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2.1- Introdução
σ Ν
Ν
Instável
fy v Neutro
σcr
Estável
Ν
v
à torção. É então importante que as cargas sejam aplicadas com uma baixa
excentricidade relativamente ao centro de corte, diminuindo o efeito de torção. Se uma
secção de parede fina é sujeita à torção, este estado é determinado por dois mecanismos,
a rigidez à torção clássica de De Saint Vernant (1855) determinada pelo módulo de
corte e pela contribuição do constrangimento ao empenamento da secção transversal
associado à torção de St. Vernant. Se a variação do ângulo de torção é constante ao
longo do elemento, o empenamento de todas as secções transversais é idêntico, pelo que
a contribuição de segunda ordem desaparece. Este modo de torção é designado por
torção homogénea. Quando existe uma variação, a torção designa-se de não homogénea,
[2.3] [2.4].
O empenamento da secção origina o aparecimento de tensões normais e
tangenciais. A sua distribuição na espessura do elemento depende da geometria da
secção transversal, em particular se é aberta ou fechada, ver a Figura 2.2.
s
ω = ∫ ρ 0 ds (2.1)
0
bh '
−
4
C
y0 X
S
ρ0
ds bh '
4 bh '
4
bh '
−
Y 4
I w = ∫ ω 2 dA (2.2)
A
ainda a verificação de segurança relativa a este estado limite último, de acordo com o
Eurocódigo 3 Parte 1.1, [2.11]. É efectuada uma descrição da importância deste modo
de instabilidade a elevadas temperaturas, e são apresentados os domínios de verificação
da resistência em situação de incêndio, preconizados no Eurocódigo 3 Parte 1.2, [2.15].
para o qual o sistema deixa de ser estável é designado por valor crítico.
Uma posição de equilíbrio de uma estrutura sob a acção de uma carga pode ser
estável, neutro ou instável. Um método para determinar o tipo de equilíbrio de um
sistema é considerar o seu comportamento com a aplicação de uma variação
infinitesimal da carga para provocar um deslocamento da estrutura, sendo
posteriormente retirada, [2.7]. Se a estrutura volta à sua posição inicial para qualquer
variação infinitesimal, a posição de equilíbrio original é estável.
Para corpos rígidos o conceito de estabilidade pode ser ilustrado por uma esfera
no plano. Se a esfera se encontra em repouso numa superfície côncava e é deslocada da
sua posição, esta começará a oscilar em torno da sua posição de equilíbrio, mas acabará
por parar na sua proximidade. Este tipo de equilíbrio é estável, Figura 2.4a). Por outro
lado, se a esfera se encontra em repouso num plano horizontal e após ter sofrido um
deslocamento mantém-se em repouso, a posição de equilíbrio original é neutro, Figura
2.4b). Quando um pequeno deslocamento origina o desenvolvimento de grandes
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.6
2
1 1 2 1
2
W = T + V = const. (2.3)
UT = U +V (2.4)
1 2 1
δ W = δFδv (2.5)
2 2
1 2
2
1
(
δ W = δ 2U + δ 2V
2
) (2.6)
1 2
δ UT = 0 (2.7)
2
Quando uma estrutura instabiliza por encurvadura, sob a acção de uma carga
constante, de uma posição de pré-encurvadura v para uma posição com deslocamentos
de encurvadura ( v + vb ), esta última também é de equilíbrio. Neste caso o princípio do
trabalho virtual requer que δU TB = 0 para qualquer deslocamento virtual δvb . Como a
∫ x dA = ∫ y dA = ∫ xy dA =0
A A A
(2.8)
A = ∫ dA , I y = ∫ x 2 dA , I x = ∫ y 2 dA
A A A
(2.9)
I P = ∫ ( x + y ) dA ,
2 2
I Px = ∫ y ( x + y 2 ) dA
2
A A
C X
y0 u
S
v
P(x,y)
C
S
vp
Y
P'(x,y)
up
u p ≈ u − ( y − y0 )φ
v p ≈ v + ( x − x0 )φ (2.10)
w p ≈ ( w − xu ' − yv ' + ωφ ' ) + (− xv 'φ + yu 'φ )
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.10
2.8.
w'pδ z u 'pδz
X v 'pδ z
δz
P P’
(1 + ε p )δ z
1
ε p ≈ w 'p + (u 'p + v 'p )
2 2
(2.12)
2
⎩2
[ 2 2 2
]
ε p ≈ (w ' − xu '' − yv '' + ωφ '' ) + ⎨ u ' + v ' + ( x02 + y 02 )φ ' − x0 v 'φ ' + y 0 u 'φ '
⎧1
(2.13)
1 2 ⎫
+ x(− x 0 φ − φv ) + y (− y 0 φ − φu ) + ( x 2 + y 2 )φ ' ⎬
'2 '' '2 ''
2 ⎭
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.11
Figura 2.9.
tp
Linha média
τ
Figura 2.9 – Coordenada do ponto P relativamente à linha média.
σ p = Eε p (2.16)
N M x y M y x Bω
σp ≈ + − + (2.17)
A Ix Iy Iw
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.12
N = ∫ σ p dA = EAw' ⎫
A ⎪
⎪
M x = ∫ σ p ydA = − EI x v '' ⎪
A ⎪
⎬ (2.18)
− M y = ∫ σ p xdA = − EI y u '' ⎪
A ⎪
⎪
B = ∫ σ pωdA = EI wφ ''
⎪
A ⎭
τ p = Gγ p (2.19)
L
1
(ε pσ p + γ pτ p )dAdz
2 ∫0 ∫A
U= (2.20)
L
V = − ∫ (q y v q + q z wq )dz − ∑ (Q y vQ + Q z wQ − M x v ' M ) (2.21)
0
vq = v −
1
2
(
(yq − y0 ) v ' 2 + φ 2 − u 'v 'φ )
(2.22)
1
2
2
(
vQ = v − ( yQ − y0 ) v ' + φ 2 − u ' v 'φ )
L
δU T = δU + δV =
1
2 ∫0 ∫A
[ ]
δε pσ p + ε pδσ p + δγ pτ p + γ pδτ p dA dz + δV = 0 (2.25)
em que;
δε p = (δw ' − xδu '' − yδv '' + ωδφ '' ) + [δu 'u ' + δv ' v ' + ( x02 + y02 )δφ 'φ ' ]−
( ) ( )
− x0 δv 'φ ' + v 'δφ ' + y0 δu 'φ ' + u 'δφ ' + x(−2 x0 δφ 'φ ' − δφv '' − φδv '' ) +
+ y (−2 y 0 δφ 'φ ' − δφu '' − φδu '' ) + ( x 2 + y 2 )δφ 'φ '
(2.26)
δγ p = 2t pδφ + t p (δu v + u δv + δu v + u δv
' '' ' '' ' ' '' ' ''
)
δσ p = E (δw ' − xδu '' − yδv '' + ωδφ '' )
δτ p = G 2t pδφ '
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.14
Para o equilíbrio estável, a primeira variação do potencial total deve ser nula e a
segunda definida positiva, isto é, positiva para todas as segundas variações dos
deslocamentos e deformações. A instabilidade por encurvadura ocorre quando a
segunda variação do potencial total é igual a zero, apresentada na expressão 2.7, que
indica uma possível transição de uma posição estável para uma posição instável, [2.8].
1 2 1 1
δ U T = δ 2U + δ 2V = 0 (2.27)
2 2 2
[ ]
L
1 2 1
δ U T = ∫∫ δε pδσ p + δγ pδτ p + δ 2ε pσ p + δ 2γ pτ p dA dz
2 20A
L
(2.28)
− ∫ (q yδ 2 vq + q z δ 2 wq )dz − ∑ (Q yδ 2 vQ + Qz δ 2 wQ − M xδ 2 v M' )
0 1, 2
( ) (
δ 2ε p = δu ' + δv ' + ( x02 + y02 )δφ ' − 2 x0 δv 'δφ ' − 2 x x0 δφ ' + δφδv '' +
2 2 2 2
)
( 2
)
+ 2 y − y0 δφ ' + δφδu '' + ( x 2 + y 2 )δφ '
2
(2.29)
δ 2γ p = 0
δ 2 vq = −
1
(yq − y0 )δφ 2
2
δ 2 vQ = − ( yQ − y0 )δφ 2
1
2
δ wq = 0
2
(2.30)
δ 2 wQ = 0
δ 2 vM = 0
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.15
[ ]
L L
1 2 1 1
δ U T = ∫ EAδw' + EI yδu '' + EI xδv '' + EI wδφ '' dz + ∫ GJδφ ' dz
2 2 2 2 2
2 20 20
[ ]
L
1
∫ N δu ' + δv ' + (r02 + x02 + y02 )δφ ' − 2 x0 δv 'δφ ' + 2 y0 δu 'δφ ' dz
2 2 2
+
20
(2.31)
[ ] [ ]
L L
1 1
+ ∫ M x 2δφδu '' + β xδφ ' dz + ∫ M y 2δφδv '' + β yδφ ' dz
2 2
20 20
L
− ∫ (q yδ 2 vq + q zδ 2 wq )dz − ∑ (Q yδ 2 vQ + Qzδ 2 wQ − M xδ 2 v M' )
0 1, 2
I px I py
em que β x = −2 y 0 + e β y = 2 x0 − são os coeficientes de Wagner e
Ix Iy
Ix + Iy Ip
r0 = =
2
.
A A
20
[ ] [ ]
L L
1 1
∫ EI y u '' + EI wφ '' + GJφ ' dz + ∫ N u ' + (r02 + y02 )φ ' + 2 y0 u 'φ ' dz
2 2 2 2 2
20 20
(2.32)
[ ]
L L
1 1 1
+ ∫ M x 2φu '' + β xφ ' dz + ∫ q y ( y q − y0 )φ 2 dz + ∑ Q y ( yQ − y0 )φ 2 ) = 0
2
20 20 2 1, 2
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.16
1 ⎡ ⎤
L 2 2
2 ∫0 ⎣⎢
⎢ EI y u(''
+ v )
''
0 φ
2
+ EI w ⎜ + v 0 u(
⎛ '' 1 ' ''' ''' ' ⎞
φ − v 0 u ⎟ + GJ )
⎛ ' 1 ' ''
⎜ φ + v 0 u − v '' ' ⎞
0 u ⎟( )
⎥ dz
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ ⎦⎥
[ ] [ ]
L L
1
20
2 2
( 1
20
)
+ ∫ N u ' + (r02 + y02 )φ ' + 2 y0 u 'φ ' + v0' φφ ' + dz + ∫ M x 2φu '' + β xφ ' + v0''φ 2 dz
2
L
+
1
20∫ ( ) 1
(
q y ( y q − y0 ) φ 2 − v0' u ' φ dz + ∑ Q y ( yQ − y0 ) φ 2 − v0' u ' φ = 0
2 1, 2
)
(2.33)
L
1 2
2
( )
δ U T = ∫ F z , u ' , u '' , u ''' , φ , φ ' , φ '' dz (2.34)
0
d ⎛ ∂F ⎞ d 2 ⎛ ∂F ⎞ d 3 ⎛ ∂F ⎞
− ⎜ ⎟+ ⎜ ⎟− ⎜ ⎟=0
dz ⎝ ∂u ' ⎠ d 2 z ⎝ ∂u '' ⎠ d 3 z ⎝ ∂u ''' ⎠
(2.35)
∂F d ⎛ ∂F ⎞ d 2 ⎛ ∂F ⎞
− ⎜ ⎟+ ⎜ ⎟=0
∂φ dz ⎜⎝ ∂φ ' ⎟⎠ d 2 z ⎜⎝ ∂φ '' ⎟⎠
[EI u ] = [N (u + y φ )] − [M φ ]
y
'' '' '
0
' '
x
''
(2.36)
[EI φ ] − [GJφ ] = [M β φ ] − M u + [N (y u + (r
w
'' '' ' '
x x
' '
x
''
0
'
0
2
)]
+ y02 )φ ' − q y ( y q − y0 )φ
'
M M
z
L
[ ]
L L
1 1
∫ EI y u '' + EI wφ '' + GJφ ' dz + ∫ M x 2φu '' dz = 0
2 2 2
(2.37)
20 20
u φ ⎛π z ⎞
= = sin ⎜ ⎟ (2.38)
δ θ ⎝ L ⎠
⎛π ⎞ ⎛π ⎞
2 2
⎡ ⎛π ⎞
2
⎤
⎢ EI y ⎜ ⎟ −M ⎥ δ
[δ θ ]⎢ ⎝ L ⎠ ⎥⎡ ⎤
2 ⎢ ⎥ =0 (2.40)
⎢ ⎛π ⎞ ⎥ θ
⎢ −M GJ + EI w ⎜ ⎟ ⎥ ⎣ ⎦
⎣ ⎝L⎠ ⎦
π 2 EI y ⎛ π2 ⎞
M cr ,M = ⎜⎜ GJ + 2 EI w ⎟⎟ (2.41)
L2 ⎝ L ⎠
z
yQ Q
L
y
Figura 2.11 - Viga duplamente simétrica sujeita a uma carga concentrada a meio vão.
[ ]
L L
1 1 1
∫ EI y u '' + EI wφ '' + GJφ ' dz + ∫ M x 2φu '' dz + ∑ Q y yQφ 2 ) = 0
2 2 2
(2.42)
20 20 2
em que momento flector existente na viga pode ser expresso pela equação (2.43).
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.20
Q L
Mx = z para 0≤ z≤ (2.43)
2 2
⎡ ⎛π⎞
2
8a QL ⎤
⎢ y⎜ ⎟
EI − ⎥ δ
[δ θ ] ⎢ ⎝ L ⎠ π 4 ⎥⎡ ⎤ = 0
Q L yQ ⎥ ⎢⎣θ ⎥⎦
(2.44)
⎢ 8a QL ⎛π⎞
2
⎢− GJ + EI w ⎜ ⎟ + 2 ⎥
⎣ π 4 ⎝L⎠ π2 ⎦
com
1 2 π z 2 ⎛ πz ⎞ π2 +4
L
L ∫0 L
a= sin ⎜ ⎟ dz = ≈ 0.2759
⎝L⎠ 16π
O momento crítico para uma viga submetida a uma carga a meio vão é dado por;
⎡ π 2 EI ⎛ π2 ⎞ ⎤
⎜⎜ GJ + 2 EI w ⎟⎟ + (0,577 Py yQ )2 + 0,577 Py yQ ⎥ (2.45)
QL
= 1,423⎢
y
M cr ,Q =
⎢⎣ L L ⎥⎦
2
4 ⎝ ⎠
⎡ ⎛ ⎞
2 ⎤
M cr ,Q Py yQ Py
= 1,423⎢ 1 + ⎜⎜ 0,577 ⎟ + 0,577 y Q
⎟
⎥ (2.46)
M cr ,M ⎢ ⎝ M cr ,M ⎠ M cr ,M ⎥
⎢⎣ ⎥⎦
em que M cr ,M é o momento crítico para vigas sujeitas a flexão uniforme, dado pela
π 2 EI y
Py = (2.47)
L2
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.21
Para uma viga, duplamente simétrica, sujeita a uma carga concentrada a meio vão,
aplicada à coordenada y = yQ e simultaneamente a um carregamento uniformemente
y Q
Q
yq
q
Figura 2.12 - Viga duplamente simétrica sujeita a uma carga concentrada e carregamento
distribuído.
[ ] [ ]
L L
1 1
∫ EI y u '' + EI wφ '' + GJφ ' dz + ∫ M x 2φu '' + β xφ ' dz +
2 2 2 2
20 20
L
(2.48)
1 1
+ ∫ q y ( y q − y0 )φ 2 dz + ∑ Q y ( yQ − y0 )φ 2 ) = 0
20 2 1, 2
Qy qy L qy L
Mx = z+ z− z2 para 0≤ z≤ (2.49)
2 2 2 2
⎡ 2
⎤
⎛π⎞
⎢ EI y ⎜ ⎟
π
2
(− Q Lπa + q L (b − πa ))
y y
2
⎥
[δ θ ] ⎢⎢ ⎝ ⎠
L ⎥ ⎡δ ⎤ = 0
2
⎞⎥ ⎢⎣θ ⎥⎦
(2.50)
2 ⎛⎜ Q y L qy L
2 2
⎛π⎞
⎢ Sim GJ + EI w ⎜ ⎟ + 2 yQ + y q ⎟⎥
⎣⎢ ⎝ L ⎠ π ⎜⎝ 4 8 ⎟
⎠⎦⎥
com
1 2⎛π z ⎞ 2 ⎛ πz ⎞ π2 +6
L 2
b= ∫ ⎜ ⎟ sin ⎜ ⎟ dz = ≈ 0.3306
L 0 ⎝ L ⎠ ⎝L⎠ 48
⎡ ⎛ ⎞
2 ⎤
MQ + Mq Py yQ Py Py Mq
= 1,423⎢ 1 + ⎜⎜ 0,577 ⎟ − 1,003 y Q 2 M q + 0,577 y Q − 0,1667
⎟
⎥
M cr ,M ⎢ ⎝ M cr ,M ⎠ M cr ,M M cr ,M M cr ,M ⎥
⎣⎢ ⎦⎥
(2.51)
em que;
QL qL2
MQ = e Mq = (2.52)
4 8
M b,Rd = χ LT ⋅ β w ⋅W pl , y ⋅ f y / γ M 1 (2.53)
1
χ LT = (2.54)
[
φ LT + φ LT 2 − λ LT 2 ]
0.5
φ LT =
1
2
[
1 + α LT (λ LT − 0.2 ) + λ LT
2
] (2.55)
⎛λ ⎞
λ LT = β wW pl , y f y / M cr = ⎜⎜ LT ⎟⎟ β w (2.56)
⎝ λ1 ⎠
O coeficiente de esbelteza geométrico, no caso de ELT, deverá ser calculada de
acordo com:
λ LT = π 2 EW pl , y / M cr (2.57)
M c , Rd = W pl , y f y / γ M 0 (2.59)
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.24
De acordo com este código de projecto, não está previsto a ocorrência deste
fenómeno de instabilidade para elementos que apresentem esbelteza adimensional
inferior a 0.4.
A versão do Eurocódigo 3 Parte 1.1 de Maio 2003, [2.12], determina que, para
perfis obtidos por laminagem ou secções soldadas sujeitas à flexão, o factor de redução
da encurvadura lateral deve ser obtido por,
⎧ χ LT ≤ 1.0
1 ⎪
χ LT = mas ⎨χ ≤ 1 (2.60)
[
φ LT + φ LT 2 − βλ LT 2 ] ⎪⎩ LT λ LT 2
φ LT =
1
2
[
1 + α LT (λ LT − λ LT , 0 ) + β λ LT
2
] (2.61)
χ LT
χ LT ,mod = mas χ LT ,mod ≤ 1 (2.62)
f
[
f = 1 − 0.5(1 − k c )1 − 2.0(λ LT − 0.8)
2
] com f ≤ 1.0 (2.63)
Distribuição do momento kc
1 .0
ψ =1
1
−1 ≤ψ ≤ 1 1.33 − 0.33ψ
0.94
0.90
0.91
0.86
0.77
0.82
Este último é válido somente para elementos estruturais isolados, em que é desprezada a
interacção entre os mesmos.
A temperatura de incêndio θg pode ser dada em termos de curvas nominais
Na Figura 2.13 são apresentadas as evoluções dos três tipos de curvas, onde se
verifica a inexistência de uma fase de arrefecimento.
1000
Temperatura [ºC]
800
600
400
200
0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo [min]
duração do incêndio padrão ISO 834 ou outro incêndio nominal, necessária para que o
elemento de aço atinja a temperatura crítica, t fi , requ a resistência ao fogo requerida
R, E
Rfi,d
2
Efi,d
t fi,req
t fi,d t
θd
θ
θ cr,d
regulamentarmente. Em 2, o valor de cálculo dos efeitos das acções, E fi , d , não pode ser
crítica do elemento, θ cr , d .
E fi ,d ≤ R fi ,d ,t
(2.67)
elemento, que no caso de uma situação de acidente deve ser determinado em função da
combinação acidental, [2.13].
No caso da verificação de segurança de elementos de viga (classe 1 e 2), R fi , d ,t
(2.68), [2.15].
1
χ LT , fi = (2.69)
φ LT ,θ,com + [φ LT ,θ,com ]2 − [ λ LT ,θ,com ]2
com
φ LT ,θ,com =
1
2
[
1 + α λ LT ,θ,com + ( λ LT ,θ,com ) 2 ] (2.70)
⎡ 1 ⎤
θ a ,cr = 39,19 ln ⎢ 3,833
− 1⎥ + 482 (2.73)
⎣⎢ 0,9674 µ 0 ⎦⎥
E fi ,d
µ0 = (2.74)
R fi ,d ,0
proporcional à tensão de cedência do aço, isto é, para elementos que não estejam
sujeitos a fenómenos de instabilidade, para secções da Classe 1, Classe 2 e Classe 3.
Para elementos com secções transversais da Classe 4, que não sejam peças
traccionadas, a temperatura crítica tem um valor constante de θa , cr = 350 º C .
elemento for directamente proporcional à tensão de cedência do aço, como acontece nos
elementos traccionados e nos elementos sujeitos a flexão simples sem risco de
encurvadura lateral.
O cálculo da temperatura crítica para elementos sujeitos a fenómenos de
instabilidade (elementos comprimidos por flexão sujeitos à encurvadura lateral) deverá
ser um processo iterativo, uma vez que a resistência não é directamente proporcional à
tensão de cedência do aço, [2.13] [2.16]. Este processo iterativo é apresentado na Figura
2.15.
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.31
Elemento a estudar
Elemento comprimido
ou flectido com risco
de encurvadura lateral
Calcular R
fi,d,0
Calcular µ 0
Calcular θ a,i cr
Recalcular
χ fi e χ
LT,fi
Recalcular R
fi,d,0
i i+1
θ a, cr = θ a, cr
Recalcularµ
0
Calcular θ a,i+1cr
θ a, cr ≈ θ a,i cr
i+1 Não
Sim
i+1
θ a, cr = θ a, cr
Fim
Am
(2.75)
V
Am
∆θ a ,t = k sh V h& ∆t (2.76)
ca ρ a
net , d
cálculo da densidade de fluxo de calor, dado pela equação (2.81). Este fluxo é dado pela
soma da parcela devida à radiação e à convecção ( h&net ,d = h&net ,c + h&net ,r ).
k sh = 0,9
[Am V ]b
[Am V ] (2.77)
1200
1000
Temperatura [ºC]
800
600
400
200
0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo [min]
Figura 2.16 – Evolução da temperatura para diferentes valores de massividade do elemento sujeito
ao fogo em 4 lados.
350
IPE
300
Massividade [m-1]
HEA
250
200
150
100
50
0
50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
Gama do Perfil
a) b) c)
Figura 2.17 – a) Perfil exposto ao fogo em três lados. b)Massividade para diferentes gamas de
perfis. c) Perfil exposto ao fogo em quatro lados
O cálculo estrutural ao fogo deve contemplar, para além das acções mecânicas, as
acções térmicas que determinam a evolução da temperatura nos elementos estruturais.
O fogo é considerado uma acção de acidente, pelo que o efeito das acções em
situação de incêndio, E fi , d ,t , deve englobar as acções directas, como as acções
O Eurocódigo permite, no entanto, obter o valor de cálculo dos efeitos das acções
em situação de incêndio, E fi , d ,t , em função do efeito das acções à temperatura ambiente
Ed , [2.15].
E fi , d ,t = η fi Ed (2.79)
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.35
Gk + ψ1,1Qk ,1
η fi = (2.80)
γ G Gk + γ Q ,1Qk ,1
componente devida à radiação, h&net ,r , representados na Figura 2.18. Este fluxo de calor
φ convecção
n
φ radiação
dL
3,5
2,5
hnet,r/hnet,c
1,5
0,5
0
0 100 200 300 400 500 600
Ts [ºC]
Figura 2.19 – Comparação entre as trocas de calor por radiação e por convecção.
h&net ,c = α c (θ g − θ m ) [W / m ]
2
(2.82)
[
h&net ,r = Φε f ε m 5,67 × 10 −8 (θ r + 273) − (θ m + 273)
4 4
] [W / m ]
2
(2.83)
do elemento, de valor igual a 0.7 para aços ao carbono e betão e 0.4 para o aços
inoxidáveis, ε f é a emissividade do compartimento de incêndio, considerada como
ε f =1.
[ ]
na superfície do elemento. O valor 5.67 ×10 −8 W m 2 K 4 corresponde à constante de
Stefan Boltzmann.
transferência de calor mais importante, já que o aço não se encontra exposto à radiação
do fogo ou em contacto com os seus gases, [2.18].
Pela primeira lei da termodinâmica e pela Lei de Fourier, a condução de calor no
elemento é representada por:
1 ∂T ( x, y, t )
∇ 2T ( x , y , t ) = (2.84)
α ∂t
[ ]
onde α é a difusividade térmica (= k / ρc p ) ( m 2 / s ), em que c p é o calor específico do
T = T0 (2.85)
∂T ∂T
q = q x nx + q y n y = −k x nx − k y n y = q0 (2.86)
∂x ∂y
2.4- Referências
[2.1]. Mohri, F., Azrar, L., Potier-Ferry, M., “Flexural-torsional post-buckling analysis
of thin-walled elements with open sections”, Journal of Constructional Steel
Research, 39, pp 907-938, 2001.
[2.2]. Lindner, J., “Stability of structural members: General report”, Journal of
Constructional Steel Research, 55, pp 29-44, 2000.
Capítulo 2 - Instabilidade lateral de vigas 2.39