Você está na página 1de 8

SÚMULA

AMBIENTAL mudanças
SISTEMA FIRJAN / www.firjan.org.br
Nº 161 – Julho de 2010 – Ano XIV
do clima:
Indústria acompanha
regulamentação de políticas

JULHO DE 2010 SÚMULA AMBIENTAL 1


C
Capa

Políticas
climáticas brasileiras:
metas e regulamentação
O
Brasil conta, desde de­ gia; Agropecuária; e Siderurgia o governo poderá nesse período
zembro de 2009, com (substituição de carvão vegetal de fixar metas setoriais.
uma Política Nacio­ desmatamento por carvão de flo­ No Estado do Rio de Janeiro,
nal sobre Mudança do Clima. restas plantadas). a Lei 5.690/2010 instituiu a Polí­
Instituí­da pela Lei 12.187/2009, Para elaboração dos planos, se­ tica Estadual sobre Mudança Glo­
ela adotará, como compromisso rão formados grupos técnicos, um bal do Clima e Desenvolvimento
nacional voluntário, ações de mi­ para cada setor, cujos participan­ Sustentável, sancionada em 14
tigação das emissões de Gases de tes serão indicados pelo Fórum de abril deste ano. O objetivo da
Efeito Estufa (GEE) com o ob­ Brasileiro de Mudança do Clima. lei é o de promover a redução da
jetivo de reduzir entre 36,1% e Em paralelo à Política Nacio­ emissão de GEEs e o aumento da
38,9% as emissões projetadas até nal, os estados e municípios tam­ remoção dos mesmos por sumi­
2020. bém têm desenvolvido suas políti­ douros, além de prevenir, miti­
Esse compromisso foi apresen­ cas climáticas. gar os efeitos e adaptar o Estado
tado no Acordo de Copenhague O governo do Estado de São do Rio de Janeiro às mudanças
– reunião sobre o clima realizada Paulo instituiu a Política Esta­ climáticas, contribuindo para os
na Dinamarca no final de 2009. dual de Mudanças Climáticas em propósitos da Convenção-Quadro
Para o seu cumprimento, o gover­ novembro de 2009 (Lei Estadual das Nações Unidas sobre Mudan­
no federal dará início à elaboração 13.798/2009), antes mesmo da ça do Clima (UNFCCC, na sigla
de cinco Planos de Ação Setoriais Política Nacional. O Estado de em inglês).
prioritários: prevenção e controle São Paulo terá que cumprir, em A política servirá como base
de desmatamento na Amazônia 2020, uma meta de redução glo­ para a elaboração do Plano Esta­
Legal; prevenção e controle de bal de 20% das emissões de car­ dual sobre Mudança do Clima,
desmatamento no cerrado; Ener­ bono relativas ao ano de 2005, e que buscará promover pesquisas,

EXPEDIENTE: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) - Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ). Av. Graça Aranha nº 1 - CEP: 20030-002 - Rio de Janeiro / RJ
Sugestões, informações e assinaturas: (21) 2563-4213 / 4518 - www.firjan.org.br. Presidente: Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira; Presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente:
Isaac Plachta; Diretor-Geral do Sistema FIRJAN: Augusto Cesar Franco de Alencar; Diretora de Inovação e Meio Ambiente: Marilene Carvalho; Coordenação Gerência de Meio Ambiente:
Luís Augusto Azevedo e Carolina Zoccoli; Gerência de Marketing Institucional: Daniela Teixeira e Carlos H. Latini – SÚMULA AMBIENTAL é uma publicação do SISTEMA FIRJAN editada
pela Insight Engenharia de Comunicação. Editor Geral: Sérgio Costa; Editora Executiva: Kelly Nascimento; Redação: Carolina Zoccoli; Revisão: Rubens Sylvio Costa e José Neves de Oliveira;
Projeto Gráfico: Romildo Castro Gomes; Design e Diagramação: Paula Barrenne; Produtor Gráfico: Ruy Saraiva; Impressão: Antograf.

2 SÚMULA AMBIENTAL JULHO DE 2010


Está previsto o
estabelecimento de
metas de redução
de emissões e
metas de eficiência
setoriais

difundir tecnologias e práticas que (SEA), ficará responsável por mo­ desempenho ambiental de produ­
favoreçam a economia de baixo nitorar a efetiva implementação tos comercializados no estado.
carbono, voltadas à mitigação dos da Política. A fim de contribuir para a im­
efeitos das mudanças climáticas. Na regulamentação dessas leis plementação das Políticas, é fun­
O licenciamento ambiental que estabelecem as Políticas Cli­ damental a criação de fontes es­
será um instrumento dessa Políti­ máticas Nacional e Estaduais, de­ pecíficas de fomento e incentivo à
ca. Dessa forma, empreendimen­ ve-se ter atenção para que as metas P&D, com foco na mitigação e na
tos com significativa emissão de globais e setoriais sejam de caráter adaptação às mudanças climáticas.
GEEs devem apresentar inven­ voluntário, não impossibilitando Atividades que podem e preci­
tário de emissões, plano de miti­ a captação de recursos provenien­ sam ser subsidiadas por essas fon­
gação e medidas compensatórias tes de projetos de Mecanismo de tes já estão sendo desenvolvidas
como condicionantes à emissão e Desenvolvimento Limpo (MDL) em nosso estado. Um exemplo re­
à renovação de licenças de instala­ e não prejudicando a competitivi­ cente foi o projeto de obtenção de
ção ou de operação. dade da industria nacional. borracha a partir do dente-de-leão
Está previsto o estabelecimen­ Além da atenção que o Brasil (planta também conhecida como
to de metas de redução de emis­ precisa ter com relação a inicia­ dandelion), apoiado pela Faperj.
sões e metas de eficiência setoriais tivas de criação de barreiras co­ O Sistema FIRJAN está acom­
tendo como base as emissões in­ merciais aos produtos brasileiros panhando a operacionalização e re­
ventariadas para cada setor e seus no exterior, é preciso ter cuidado gulamentação das políticas climáti­
parâmetros de eficiência. com o surgimento de barreiras co­ cas, a fim de defender a conciliação
O Fórum Rio de Mudanças merciais interestaduais, tendo em da mitigação da mudança do clima
Climáticas, coordenado pela Se­ vista que a Política paulista con­ com o desenvolvimento das ativi­
cretaria de Estado do Ambiente templa a definição de padrões de dades industriais fluminenses.

JULHO DE 2010 SÚMULA AMBIENTAL 3


Guarim de Lorena
C
Curtas

Cultivar:
1.400 mudas foram
plantadas no segundo
evento do Cultivar, em
Nova Iguaçu.
Abaixo, alunas
participam da ação
em Volta Redonda
novo site e mais árvores plantadas
O Projeto Cultivar, iniciativa do Sistema FIRJAN de reflo­
restamento com espécies nativas da Mata Atlântica e de educa­
ção ambiental sobre mudanças climáticas, acaba de ganhar seu
hotsite. Em www.firjan.org.br/cultivar, o internauta pode conhe­
cer os detalhes do projeto, acessar fotos dos plantios realizados e
ler a ficha técnica das espécies plantadas. É também o ponto de
contato entre a organização do projeto e as empresas que dese­
jam conhecer as formas de participar. Antonio Batalha
O segundo evento de plantio do Cultivar aconteceu em
Nova Iguaçu, no dia 18 de maio. Mil e quatrocentas mudas fo­

Guarim de Lorena
ram plantadas em uma área contígua à Unidade SESI/SENAI
por alunos, colaboradores e empresários da região. Os alunos
expuseram ainda trabalhos feitos em sala de aula sobre o aqueci­
mento global e as formas de contribuir para evitá-lo por meio de
ações como o reflorestamento.
Em Volta Redonda, o Cultivar apoiou o plantio de 300 mu­
das realizado pela empresa Café Faraó, em sua sede, no dia 8 de Exposição feita pelos
julho. Cem alunos do SESI e do SENAI do município partici­ alunos do SESI/
param da atividade. O plantio compôs a comemoração dos 60 SENAI Nova Iguaçu,
anos do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do a partir de temas
Sul do Estado do Rio de Janeiro (Sipacon). trabalhados em aula

Abertas as inscrições para o 5º Prêmio Brasil


Empresas, instituições, órgãos públicos, ONGs e agências de Cada instituição pode participar com projetos em até duas
comunicação de todo o Brasil já podem preparar seus projetos para das seguintes categorias: Ar; Água; Biodiversidade; Educação
concorrer ao 5º Prêmio Brasil de Meio Ambiente. Esta edição, que Ambiental; Resíduos; Eficiência Energética; Eco-Turismo; Âmbito
tem inscrições abertas até 10 de setembro, home- Municipal; Âmbito Estadual; Âmbito Federal; Mi-
nageia o Ano Internacional da Biodiversidade. cro e Pequenas Empresas; Ação de Comunicação
O objetivo é divulgar iniciativas que conci- Social; e Campanha Publicitária.
liem atividades produtivas com a proteção am- Idealizado pela Editora JB/JB Ecológico, o
biental e o desenvolvimento sustentável, estimu- Prêmio conta desde a primeira edição com a es-
lando a ampliação da consciência ambiental em todo o país. Nesta truturação técnica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por
edição, a novidade é uma categoria exclusiva, que irá premiar a intermédio do Sistema FIRJAN. Mais informações e inscrições em
melhor iniciativa de micro ou pequenas empresas. www.jb.com.br/5pbma ou pelo e-mail pbma2010@firjan.org.br.

4 SÚMULA AMBIENTAL JULHO DE 2010


C
E J
Espaço
Curtas Jurídico

A atuação do Ministério Público na defesa do meio ambiente


O Ministério Público é definido pela Constituição lavratura de um Termo de Ajustamento de Conduta ou
federal como instituição permanente, essencial à função o ajuizamento de Ação Civil Pública.
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da Já o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) é
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses um compromisso formal extraprocessual e extrajudicial
sociais e individuais indisponíveis. Sua atuação clássica e firmado entre o causador do dano, as autoridades am­
talvez mais conhecida é a de acusador público nas ações bientais competentes e o Ministério Público, no qual são
penais. Porém, além disso, o MP fiscaliza o cumprimen­ informadas as irregularidades apontadas e as providên­
to das leis e da Constituição, manifestando-se sempre cias a serem tomadas. O agente que viola a obrigação
que o interesse público assim o exigir, exatamente como de natureza ambiental se compromete voluntariamente
ocorre na defesa dos chamados “direitos dos cidadãos”, a sanar as irregularidades apontadas, reparando eventual
como o meio ambiente. dano ambiental verificado e adequando-se assim à legis­
No exercício de suas funções, o MP possui diversas lação ambiental.
prerrogativas, como investigar e apurar fatos, instaurar O terceiro instrumento, de índole processual e judi­
inquéritos, acompanhar diligências, notificar violações cial, é a Ação Civil Pública, prevista na Lei 7.347/85 e que
a direitos, expedir recomendações e solicitações aos po­ visa à responsabilização pelos danos causados, entre ou­
deres públicos, enfim, quaisquer providências lícitas – e tros, ao meio ambiente. O objeto dessa ação é obter a re­
que não sejam de prerrogativa de outros órgãos ou en­ composição do meio ambiente lesado (obrigação de fazer
tidades – que se afigurem necessárias para a defesa do ou não fazer) e/ou o pagamento de uma multa. Quando
bem em questão. essa recomposição for impossível, deverá ser determinado
Seu trabalho, entretanto, não se limita à atuação o cumprimento de uma obrigação equivalente. Ela é utili­
concreta, mas é também do estudo abstrato do tema, zada quando a reparação à lesão ambiental não for obtida
realizando estudos e ensaios, formando grupos de tra­ de forma voluntária – por exemplo, pelo compromisso do
balho, formulando propostas, solicitando providências TAC. A Ação Civil Pública não está vinculada ao inqué­
e outros. O objetivo é desenvolver o tema, aperfeiço­ rito civil, podendo ser proposta independentemente. No
ando a chamada “educação ambiental”, seus meios de entanto, o inquérito servirá para robustecê-la, delimitando
proteção e contribuindo para um melhor desempenho seu objeto, na medida em que fornece elementos técnicos
da Política Nacional do Meio Ambiente. imprescindíveis (pela natureza do tema).
Contudo, o papel do Ministério Público é mais vi­ Por fim, temos ainda os reflexos penais do dano
sível na atuação em situações concretas, para as quais ambiental, a serem também apurados, propondo-se a
pode o mesmo ser provocado pela autoridade policial, competente ação penal pela sua prática, nos termos da
pelo próprio interessado, por qualquer um do povo ou legislação específica.
por qualquer outra fonte, inclusive anônima, que lhe Podemos então concluir que o Ministério Público, em
informará da potencial ocorrência de um dano ao meio que pese ser visto como o “eterno acusador”, pode se afas­
ambiente. A partir daí, a entidade iniciará seu trabalho. tar desse papel, na medida em que seu interesse maior não
Nessa atuação concreta identificamos pelo menos é punir, repreender ou infligir sanções e multas, mas sim
três instrumentos práticos: o inquérito civil, o termo de evitar, conscientizar e educar, reprimindo quando preciso,
ajustamento de conduta e a ação civil pública. visando a preservar o bem em questão. Assim, o interessa­
O inquérito civil é um procedimento administrativo do que tenha a noção da existência de irregularidades de
que visa à apuração de fatos que possam lesar interes­ natureza ambiental, e que tenha o interesse em saná-las,
ses difusos, coletivos e individuais homogêneos indis­ poderá procurar as autoridades ambientais competentes e
poníveis, e a adoção de medidas para a prevenção ou providenciar sua regularização; ao fazê-lo, terá o Ministé­
reparação da lesão. Na instrução, o Promotor de Justiça rio Público como aliado, e não como algoz.
poderá requisitar certidões, solicitar informações, deter­
minar a realização de diligências, requerer a participação n Gustavo Kelly Alencar
dos órgãos ambientais competentes e outros. A conclu­ DJU/GJE – Gerente Jurídico Empresarial-Tributário Corporativo
são pode resultar em três medidas: o arquivamento, a Sistema FIRJAN

JULHO DE 2010 SÚMULA AMBIENTAL 5


C
Curtas
“Estado do Mundo 2010”
é publicado em português
Uma das mais importantes publicações mun-
diais sobre sustentabilidade, o relatório “Estado
do Mundo” teve sua última edição lançada em
Pneus de dez municípios português em junho, pelo Instituto Akatu e pelo
Worldwatch Institute (WWI). O documento, que
serão aproveitados pode ser baixado em www.akatu.org.br, é com-
A região Centro Norte Fluminense terá posto por artigos e estudos sobre diversos aspec-
um plano de coleta de pneus usados para tos das questões ambientais e seus impactos em
reciclagem em fornos de cimento. A partir nossa sociedade. O tema central deste ano é o
de uma parceria entre a empresa Lafarge consumo, sob óticas múltiplas.
e os municípios de Cachoeiras de Macacu, Segundo o relatório, a Humanidade aumen-
Carmo, Cantagalo, Cordeiro, Duas Barras, tou seu consumo de bens e serviços em 28% nos últimos dez anos. So-
Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Ma- mente em 2008, foram vendidos, no mundo, 68 milhões de veículos, 297
cuco e Santa Maria Madalena, os resíduos milhões de computadores e 1,2 bilhão de celulares.
descartados nessas localidades serão reco- Entre 1950 e 2005, a produção de metais cresceu seis vezes, o consu-
lhidos e encaminhados à estação de reci- mo de petróleo subiu oito vezes e o de gás natural, 14 vezes. No total, 60
clagem inaugurada pela Lafarge e pela CBL bilhões de toneladas de recursos naturais são extraídas anualmente – cer-
Reciclagem em Nova Iguaçu. Essa estação ca de 50% a mais do que há apenas 30 anos. A pegada ecológica de nossa
tem capacidade para triturar 10 toneladas
sociedade, que em 1960 era de meio planeta Terra, hoje chega a 1,3 – ou
por hora, o equivalente a 2 mil pneus de
seja, as pessoas estão usando quase um terço a mais da capacidade da
carros de passeio. A expectativa é proces-
Terra do que a efetivamente disponível.
sar 2,4 milhões de pneus no primeiro ano
de operação, que serão aproveitados como O “Estado do Mundo” mostra ainda que, além de excessivo, o consumo
fonte de energia nos processos da fábrica é desigual. Em 2006, os 65 países com maior renda, que somam 16% da
da Lafarge de Cantagalo, substituindo cerca população mundial, foram responsáveis por 78% dos gastos em bens e
de 20% do combustível utilizado. serviços. Considerando apenas os Estados Unidos, são 5% da população
O coprocessamento de pneus na fábrica mundial responsáveis por 32% do consumo global.
de cimento permite que o material seja des- O documento apresentado pelo WWI considera o setor empresarial
truído a 1.500º C sem deixar resíduos, incorpo- como fundamental para a mudança de paradigmas. Segundo o estudo, em
rando as cinzas ao processo produtivo. A técni- 2006, as 100 maiores empresas transnacionais empregavam 15,4 milhões
ca contribui ainda para a redução da emissão de pessoas, com um volume de vendas equivalente a 15% do produto
de gases de efeito estufa. No caso da Lafarge, mundial bruto (US$ 7 trilhões). Portanto, mudanças no sistema econômi-
significará pelo menos 350 mil toneladas de co em favor de ações mais sustentáveis deverão passar, necessariamente,
CO2 emitidas a menos em um ano. por esses atores.

PLs em Tramitação
Câmara dos deputados
Reciclagem de pneus – O PL 7.630/2010 altera o Código de Trânsito Brasileiro para dar preferência ao emprego de massa asfáltica produzida com
borracha de pneus inservíveis na pavimentação de vias públicas. Foi encaminhado em julho de 2010 às Comissões de Meio Ambiente e Desenvol-
vimento Sustentável, Viação e Transportes e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Licenciamento de produtos químicos – De autoria do deputado João Dado (PDT/SP), o PL 5.687/2009 altera a Política Nacional do Meio Am-
biente, prevendo o licenciamento ambiental da importação de substâncias e produtos químicos e outros que comportem risco à qualidade de
vida ou ao meio ambiente. Na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, recebeu parecer pela aprovação, com substitutivo.

SENADO federal
Política Nacional sobre Mudança do Clima – O PLS 164/2010 reinsere na Lei da Política Nacional sobre Mudança do Clima (12.187/2009)
dispositivos sobre a proibição de contingenciamento dos recursos destinados a combater os efeitos adversos de mudanças climáticas e sobre o
estímulo à pesquisa e ao uso de tecnologias limpas, além de suprimir a menção à criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE).
Encontra-se na Comissão de Serviços de Infraestrutura, aguardando designação de relator.

6 SÚMULA AMBIENTAL JULHO DE 2010


CT
Curtas
Tecnologia
Ambiental

Selo Procel Edifica


Avaliação da eficiência energética em edifícios comerciais,
públicos e residenciais nas fases de projeto e construção
Em 2001, o Ministério de Minas e Energia lançou o cálculo e a expedição da etiqueta provisória será o res­
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica ponsável pela verificação dos itens avaliados no projeto
– o Procel – com sua Secretaria Executiva sob responsa­ e aplicados na fase de construção. Se tudo estiver execu­
bilidade das Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletro­ tado conforme o projeto, o selo definitivo da edificação
bras). O Selo Procel é utilizado pela maioria dos consu­ será concedido.
midores brasileiros na hora de decidir, pelo critério de O grande beneficiado pela aplicação do Selo Procel
menor consumo de energia, sobre Edifica será o consumidor final, que
a compra de uma geladeira, um ar­ poderá comprar um imóvel com
-condicionado ou uma televisão. certificado de eficiência “nível A”.
Aproveitando o sucesso e a gran­ Esse tipo de iniciativa tem como
de adesão dos consumidores, a Ele­ base o tripé da sustentabilidade,
trobras lançou, em parceria com o sendo considerados sustentáveis
Inmetro e o Laboratório de Eficiên­ somente os empreendimentos eco­
cia Energética em Edificações (La­ nomicamente viáveis, socialmente
bEEE) da Universidade Federal de justos e ambientalmente corretos.
Santa Catarina (UFSC), em 2007, Os consumidores mais atentos e
o Selo Procel Edifica. Trata-se de um informados já começaram a fazer as
processo de etiquetagem para avalia­ contas e chegaram à conclusão de
ção do impacto ambiental provoca­ que o custo de posse – as despesas
do pelo consumo de energia elétrica regulares com que o proprietário
em edifícios residenciais, comerciais tem de arcar durante toda a vida útil
e públicos durante a sua vida útil. A do imóvel – é menor do que num
metodologia construída prioriza as imóvel convencional.
questões de eficiência energética, baseando-se o proces­ Neste momento, a etiquetagem é voluntária. A par­
so de etiquetagem na avaliação da edificação nas fases de tir de 2012, no entanto, será obrigatória para todas as
projeto e construção. edificações novas e os projetos de retrofit. Será uma cor­
Todo o processo de etiquetagem da edificação é rida contra o tempo para que os construtores e incorpo­
composto de duas etapas. Na primeira, são avaliados os radores promovam a adesão aos conceitos de eficiência
projetos de iluminação, sistema de ar-condicionado e energética em edificações, viabilizando nos seus projetos
envoltória da edificação. Essa etapa será realizada pelo a obtenção do Selo Procel Edifica. Infelizmente, a ado­
laboratório designado pelo Inmetro com base nos proje­ ção de soluções e práticas ecoeficientes no Brasil ainda
tos e nas especificações técnicas enviados pelo proprietá­ é encarada por uma parcela significativa dos empresá­
rio ou incorporador. É nessa etapa que o nível de eficiên­ rios como desperdício de dinheiro. Aqueles que já estão
cia energética da edificação é calculado, sendo expedida adotando as novas soluções, contudo, estão abrindo um
a etiqueta do projeto. mundo de novas possibilidades e bons negócios.
A segunda etapa do processo de etiquetagem é rea­
lizada após a construção da edificação, solicitada pelo n André Jorge de Amorim Andrade
proprietário ou incorporador logo após a expedição do Especialista em Eficiência Energética e Selo Procel Edifica
habite-se do imóvel. O laboratório responsável pelo Centro de Tecnologia SENAI-RJ Ambiental

JULHO DE 2010 SÚMULA AMBIENTAL 7


A GENDA Ambiental

21 de agosto a 27 de Curso “Controle Ambiental no Setor de Petróleo e Gás” Tel.: 0800 970 9556
novembro de 2010 Local: Rio de Janeiro – RJ www.cce.puc-rio.br
23 e 24 de agosto Congresso Brasileiro de Emergências e Comunicação Tel.: (21) 2576-7608
de 2010 Ambiental E-mail: eventos@interacaoambiental.com.br
Local: São Paulo – SP www.interacaoambiental.com.br
25 a 27 de agosto Curso “Mudanças Climáticas e Gestão de Carbono” Tel.: (21) 2112-9032 / 9034
de 2010 Local: Rio de Janeiro – RJ E-mail: cursos@ibp.org.br
www.ibp.org.br
2 de setembro a 9 de Curso “Gestão para o Baixo Carbono” Tel.: (11) 3799-7777
dezembro de 2010 Local: São Paulo – SP www.fgv.br/fgvpec
9 e 10 de setembro Curso “Sistemas de gestão ambiental - Requisitos com Tel.: (11) 3284-5165 / 3142-8928
de 2010 orientações para o uso - ABNT NBR ISO 14.001:2004” E-mail: cursos2@abnt.org.br
Local: São Paulo – SP www.abnt.org.br
11 e 12 de setembro Curso de Operação de ETEs Tel.: (21) 3579-8459
de 2010 Local: Rio de Janeiro – RJ E-mail: biosane@biosane.com.br
www.biosane.com.br
11 de setembro a Curso “Auditor Interno em Sistema de Gestão Tel.: (21) 2679-9216 / 9497
26 de outubro de 2010 Integrada” E-mail: contato@dinamicadaterra.com.br
Local: Rio de Janeiro – RJ www.dinamicadaterra.com.br
13 de setembro a Curso “Gestão da Sustentabilidade nas Empresas” Tel.: 0800 970 9556
28 de outubro de 2010 Local: Rio de Janeiro – RJ www.cce.puc-rio.br
20 a 30 de setembro Inscrições para Programa de Pós-Graduação em Meio Tel.: (21) 2334-0824 / 0825
de 2010 Ambiente da Uerj – Doutorado E-mail: ppgmeioambiente@uerj.br
Local: Rio de Janeiro – RJ www.ppgmeioambiente.uerj.br
Outubro de 2010 Curso de Extensão em Compensação Ambiental Tel.: (21) 2562-7571
Local: Rio de Janeiro – RJ E-mail: cursodeextensao@eq.ufrj.br
www.eq.ufrj.br

8 SÚMULA AMBIENTAL JULHO DE 2010

Você também pode gostar