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Índice

Resumo..............................................................................................................................2

Abstract..............................................................................................................................3

ii.Objetivos........................................................................................................................5

iii.Introdução.....................................................................................................................4

1.1. Princípio de geração de energia..............................................................................6

1.1.1 Barragem..................................................................................................................7

1.1.2.Comportas.................................................................................................................8

2.Equipamentos eletromecânicos......................................................................................8

3.Dimensionamento...........................................................................................................9

4.Vantagens e desvantagens de energia maremotriz.......................................................11

vi. Considerações finais...............................................................................................12

vii. Revisões bibliograficas.............................................................................................13


RESUMO

A exploração da energia das marés tem se tornado cada vez mais atractiva em diversos
aspectos. Alguns projectos maremotrizes sinalizam que outros projectos de geração de
energia futuros podem levar em consideraçãoesta alternativa tecnológica. Portanto,
neste trabalho são apresentados os princípios básicos de exploração da energia
maremotriz, as principais tecnologias utilizadas e princípios de operação de uma usina
maremotriz. Além disso, são destacados alguns aspectos importantes, tais como
ambientais e económicos, que estão envolvidos neste tipo de geração e que precisam ser
considerados. É feita ainda uma breve avaliação de alguns dos principais projectos já
existentes e também são apresentadas algumas das novas tecnologias e as principais
tendências em termos de geração maremotriz. Finalmente, são apresentados alguns dos
locais mais adequados para a exploração da energia maremotriz bem como algumas das
propostas que podem viabilizar tais aproveitamentos.

Palavras clave: Energias renováveis, energia maremotriz, correntes de marés, geração


de energia eléctrica, eficiência energética.

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ABSTRACT

Tidal energy exploration has become more attractive under diverse aspects. Some tidal
operating projects show that other new similar energy generation projects may consider
this find of technology. Therefore, some basic principle soft idal energy exploration,
main technology and operating models of a tidal power plant, are present this work.
Moreover, some important aspects, such as environmental and economic aspects
involved in this kind of energy generation, must be considered, and are address this
work. A briefed valuation of some existing projects has been made and some new
technology and main tendencies sin tidal power generation are revised. Finally, as well
as some of proposal that may make feasible such exploitations.

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III.INTRODUÇÃO

A crescente demanda por energia associada ao curto horizonte dos combustíveis fósseis,
bem como os aspectos ambientais relacionados ao consumo destes, tem desafiado o
sector energético mundial a buscar novas fontes energéticas, sendo algumas destas
bastante promissoras e relativamente recentes.Os mares constituem uma fonte
energética bastante promissora e, portanto, sua exploração não é recente. Registro
históricos apontam o uso de moinhos movidos a marés (ou maremotrizes) por habitantes
da costa do Atlântico Norte até, pelo menos, durante o início da Idade
MédiaActualmente, a energia proveniente dos mares tem sido explorada principalmente
para a geração de electricidade. Estima-se que o potencial energético global seja da
ordem de 500 a 1.000 TWh/ano Embora seja um valor significativo, apenas alguns
poucos lugares do mundo possuem amplitudes de marés significativas, além de outras
condições geográficas adequadas a este tipo de exploração. 1 são mostrados os
principais locais do planeta onde os aproveitamentos maremotrizes são mais
apropriados.

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II.OBJETIVOS

1.1.1 Geral

Abordar de uma forma geral os aspectos ligados com a produção de energia


maremotriz

1.1.2 Específicos

 Fazer a descrição dos elementos que compõem a estrutura do sistema


maremotriz;

 Apresentar o princípio de geração de energia maremotriz;

Descrever as vantagens e desvantagem do sistema da energia maremotriz;

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1. Energia maremotriz

1.1. Princípio de geração de energia

É o modo de geração de energia por meio do movimento das marés. Dois tipos de


energia maremotriz podem ser obtidos: energia cinética das correntes devido às marés
e energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa.
O aproveitamento da energia das marés pode ser feito a partir de centrais eléctricas que
funcionam por acção da água dos mares. É necessária uma diferença de 7 metros entre a
maré alta e a maré baixa para que o aproveitamento desta energia seja renovável.
Actualmente na Europa existem pelo menos duas destas centrais: Uma no norte de
França e outra na Rússia.

Apesar de ser considerada uma energia "renovável", a energia das marés está longe
disso, e é sim uma fonte de energia totalmente possível de um dia acabar. O que
acontece, é que levaria um período de tempo muito longo até ocorrer algum efeito
significativo no planeta, ou seja, a curto prazo, pode-se considerar inesgotável.

Gerada por meio da movimentação das marés, a energia maremotriz possui grande
potencial, uma vez que é capaz de atender a mais de 250 milhões de consumidores em
todo o planeta. Trata-se de uma fonte alternativa, limpa e renovável para a geração de
energia eléctrica, mas que ainda é pouco explorada no mundo. Os principais mercados
situam-se na América do Norte e Europa.

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AspectosTécnicos

1.1.1 Barragem

Segundo Leite Neto etal (2011) a construção da barragem representa uns dos factores
mais relevantes em uma usina maremotriz, principalmente por se relacionar de forma
bastante significativa com os custos totais de implantação da usina. De acordo com
Clark (2007) o projecto da barragem em uma usina maremotriz deve prever uma série
de condições que são especificas pra este tipo de aproveitamento, podendo citar
algumas:

•A barragem deve prever os efeitos das ondas que se chocam contra ela, estes
efeitos podem

ser bastantes severos devido à variação constante de pressão entre ambos os


lados;

• A localização e o formato da barragem podem alterar os fenómenos de


ressonância e

Reflexão que ocorrem dentro de um estuário. Desta forma, é possível elevar


ou atenuar a amplitude da maré e, consequentemente, a energia produzida pela usina.
Portanto, este é um fator que deve ser analisado cuidadosamente.

Figura 1 Esquema ilustrativo dos componentes de uma usina maremotriz

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1.1.2.Comportas

As comportas empregadas na usina maremotriz operam com muito mais


constância do que em uma hidreléctrica convencional, estas são incorporadas à
barragem da usina, e tem a função principal de controlar o nível de água do reservatório,
sendo que a frequência em que estas são abertas está relacionada ao tipo de maré e
ao modo de operação da usina. Vale ressaltar a importância que deve ser
considerado no ambiente de operação das comportas, os constantes impactos das
ondas e a corrosão podem resultar em problemas operacionais às comportas, assim
sendo, devem ser levados em consideração (LEITE NETO etal., 2011).

1.1.3 Reservatório

A principal função do reservatório em uma usina maremotriz é o armazenamento


de água, de modo a gerar a queda d’água necessária para geração de
electricidade através das turbinas. Estes reservatórios podem ser reentrâncias costeiras,
enseadas, corpos de águas entre ilhas e continentes, ou estuários (CHARLIER,
1982). As usinas maremotrizes de múltiplos reservatórios possuem dois ou mais
reservatórios de acumulação e permitem a acumulação de água para o aproveitamento
quando necessário, podendo operar como simples ou duplo efeito (JOG, 1989).

2.Equipamentos Eletromecânicos

Os equipamentos destinados à conversão de energia são uma das principais


parcelas que compõem o custo total de uma usina maremotriz, podendo ser
responsáveis por cerca de 45 a 55% destes custos (CLARK, 2007). Ainda de acordo
com Clark (2007) em uma usina maremotriz, os equipamentos eletromecânicos
devem levar em consideração os seguintes fatores:

• A baixa queda requer um grande volume de água passando pelas


turbinas resultando em grandes dimensões físicas para as passagens da água;

• A operação cíclica (início e parada da geração de acordo com as


marés) impõe nos equipamentos geradores, fadigas maiores do que na geração
convencional em hidroeléctricas;

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• Os materiais são expostos às acções corrosivas da água do mar e,
portanto, precisam ser cuidadosamente seleccionados e protegidos;

Os tipos de turbina mais utilizada nas usinas maremotriz com barragem são
as turbinas tipo Kaplan, Bulbo e a Straflo. Essas turbinas são turbinas de
reacção, tipo hélice aplicadas em fluxo axial, sendo que, as turbinas axiais são
aplicadas em situações de baixas quedas e altas vazões (FERREIRA, 2007).

3.Dimensionamento

A quantidade de energia possível de ser aproveitada está directamente


relacionada com a amplitude de maré, mas também é importante conhecer a área
doreservatório e o número de turbinas que serão utilizadas. Todo processo criado
através da estimativa de altura de maré e nível do reservatório dá suporte para a
viabilidade de uma central maremotriz, na qual a principal componente para a
geração de energia é o desnível (∆h) em cada intervalo de tempo

Em que HR(t) é o nível de água no reservatório e o HM(t) é o nível do mar,


todos em função da variável tempo t (min). A partir da vazão, calcula-se num
determinado intervalo de tempo ∆t, o volume (∆V) trocado pelo reservatório com o
mar.

A potência da central (Equação 24) depende simultaneamente da altura de queda


disponível juntamente com a vazão.

Em que, 𝑃𝑜𝑡é a potência da central maremotriz (W), 𝜂 é o rendimento total da central,


para o qual se adoptouo valor de 0,9 para todos os casos simulados (-), 𝜌 é a massa
especifica da água (kg/m³), g é a aceleração da gravidade (m/s²), Q é a vazão
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turbinada (m³/s), ∆h é a diferença de altura de queda entre o nível do reservatório e o
mar (m) e t representa o tempo (min). O rendimento total da central igual a 0,9 foi
adoptado, tomando-se uma central equipada com turbinas Kaplans, as quais
possuem rendimentos dessa ordem.

Em que ∆t representa o período de tempo para o qual se quer determinar a


energia

Parâmetros adimensionais das três áreas de estudo.

Tabela 1Parâ metros adimensionais das três á reas de estudo

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4.VANTAGENS E DESVANTAGENS DE ENERGIA MAREMOTRIZ

Como principais vantagens da energia das marés, podemos destacar o fato de esta ser
uma fonte de energia não poluente e renovável. Trata-se, também, de um sistema
alternativo em países que têm algum tipo de limitação para gerar energia eléctrica de
outras maneiras, mas dispõem de condições geográficas para aproveitar o fluxo de
marés.

Outra vantagem é que a geração da energia maremotriz não depende do clima, ao


contrário de outras fontes energéticas como a energia solar, eólica e hidreléctrica. O
fluxo das marés está sujeito à acção gravitacional do Sol e da Lua e da rotação da Terra.
Com informações sobre as marés, é mais fácil fazer os estudos sobre a viabilidade da
usina maremotriz.

Apesar de ser uma fonte de energia limpa e renovável, a construção de usina


maremotriz é um empreendimento caro e que apresenta um nível de geração de energia
eléctrica baixo em comparação com outros meios, como as usinas hidreléctricas e
parque eólicos offshore (oceânicos). A manutenção desse tipo de sistema também é
cara.

Além disso, nem todas as regiões litorâneas possuem características necessárias para a
utilização da energia maremotriz. Como a geração de energia depende do ciclo de
marés, a geração de energia não é contínua. Existe ainda outro factor importante a ser
considerado nos estudos de viabilidade da usina maremotriz: o impacto ambiental do
empreendimento sobre o ecossistema oceânico, acarretando também problemas
socioeconómicos às populações que dependem da indústria da pesca.

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V. CONCLUSÃO

Os grandes desafios do sector energético mundial colocam as fontes alternativas em


posição de destaque, tendo em vista que a maior participação destas na matriz
energética mundial será uma tendência inevitável nos próximos anos, portanto, os
estudos sobre a exploração da energia maremotriz tornam-se de bastante interesse sob o
ponto de vista estratégico.Vale destacar que os métodos convencionais de exploração da
energia maremotriz através de barragens necessitam de estudos bastante detalhados que
englobem os impactos ambientais e sociais na região. Pois, embora seja uma fonte livre
de emissões, ainda assim os seus impactos ambientais podem ser significativos.

VI. CONSIDERAÇÕESFINAIS

Ao decorrer do trabalho foi constatada a quantidade mínima de literaturas que


abordam as questões das energias das marés no mundo Desta forma, estimulasse
trabalhos na elaboração de plantas maremotrizes e também estimativas do
potencial energético desta energia no mundo, visto que, em domínio destas
informações, terá a confecção de plantas maremotrizes de acordo com as
características de cada local atreladas ao seu respectivopotencial energético
quantificado e, dessa forma, analisado a inserção da mesma na matriz energética
mundial.

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VII.REVISÕES BIBLIOGRAFICAS

 ASTARIZ, S.; IGLESIAS, G. The economics ofwave energy: A review.


RenewableandSustainable Energy Reviews, v. 45, p. 397-408, 2015.
 CHARLIER, R. H. “TidalEnergy”. VanNostrandReinholdCompany. Vol. 1, p.
351. New York, NY, USA. 1982.
 CHARLIER, R. H., “Sustainableco-generationfromthetides: A review”.
In:RenewableandSustainableEnergyReviews Vol. 7, Ed. Elsevier ScienceLtd,
2003.
 Charlier, R.H. &Finkl, C.W. “OceanEnergy. Tide andTidalPower”.
FirstEdition. Springer, p. 262. 2009.

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