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DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

DIREÇÃO DE SERVIÇOS REGIÃO ALGARVE


AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO - CÓD. 145348
ESCOLA SECUNDÁRIA C/3.º CICLO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO  (SEDE CÓD. 403726) – EB 2,3 Infante D. Fernando – EB1/JI Manuel

Geografia – Ano letivo 2021/22


Ficha de trabalho – 10 ano – Curso Profissional de Técnico de Turismo
Nome _________________________________________ N.º ____ Turma _____

Principais acidentes da costa portuguesa


Fig 1 - Cabos e localização dos principais portos

.
Caniçal

Fonte-.https://aia.madeira.gov.pt/images/files/telensino/GEOG10_Aula10_21maio.pdf

Ao longo da costa portuguesa encontram-se alguns cabos, que constituem saliências talhadas
em informações rochosas de maior resistência geralmente em áreas de costa alta e rochosa.
Tal como os estuários, os cabos constituem proteções naturais que permitem a instalação de
portos marítimos, abrigando-os dos ventos que sopram de oeste e de noroeste e protegendo-
os das correntes marítimas superficiais de sentido norte/sul. Assim os portos portugueses
localizam-se geralmente no flanco sul dos cabos.

Apesar da extensa costa portuguesa, não existem em Portugal boas condições naturais para a
instalação de portos marítimos dado que a costa é pouco recortada e pouco abrigada dos
ventos e muito batida pelas ondas. Por isso, originou a construção de portos artificiais, como
o de Leixões, Viana do Castelo …

Principais acidentes de costa


Existem ao longo da costa alguns acidentes associados a reentrâncias e saliências.

Fig 2 Os principais acidentes de costa

Os processos fluviais

Os rios debitam no mar grandes quantidades de água mas também detritos minerais e
orgânicos diversos. Em rios suficientemente caudalosos e quando a força das marés não é
significativo, estes materiais depositam-se no fundo da plataforma continental; em situações
de menor força do rio a deposição dá-se na secção terminal do mesmo, originando o
assoreamento progressivo que conduz, com frequência, à subdivisão do curso de água em
vários braços – há condições para a formação de um delta; em situações intermédias, pode o
rio fazer os detritos ao mar mas as ondas e as correntes promovem a fixação destes junto á
costa.

Transgressão – subida do nível do mar, que se traduz num avanço da linha de costa sobre o
continente. (opõe-se ao termo:)

Regressão – descida do nível do mar, com o consequente recuo deste.


Delta – forma de desembocadura de um rio em que a carga de sedimentos é significativa,
ultrapassando a da remoção provocada pelas ondas e marés. Estes depósitos acumulam-se,
assim, junto á foz, levando frequentemente o rio a subdividir-se em vários braços.

Haff- delta de Aveiro- A “ria“de Aveiro resultou da regressão marinha e do assoreamento


conjugado do rio Vouga e do mar numa antiga reentrância do litoral - golfo.

Os sedimentos arrancados do litoral rochoso a Norte, foram arrastados pela corrente marítima
(Deriva Norte-Sul) dando origem a um cordão arenoso. À medida que este cordão se ia
estendendo, foi-se construindo um outro, agora de Sul para Norte. À medida que estes
cordões avançaram isolaram as águas marinhas, formando uma laguna onde o rio Vouga e
alguns afluentes passaram a desaguar e depositar os aluviões dando origem a pequenas ilhotas
arenosas.

O assoreamento (acumulação de sedimentos) acabou por aproximar os dois cordões, fazendo-


se atualmente a comunicação entre a água da laguna e do oceano por uma barra artificial que
o Homem tem constantemente de desassorear.

Fig. 3 Halff-delta de Aveiro

Concha de São Martinho - A concha de São Martinho é uma pequena baia que resultou da
acumulação de sedimentos num antigo golfo cujas dimensões foram sendo reduzidas.

Fig. 4 Concha de S. Martinho


Tômbolo - Tômbolo de Peniche é um istmo que formou devido á acumulação de sedimentos
arenosos transportados pelas correntes marítimas. Este uniu a pequena ilha ao continente.

Fig. 5 Tômbolo de Peniche

Estuários do Tejo e Sado - Os estuários são áreas da foz dos rios que desaguam diretamente no
mar e onde é importante a influência das correntes e das marés, (havendo assim uma mistura
de água doce com água salgada).

Os estuários do Tejo e do Sado são de grandes dimensões e assumem uma grande


importância no contexto nacional. A parte montante do estuário apresenta vários canais e
ilhas; a jusante o estuário alarga e é rodeado de sapais, onde se situa a Reserva Natural. As
suas dimensões favorecem a variedade e diversidade da fauna e da flora, apresentando
condições particulares para a desova e crescimento de espécies de peixe e mariscos, habitat
de aves aquáticas e outra fauna selvagem. Em termos económicos, os estuários permitem o
desenvolvimento de instalações portuárias essenciais ao desenvolvimento do setor das
pescas e dos transportes.

Fig 6 - Estuário do Tejo


Lido de Faro (ria Formosa) - O Lido de Faro localizado no Sotavento Algarvio, resultou da
acumulação de sedimentos que foram arrastados por uma corrente de sentido W-E,
originando um conjunto de restingas e ilhotas separadas por braços de mar.

A Costa de Faro tem uma configuração diferente da Costa de Aveiro, mas em ambas as regiões
foram favorecidas por fatores como as reentrâncias costeiras, as correntes marítimas, as águas
pouco profundas e uma costa alta, próxima. A costa de arriba tacada pela erosão forneceu
grandes quantidades de detritos que as correntes e os ventos as marés foram transportando e
depositaram nas águas baixas e abrigadas.

Fig 7 - Lido de Faro

Responde às seguintes questões:

1- Explica porque não existem em Portugal boas condições naturais para instalação de
Portos Marítimos.

2- Explica a diferença entre transgressão e regressão marinha.

3- Define delta.

4- Explica como se formou a haff delta de Aveiro.


5- Explica como se formou:
a) O tombolo de Peniche

b) A concha de São Martinho do Porto

6- Refere qual a importância da grande dimensão do estuário do Tejo e do Sado.

7- Explica como se formou o Lido de Faro.

BOM TRABALHO!

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