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INSTALAÇÕES PREDIAIS I
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE
ÁGUAS PLUVIAIS

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
ÁGUAS PLUVIAIS - OBJETIVOS 2

As presentes instruções serão


baseadas na NBR 10844/89 –
Instalações prediais de águas
pluviais, que estabelece as
exigências mínimas quanto a
higiene, segurança, economia e
conforto a que devem obedecer
as instalações prediais de Águas
Pluviais.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - INTRODUÇÃO 3
• A água da chuva causa danos:
• À durabilidade das construções;
• À boa aparência das construções.

• A água de chuva deve ser coletada e transportada à rede pública de drenagem,


pelo trajeto mais curto e menor tempo possível.
• No brasil, utiliza-se o sistema separador absoluto, ou seja, rede de esgoto
sanitário separada da rede de águas pluviais. Pois as vazões pluviais são
bastante superiores às dos esgotos sanitários.

ÁGUA DA
CHUVA

Instalações Prediais I ESGOTO


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ÁGUAS PLUVIAIS - OBJETIVOS 4
• São os sistemas destinados a coletar as águas provenientes das chuvas e
incidente em determinadas áreas da edificação (como: Telhados; Cobertas;
Pátios; Terraços; Lajes), e conduzir as águas até um local adequado e
permitido, suas características são:

• Evitar umidade: em climas onde há um grande índice pluviométrico,


as águas das chuvas incidentes nas estruturas podem danificar ou
degradar fechamentos ou estruturas e até esteticamente em pinturas e
revestimentos por causa da umidade;
• Dar Conforto/salubridade: evitar que as águas provenientes de
telhados ou até incidentes em fachadas entrem na edificação,
molhando seu interior;
• Atender a utilização do entorno da edificação: em determinadas
edificações as águas incidentes na edificação podem alagar seu
entorno podendo impedir o acesso e tráfego para o edifício.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DETALHES 5
Principais prescrições a serem observadas e adotadas (NBR
10844/89):

• O sistema não deve ser solidário a rede de esgotos sanitários,


água fria ou quaisquer outras instalações prediais.
• Prever dispositivo de proteção contra o acesso de gases, quando
houver risco de penetração destes.
• Nas junções e, no máximo de 20 em 20 metros, deve haver uma
caixa de inspeção.
• Quando houver risco de obstrução, deve-se prever mais de uma
saída.
• Deve-se ter atenção no posicionamento de poço de drenagem não
colocando sob vaga de garagem dificultando uma futura
manutenção urgente.

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ÁGUAS PLUVIAIS - INTRODUÇÃO 6

• As instalações prediais de águas pluviais devem


apresentar:
• Eficiência e estanqueidade;
• Fácil desobstrução e limpeza;
• Resistência às intempéries;
• Resistência aos esforços;
• Capacidade de evitar riscos de penetração de
gases se for este o caso;
• Escoar a água sem provocar ruídos excessivos;
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ÁGUAS PLUVIAIS - APLICAÇÃO 7

• A norma brasileira que trata das instalações prediais de águas


pluviais NBR 10844/89:

• Aplica-se à drenagem de águas pluviais em coberturas e demais


áreas associadas ao edifício.

• Não se aplica a casos em que as vazões de projeto e as


características da área exijam a utilização de bocas de lobo e
galerias.

• A instalação predial de águas pluviais se destina exclusivamente ao


recolhimento e condução das águas pluviais, não se admitindo
quaisquer interligações com outras instalações prediais.
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O DESTINO DAS ÁGUAS PLUVIAIS 8
PODE SER:
→ Escoamento superficial;
→ Infiltração no solo por meio de poço absorvente;
→ Disposição na sarjeta da rua ou por tubulação enterrada
no passeio, pelo sistema público, as águas pluviais chegam
a um córrego ou rio.
→ Cisterna (reservatório inferior) de acumulação de água,
para uso posterior.

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PARTES CONSTITUINTES DA 9
ARQUITETURA
Cobertura: Parte de uma edificação que tem por
finalidade proteger as áreas construídas contra a ação
do clima

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PARTES CONSTITUINTES DA 10
ARQUITETURA
Águas da cobertura: É a área do telhado composta por
uma superfície plana, que por sua inclinação, conduz
para uma mesma direção ás águas das chuvas.

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PARTES CONSTITUINTES DA 11
ARQUITETURA
Água furtada: É o canal entre duas águas do telhado por
onde escoam ás águas das chuvas.

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PARTES CONSTITUINTES DA 12
ARQUITETURA

Cumeeira: É a parte do telhado onde as águas do telhado


se encontram.

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PARTES CONSTITUINTES DA 13
ARQUITETURA
Platibanda: É uma pequena parede (murada) utilizada
com a finalidade de esconder o telhado ou
simplesmente embutir as calhas do sistema de águas
pluviais.

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TERMINOLOGIA (NBR 10844/1989) : 14
Altura pluviométrica (P): volume de água precipitada por unidade
de área horizontal. => 1 mm → 1 litro/m²
Duração de precipitação (t): intervalo de tempo de referência para
a determinação de intensidades pluviométricas.
Intensidade pluviométrica (P/t) mm/h: quociente entre a altura
pluviométrica precipitada num intervalo de tempo e este intervalo.
Caixa de areia: caixa utilizada nos condutores horizontais
destinados a recolher detritos por deposição.
Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares
e a conduz a um ponto de destino.
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TERMINOLOGIA (NBR 10844/1989) : 15
Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinada a
recolher e conduzir águas pluviais até locais permitidos pelos
dispositivos legais.
Condutor vertical: tubulação vertical destinada a recolher águas de
calhas, coberturas, terraços e similares e conduzi-las até a parte
inferior do edifício.
Área de contribuição (A): soma das áreas das superfícies que,
interceptando chuva, conduzem as águas para determinado ponto da
instalação.

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TERMINOLOGIA (NBR 10844/1989) : 16
Período de retorno (Tr): número médio de anos em que, para a mesma
duração de precipitação, uma determinada intensidade pluviométrica é
1
igualada ou ultrapassada apenas uma vez. Tr = F = freqüência de ocorrência
F
Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junta as paredes e ao
fundo do condutor ou calha.
Rufo: Elemento, geralmente metálico, cuja função é proteger os encontros
de coberturas e paredes, evitando infiltrações das águas das chuvas nas
juntas entre telhados e paredes ou infiltrações por capilaridade na face
horizontal de paredes de cobertura.
Vazão de projeto (Q): vazão de referência para o dimensionamento de condutores e
calhas. É função da intensidade pluviométrica, da área de contribuição e do tipo de
uso do solo. Instalações Prediais I
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TERMINOLOGIA (NBR 10844/1989) : 17
Ralo: caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber
águas pluviais.

Seção molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de


um condutor ou calha.
Tempo de concentração (tc): intervalo de tempo decorrido entre o
início da chuva e o momento em que toda a área de contribuição passa
a contribuir para determinada seção transversal de um condutor ou
calha.

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COMPONENTES DA INSTALAÇÃO:

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COMPONENTES DA INSTALAÇÃO:

Instalações Prediais I
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COMPONENTES DA INSTALAÇÃO:

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - ARRANJOS:

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - ARRANJOS:

Instalações Prediais I
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TIPOS DE MATERIAIS EMPREGADOS:
Segundo a NBR 10844, os seguintes materiais podem ser
utilizados para coleta e condução das águas pluviais:

• Calha: aço galvanizado, folhas de flandres, cobre, aço


inoxidável, alumínio, fibrocimento, PVC rígido, fibra de
vidro, concreto ou alvenaria.
• Condutor vertical: ferro fundido, fibrocimento, PVC
rígido, aço galvanizado, cobre, chapas de aço galvanizado,
folhas de flandres, chapas de cobre, aço inoxidável,
alumínio ou fibra de vidro.
• Condutor horizontal: ferro fundido, fibrocimento, PVC
rígido, aço galvanizado, cerâmica vidrada, concreto, cobre,
canais de concreto ou alvenaria.

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CANALIZAÇÕES ENTERRADAS:
→ Devem ser assentadas em terreno resistente ou sobre base
apropriada livre de detritos ou materiais pontiagudos;
→ Recobrimento mínimo de 30cm;
→ Caso não seja possível esse recobrimento mínimo de 30cm,
ou onde a canalização estiver sujeita a carga de rodas, fortes
compressões:
• Executar proteção adequada com uso de lajes ou canaletas,
que impeçam a ação desses esforços sobre a canalização.

Catálogo da Tigre
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ÁGUAS PLUVIAIS - PROJETOS 25

O projeto de esgotamento de águas pluviais em edifícios deve fixar a


tomada das águas, através dos ralos na cobertura e nas áreas; a
passagem da tubulação em todos os pavimentos (horizontal e/ou
vertical); a ligação dos condutores verticais de água pluvial às caixas
de areia ou pátio; a ligação do ramal predial à rede pública de
drenagem urbana.
O esquema vertical utilizado para mostrar as canalizações de esgotos
sanitários também deve ser utilizado para mostrar as canalizações de
águas pluviais, não esquecendo de se destacar uma instalação, da outra.
Por fim, devem ser tomadas todos os cuidados e se considerar todas as
etapas que foram utilizadas numa instalação predial de água fria.

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PARTES CONSTITUINTES E TERMOS 26
TÉCNICOS UTILIZADOS EM UMA
INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUAS
PLUVIAIS
A figura extraída de Macintyre (1984) mostra as partes de uma instalação
de águas pluviais, para uma melhor compreensão.

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PARTES CONSTITUINTES 27

Instalações Prediais I Volta


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PARTES CONSTITUINTES 28
Coberturas Horizontais de Laje

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PARTES CONSTITUINTES

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PARTES CONSTITUINTES 30

Instalações Prediais I
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31
PARTES CONSTITUINTES
Caixa de
areia

Condutor de
Caixa de águas
ralo pluviais Condutor de
águas
Alinhamento pluviais
Ralo
Rua
Passeio

0,40 m

Caixa de
areia
Caixa de
Sarjeta

ralo
Coletor Coletor de
Coletor público águas
público pluviais

Planta Corte
Instalações Prediais I Volta
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PARTES CONSTITUINTES 32
Caixa de Inspeção e Caixa de Areia

 Seção circular D = 0,60 m / Quadrada = lado com 0,60 m (mínimo)


 Profundidade máxima = 1,00 m
 Distância máxima entre as caixas = 20,00 m

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ÁGUAS PLUVIAIS - PROJETOS 33

• - Previsão da tomada das águas, através dos ralos na


cobertura e nas áreas abertas;
• - Passagem da tubulação em todos os pavimentos
(horizontal e/ou vertical.);
• - Ligação dos condutores verticais de água pluvial às
caixas de areia ou pátio;
• - Ligação do ramal predial à rede pública de drenagem
urbana.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 34

• A vazão que a chuva provoca pode ser calculada por:

CIA
Q=
60
⚫ onde:
⚫ Q: vazão de projeto, em L/min;

⚫ C: coeficiente de escoamento superficial (adotado = 1,0);

⚫ I: intensidade de chuva, em mm/h;

⚫ A: área de contribuição em m2.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 35
• A intensidade da chuva (pluviométrica), determinada a partir da fixação de valores
adequados para a duração de precipitação e o período de retorno no caso de
drenagem de águas pluviais em edifícios, é:
• Tr = 1 ano para áreas pavimentadas, com tolerância para empoçamentos;
• Tr = 5 anos para coberturas e/ou terraços;
• Tr = 25 anos para coberturas e áreas onde não são permitidos
empoçamentos ou extravasamentos.
Obs.:
A) pela norma, adota-se a duração da precipitação igual a 5 min;
B) para construções até 100 m2 de área de projeção horizontal, salvo casos
especiais, pode-se adotar: I = 150 mm/h;
C) para diversas cidades do brasil, a NBR 10.844 apresenta as intensidades
pluviométricas, com duração de 5 min., Para Tr = 1, 5 e 25 anos (dados de Otto
Pfafstetter – chuvas intensas no Brasil).
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO
FATORES METEOROLÓGICOS:
Tabela 5 – NBR 10844/89

Volta

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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO 37
ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO:
• A área de contribuição depende da direção do vento e dos incrementos devidos à
inclinação do telhado, bem como as paredes eventualmente existentes capazes de
interceptar a água de chuva.

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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO 38
ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO:
➢ O vento deve ser considerado na direção que ocasionar maior
quantidade de chuva interceptada pelas superfícies consideradas.

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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO 39
ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO:
➢ A área de contribuição deve ser tomada na horizontal e receber um incremento devido à
inclinação da chuva.
➢ Estes incrementos são calculados de acordo com a NBR 10844. Alguns exemplos estão
apresentados:

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DIMENSIONAMENTO – ACRÉSCIMOS 40
ÀS ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
a) Superfície plana a b) Superfície h
horizontal: A= axb b inclinada b
A= (a + h/2).b a

A = axb 2
b A = axb 2
d) Duas superfícies b
c) Superfície plana planas verticais
vertical única: a opostas a

a.b < c.d  A= (c.d-a.b)/2


a.b > c.d  A= (a.b-cd)/2 A= (A12 + A22)/2
e) Duas superfícies b f) Duas superfícies
planas verticais opostas planas verticais
a c A2
adjacentes e A1
d perpendiculares

b
b A = axb 2
A = axb 2
g) Três superfícies h) Quatro
planas verticais superfícies planas
adjacentes e a a
verticais, sendo
perpendiculares, sendo uma com maior
as duas opostas altura
idênticas

Volta
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO 41
ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
• Exemplo 1: Qual a vazão de contribuição a um conduto vertical de um telhado com
2 águas de 95m² cada, em Belo Horizonte, para uma chuva com tempo de recorrência
de 25 anos?

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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO 42
ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
• Exemplo 1: Intensidade pluviométrica em Belho Horizonte, duração=5 min,
TR=25 anos

230mm/h para Tr =25 anos CIA 230mm/h  95m²


Q= → → 364,16l / min
60 60
Vazão de contribuição ao conduto vertical das duas águas:
Q = 364,16l / min 2 → 728,33l / min
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO 43
ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
• Exemplo 2: Determinar a área de contribuição de um pano de telhado (água de
telhado) com dimensões em planta de (12 x 30)m, com tirante de 3,6m:

Temos: a=12m; b=30m e h=3,6

3,6
𝐴 = 30 12 + → 414m²
2
𝑖 ℎ 0,3
Ou 𝐴 =𝑎∙𝑏 1+ → sendo i = → 𝐴 = 12 ∙ 30 1 + → 414𝑚²
2 𝑎 2

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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO 44
ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
• Exemplo 3: Obter a área de contribuição de um pátio externo de (15x20)m em planta,
cercado de muro de 2,00m de altura nas laterais e ao fundo, tendo a sua frente a parede
vertical de fachada de um edifício com L=20,0m e h=42,0m de altura, supondo chuva
incidente frontalmente a essa fachada:

Temos: A = Ap + Av
Ap = a∙b → (15x20) → 300m²
𝑎 ∙ 𝑏 (42 − 2) ∙ 20
𝐴𝑣 = → → 400m²
2 2

A = Ap + Av → 300m²+400m² →700m²

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 45

• As coberturas horizontais de laje deverão impedir o empoçamento, exceto


durante as tempestades, pois neste caso o mesmo será temporário. Para tanto
estas coberturas deverão ser impermeáveis.
• A drenagem deve ser feita por mais de uma saída, exceto nos casos em que não
houver risco de obstrução.
• As superfícies horizontais de laje devem ter uma declividade mínima de 0,5%.
• Quando necessário, a cobertura dever ser subdividida em áreas menores com
caimentos segundo orientações diferentes.
• Os trechos da linha perimetral da cobertura e das eventuais aberturas na
cobertura (escadas, claraboias etc.) Que possam receber água em virtude do
caimento, devem ser dotados de platibanda ou calha.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 46
• A inclinação nos casos de calha tipo beiral ou platibanda deve ter no mínimo 0,5%.

• No caso de calha tipo água furtada a inclinação deverá ser definida pelo projeto da
cobertura.

• Seções usuais e disposições das calhas nas coberturas.

Circular U V
Retangular Quadrada

Beiral

Água Furtada

Platibanda com muro


Instalações Prediais I
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FORMATO DAS CALHAS:
→ As calhas são dimensionadas para determinada quantidade de
chuva por m², para isto determina-se qual é a área de contribuição
do telhado, sabendo-se assim quantos litros por minuto serão
escoados em cada parte da calha. Com o tempo e as variações
climáticas, pode acontecer que dada calha passa a receber
quantidade de água maior do que aquela de início prevista.

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TIPOS DE CALHAS: 48

Calha de beiral Calha de Platibanda

Instalações Prediais I
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TIPOS DE CALHAS: 49

Calha de Platibanda

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TIPOS DE CALHAS: 50

Instalações Prediais I
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PARTES CONSTITUINTES DA 51
ARQUITETURA

Instalações Prediais I
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TIPOS DE CALHAS: 52

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – 53
DIMENSIONAMENTO/ CALHAS
• A norma ainda nos diz que:

• Se a saída não estiver colocada em uma das extremidades, a vazão de


projeto (calhas de beiral ou platibanda) deve ser correspondente à
maior das áreas de contribuição;

• Quando não se pode tolerar transbordamento ➔ extravasores devem


descarregar em locais adequados;

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ÁGUAS PLUVIAIS – 54
DIMENSIONAMENTO/ CALHAS
• UTILIZA-SE A FÓRMULA DE MANNING-STRICKLER:

S 23 12 Área( S )
Q = k  RH I RH =
Perímetromolhado( p )
n
⚫ Q: Vazão na seção final da calha, em (l/min) ;
⚫ K = 60.000 = coeficiente de transformação

em (m³/s) para (l/min);


⚫ S: área molhada, em (m2);

⚫ RH: raio hidráulico, em (m);

⚫ I: declividade da calha, em (m/m);

⚫ n: coeficiente de Manning. (Tabela 2 – NBR 10844/89);

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – 55
DIMENSIONAMENTO/ CALHAS
• Condutores horizontais de seção semicircular:
• Operando a ½ seção;
• Canaletas semicirculares abertas (canaletas 1/2cana de concreto);
• Calhas de beiral ou de platibandas semicirculares;
Condutores com lâmina igual a metade do diâmetro interno:
  D2  D
S= p=
4 2
12
I
Substituindo estes valores na fórmula de Manning: Q = 9350,6   D8 3
n
Exemplo 4: Determinar a capacidade de escoamento de uma calha semicircular de
PVC, com DN 125mm, instalada com 1% de declividade.
Tem-se: i=0,01; D=125mm e n=0,011.
12
(0,01)1 2
 (0,125) → 333l / min
I
Q = 9350,6   D8 3 → 9350,6 
83

n 0,011
Instalações Prediais I
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DIMENSIONAMENTO/CALHAS 56
Raios Hidráulicos:

Instalações Prediais I Volta


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DIMENSIONAMENTO/CALHAS 57
Coeficientes de rugosidade de Manning.

Instalações Prediais I Volta


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DIMENSIONAMENTO/CALHAS 58
CONDUTOS HORIZONTAIS DE SEÇÃO SEMICIRCULAR
• Capacidade em L/min de calhas semicirculares PVC, fibrocimento, metais não
ferroso e aço;
• Lâmina de água igual à metade do diâmetro interno (obs: Y/D = 0,50), com n = 0,011.

Diâmetro Declividades
interno
0,5% 1% 2%
(mm)
100 130 183 256
125 236 333 466
150 384 541 757
200 829 1167 1634
Tabela 3 – NBR-10844/89

Volta
Instalações Prediais I
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DIMENSIONAMENTO/CALHAS 59
CONDUTOS HORIZONTAIS DE SEÇÃO RETANGULAR

S = bh
p = b + 2h
Substituindo estes
valores na fórmula
de Manning:
(b  h)
12 83
I
Q = 60.000  
n (b + 2h) 2 / 3

Tabela da
AltoQi -
Hydros

Instalações Prediais I Volta


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DIMENSIONAMENTO/CALHAS 60

Instalações Prediais I
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DIMENSIONAMENTO/CALHAS 61
• Um fator que diminui a eficiência da calha é a mudança de direção, a redução na capacidade
de escoamento chega a ser 17%, dependendo da suavidade da curva e de sua distância em
planta à entrada para o condutor vertical, conforme mostra a tabela abaixo:
• Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 metros de uma
mudança de direção à vazão de projeto deve ser multiplicada pelos seguintes fatores de
acordo com a tabela 1 NBR 10844/89.
• Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto
Tabela 1 – NBR-10844/89
curva a menos curva entre 2 e
Tipo de Curva de 2 m da 4 m da saída
saída da calha da calha
canto reto 1,2 1,1
canto
1,1 1,05
arredondado

Volta
Instalações Prediais I
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DIMENSIONAMENTO/CALHAS 62
• Exemplo 5: Dimensionar a calha de beiral, com seção semicircular, de aço zincado,
com i=1% de caimento, para um trecho do telhado de uma edificação que recebe a
contribuição de uma calha de água furtada, conforme a figura indicada. Considerar
telhas de barro com declividade de 30% e localidade com i=200mm/h para período de
retorno de 25 anos.

Temos: A = Ap + Av

𝑖 ℎ 0,3
𝐴=𝑎∙𝑏 1+ → sendo i = →5∙6 1+ → 34,50𝑚²
2 𝑎 2
IA 200mm/h  34,50m²
Qt = → → 115,0l / min Consultando a Tabela 3 da Norma
60 60 para calhas semicirculares
Temos: Qd=1,2xQt → 1,2x115 →138 l/min obtemos D=100mm com i=1%
Instalações Prediais I Volta
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ÁGUAS PLUVIAIS - DETALHES 63
• Não é raro ocorrer transbordamento de calhas em forros e lajes de teto quando
ocorrem chuvas intensas. Conforme a intensidade e a duração da chuva, a água
extravasada para dentro do ambiente pode representar sérios prejuízos e
aborrecimentos para os seus usuários. Mas nem sempre o problema está na
capacidade das calhas em si, mas nos condutores que estão com pouca capacidade.
• Transbordamento: antes de aumentar as secções das calhas, amplie a capacidade
dos condutores verticais

• Nos casos em que um


extravasamento não pode
ser tolerado, pode-se
prever extravasores de
calha que descarregam em
locais adequados.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 64
No detalhe a seguir temos uma situação onde uma calha teve suas dimensões
originalmente calculadas para captar e conduzir apenas a água que incide no
pano de telhado em cujo beiral está fixada.
Porém, a construção posterior de edificações vizinhas de maior altura, com
expressivas superfícies verticais (a1 e a2), anexas ao pano do telhado inicial,
acabaram aumentando a área de interceptação de chuvas que contribuem para a
calha.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 65
Neste caso, sempre que incide uma chuva intensa, acompanhada de vento na
direção da concavidade formada por essas três superfícies contíguas, as
superfícies verticais interceptarão águas de chuva que também serão direcionadas
para a calha. Como ela foi originalmente dimensionada para apenas dar conta da
chuva que incide sobre o pano de telhado, certamente transbordará sempre que
ocorra uma chuva mais intensa, permitindo que um bom volume de água penetre
por sobre o forro ou laje de teto.
Para corrigir o problema logo se pensa em algo radical: troca da calhas existentes
por outras com maior seção, o que nem sempre é viável ou fácil de ser feito no
local, por vezes requerendo modificações no madeiramento sob as telhas, com
elevado custo e dificuldade de execução.
Em situações como esta, antes de cogitar trocar a calha, o profissional especializado
poderá propor medidas práticas para aumentar a capacidade de vazão do sistema
predial de coleta de águas pluviais, com base em soluções provenientes do
conhecimento técnico do funcionamento do sistema.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 66
Entre essas medidas, estão:
O simples aumento da declividade das calhas (sua inclinação), e
O aumento da capacidade de escoamento dos condutores verticais.
Vejamos:

1. Aumento da declividade das calhas:


Esta primeira medida deve ser tomada sempre que possível, porém sabendo de antemão que
tem suas limitações. Quando uma chuva intensa passa a incidir sobre uma dada superfície
na cobertura de uma edificação, a máxima vazão de contribuição na respectiva calha só
ocorre depois de um certo intervalo de tempo, chamado tempo de concentração,
decorrido o qual toda a superfície do pano do telhado passa a contribuir para a respectiva
calha.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 67
A contribuição máxima de uma chuva na calha só se dá depois de decorrido o tempo de
concentração das águas.
Depois que essa condição se estabelece, pode-se considerar que a vazão é proporcional à raiz
quadrada da declividade da calha. Dessa forma, ao se duplicar o valor da declividade da
calha, a vazão máxima por ela conduzida teoricamente aumentará apenas 41%.
Porém, na prática, esse valor é bem menor, pois fica condicionado a outros fatores
limitantes tais como a condição hidráulica da inserção da água no condutor vertical
(interação calha-condutor) e distância da tomada de água do condutor ao início ou
mudança de direção da calha.
O detalhe mostra como a lâmina d'água demora a levar a capacidade da calha ao seu
limite, só ocorrendo após certo período de tempo:

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 68
2. Aumento da capacidade de escoamento do condutor vertical:
Como nem sempre o aumento da inclinação da calha é fisicamente viável sem
grandes intervenções nos elementos construtivos em que se apoia, resta o aumento
da capacidade de escoamento do condutor vertical, que poderá promover uma
redução na máxima altura da lâmina d’água dentro da calha.
• Esta possibilidade está ligada ao fato da altura máxima da lâmina d’água dentro da
calha depender da maior ou menor facilidade de inserção no condutor vertical,
determinante de sua capacidade de escoamento, que pode ser aumentada mediante
as seguintes ações, entre outras:
• Adoção de funil e/ou de ralo hemisférico na embocadura do condutor vertical
ao fundo da calha;
• Adoção de bandeja pluvial;
• Supressão ou distanciamento de eventual desvio de verticalidade no condutor
vertical em relação ao fundo da calha.
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 69
• Adoção de funil de saída na tomada d’água do condutor vertical

Quando um condutor vertical transporta água pluvial proveniente de calha de beiral ou de


platibanda, a tomada d’água (ou embocadura) geralmente é feita em canto vivo, ou seja, com a
formação de uma aresta circular ou retangular no fundo da calha, tendo o condutor vertical
uma seção uniforme ao longo do seu desenvolvimento, ou seja, seção constante, conforme
mostra a figura acima.
Essa aresta cria certa dificuldade para a entrada da água da calha para o interior do
condutor vertical, pois o escoamento horizontal na calha, dito em regime de canal, transita
para outra forma de escoamento dentro do condutor vertical, conhecido como regime anelar,
aderente às paredes internas da tubulação.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 70

Dentro do condutor vertical, o fluxo de água arrasta consigo ar


atmosférico por atrito, cuja entrada é estrangulada na embocadura ao fundo
da calha, particularmente quando existe aresta viva. Quanto maior for a
vazão de água pluvial, maior será a espessura do anel líquido descendo
dentro do condutor vertical, e maior a quantidade de ar arrastado para o seu
núcleo.
O ar ocupa espaço dentro do condutor vertical que poderia estar sendo
utilizado para o escoamento de água pluvial. Portanto, sua presença acaba
reduzindo a capacidade de escoamento do condutor vertical e, por
conseguinte, de esgotamento da calha.
A entrada de ar atmosférico dentro do condutor vertical por arraste ou
aspiração depende da geometria da sua tomada d’água. A existência de aresta
ou canto vivo na embocadura do condutor vertical serve de vertedor radial
para a água proveniente da calha.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 71

• A figura acima mostra o estrangulamento da entrada de ar com o aumento da vazão de


água pluvial e formação de vórtice hidráulico. Havendo elevação da vazão de água na
embocadura há também aumento na velocidade do escoamento horizontal na calha e
consequente estrangulamento parcial na entrada do ar atmosférico que é arrastado por atrito
pelo fluxo líquido dentro do condutor vertical.
• Quando a vazão de água na calha aumenta de forma expressiva, pode dar origem ao
fenômeno da formação do vórtice hidráulico, também chamado turbilhão, remoinho ou
redemoinho. Sempre que isto ocorre, há uma aspiração ainda maior de ar para dentro do
condutor vertical, limitando a sua capacidade de escoamento líquido. Isto acontece porque o
estrangulamento da entrada de ar proporcionado pela aresta viva faz com que este adquira
pressão inferior à atmosférica dentro do condutor vertical.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 72
Uma forma de evitar que o ar ocupe espaço significativo dentro do condutor
vertical, permitindo que este escoe uma maior vazão de água pluvial, está na
adoção de uma redução gradual da seção da embocadura do condutor vertical.
Isto é proporcionado pela interposição de um funil de saída, reduzindo
muito o efeito desfavorável da aresta viva no fundo da calha, conforme
detalhe.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 73
Esta disposição geométrica reduz o efeito do canto vivo atuando como vertedor radial,
pois, ao nível do fundo da calha o seu diâmetro aumenta significativamente, evitando aí o
estrangulamento na entrada do ar.
Com isto, o transfere de forma mais atenuada para o fundo do funil, em cota já inferior à
do fundo da calha, desvinculando parcialmente o escoamento horizontal do vertical.
Como a tomada d’água do condutor vertical no fundo da calha é um local onde ocorre
acentuada perda de carga (perda da energia presente em cada unidade de massa da água), com
transição do regime de escoamento, a formação de uma certa altura de lâmina d’água no
interior da calha, constituindo certa carga hidráulica, é necessária para vencer essa perda de
carga.
A presença do funil de saída concorre para a redução da altura de lâmina d’água requerida
no interior da calha, com consequente aumento na capacidade de escoamento do conjunto
calha-condutor vertical, pois reduz a perda de carga da água na entrada do condutor vertical.
Tem sido costumeira a adoção de funil com extensão e embocadura com o dobro do
diâmetro do condutor vertical, mas essas dimensões devem ser, ao menos, superiores a 4/3
desse diâmetro.
A tomada d’água em funil de saída também contribui para dificultar a formação de vórtice
hidráulico na entrada do condutor vertical, mas, para isso, sua posição relativa no fundo da
calha é de fundamental importância.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 74
Dessa forma, para que não ocorra o vórtice hidráulico, a tomada d’água do condutor vertical no fundo da
calha deve situar-se o mais próximo possível de uma de suas bordas.
Quando essa condição não for viável, então a tomada d’água deverá ser provida de ralo hemisférico, que
garante admissão radial de água ao topo do condutor vertical.
No detalhe vemos uma interessante alternativa ao funil cônico ou tronco-piramidal convencional, com
resultados assemelhados, é a adoção de tomada d’água ao fundo da calha com um trecho vertical de tamanho
bem superior ao requerido para o restante do condutor vertical. Na prática esse trecho vertical inicial é
conhecido por tubo prolongador.
Para se determinar, caso a caso, o quanto a introdução de um funil de saída na embocadura de um
condutor vertical acresce em termos de vazão a capacidade de escoamento do conjunto calha-condutor, pode-
se empregar os gráficos experimentais presentes na NBR 10844:1989 (“Instalações prediais de águas
pluviais”), válidos para condutores verticais com tubulação rugosa dotada de duas curvas ao longo de sua
prumada.

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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 75

• Adoção de grelha e/ou ralo hemisférico

ralos hemisféricos são elementos de captação tubulares cilíndricos


dotados de grelha hemisférica na parte superior, geralmente metálica
ou plástica, posicionada ao fundo da calha, na embocadura do
condutor vertical, dotado ou não de funil de saída.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 76
O detalhe mostra a instalação de grelha hemisférica na tomada d’água de condutor vertical
ao fundo da calha. Os ralos hemisféricos costumam ser adotados em locais onde os ralos
planos podem sofrer obstruções, por exemplo, pelo acúmulo de folhas de vegetação ou
detritos, dado o formato característico da grelha, que permite a retenção desse material em sua
porção inferior, e a passagem da água por cima, ao formar certa altura de lâmina líquida.
Dessa forma, uma aplicação muito útil para o ralo hemisférico é sua adoção em calhas sujeitas
à deposição de folhas de vegetação.
Entretanto, a maior vantagem e principal razão para sua aplicação em situações específicas
de projeto, estão no fato da grelha hemisférica, situada na embocadura de um condutor vertical
ao fundo da calha, admitir água em seu interior de modo predominantemente radial,
decorrente da forma peculiar das aberturas ou ranhuras de sua grelha.

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 77
O detalhe mostra a admissão radial de água em ralo hemisférico e em grelha hemisférica. Esta
admissão predominantemente radial da água evita a formação do vórtice hidráulico (turbilhão ou
redemoinho) quando a lâmina d’água sobre o ralo atinge determinada altura que permite arraste de
ar, que, conforme visto, acaba ocupando lugar da massa líquida no interior das tubulações e
reduzindo sua capacidade de transporte.
O detalhe mostra como o vórtice hidráulico favorece a admissão de ar dentro do condutor
vertical.
Em consequência, um dos recursos para se aumentar a capacidade de escoamento de um
condutor vertical, fazendo-o escoar mais água e menos ar, está justamente na sobreposição de uma
grelha hemisférica em sua embocadura junto ao fundo da calha, de modo a evitar o vórtice e, com
isso, o excessivo arraste de ar para dentro do condutor vertical.

Neste caso, como a presença da grelha


hemisférica impõe certa resistência ao escoamento,
ou seja, uma perda de carga localizada, impondo a
elevação da altura da lâmina líquida dentro da calha.
Isto poderá ser compensado adotando-se grelha
hemisférica com diâmetro superior ao do condutor
vertical, ou seja, com área de frestas (ranhuras)
superior à área da seção do condutor.
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 78
• Adoção de bandeja pluvial na embocadura do condutor vertical
bandejas pluviais são elementos de acumulação temporária de água, destinados a
receberem águas pluviais de calhas por deságue livre (queda livre), e mediante elevação da
carga líquida em seu interior, conduzi-las adequadamente a um condutor vertical.

Neste caso a água pluvial escoando na calha é despejada livremente por uma extremidade
lateral, e deságua livremente sobre uma bandeja pluviais, reduzindo o risco de
transbordamento e aumentando sua eficiência, sem qualquer interferência da embocadura do
condutor vertical, com canto vivo ou com funil de saída.
Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS - DIMENSIONAMENTO 79
Portanto, a principal consequência favorável na adoção da bandeja pluvial
é a desvinculação entre a altura da lâmina d’água presente no interior da calha
e o diâmetro necessário para o condutor vertical.
Dessa forma, a introdução de uma bandeja pluvial no topo de um condutor
vertical propicia a elevação da capacidade de vazão da calha associada. Para
um bom funcionamento, as bandejas pluviais devem apresentar:

Instalações Prediais I
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UTILIZAÇÃO DE BANDEJAS: 80
Largura igual ou superior à da calha mais larga que nela descarregue, comprimento
suficiente para receber todo o fluxo da calha, cuja extremidade deságue na bandeja como um
vertedouro livre bordo livre mínimo equivalente a 2/3 da carga hidráulica (profundidade de
lâmina) sobre a embocadura do condutor vertical.
O detalhe, dá algumas dicas dos elementos geométricos para o dimensionamento da bandeja
pluvial:
Calha

Grelha
Buzinote
hemisférica
Calha de ferro extravasor
fundido
Pescoço de chapa
galvanizada
Toco de
tubo Redução
excêntrica
Vista frontal

Instalações Prediais I
Professor
Vista Lateral José Nelson Planta
DIMENSIONAMENTO/CONDUTORES 81

Conexão Condutor Horizontal / Condutor Vertical

Instalações Prediais I
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DIMENSIONAMENTO/CONDUTORES 82

Conexão Condutor Horizontal / Condutor Vertical

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 83
CONDUTORES HORIZONTAIS
• Declividade pequena: não inferior a 0,5% e uniforme;
• Tubulações aparentes ➔ inspeções sempre que houver conexões, mudança de
declividade, mudança de direção;
• Inspeções a cada trecho de 20 m nos percursos retilíneos;
• Tubulações enterradas ➔ caixas de areia nas mesmas condições anteriores;
• Ligação entre os condutos verticais e horizontais ➔ curva de raio longo com
inspeção ou caixa de areia, segundo o condutor horizontal;
• Lâminas de água máxima: 2/3 do diâmetro interno do tubo.

• Livre fluxo de ar arrastado pelo escoamento


líquido (terço superior do condutor horizontal)
• Margem de segurança contra o afogamento,
devido sobrevasões (por chuva de intensidade
superior à de projeto)

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 84
CONDUTORES HORIZONTAIS

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 85
CONDUTORES HORIZONTAIS

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 86
CONDUTORES HORIZONTAIS

Exemplo 6: Qual o diâmetro do condutor horizontal de PVC para escoar 1.200 l/min?
Suponha declividade de 2%.
D = 200 mm

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 87
CONDUTORES VERTICAIS
• Podem ser instalados interna ou externamente ao edifício e devem ser
projetados sempre que possível em uma só prumada;
• Desvio ➔ curvas de 90 de raio longo ou curvas de 45;
• Seção circular ➔ Dmin de 70 mm; Dnom = 75mm
• No caso de desvios, prever peças de inspeção;

• A NBR não indica fórmulas hidráulicas para o seu dimensionamento já que


há uma mistura de ar e água escoando nestes condutos;
• Dimensionamento dos condutores verticais (diâmetro interno) ➔ utilizam-se
ábacos (CSTC – Bélgica, 1975), dados:
• Q = vazão de projeto (L/min);
• H = altura da lâmina de água (mm);
• L = comprimento condutor vertical (m).
Incógnita - Diâmetro Interno (mm)
Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 88
CONDUTORES VERTICAIS
Q = vazão de projeto (l/min);
H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 89
CONDUTORES VERTICAIS
Q = vazão de projeto (l/min);
H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 90
CONDUTORES VERTICAIS

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 91
CONDUTORES VERTICAIS
Exemplo 7:
a) Qual o diâmetro do condutor vertical para escoar 1.400 L/min em um condutor
com 3 metros de comprimento?
D = 90 mm  100 mm (comercial)

Q = vazão de projeto (l/min);


H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 92
CONDUTORES VERTICAIS
b) Qual a altura mínima de água dentro da calha para escoar esta vazão?

H  8,5 cm

Q = vazão de projeto (l/min);


H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 93
CONDUTORES VERTICAIS
Exemplo 8:
a) Qual o diâmetro do condutor vertical para escoar 1400 L/min em um condutor
com 3 metros de comprimento?
D = 90 mm  100 mm (comercial)

Q = vazão de projeto (l/min);


H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 94
CONDUTORES VERTICAIS
b) Qual a altura mínima de água dentro da calha para escoar esta vazão?

H  7,6 cm

Q = vazão de projeto (l/min);


H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

Instalações Prediais I
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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 95
CONDUTORES VERTICAIS
Usando Tabela:

Verificar com ábacos anteriores.

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ÁGUAS PLUVIAIS – DIMENSIONAMENTO/ 96
CONDUTORES VERTICAIS
Condutores Verticais

Saída em arista viva Com funil de saída

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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 97
NBR 10844/89
Exemplo 8: Dimensionar o sistema de águas pluviais da residência apresentada
a seguir, com as seguintes características:

TR = 5 anos
Altura Telhado = 3 m
IBelo Horizonte = 227 mm/h

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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 98
Exemplo 8:
NBR 10844/89
Tempo de recorrência = 5 anos
Intensidade Pluviométrica (Belo Horizonte) - 227 mm/h

Área de Contribuição: 𝐴 = 𝑎 + 𝑏
2
A1 = A3= ? A2 = ?
1,7 1,7
𝐴1 = 9 + 10 𝐴2 = 9 + 20
2 2
𝐴1 = 98,5𝑚² 𝐴2 = 197,0𝑚²

Vazão de Projeto: CIA C =1


Q=
60
227mm/h  98,50m²
Q1 = → 372,66l / min
60
Calha: 197
227mm/h  m²
Q2 = 2 → 372,66l / min
60
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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 99
Exemplo 9: NBR 10844/89
Dimensionamento da calha retangular:

Calha 1 = Calha 3 Calha 2


Q1 = 372,66l / min Q2 = 372,66l / min
Material  Aço galvanizado
Calha retangular  10 cm x 15 cm
I = 0,5% n = 0,011

Calhas semicircular 
Temos: Consultando a Tabela 3 da Norma
K = 60.000 Arbitrando H=10cm para obtemos D=150mm com
Área( S )
 S = (0,1x0,1)=0,01m² R H = i=0,5%
 P = (0,1+2x0,1)=0,3m Perímetromolhado( p )
23
 0,01   0,01 
12
S 23 12  0,5 
Q = k  RH I → 60.000        → 399,48l / min
n  0,011   0,3   100 
Q = 399,48l / min  Qreq = 372,66l / min OK!
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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 100
Exemplo 9:
NBR 10844/89
Tempo de recorrência = 5 anos
Intensidade Pluviométrica (Belo Horizonte) - 227 mm/h

Área de Contribuição: 𝐴 = 𝑎 + 𝑏
2
A1 = A3
1,7 1,7
𝐴1 = 9 + 10 𝐴2 = 9 + 20
2 2
𝐴1 = 98,5𝑚² 𝐴2 = 197,0𝑚²

Vazão de Projeto: CIA C =1


Q=
60
Q1 = 227mm/h  98,50m² → 372,66l / min
60
Conduto vertical
Q2 = 227mm/h 197 m² → 745,32l / min
60
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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 101
Exemplo 9:
NBR 10844/89

Dimensionamento dos condutores verticais:

Calha 1 = Calha 3 Calha 2


Q1 = 372,66l / min Q2 = 745,32l / min
Material  PVC

Utilizamos ábacos para determinação de diâmetros de condutores


verticais recomendados pela norma (CSTC - Bélgica)

Instalações Prediais I
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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 102
Exemplo 9:
NBR 10844/89
Dimensionamento dos condutores verticais:

AP1=AP3 
Q1 = 372,66 l/min
L = 3m
H = 8 cm

 D = 50 mm → 75 mm

H = 4,7 cm  8 cm→ OK

Q = vazão de projeto (l/min);


H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 103
Exemplo 9:
NBR 10844/89
Dimensionamento dos condutores verticais:

AP2 
Q2 = 745,32 l/min
L = 3m
H = 8 cm

 D = 68 mm → 75 mm

H = 6,3 cm  8 cm→ OK

Q = vazão de projeto (l/min);


H = altura da lâmina de água na calha (mm);
L = comprimento do condutor vertical (m);
D = diâmetro interno (mm).

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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 104
Exemplo 9:
NBR 10844/89
Dimensionamento dos coletores horizontais:
Calha 1 = Calha 3 Calha 2
Q1 = 372,66l / min Q2 = 745,32l / min
Tubulação de PVC  n = 0,011
Área pavimentada

CH1

CH4
CH2

CH3

Instalações Prediais I
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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO PELA 105
Exemplo 9:
NBR 10844/89
Dimensionamento dos coletores horizontais:

CH1  Q1 = 372,66 L/min CH2  Q2 = 745,32 L/min CH3  Q3 = 372,66 L/min


I = 2% I = 1% I = 2%
D = 100 mm D = 150 mm D = 100 mm

CH4  Q = Q1 + Q2 + Q3  Q = 1490,64 L/min ; D = 200 mm com I = 1%


Instalações Prediais I
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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO 106
MODELOS COMERCIAIS

❑ Existem fabricantes de produtos para instalações de águas pluviais com tabelas próprias

AQUAPLUV STYLE
(TIGRE)

Instalações Prediais I Volta


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EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO 107
MODELOS COMERCIAIS
❑ EXEMPLO 10:
Seu Fulano mora em Vitória (ES) e deseja instalar a linha Aquapluv Style com
um condutor modelo retangular. Para isso, é necessário definir quantos condutores
vai precisar para sua residência e qual a distância que deve haver entre eles. A
casa tem telhado de 2 águas, cada uma delas com 5 m de comprimento e 54 m de largura.

54 m

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO 108
MODELOS COMERCIAIS
❑ EXEMPLO 10:
ℎ 1,2 302,4𝑚²
𝐴= 𝑎+ 𝑏 𝐴1 = 5 + 54 → 302,4𝑚² → → 100,8m²
2 2 3

54 m 27 m
27 m

Instalações Prediais I
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EXERCÍCIOS DIMENSIONAMENTO 109

EXERCÍCIO 1
Dimensionar as calhas, condutores verticais e horizontais da edificação abaixo,
localizada em Vitória-ES.

Instalações Prediais I
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EXERCÍCIOS DIMENSIONAMENTO 110

EXERCÍCIO 1

Instalações Prediais I
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EXERCÍCIOS DIMENSIONAMENTO 111

EXERCÍCIO 1

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
EXERCÍCIOS DIMENSIONAMENTO 112
Exercício 2: Dimensionar o sistema de águas pluviais para o imóvel apresentado na
figura, aplicando-se a NBR-10844/89 e considerando-se que será executado em
Belo Horizonte e a descida das calhas se conectem em aresta viva.

Figuras: Vistas em planta e corte longitudinal.

Intensidade
pluviométrica

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
EXERCÍCIOS DIMENSIONAMENTO 113
Exercício 2:

Figura: Vista em planta com área lateral pavimentada.


Instalações Prediais I
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EXERCÍCIOS DIMENSIONAMENTO 114
Exercício 3:

Intensidade
pluviométrica

Instalações Prediais I
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SISTEMAS DE APROVEITAMENTO 115
o O sistema de aproveitamento da água da chuva é considerado um sistema
descentralizado de suprimento de água, cujo objetivo é de conservar os recursos
hídricos, reduzindo o consumo de água potável;
o As técnicas mais comuns para coleta da água da chuva são através da superfície de
telhados ou através de superfícies no solo;
o Componentes: a área de captação, telas ou filtros para remoção de materiais grosseiros
(folhas e galhos), tubulações para a condução da água e o reservatório de armazenamento.
Sistema de fluxo total Sistema com derivação

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
SISTEMAS DE APROVEITAMENTO 116

Sistema com volume adicional de retenção Sistema com infiltração no solo

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO 117
DE ÁGUAS DE CHUVA
Normativa - NBR 15527/07
Projeto de Lei nº 838/2013

"Institui no Município de
Vitória o Programa de
Conservação, Uso Racional e
Reaproveitamento da Água
nas Edificações".

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO 118
DE ÁGUAS DE CHUVA
Principais elementos do sistema

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO 119
DE ÁGUAS DE CHUVA
Principais elementos do sistema

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO 120
DE ÁGUAS DE CHUVA

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO 121
DE ÁGUAS DE CHUVA

Instalações Prediais I
Professor José Nelson
SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO 122
DE ÁGUAS DE CHUVA
Utilização da água da chuva
❑ Sistema para captação, filtragem e armazenamento da água:
o captação é feita com a instalação de um conjunto de calhas no telhado, que
direcionam a água para um tanque subterrâneo ou cisterna, onde ela será
armazenada.

❑ Instalar um filtro para retirada de impurezas, como folhas e outros detritos, e uma
bomba, para levar o líquido a uma caixa d'água elevada separada da caixa de água
potável
o embora não seja própria para beber, tomar banho ou cozinhar, a água de chuva
tem múltiplos usos numa residência.

❑ Usos da água de chuva: rega de canteiros, jardins, limpeza de pisos, calçadas e


playground e lavagem de carros (gastos que representam cerca de 50% do
consumo de água nas cidades), além de descarga de banheiros e lavagem de
roupas.

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Vantagens
 Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento
da mesma;

 Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por
exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de
pisos, etc;

 Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a


captação de água pluvial na grande maioria dos telhados, e o retorno do
investimento é sempre positivo;

 Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso


natural escasso em toda a cidade, e disponível em abundância no nosso
telhado;

 Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser


drenada para galerias e rios.
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Captação da água da chuva

Cisternas
pré-fabricadas

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Utilização da água de chuva - filtros

Fonte: Aquastock

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DE ÁGUAS DE CHUVA
Utilização da água de chuva - filtros

O Rainus 3P é um filtro para água de


chuva para ser instalado no condutor
vertical.

Fonte: Acquasave
Fonte: Acquasave

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SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO 127
DE ÁGUAS DE CHUVA
Utilização da água de chuva - filtros
1. A velocidade da água de chuva está sendo diminuída por áreas
transversais ao fluxo;
2. ser ainda mais “acalmada” numa depressão;
3. A saída desta se dá por cima de uma pequena barreira, o que
garante a distribuição uniforme da água nas cascatas abaixo dela;
4. estas cascatas separam folhas e sujeiras mais grossas e as eliminam
pela abertura da frente do filtro.
5. Abaixo das cascatas se encontra a malha fina removível, que retém
partículas maiores de 550 microns.
6. Estes detritos finos também estão sendo descartados pela frente.
7. A água de chuva depurada passa pelo tubo abaixo do filtro e vai
para o sistema correspondente.
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DE ÁGUAS DE CHUVA
Associar esse sistema a dispositivos poupadores de água

Bacias sanitárias com VDR (volume de


descarga reduzido):
Bacias sanitárias com sistema dual onde o usuário
pode escolher entre dois volumes de água de
descarga (100% e 50% do volume);
Volumes disponíveis: 9 e 4,5 litros ou 6 e 3 litros.

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Associar esse sistema a dispositivos poupadores de água

Torneiras:

Para controlar a dispersão do jato e reduzir a vazão, existem alguns


dispositivos adaptados à próprias torneiras, como os arejadores.

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Associar esse sistema a dispositivos poupadores de água
Torneiras acionadas por sensor infravermelho:

O sensor infravermelho funciona com um conjunto de emissor e receptor. O receptor


detecta o sinal emitido pelo anteparo colocado à frente (as mãos) e aciona a válvula
que libera a água para o uso. O fluxo cessa quando as mãos são retiradas do campo de
ação do sensor.

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DE ÁGUAS DE CHUVA
Associar esse sistema a dispositivos poupadores de água

Torneiras e chuveiros com tempo de fluxo determinado:

Torneira dotada de um dispositivo mecânico que, uma vez acionado, libera


o fluxo de água, fechando-se automaticamente após um tempo determinado.

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Associar esse sistema a dispositivos poupadores de água

O volume de água utilizada no uso do lavatório é


aproveitado para encher a caixa de descarga.
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Associar esse sistema a dispositivos poupadores de água

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
▪ CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. LTC .6ª Edição.
Rio de Janeiro.2006.
▪ MACINTYRE, Joseph A. – “Instalações Hidráulicas Prediais e
Industriais ”- Editora Livros Técnicos e Científicos S. A. 3 Edição. Rio
de Janeiro, RJ, 2000.
▪ LYRA, Paulo – “Sistemas Prediais” – Departamento de Hidráulica –
Universidade São Paulo / USP – 2000.
▪ NBR 10844 - 1989 - Instalações Prediais de Águas Pluviais;
▪ NBR 15527-2007 Agua da chuva – Aproveitamento de coberturas em
áreas Urbanas para fins não potáveis - Requisitos;
▪ Manuais Técnicos da Tigre e da Amanco.

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