala e que alguns sons, quando tocados
juntos, combinam mais que outros. Além de soar bem para os ouvidos, deu uma
explicação matemática para isso. Pitágoras descobriu as notas, mas quem as
denominou como hoje as conhecemos foi Guido d’Arezzo, na Idade Média.
Melodia 8:
Melodia 9:
Melodia 10:
Além das notas da oitava que estudamos até aqui com a flauta, existem
outras mais agudas. Experimente tocar:
Wisnik (1989) nos conta que, na antiga Grécia, existiam vários modos
e cada um deles tinha um caráter diferente. Alguns eram mais alegres, outros
mais tristes.
Modo Dórico: Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré.
Modo Frígio: Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi.
Modo Lídio: Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá.
Modo Lócrio: Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.
Melodia 11:
Atividade:
a) Crie uma ideia musical: pode ser uma linha melódica ou rítmica. Essa
ideia inicial será chamada de tema. Assim como em uma redação,
em que existe um tema e toda a escrita gira em torno dele, na
música acontece praticamente o mesmo.
b) Escreva essa ideia (tema).
c) Vamos trabalhar a ideia com:
− Repetição- Você pode repetir o tema várias vezes.
Por exemplo:
Repetição- existe um tema e ele é repetido uma ou mais vezes:
Para montar as tríades, você precisa colocar sobre cada nota do acorde
duas terças sobrepostas (uma sobre a outra), isto é, sobre a nota Dó, você
colocará o Mi e, depois, o Sol. E assim por diante.
Atividade:
Em três grupos.
A um sinal do professor, cada grupo fará com a flauta uma nota do
acorde.
Ouça os acordes com atenção. Observe que eles são diferentes.
Vamos fazer o mesmo cantando. Concentre-se no som.
Nas tríades tocadas, três são maiores, três menores e uma diminuta.
Maiores:
Dó maior: Dó – Mi - Sol
Fá maior: Fá - Lá- Dó
Sol maior: Sol –Si- Ré.
Menores:
Ré menor: Ré - Fá - Lá
Mi menor: Mi - Sol - Si.
Lá menor: Lá - Dó - Mi.
Diminuta:
Si Dimin.: Si - Ré - Fá.
Atividade:
Em grupo de 4.
a) Três alunos tocam com as flautas um acorde.(Cada um toca uma
nota).
b) Um aluno improvisa uma melodia. Vejam se o resultado fica bom.
c) Experimente com outros acordes.
d) Grave e escreva a melodia e os acordes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
WISNIK,J osé Miguel. O som e o sentido. 2. ed. São Paulo: Círculo do Livro /
Companhia das Letras, 1989.
Sites:
<www.youtube.com.br>. Acesso em: 24 nov. 2008.
<www.artenossa.pr.gov.br>. Acesso em: 24 nov. 2008.
<http://www.emanuelmartinez.mus.br/apresenta01.htm>. Acesso em: 26 nov.
2008.
<http://br.youtube.com/watch?v=06Qm-Z5OsHw>. Acesso em: 27 nov. 2008.
<http://br.youtube.com/watch?v=Y10Ewgcqky8&NR=1>. Acesso em: 27 nov. 2008.
3ª UNIDADE- COMPOSIÇÃO E LETRA
Sobre isso nos fala Luiz Tatit (2007), músico, filósofo e professor da
Universidade de São Paulo (USP) e você poderá saber mais sobre ele e sua obra
acessando o site: <http://www.luiztatit.com.br/>.
Atividade:
Em grupo. Escolha um assunto de seu interesse: e em grupo ou
individualmente, crie um rap. Apresente para a turma.
Você pode ouvir muitos raps acessando o site: <http://br.youtube.com/
watch?v=RH14YOAsTps>.
Atividade:
Em duplas:
a) Cada aluno escreve duas palavras em dois pedaços de papel.
b) Cada um sorteia as palavras e escreve algumas frases formando ou
não um sentido.
c) Com a ajuda da flauta, cada um cria uma melodia e um ritmo,
observando onde estão as vogais que serão mais compridas e as
que serão mais rápidas.
d) Escreva suas ideias e grave-as.
e) Apresente para os colegas.
Atividade:
Vamos cantar as músicas a seguir e observar esses detalhes. Em casa,
procure ouvir músicas e perceber em qual das duas situações elas podem
encaixar-se.
Meu coração,
Não sei por quê,
Bate feliz, quando te vê.
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo,
Mas, mesmo assim, foges de mim. (TATIT, 1987, p. 27).
Atividade:
Crie uma estrofe com quatro versos e, com a ajuda de uma flauta, crie
uma melodia para ela. Observe a tessitura, onde podem ser colocadas as notas
mais longas e onde pode recair um ritmo mais acentuado. Grave e apresente para
a turma.
Toda obra de arte (teatro, dança, romance, novela, música), para ficar
interessante, precisa dos momentos de tensão, caso contrário fica sem graça e as
pessoas perdem o interesse. Tanto é que os momentos de maior audiência na TV
acontecem quando as novelas apresentam um conflito que será solucionado ou
um mistério que será desvendado. Nesse momento todos estão tensos, curiosos,
querendo saber o que acontecerá. É notícia até no Jornal Nacional.
Tatit fala que isso acontece por causa dos elementos de persuasão
presentes tanto na letra quanto na música. São eles: persuasão figurativa,
persuasão passional e persuasão decantatória. Vamos, junto com Tatit, analisar
esses elementos de persuasão existentes nas músicas.
PERSUASÃO FIGURATIVA
1- Entoação
Atividade:
1- Leia a poesia abaixo para os colegas da turma como se fosse um
robô e sem pontuação.
DEBUSSY
2- Figurativização:
Atividade:
PERSUASÃO PASSIONAL
1- Modalização do texto
3-Modalização da melodia
Atividade:
Em duplas, sem usar palavras, monte um diálogo somente com uma
sílaba (pá, tá, hum). Fazer perguntas, respostas, afirmações exclamativas,
surpresas, de espanto, etc.
Observe-se, com essa atividade, que a voz vai para o grave ou para o
agudo, conforme o que você queira expressar.
Tatit fala que o mesmo acontece nas canções. A melodia precisa estar
de acordo com o texto para que a música fique atrativa para o ouvinte. Enquanto o
texto descreve uma situação, a melodia reforça, fazendo um contorno que
acompanha o texto na mesma orientação. Ela vai para o agudo e para o grave ou
fica no mesmo tom, conforme o texto.
Atividade:
Pesquise, em uma música de que você goste, trechos onde estão
presentes os seguintes elementos: a ascendência, a permanência e a
descendência.
Asseveração:
Atividade:
Interrogação:
Quem é você?
Adivinha se gosta de mim. (In: TATIT, 1987, p. 43).
PERSUASAO DECANTATÓRIA
O gênero:
2- Exaltação:
Atividade:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Poesia na escola. São Paulo: Discubra, 1976.
TATIT, Luiz. A canção - eficácia e encanto. 2. ed. São Paulo: Atual, 1987.
Sites: