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RESUMO
Este trabalho teve como objetivo principal verificar a pertinência de adoção dos
parâmetros de qualidade da água preconizados pela Resolução CONAMA 357/2005,
atualizada na versão Resolução CONAMA 430/2011. Para essa verificação, adotou-
se como referência dois corpos hídricos distintos, pertencentes à bacia hidrográfica
do Alto Iguaçu, e com uso e ocupação de solo característicos. O primeiro corpo
hídrico adotado foi o Rio Bacacheri, no qual a participação principal no esgotamento
total é o residencial; e segundo foi o Rio Barigui, no qual a participação principal
no esgotamento total é o industrial. Verificou-se que alguns parâmetros refletem
a realidade do corpo hídrico, desde que conhecidos os dados de uso e ocupação
de solo. Ressalta-se, no entanto, que são necessários conhecimentos prévios do
corpo hídrico em estudo (dados secundários), os quais estão disponíveis nos órgão
competentes. No Rio Bacacheri, os parâmetros em desacordo foram OD, DBO,
N e E. Coli (característicos de esgoto doméstico). No Rio Barigui, os parâmetros
em desacordo foram OD, DBO, P, N, E. Coli, Surfactantes, Fenóis, Pb, Cu, Zn, Hg
(sendo os seis últimos característicos de esgoto industrial). Desse modo, a adoção de
parâmetros para usos pretendidos foi validada e de encontro ao objetivo principal
deste trabalho.
Palavras-chave: qualidade da água; monitoramento; esgotamento sanitário.
1 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A gestão da qualidade da água nos corpos hídricos tem por objetivo permitir,
ao mesmo tempo, a ocupação das bacias hidrográficas e o uso desse recurso natural,
necessitando, portanto, de um nível adequado de controle dos resíduos que decorrem
das atividades antrópicas na bacia. Sabe-se que algum nível de dano vai ocorrer, mas o
sistema deve tentar manter a degradação do ambiente aquático em padrões aceitáveis de
risco. A grande motivação para a implantação de um sistema de gestão da qualidade da
água é exatamente a possibilidade da opção por formas de convivência harmônica entre
a ocupação da bacia hidrográfica e os usos da água, com uma expectativa socialmente
aceitável do risco de degradação. São essas as razões que tornam necessária a definição
de padrões de qualidade da água, fixados com base em critérios de qualidade da água,
de forma a terem embasamento científico e assegurarem níveis adequados de segurança
para os usos designados.
No entanto, não se consegue utilizar o padrão ambiental sozinho para a gestão
da qualidade da água, sem que se tenha controle algum sobre as emissões. No caso dos
padrões ambientais não ser atendidos, parece evidente a necessidade de identificar a
origem de tal violação. De fato, fiscalizar e controlar a poluição em uma bacia hidrográfica
apenas com base em padrões ambientais é uma tarefa impossível de ser realizada. Não
há domínio técnico que possa estabelecer as causas com precisão, pela via dos efeitos.
Os dados devem ser compatíveis e estar dispostos de tal maneira que seja
permissível sua análise. As decisões de correção de dados das falhas do sistema devem
ser baseadas em dados reais. É evidente que existe, utilizando-se da análise de laboratório
como forma de conhecer a qualidade da água, é necessário que sua execução e dados
obtidos sejam compatíveis com o objetivo alcançado, o que, por sua vez, tem uma
única razão de ser: corrigir as falhas do sistema que fazem com que a qualidade da água
não satisfaça os requisitos estabelecidos. Se os dados não forem obtidos e utilizados de
forma a permitir a informação pretendida, perdem sua razão de ser (BATTALHA, 1977).
Nas últimas décadas, houve um intenso crescimento demográfico da cidade de
Curitiba e Região Metropolitana, um processo já conhecido de crescimento em outras
capitais.
3 METODOLOGIA
Para este trabalho foram definidas duas bacias hidrográficas para compilação
dos dados e comparação com a Resolução CONAMA 430/2010:
– Bacia do Rio Bacacheri (área supostamente com influência de efluente
doméstico);
– Bacia do Rio Barigui (área supostamente com influência maior de efluente
industrial).
FONTE: Base digital – COMEC (200) e SEMA (2000) Org: Julio M. F. Silva (2006) e Neiva
C. Ribeiro (2006)
FONTE: Base digital – COMEC (200) e SEMA (2000) Org: Julio M. F. Silva
(2006) e Neiva C. Ribeiro (2006)
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
FONTE: Os autores.
FONTE: Os autores.
FONTE: Os autores.