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Módulo III - Administração Pública - ILB
Módulo III - Administração Pública - ILB
Eficácia
Já o conceito de eficácia dá uma garantia a mais. A eficácia diz respeito ao
cumprimento bem sucedido de um objetivo. Na eficácia existe o efeito, que,
necessariamente, é positivo. Quando uma ação é eficaz, significa afirmar que
atendeu ao que se destinava. Trata-se a eficácia de conceito, ainda, carente de
certo significado importante, pois não leva em consideração os meios
empregados, mas tão somente o objetivo atingido. Afirmar que uma ação
administrativa foi eficaz significa reconhecer que o resultado pretendido foi
alcançado, sem nada dizer, contudo, de quanto tenha custado em termos de
recursos, tempo ou pessoal.
Mais uma vez houve eficácia, sem ter havido eficiência, devido ao gasto maior
na compra. Aí se percebe clara falta de planejamento.
3) Determinado órgão de governo tem setor de atendimento ao cidadão em
que são feitos, em média, 300 atendimentos por dia. Ao chegar, a pessoa pega
uma senha e lê cartaz na parede: “Nesta agência você será atendido em, no
máximo, 20 minutos.”
Do outro lado do balcão há uma equipe de 10 atendentes treinados e equipados
com sistema de informação em computador. A meta de 20 minutos é cumprida,
o que contribuiu com a credibilidade do órgão perante a sociedade. As pessoas
saem satisfeitas, considerando-se bem atendidas.
Tendo assumido um novo gestor, por observação da rotina este considerou
que, com treinamento, 7 atendentes conseguiriam cumprir essa meta de 20
minutos de espera, o que liberaria 3 servidores para atividades outras, também
necessárias.
Assim se deu. Aconteceu o treinamento, reduziu-se o número de atendentes
para 7. Ainda assim o tempo de espera foi reduzido para 19 minutos.
Nesse exemplo houve eficácia com eficiência. A meta foi alcançada com sobra,
além de ter havido racionalização de pessoal – liberou-se 3 pessoas para outra
atividade. Se, pelo contrário, com as medidas tomadas o tempo tivesse
aumentado, extrapolando os 20 minutos de espera, a meta teria deixado de ser
cumprida, não fazendo sentido falar-se em eventual eficiência, resultante da
realocação de 3 pessoas. Pior de tudo – o serviço prestado ao cidadão teria se
degradado, com perda de credibilidade, o que um gestor eficiente deve
considerar trágico.
Essa modernização tende a ser vista por alguns críticos como uma ideologia
com base no mercado. Porém, foi considerada por outros como uma
Administração híbrida, com foco contínuo nos valores fundamentais do serviço
público, embora expressa de uma nova maneira. No entanto, muitos
concordam que a nova Administração Pública deva ser encarada como uma
importante e significativa ruptura nos padrões da Administração do setor
público.
Exemplos de ações nesse sentido seriam a eliminação do desperdício no setor,
pelo desmonte dos sistemas de corrupção; a introdução de novos
regulamentos, que sejam mais flexíveis em termos de gestão; a redução da
diferenciação vertical, com adoção de estruturas decisórias mais
horizontalizadas; o emprego de terceirização em atividades que a legislação
assim o permita; a instituição de dispositivos de premiação/incentivo para os
servidores.
Busca da excelência
Ter as contas públicas superavitárias tem sido a meta de todos os governos
havidos desde o processo político que ficou conhecido como redemocratização
do país. O objetivo desta unidade é o de apresentar aspectos desse ajuste fiscal
na Administração Pública.
Com o intuito de financiar a construção de uma máquina administrativa
proporcional à grandiosidade territorial brasileira, o governo do regime militar,
ao invés de buscar recursos em poupança interna, que historicamente é
insignificante no País, ou de praticar uma política tributária mais eficiente,
optou por endividar-se no exterior, assumindo grandes compromissos
financeiros – a chamada “dívida externa”.
Com o passar dos anos, apenas o pagamento dos serviços da dívida, que são
os juros pagos pelos empréstimos, onerou sobremaneira o orçamento público,
levando à necessidade de reduzir-se o gasto de governo. Essa disposição
governamental de redução de gastos deveu-se, inclusive, ao atendimento de
metas do Fundo Monetário Internacional (FMI), órgão financeiro multinacional
que empresta dinheiro novo para que os países endividados, como o Brasil,
refinanciem suas dívidas, conforme condições impostas de saneamento nas
contas públicas. Atualmente, devido a isso, as economias públicas de diversos
países são influenciadas por metas prescritas pelo FMI.
O benefício advindo dessas privatizações, em termos de redução da carga de
despesas, se deu com a eliminação de salários e demais custos trabalhistas,
além do fim das despesas operacionais das empresas privatizadas.
Agente Público político, que é o detentor de mandato eletivo, com período
delimitado, nos poderes Executivo e Legislativo. Nessa categoria estão os que
definem a Administração conforme premissas de natureza política, na forma de
políticas públicas voltadas à gestão do Estado. Isso pode dar-se na forma das
leis e por decretos emitidos pelos chefes do Executivo nas três esferas da
federação.
Já o Agente Público burocrático, ou administrativo, é aquele que faz
funcionar a máquina do Estado, conforme as regras previamente definidas
pelos agentes políticos. São eles os servidores públicos civis, os militares,
os empregados públicos e, peculiarmente, os trabalhadores terceirizados.
Indo do último para o primeiro da lista, parece estranho considerar-se o
trabalhador terceirizado como um Agente Público. Porém, no exercício de seu
trabalho público, é exatamente nisso que ele se transforma. A terceirização não
representa a adoção de um regime jurídico celetista pela Administração, posto
que não se contrate trabalhadores diretamente, mas sim empresas prestadoras
de serviços que colocarão seus empregados a serviço do Estado, na forma de
um contrato firmado entre essa empresa e o Poder Público.
A terceirização de serviços
A adoção da terceirização de serviços fez surgir uma nova classe de
trabalhadores do Estado, representada pelos empregados de empresas
prestadoras de serviços à Administração, regidos por legislação da iniciativa
privada, sem vínculo de “subordinação dos empregados da contratada à
administração da contratante”.
A subordinação do empregado terceirizado se dá com seu empregador, que não
é o Estado, mas sim a empresa prestadora. Acerca das responsabilidades
trabalhistas, contudo, a Administração possui responsabilidade subsidiária à da
empresa terceirizada. Por essa razão, deve o gestor do contrato assegurar-se
que a empresa cumpre com suas obrigações trabalhistas para com os
empregados prestadores de serviços.
Não faz sentido hoje em dia, por exemplo, realizar-se concurso público para
funções de motorista, serviços gerais ou ascensorista de elevador. Tais
categorias de trabalhadores devem ser chamadas à Administração Pública por
meio de contratações de empresas de mercado, na forma da Lei nº 8.666, de
1993. Isso aponta um rumo muito correto adotado pela Administração, que é o
da especialização em suas atividades típicas, com o abandono de áreas para as
quais a iniciativa privada apresente resposta eficiente.
Empregado público
Por último, há a categoria dos servidores públicos civis, que podem ser
compreendidos em servidores efetivos de carreira, ou simplesmente
servidores efetivos, e servidores nomeados para “cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração” (CF, art. 37, II), ou
servidores comissionados.
A Lei nº 8.112, de 1990, prescreve que são requisitos básicos para investidura
em cargo público, sendo proibida a participação em gerência ou administração
de sociedade privada:
Art. 5°....
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
Deve ficar registrado que a legislação da área é esparsa, cabendo ao chefe do
Executivo de cada ente federado dispor acerca de seu quadro de servidores em
legislações próprias. A Lei nº 8.112, que instituiu o regime jurídico único do
servidor público, alcança apenas os servidores federais, na esfera da União.
Deixando de ser, assim, uma legislação nacional.
Ao longo da década de 2000, os gastos com pessoal do setor público mantiveram-se
estáveis e dentro do controle do governo;
Entre 1995 e 2010 observou-se elevação no nível educacional do servidor
público, reduzido na esfera federal em 2002, devido ao elevado número de
aposentadorias havidas nesse período.
É certo que o servidor público esteja fortemente influenciado pelo meio, como
ocorre com qualquer trabalhador. Considerando que este atue em um ambiente
que apresente carências de gestão, onde o desafio e a busca pela excelência
não sejam premissas perseguidas pela organização, ou setor, o risco de que se
instale uma cultura de desinteresse pela eficiência e qualidade torna-se real.
Num ambiente assim, em que não se trabalhe aspectos de gestão e motivação
funcional, dificilmente a renovação de quadros por concurso público, por
exemplo, surtirá efeitos que durem além do médio prazo.
Sem mudanças na cultura, que é o conjunto de valores e premissas adotados
pelas pessoas, a realização de concurso público, o que teoricamente oxigenaria
o ambiente com novos pensamentos e atitudes, deixaria de ser eficaz. Além
disso, deve-se levar em consideração que os objetivos mais evidentes de quem
hoje busca um emprego público nem sempre são o espírito público, ou a
supremacia do interesse público, mas sim a estabilidade de emprego e o
melhor salário, quesitos a princípio dissociados da qualidade na prestação dos
serviços.
Outra crítica que se faz ao modelo do concurso público diz respeito à falta de
regularidade de realização. Com isso, a cada concurso absorve-se uma
quantidade grande de novos servidores, em intervalos longos sem que haja
admissões. Isso torna desigual a distribuição dos servidores ao longo das
carreiras, que são curtas, não indo além de 20% a distância entre o menor e o
maior nível remuneratório.
O cargo em comissão
Além do ingresso no serviço público por concurso, a Constituição também
faculta o livre provimento de cargo em comissão, para atribuições de direção,
chefia e assessoramento. A nomeação em cargo em comissão que não
atenda a essas necessidades incorre em desvio constitucional. É certo, contudo,
que inexista definição fechada para o termo “assessoramento”, e grande parte
dos desvios e exageros hoje existentes decorre da interpretação ilimitada desse
termo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta...
...
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração; (grifo nosso)
...
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento; (grifo nosso)
...
Pelo Decreto nº 5.497, de 2005, o Executivo fez dar cumprimento ao
dispositivo constitucional que determina o estabelecimento de percentual
mínimo de cargos DAS que devam ser providos por servidores efetivos a partir
da data de sua vigência.
Vedação ao nepotismo
Considerando o princípio constitucional da impessoalidade, a nomeação de
familiares para cargos em comissão de livre provimento, manifestação explícita
de patrimonialismo, é atitude inconstitucional. Pretendendo pôr fim a essa
prática muitas vezes observada na Administração, o Supremo Tribunal Federal
(STF) fez publicar no Diário Oficial da União, do dia 29 de agosto de 2008, a
Súmula Vinculante nº 13, com o seguinte teor:
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”
Para tanto, é necessário que os órgãos públicos desenvolvam planos plurianuais
de capacitação, como afirma Chiavenato (2008):
“A política é composta de dois elementos básicos: cursos genéricos
com conteúdos uniformes para diferentes públicos-alvo (gerentes,
pessoal de apoio etc.), que reflitam um diagnóstico de necessidades
comuns a toda a Administração Pública, e cursos específicos, relativos
à área de atuação dos órgãos e dos servidores. Adicionalmente,
prevê-se que atividades de capacitação sejam incluídas entre os
requisitos para a promoção nas diversas carreiras.”
Inclusive, é salutar desenvolver-se planejamento para incentivar os servidores
a que desfrutem da licença-capacitação, instituída no Regime Jurídico Único,
pela mesma lei que extinguiu a licença-prêmio. Depois de transcorridos cinco
anos de exercício, o servidor tem direito a três meses de licença-capacitação
para realizar curso financiado pela Administração.
(Lei nº 8.112, de 1990)
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
...
V - para capacitação; (redação dada pela Lei nº 9.527, de 1997)
...
Nada mais justo, portanto, que esse esforço de capacitação do servidor seja
refletido em sua remuneração, quer seja pela ascensão na carreira, quer seja
por meio de uma gratificação de especialização.
Para encerrar esta breve abordagem acerca dos dispositivos de motivação para
o servidor público, destacamos citação de Chiavenato (2008), que, com lucidez,
aborda o tema em perspectiva:
“Torna-se, assim, essencial repensar o sistema de motivação dos
servidores públicos brasileiros. Não há dúvida que a motivação
positiva fundamental é aquela relacionada com o sentido de missão
do servidor. Para o servidor público é mais fácil definir esse sentido
do que para o empregado privado, já que a atividade do Estado está
diretamente voltada para o interesse público, enquanto que a
atividade privada só o está indiretamente, através do controle via
mercado. Entretanto, em momentos de crise e de transição como o
que vivemos, o papel do Estado e do servidor público ficam confusos.
A ideia burocrática de um Estado voltado para si mesmo está
claramente superada, mas não foi possível ainda implantar na
Administração Pública brasileira uma cultura de atendimento ao
cidadão-cliente.
A segunda motivação é a da profissionalização do serviço público, não
apenas através de concursos e processos seletivos públicos, mas
principalmente através de um sistema de promoções na carreira em
função do mérito acompanhadas por remuneração
correspondentemente maior. Essa motivação é fundamental, mas já
vimos que não pode ter a rigidez peculiar às carreiras burocráticas. É
preciso garantir a profissionalização sem a correspondente rigidez da
burocracia.
Finalmente, é essencial contar com uma motivação negativa,
possibilitada através da demissão por insuficiência de desempenho.
Embora secundária em relação às motivações positivas, não há
dúvida que sem ela será muito difícil, senão impossível, levar o
funcionário comum a valorizar o seu emprego.”
Empowerment
Uma das formas mais efetivas de se conquistar a motivação dos servidores em
um cenário que seja restritivo em termos de premiações remuneratórias é o
“empoderamento” das pessoas. Dessa maneira, o servidor passa a se
considerar responsável e protagonista do processo produtivo. Além disso, a
natural descentralização daí resultante acaba por liberar tempo para que
gestores se dediquem a assuntos mais estratégicos, como pensar a organização
ao longo do tempo.
É o que afirma Chiavenato (2008) sobre o empoderamento:
“Eles (os gestores) precisam abandonar rapidamente os antigos
métodos de comando autocrático e de controle coercitivo sobre as
pessoas, adotar o compartilhamento de ideias e de objetivos comuns
e dotar os subordinados de empowerment. É o fortalecimento das
pessoas por meio do trabalho em equipe. O ‘empoderamento’ das
pessoas passa, obrigatoriamente, por cinco providências
fundamentais:
1) Participação direta das pessoas nas decisões;
2) Atribuição de responsabilidades pelo alcance de metas e
resultados.
3) Liberdade para que as pessoas escolham métodos e processos
de trabalho, programas de ação, com a ajuda e o apoio do
gestor;
4) Atividade grupal e solidária e trabalho em equipe. Equipe,
equipe e mais equipe. Tudo deve ser feito em trabalho
conjunto. Dessa maneira, o servidor passa a se considerar
responsável e protagonista do processo produtivo.
5) Avaliação do próprio desempenho da equipe. A autoavaliação
é um importante meio de retroação e de melhoria constante.”
Sob esse novo prisma, o gestor assume mais o papel didático e desenvolvedor,
incentivando o grupo na busca de suas soluções, das quais toma parte mais
como um treinador, coach, do que propriamente um chefe. Ao invés de assumir
posição de superioridade, muitas vezes arrogante, o líder assume papel na
retaguarda, de garantidor de recursos, de legitimador da autonomia da equipe.
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Na administração pública, a chefia e a direção são exercidas por servidores
efetivos, ou comissionados, investidos nos cargos em comissão. No Executivo,
esses são os cargos do Grupo-DAS. Nos demais Poderes, para os encargos de
chefia e direção, há designações equivalentes. Acerca do provimento desses
cargos, percebe-se existir forte movimento no sentido de que os cargos de
chefia sejam exercidos por servidores de carreira dos órgãos. Isso se dá por
apresentarem eles ficha corrida com experiência de trabalho, além de mais
amplo conhecimento de suas próprias organizações.
Assim, os servidores efetivos apresentam-se mais preparados para, em suas
organizações, exercitarem o comando. Além disso, o forte espírito de corpo
existente nas organizações públicas costuma garantir maior apoio por parte de
servidores do quadro para gestores que sejam dentre eles selecionados.
Essa é a situação de alguns dos ministérios do Executivo, que têm, para o
cargo de Secretário Executivo (maior cargo depois do de Ministro), provimento
por servidor do próprio ministério.
Atualmente, são cada vez mais frequentes na Administração as carreiras de
gestão, nas quais seus membros sejam preparados especificamente para essa
atribuição. Nelas, o servidor aprovado em concurso público específico passa por
um processo de capacitação que o prepara para exercer a função de gestor
público.
Essa é uma tendência que resulta de maior preocupação com a administração
gerencial. Nesse caso, ao invés de elevar-se à posição de gestor um servidor de
carreira comum, cujo foco de formação profissional não tenha sido o
gerenciamento, opta-se por um profissional qualificado e apto, conhecedor
tanto da administração geral, quanto da pública.
Falamos até aqui de autoridade formal, que é aquela praticada em função do
exercício de um cargo de comando, oficialmente provido dentro da estrutura de
um organismo público. Sabe-se, contudo, que embora seja socialmente
reconhecida, essa autoridade formal não tem a capacidade, por si só, de
conquistar genuinamente o reconhecimento e a aceitação social, ou seja, nem
sempre os chefes formais são os mais preparados para conduzirem suas
equipes.
Vejamos o que afirma Chiavenato (2008):
“O grau em que uma pessoa demonstra qualidades de liderança
depende somente de suas próprias características individuais, mas
também das características da situação na qual se encontra. A
liderança é função das necessidades existentes em uma determinada
situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e um grupo.”
...
“A liderança é realizada pelo processo de comunicação humana. Ela
pode ser definida como a arte de induzir as pessoas a cumprirem
suas obrigações com zelo e correção. É a capacidade de influenciar as
pessoas a fazerem aquilo que devem fazer. O líder exerce influência
sobre as pessoas, conduzindo suas percepções de objetivos em
direção aos seus objetivos”.
Dessas citações, pode-se concluir que o líder deva ser, antes de tudo, um bom
comunicador. A comunicação institucional quem sabe seja uma das maiores
precariedades de gestão nas organizações públicas. Muitas vezes, o chefe deixa
de ser claro em suas comunicações, e o servidor deixa de saber o que dele se
espera.
Esse processo de indução exercido pelo líder sobre seus subordinados resulta,
especialmente, da relação de confiança estabelecida em equipe. O líder deve
inspirar confiança no grupo, deve servir de modelo e exemplo para os que com
ele compõem a equipe.
Sabe-se que uma das dificuldades mais frequentes no serviço público é o
recrutamento de talentos dentro das organizações, visando à formação de
equipes. Em geral, os líderes da área devem moldar seus esquemas de gestão
às pessoas com quem podem contar, com limitada capacidade de escolha. Isso
torna a habilidade de liderança ainda mais desafiadora.
Ao invés de simplesmente solicitar ao RH do órgão que providencie um servidor
com determinadas habilidades, deve ele conhecer os servidores que estão ao
seu lado, identificar neles competências, desenvolvê-las, e delegar-lhes tarefas
que estejam em conformidade com essas competências individuais.
O processo de avaliação da equipe pelo líder deve ser permanente. Ele deve ser
capaz de dialogar com os servidores, informando pontos que devem ser
melhorados, deve passar ensinamentos, estimular as pessoas no sentido do
melhor desempenho. Servidores com desempenho inferior ao que deles se
espera devem ser capacitados e motivados.
O líder deve tomar o cuidado de não praticar injustiça distributiva, que ocorre
quando o servidor de menor desenvoltura é deixado com menos atribuições,
enquanto que o de melhor performance fica sobrecarregado de tarefas. Isso
desestimula a equipe.
Em termos de estilo, pode-se classificar o processo de liderança em:
No estilo liberal, prepondera a pouca participação e interesse do líder, que não
contribui com as decisões, sempre tomadas pelo grupo. Nessa situação, o líder
não avalia nem regula o grupo. Nesse estilo, desponta o individualismo dos
componentes, com destruição do espírito de grupo, acirramento da
agressividade e desprestígio do líder.
Já o estilo marcado pela gestão democrática, ou participativa, é aquele que
surte melhores resultados. Nele há satisfação e felicidade funcional. As pessoas
correspondem mais apropriadamente ao que delas seja esperado, apresentando
acentuado espírito de comprometimento e responsabilidade. Nesse estilo, o
líder exerce seu papel, sem desviar-se de seus objetivos, privilegiando a
autonomia das pessoas, demonstrando confiança e tranquilidade para delegar.
Mudança
Infelizmente, o servidor público de maneira geral ainda não está se preparando
para o processo de mudança pelo qual vem passando a Administração Pública
desde a década de 1990. Considerando-se, supostamente, protegidos pelo
instituto da estabilidade, muitos servidores deixaram de se preparar para o
futuro da atividade, que, a cada dia, exige mais profissionalismo e
conhecimento.
Atuar ao lado de servidores com elevada formação, perfil típico dos que têm
sido, recentemente, egressos dos concursos públicos, é um desafio que se
apresenta para a geração mais antiga e, ainda, mais numerosa na área. Isso se
agrava quando se considera que, desde a última reforma previdenciária, a da
Emenda nº 47, de 2004, esses novos servidores perderam direito à
integralidade e paridade de suas aposentadorias. Aqueles que ingressarem na
atividade pública já a partir de 2012, estarão sujeitos ao teto de aposentadoria
do INSS. São realidades muito distintas que passam a coexistir na
Administração, o que já tem sido fonte de conflitos.
Acerca dessas reformas previdenciárias, deve-se considerar que o instituto do
direito adquirido não é aplicado aos que ainda estão na carreira. Para estes,
reconhece-se a mera expectativa de direito, o que não lhes tem assegurado as
condições vigentes originalmente na época do ingresso no serviço público.
Esse choque de gerações, agravado pela evidente disparidade de vantagens,
tende a propiciar conflitos para os quais os gestores públicos devem estar
atentos. A forma como se conduzem as políticas públicas da área tem tornado a
solidariedade entre as gerações de servidores um valor cada vez menos
considerado. Engana-se, portanto, o servidor que se imagine imune às
mudanças que se operam na Administração. Delas, devem todos participar e a
elas se antecipar, de forma que as contingências não os tornem despreparados
e inaptos para atuar em novos cenários.
esteja atento ao seu ambiente de trabalho e avalie o futuro de forma
realista;
desenvolva-se sempre: estude, leia matérias relacionadas à Administração
Pública, participe com desenvoltura das capacitações promovidas por seu
órgão, faça cursos de especialização e mestrados profissionais;
desenvolva sua percepção do ambiente: avalie oportunidades e riscos;
deixe de ser reativo e passe a ser proativo: com previsão e visão de
futuro, antecipe-se aos acontecimentos;
demonstre interesse pelos assuntos do órgão, ou setor, ainda que não
componham seu processo de trabalho;
prepare-se para a mudança – é certo que ela acontecerá e o alcançará,
estando você pronto para ela ou não;
amplifique sua visão de si próprio: aprenda a observar-se como se fosse
outra pessoa;
seja ético e fortaleça o espírito de equipe: a união fortalece o grupo nos
momentos de crise, que, geralmente, antecedem as mudanças;
seja conhecido, tenha tempo, seja lembrado;
conduza a sua própria mudança: seja o seu principal agente.
A título de subsídio adicional para o melhor enfrentamento do processo de
mudança, recomenda-se a leitura do texto “Quem mexeu no meu queijo?”.
Disponível na Internet, trata-se de uma abordagem motivacional bastante
didática acerca do impacto que a mudança tem na vida profissional, e pessoal,
das pessoas.
“A cultura organizacional é o conjunto de hábitos e crenças, que
foram estabelecidos por normas, valores, atitudes e expectativas e
que são compartilhados por todos os membros da organização. A
cultura espelha a mentalidade que predomina em uma organização...
a cultura organizacional mostra aspectos formais e facilmente
perceptíveis, como as políticas e diretrizes, os métodos e os
procedimentos, os objetivos, a estrutura organizacional e a tecnologia
adotada. Contudo, oculta alguns aspectos informais, as normas
grupais, etc. Os aspectos ocultos da cultura organizacional são os
mais difíceis não somente de compreender e interpretar, como
também de mudar ou de sofrer transformações.” (CHIAVENATO,
2008, p. 224)
Importando essa definição de cultura corporativa para o contexto da
Administração Pública, podemos traçar com bastante clareza seus aspectos
mais evidentes, sendo alguns deles os que mais carecem de transformação.
O primeiro deles é a cultura da desconfiança, fortemente arraigada na
burocracia pública. O excesso de normas e leis que, a cada dispositivo,
ordenam procedimentos, papéis e ameaças de penalidade aos servidores que
deles se afastem.
Essa lógica da concentração na atividade meio, no processo em detrimento do
resultado, representou um avanço lá no princípio da organização da máquina
do Estado, ao tempo de Vargas, onde prevalecia o interesse do administrador.
Hoje, porém, esse exagero regulatório deixou de ser necessário.
A falta de indicadores de qualidade dos serviços prestados demonstra o aspecto
cultural do menosprezo ao controle de qualidade, uma vez que somente se
pode avaliar aquilo que se pode medir e comparar com padrões mínimos de
qualidade.
Diante disso, fica muito claro que o clima de uma organização pública seja
fortemente influenciado pelo ambiente exterior. Em que ponto ter sido o salário
do servidor divulgado na Internet afeta seu clima interno de trabalho? Essa é
uma questão que deve ser muito bem avaliada.
cultura organizacional;
boa comunicação;
oportunidades de crescimento;
salário; possibilidades de capacitação;
estilo de liderança;
ambiente externo;
consciência de significado do trabalho. .
As saídas, se positivas, são:
o melhor desempenho;
a produtividade elevada;
a qualidade dos serviços prestados;
a inovação.
O clima organizacional pode ser medido, a partir de pesquisas de clima, por
meio de questionários respondidos pela equipe e tabulados conforme as
técnicas de aferição. Essas pesquisas costumam apontar precariedades que
devem ser atingidas em etapas subsequentes. Nada pior do que erguer a
expectativa de mudança nas pessoas, com a realização da pesquisa de clima,
para, em seguida, nada acontecer.
“O importante é salientar que o gestor pode não ter muitas condições pessoais de
intervir e de modificar a cultura organizacional de sua entidade. Todavia, quase sempre
ele tem plenas condições de alterar e melhorar o clima organizacional do seu
departamento ou da sua equipe de trabalho, seja intervindo nos elementos que o
compõem, seja atuando nas variáveis de entrada que influenciam as variáveis
dependentes que produzem resultados na organização.” (CHIAVENATO,2008, p.231)
Transparência
Uma das premissas mais significativas da Administração Pública modernamente
tem sido a da transparência, representada pelos Portais da Transparência, e
pela Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527, de 2011). O assunto é
disciplinado com tanta gravidade na Constituição, que a ele foram dedicados
dispositivos de três artigos, quais sejam:
Art. 5º....
...
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
...
Art. 37....
...
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
...
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações
sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
...
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro...
...
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da
documentação governamental e as providências para franquear sua
consulta a quantos dela necessitem.
...
Fica patente, portanto, que o acesso à informação pública deve ser franqueado
ao cidadão comum, ou a entidades organizadas, com a ressalva de sigilo
apenas para casos definidos em lei.
Isso aponta a necessidade de organização e sistematização da informação
produzida nos órgãos públicos. Os servidores devem estar conscientizados de
que as informações que produzem ou manipulam devem ser devidamente
preservadas e guardadas, de forma que se favoreça o acesso imediato. Com
esse objetivo, os Poderes organizaram portais de informações, onde constam
dados de contratos públicos e execução orçamentária, e também sobre seu
quadro de servidores e remuneração.
Art. 37....
...
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em
geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
...
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou
abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
A metodologia da Qualidade Total tem marcado fortemente o desenvolvimento
das organizações privadas, numa evolução em que a sutileza tem representado
o diferencial na conquista e fidelização do mercado.
Esse modo de inspeção do produto continua hoje sendo praticado pelos
consumidores nas feiras livres, nos supermercados e no comércio de produtos
artesanais, com a finalidade de encontrar o que melhor atenda às suas
necessidades e interesses.
Num cenário de produção massificada, contudo, passaram a ser adotados
controles estatísticos de qualidade, com aferição de lotes pinçados
aleatoriamente do volume total produzido. Definiu-se um índice máximo
aceitável de desconformidade e, o que excedia a esse valor, era retirado da
linha produtiva.
Assim, um bem produzido em uma fábrica de determinada marca deveria ser
idêntico ao produzido em outra fabrica, ao ponto de que não fosse possível
distinguir a origem de um e outro.
Com o passar do tempo e com a especialização dos métodos produtivos, que
passaram a propiciar maiores recursos e riqueza de detalhes aos bens
produzidos, outros valores se agregaram ao conceito original de qualidade,
como durabilidade; confiabilidade; identidade visual; dentre outros. Por último,
passou a importar, em termos de qualidade, não apenas o produto em si, mas
toda a atividade envolvida na produção e inserção no mercado, inclusive a pós-
venda.
Num passo além disso veio Qualidade Total, com novo enfoque integral da
qualidade, que, ganhou sistematização a partir do desenvolvimento industrial
japonês após a II Guerra Mundial. Dessa maneira, ao garantir-se a qualidade
do sistema, buscava-se garantir a qualidade de produtos e serviços. Essa
mudança de filosofia representou a evolução para a era da Qualidade Total
como especialidade da administração.
Note-se que o conceito de qualidade deve ser aspecto inerente de uma marca
que, em primeiro lugar, deve ser incutido na ideia de seus consumidores e,
subliminarmente, na ideia do público em geral. Isso significa que mesmo
aqueles que não consumam seus produtos sabem que determinada marca
prioriza a qualidade. Qualidade é, então, conceito associado também à opinião
pública. É necessário que a qualidade seja comunicada pela marca com
eficiência, de forma a construir uma opinião pública positiva.
“A qualidade quem estabelece é o cliente e não os engenheiros, nem
o pessoal de marketing ou a alta administração. A qualidade de um
produto ou serviço pode ser definida como o conjunto total das
características de marketing, engenharia, fabricação e manutenção
do produto ou serviço que satisfazem as expectativas do cliente”.
Estabelecer a constância do propósito de melhorar o produto e o serviço,
com a finalidade de se alcançar a competitividade, permanecer no
mercado e criar empregos;
Adotar a nova filosofia. Numa nova era econômica, a administração deve
despertar para o desafio, assumir suas responsabilidades e assumir a
liderança da mudança;
Acabar com a dependência da inspeção em massa. Deve-se eliminar a
necessidade de inspeção em massa construindo a qualidade junto com o
produto desde o começo;
Cessar a prática de comprar apenas com base no preço. Ao invés disso,
deve-se procurar minimizar o custo total. É preciso desenvolver um
fornecedor único para cada item, num relacionamento de longo prazo
fundado na lealdade e na confiança;
Melhorar sempre e constantemente o sistema de produção e serviço, para
melhorar a qualidade e a produtividade e, dessa maneira, reduzir
constantemente os custos;
Instituir o treinamento no serviço;
Instituir a liderança;
Afastar o medo, para que todos possam trabalhar eficazmente no
atendimento dos objetivos organizacionais;
Eliminar as barreiras entre os departamentos. Quem trabalha nas áreas
de pesquisa, de projeto, de atendimento ao público, dentre outras, deve
agir como equipe para antecipar problemas na produção e na utilização
que possam afetar o produto ou serviço;
Eliminar slogans, exortações e metas exageradas para os empregados,
pedindo zero defeito e níveis mais altos de produtividade, de maneira
coercitiva. Essas exortações apenas criam relações hostis, já que a
principal causa da má qualidade e má produtividade é o sistema, o qual
se encontra além da intervenção da força de trabalho;
Eliminar as cotas numéricas; eliminar a administração por objetivos,
adotando visão sistêmica;
Remover as barreiras que impedem ao trabalhador sentir orgulho pela
tarefa bem feita. A responsabilidade dos supervisores deve mudar dos
números para a qualidade;
Instituir um sólido programa de educação e auto-treinamento;
Agir no sentido de concretizar a transformação. A transformação é o
trabalho de todos.
Como o Estado não apresenta lucro financeiro e seus recursos são públicos,
resultam da arrecadação de impostos, a preocupação com a qualidade deve
acentuar-se na perspectiva de uma prestação de serviços a quem, de fato, por
estes já pagou antecipadamente. A alta gestão deve estar bem atenta para
essa necessidade por qualidade nos serviços públicos. Isso não apenas devido à
intensa cobrança social, mas propriamente para o atendimento dos objetivos do
Estado. Esse pensamento moderno, de atuar com qualidade, é um desafio que
se apresenta aos novos gestores públicos que possuem, nas metodologias
adotadas no mercado, modelos a serem adequados e aplicados na lida pública.
Daí resultará, inclusive, dois grandes ganhos para a sociedade, que será a
possibilidade de redução da carga de impostos a que está sujeita pelo modelo
da “eficácia sem eficiência” e, também, pela maior confiabilidade e segurança
que terá nos serviços públicos e nos servidores do Estado de maneira geral.
Confiando e acreditando na qualidade dos serviços públicos de que disponha, o
cidadão deixará de contratar serviços paralelos de atendimento às necessidades
que apresente, como saúde suplementar, por exemplo.
Como vimos até aqui, a atividade pública no Brasil é guiada pela legislação
vigente na área. É assim devido ao princípio da legalidade, estabelecido no
artigo 37 da Constituição. Acerca disso, há que se considerar que a disciplina
da Administração Pública muito se aproveita do Direito Administrativo, de onde
busca o fundamento para o exercício da gestão.
A Constituição Federal
O marco legal máximo da atividade é a Constituição Federal, que representa o
eixo principal da Administração. Tanto é assim que, no Título III – Da
Organização do Estado, existe o Capítulo VII – Da Administração Pública,
inteiramente dedicado ao serviço público, que vai desde o art. 37 até o art. 43,
distribuídos em quatro seções, quais sejam: Seção I – Disposições Gerais;
Seção II – Dos Servidores Públicos; Seção III – Dos Militares dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios; Seção IV – Das Regiões.
Muitos críticos afirmam que a Constituição vai além daquilo que deveria, ou
seja, diversos de seus dispositivos poderiam ter sido deixados para a legislação
comum, como é o caso da regra do concurso público, por exemplo, na qual a
Constituição define, inclusive, prazo de validade de 2 anos. Por outro lado, a
Constituição deixa de lado tema politicamente relevante, que é a estrutura
organizacional do aparelho do Estado, que, ainda hoje, vigora na forma do
Decreto-Lei nº 200, de 1967, da época do regime militar.
Capítulo VII, do Título III, da Constituição Federal (art. 37 até o art.
43)
Decreto-Lei nº 200, de 1967, que dispõe sobre a organização da
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e
dá outras providências.
Lei nº 8.027, de 1990, que dispõe sobre normas de conduta dos servidores
públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas, e dá outras
providências.
Lei nº 8.112, de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Lei nº 8.429, de 1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e
dá outras providências.
Lei nº 8.666, de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências.
Decreto nº 1.171, de 1994, que aprova o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
Código de Conduta da Alta Administração Federal
Lei nº 9.784, de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal.
Legislação – Servidores Públicos – resenha do Planalto
Legislação – Organização do Estado – resenha do Planalto