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Universidade Rovuma
Nampula
Junho de 2020
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Universidade Rovuma
Nampula
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Junho de 2020
Índice
Introdução..............................................................................................................................4
Sua clarificação......................................................................................................................5
2.Focalização da educação.....................................................................................................5
7. Conclusão.........................................................................................................................11
8. Bibliografia......................................................................................................................12
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Introdução
da acção educativa, e uma certa estratégia na sua realização, mas, mesmo que estes
caracteres falhem, poderemos falar de uma política educativa implícita pare designar as
linhas de força ou as tendências que sustentam as acções educativas.
Uma política educativa não nasce do nada, ela inscreve-se no quadro mais largo de uma
filosofia da educação e é o resultado de múltiplas influências provenientes dos sistemas
sociais que agem sobre o sistema educativo e que eles mesmos estão sob a influência do
contexto filosófico, ético, religioso e histórico, do quadro geográfico e físico, assim como
do contexto sócio-cultural.
2.Focalização da educação
Chamaremos «focalização» da educação a esta prioridade que ela deve, em caso de
oposição, conceder ao indivíduo, ou à sociedade, e nestes termos falaremos de educação
focalizada para o indivíduo, para a sociedade, ou em «equilíbrio social».
Política educativa, é uma posição política, mais ainda, é a expressão de «duas filosofias,
duas concepções gerais do homem, duas mundividências que se defrontam» como o diz e
muito bem M. Duverger (1965) na sua análise dos regimes políticos e que prossegue deste
modo:
A doutrina comunitária parte de um postulado de base, muitas vezes, aliás, não formulado
e por vezes inconsciente: «os indivíduos não são senão os elementos componentes dos
grupos sociais, grupos esses que constituem os únicos serem verdadeiros, entidades
distintas. Para esta doutrina o organismo social é comparável ao corpo humano: as células
que formam este podem viver, em rigor, separados dele, como o provaram as experiências
de laboratório; mas esta vida é anormal, excepcional.
O passado e a tradição
O presente
Um futuro não especificado (embora baseado numa hipótese de sociedade)
Um futuro especificado por um modelo definido de sociedade.
O conservantismo
O progressismo
A revolução
A concepção do homem
A concepção da sociedade
A concepção da cultura.
As razões pragmáticas podem ser de diferentes espécies, das quais as principais são:
Foi o que aconteceu na revolução cultural chinesa, do mesmo modo que na educação
francesa do século XVII e do começo do século XVIII onde, apesar da necessidade
económica e social que a indústria nascente criava, se limitaram, no secundário, a uma
concepção literária da formação; foi preciso esperar por Diderot para reclamar a prioridade
à formação em ciências aplicadas, e é somente no fim do século XVIII que, sob o impulso
de Lakanal, foram criadas as «Escolas Centrais» que visavam a satisfação desta
necessidade.
O mal-estar difuso, assinalado a partir do final dos anos 60, a que se convencionou chamar
«crise da escola», corresponde a um défice de legitimidade e de sentido que é indissociável
das mutações sofridas pela instituição escolar ao longo do século XX. Estas mutações
podem ser sintetizadas numa fórmula segundo a qual a escola passou de um contexto de
certezas para um contexto de promessas, situando-se hoje num contexto de incertezas
(Canário, Alves e Rolo, 2001).
Com o acesso ao poder do Partido Socialista, a partir das eleições legislativas de Outubro
de 1995, verifica-se uma tentativa, por parte da equipa do Ministério da Educação, para
estabelecer alguma demarcação com o passado recente através da utilização de uma nova
linguagem que se destina a introduzir uma ruptura no plano discursivo com os anteriores
governos sociais-democratas.
No que diz respeito aos professores, estamos perante uma retórica que guarda traços da
ambiguidade que marcou o modo como estes profissionais foram encarados no período da
reforma educativa: eles eram vistos, em simultâneo, como os garantes da reforma e como
os principais obstáculos à sua concretização. A política de esbatimento de conflitos conduz
a que neste conjunto documental o estatuto do professor seja enfatizado pela positiva,
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As rápidas e acentuadas mudanças registadas nas últimas décadas dos públicos escolares
estão presentes, como não podia deixar de ser, no discurso dos entrevistados. Para um
grupo que constitui uma minoria absoluta essas mudanças são vistas como positivas,
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traduzindo-se numa atitude marcada pela empatia em relação aos alunos: Nos estudantes
há uma diferença enorme agora são mais rebeldes. Por um lado, é bom, porque falam
mais, participam mais, têm mais à vontade com os professores, Antigamente, os alunos
eram mais passivos, com mais medo do professor, que ia ali despejar matéria, como se
costuma dizer [prof. 7].
Os miúdos são muito agradáveis e são simpáticos. Acho que é um meio muito acolhedor
aqui na escola. Em geral, eles gostam de vir para a escola [prof. 14]. Sendo esta postura a
excepção, a quase totalidade dos professores organiza o seu discurso a partir de uma visão
negativa e desvalorizada dos novos públicos escolares. A palavra-chave desse discurso é a
heterogeneidade. Mutações internas da instituição escolar, decorrentes da política de
democratização de acesso, bem como fenómenos de natureza social, extrínsecos à escola
(migrações, crise urbana) estão na origem do crescimento exponencial da população
escolar e da sua diversidade interna.
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7. Conclusão
8. Bibliografia
CANÁRIO, R., ALVES, N., e ROLO, C. (2001), A Escola e a Exclusão Social, Lisboa,
Educa/IIE.
CHARLOT, B. (1998), Du rapport au savoir. Éléments pour une théorie, Paris, Anthropos.