Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
Atualmente, vários países enfrentam problemas de escassez de água e as causas para este
problema geralmente são as mesmas, o desenvolvimento desordenado das cidades, o
crescimento populacional, aliado ao aumento da demanda de água pela indústria e pela
agricultura, provocando o esgotamento das reservas naturais de água. Na tentativa de se
solucionar este problema é preciso que se reformule o sistema de abastecimento de água que
atualmente, utiliza água tratada e clorada para todos os fins tanto para higiene pessoal quanto
para lavar calçadas e para carrear dejetos. Portanto, para estes últimos, os usos para fins não
potáveis, busca-se fontes alternativas de água como o reuso através da precipitação que com a
sua utilização traz benefícios como a redução do consumo de água potável e o controle de
enchentes em regiões com grandes áreas pavimentadas.
ABSTRACT
Currently, several countries face problems of scarcity of water and causes for this problem are
generally the same, the disorderly development of cities, population growth, combined with
increased demand for water by industry and agriculture, causing the depletion of natural
reserves of water. In an attempt to solve this problem we need to reformulate the water system
that currently, using chlorinated water and treated for all purposes both for personal hygiene
and to wash sidewalks and to carry waste. So for them, the uses for non-potable, is seeking
alternative sources of water such as through reuse of precipitation that with its use has
benefits such as reducing the consumption of drinking water and flood control in regions with
large paved area.
1
Acadêmico de Engª Ambiental da Universidade Católica de Goiás (leroncato@hotmail.com)
2
Orientador Prof. Dr. Dep. Engª Universidade Católica de Goiás (pasqualetto@ucg.br)
3
Co-Orientador: Engo Ambiental (marcoyminami@hotmail.com)
2
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
• Reuso potável direto: quando o esgoto recuperado, por meio de tratamento avançado, é diretamente
reutilizado no sistema de água potável.
• Reuso potável indireto: caso em que o esgoto, após tratamento, é disposto na coleção de águas
superficiais ou subterrâneas para diluição, purificação natural e subseqüente captação, tratamento e
finalmente utilizado como água potável.
• Reuso não potável para fins agrícolas: é feita a irrigação de plantas alimentícias, tais como árvores
frutíferas, cereais etc., e plantas não alimentícias, tais como pastagens e forrações, além de ser aplicável
para dessedentação de animais.
• Reuso não potável para fins industriais: abrange os usos industriais de refrigeração, águas de processos,
para utilização em caldeiras etc.
• Reuso não potável para fins recreacionais: classificação reservada à irrigação de plantas ornamentais,
campos de esportes, parques e também para enchimento de lagoas ornamentais, recreacionais etc.
• Reuso não potável para fins domésticos: são considerados aqui os casos de reuso de água para regra de
jardins residenciais, para descargas sanitárias e utilização desse tipo de água em grandes edifícios.
• Reuso para manutenção de vazões: a manutenção de vazões de cursos de água promove a utilização
planejada de efluentes tratados, visando a uma adequada diluição de eventuais cargas poluidoras a eles
carreadas, incluindo-se fontes difusas, além de propiciar uma vazão mínima na estiagem.
• Aqüicultura: consiste na produção de peixes e plantas aquáticas visando à obtenção de alimentos e/ou
energia, utilizando-se os nutrientes presentes nos efluentes tratados.
5
• Recarga de Aqüíferos subterrâneos: é a recarga dos aqüíferos subterrâneos com efluentes tratados,
podendo se dar de forma direta, pela injeção sob pressão, ou de forma indireta, utilizando-se águas
superficiais que tenham recebido descargas de efluentes tratados a montante.
• Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na
grande maioria dos telhados, e o retorno do investimento é sempre positivo;
• Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso natural escasso em toda a cidade, e
disponível em abundância no nosso telhado;
• Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios.
• Encoraja a conservação de água, a auto-suficiência e uma postura ativa perante os problemas ambientais
da cidade.
a) A água é um bem de domínio público de uso do povo. O Estado concede o direito de uso da água e
não de sua propriedade. A outorga não implica alienação parcial das águas, mas o simples direito de uso;
b) Usos prioritários e múltiplos da água. O recurso tem de atender a sua função social e a situações de
escassez. A outorga pode ser parcial ou totalmente suspensa, para atender ao consumo humano e animal. A água
deve ser utilizada considerando se projetos de usos múltiplos, tais como: consumo humano, dessedentação de
animais, diluição de esgotos, transporte, lazer, paisagística, potencial hidrelétrico, etc. As prioridades de uso
serão estabelecidas nos planos de recursos hídricos;
c) A água como um bem de valor econômico. A água é reconhecida como recurso natural limitado e
dotado de valor, sendo a cobrança pelo seu uso um poderoso instrumento de gestão, onde é aplicado o princípio
de poluidor-pagador, que possibilitará a conscientização do usuário. A Lei no 9.433/97 no artigo 22 informa que
“os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de seus recursos hídricos serão aplicados prioritariamente na
bacia hidrográfica em que foram gerados”. Isso pressupõe que os valores obtidos com a cobrança propiciarão
recursos para obras, serviços, programas, estudos, projetos na bacia;
d) A gestão descentralizada e participativa. A bacia hidrográfica é a unidade de atuação para
implementação dos planos, estando organizada em Comitês de Bacia. Isso permite que diversos agentes da
sociedade opinem e deliberem sobre os processos de gestão de água, pois, nos comitês, o número de
representantes do poder público, federal, estadual e municipal, está limitado em até 50% do total.
Quadro 1: Classificação das águas doces segundo seus usos preponderantes – Resolução
CONAMA no 357 de 17 de março de 2005.
CLASSE USOS PERMITIDOS
Especial • ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
• à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas;
• à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.
1 • ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
• à proteção das comunidades aquáticas;
• à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme
Resolução CONAMA no 274, de 2000;
• à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película;
• à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
10
4 METODOLOGIA
uma filtração primária, onde serão removidas folhas, papéis e outros resíduos granulados
maiores.
Para a filtragem será utilizado um filtro do modelo 3P VF1 conforme Figura 3.
reservatórios serão munidos com um respiro, que permite a variação da pressão interna em
função da entrada ou saída de água, além de um pequeno vertedouro para que não extrapole o
limite da capacidade, sendo descartados para um sumidouro.
A residência possuirá obrigatoriamente 2 caixas d’água para atender a
demanda da casa, sendo que uma delas será abastecida somente pela empresa responsável
pelo fornecimento de água (SANEAGO) e terá como finalidade atender os usos em que é
necessário melhor qualidade da água. E outra caixa que será abastecida pelo reservatório
inferior através de uma bomba Anauger 900 (Figura 4) que capta a água pluvial e possuirá 2
bóias de nível, sendo que uma elétrica para o reservatório da água pluvial e um bóia comum
para a água fornecida pela SANEAGO como forma alternativa para os períodos de seca em
que a precipitação é limitada.
Portanto, a caixa responsável para usos não potáveis como: descarga de
sanitários, lavar carros, lavar pisos, irrigação de áreas ajardinadas entre outros possuirá duas
fontes de abastecimento. Sendo que funcionará de forma automática com a bóia elétrica
conforme a demanda existente e em caso de falta de água no reservatório, está será desligada
e será aberto o registro de gaveta que permitirá a passagem de água da SANEAGO para não
prejudicar o funcionamento do sistema (Figura 5).
Residencial
Normal (com
Fonte 1 a 10 1,88 1,50 0,38
alternativa de
água)
16
Este projeto propõe o uso da água pluvial para fins menos nobres como:
irrigação de jardins, descarga em vasos sanitários, lavagem de pisos, roupas e automóveis.
Estes usos representam 45% do consumo de uma residência conforme pode ser observado no
Quadro 4.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
estão os valores referentes a economia por ano de água e esgoto em relação ao valor cobrado
por m3 para cada faixa de consumo.
Somando a economia de água e esgoto, obtêm-se a economia total por ano com
a implantação do sistema, conforme pode ser observado no Quadro 7.
81 m3 * 2,50 = 202,50
Cálculo do total economizado por ano (R$).
252,72 + 202,50 = 455,22
Cálculo do tempo de retorno do Investimento (ano).
3584,44 / 455,22 = 7,87 anos
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de água de chuva. São Paulo: Navegar Editora, 2003. P.
125-138