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GIULIANNA RUIZ

Existe vida
além do amor?
Índice

Existe vida além do amor?.............................................3


Comprometimento pessoal e autoconhecimento..........5
Realização profissional e carreira...................................7
Desenvolvimento intelectual..........................................9
Desenvolvimento emocional........................................11
Saúde física..................................................................13
Recursos e saúde financeira.........................................16
Diversão e lazer............................................................18
Vida social e amizades.................................................21
Família.......................................................................23
Contribuição social......................................................26
Espiritualidade....................................................28
Considerações finais....................................................29
Existe vida além do amor?

J
á reparou como a maioria das mulheres coloca o amor e relaciona-
mento como o ponto central de suas vidas? E o quanto essas mulhe-
res sofrem por isso? Além de tudo, ainda deixam de viver e descobrir
outras áreas de suas vidas para poderem se dedicar totalmente ao amor.
Também tem aquelas que nem querem mais saber de se envolver com
ninguém, pois sabem que quando isso acontece, a vida delas sai toda do
eixo, vira uma bagunça e se voltam totalmente pro perigo daquela relação.
Uma dessas mulheres é você?

Por que? Por que as mulheres agem assim? Toda vez que uma mulher
se apaixona, parece que um botão é ativado dentro de si e tudo se
transforma. Ela fica hipnotizada, obcecada, paranóica. É um desespero
sem tamanho. Já vivi casos de sair com uma amiga pra conversar e ela
passar o tempo TODO falando do seu parceiro ou daquele crush da vez.
É como se ela sumisse e o outro tomasse conta da sua vida. Exatamen-
te como prega o amor romântico. E quando eu falo de amor românti-
co, não falo de demonstração de amor e carinho, mas daquele amor
romântico em que as pessoas acreditam que se ficarem juntas, tornam-
-se apenas uma. No caso das mulheres, ainda tem o agravante de que-
rem se tornar o que elas imaginam que seja o desejo dos homens.

Pensa comigo: quantas vezes você já deixou de fazer aquelas pequenas


coisas que te agradam, sem ao menos perceber, porque agora a sua ener-
gia é toda despendida pra relação? Quantas de nós não sabe nem do que
gosta sem pensar no outro? Nós temos tantas outras áreas da vida pra se-
rem olhadas, cuidadas e aproveitadas... Por que será que o “amor” toma
conta de tudo, como se não houvesse mais nada no mundo?

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Pensando nisso, criei essa cartilha para que você possa olhar e des-
vendar quais outras áreas nós temos na vida, que são tão importantes
e prazerosas quanto os relacionamentos. Juntas, vamos olhar pra essas
questões e cuidar do nosso jardim. O que acha?

Antes de continuar, pegue um papel e uma caneta e escreva quais


áreas são essas que podem ser ou já são importantes pra você e que
você gostaria de desenvolver ou olhar com mais carinho.

Nos próximos capítulos, vou falar sobre as áreas que vejo como importan-
tes para que vivamos uma vida mais completa, sem precisar investir TODA
a nossa energia em uma única área para nos sentirmos felizes. Vem comigo!

Giulianna Ruiz
Desenvolvimento Emocional para Mulheres
Psicoterapia e Coaching
Atendimentos Online
Brasil | Exterior
(11) 97441 4846

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Comprometimento pessoal
e autoconhecimento

E
ssa é a primeira área que vou falar aqui. Esse tema foi escolhido
propositalmente, porque sem comprometimento pessoal e auto-
conhecimento, não há foco, nem objetivo, nem desenvolvimento.
As coisas se perdem!

Se você não estiver comprometida com você mesma, qualquer distração


que aparecer, será motivo para você continuar olhando pra fora, cuidando
do que não é da sua responsabilidade e não te trará nenhum benefício.

O que é se comprometer consigo mesma? É se propor a olhar mais para


você, se responsabilizar pela sua vida. É se colocar como a pessoa mais
importante. Você só poderá se transformar, e criar uma vida com mais
sentido pra você, se você se conhecer, se souber do que você gosta,
o que quer, suas qualidades, características que precisa desenvolver,
quais são as suas dores, suas limitações, pontos fortes... etc. Talvez você
esteja aí pensando que você já se conhece, já sabe o que quer, que
não tem mais pra onde ir, mas eu terei que te contar que esse processo
é infinito. A gente sempre pode mais!

E o que o autoconhecimento tem a ver com isso? Você só poderá trans-


formar a sua vida, se você se conhecer. Sem isso, não conseguirá criar
uma vida satisfatória e com mais sentido para você mesma.

Além disso, você só poderá se conhecer se você estiver comprometi-


da consigo mesma, afinal, isso leva tempo, às vezes dói, muitas vezes
é difícil e gera muitas mudanças em nossas vidas. Nem sempre são

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agradáveis, mas são necessárias, e é através delas que você criará uma
vida que faça sentido pra você.

E como é que a gente passa por esse processo? Depois de se compro-


meter com você, as formas de autoconhecimento são diversas! Tanto
a psicoterapia como o coaching, são processos que incluem o auto-
conhecimento, mas não são os únicos. Praticar esportes, ler, escrever,
viajar, também são ótimas opções. A verdade é que, a partir do momen-
to que você decide se conhecer, tudo vira motivo para que você passe
a se observar e se compreender mais. É claro que um profissional vai
te ajudar a se aprofundar mais ainda nesse processo, mas estar aten-
ta a si, ao que você sente, deseja, almeja, teme, também te dará uma
boa dose de autoconhecimento.

Sempre vale questionar se as suas escolhas são suas mesmo, ou se são


de outras pessoas. Talvez você descubra que a sua insatisfação vem do
desejo de ser aceita e reconhecida por alguém que talvez nem saiba
o que quer da própria vida e coloca padrões pra você seguir o que esse
alguém quer... Talvez você acredite que o ponto principal da sua vida
é o amor, porque alguém te fez acreditar nisso e por esse motivo, você
deixou de explorar e ouvir o que você realmente quer. Pessoas impor-
tantes tem grande peso nas decisões das nossas vidas, mas elas não
são donas da verdade absoluta. Talvez o que você busca, seja totalmen-
te contrário ao que essas pessoas esperam de você. E está tudo bem!
Inclusive se você tiver que decepcioná-las.

Agora é com você: escreva num papel de que maneira você pratica
o autoconhecimento na sua vida e por que você se sente comprometi-
da consigo mesma? Se ainda não pratica, o que você se comprometerá
a fazer, a partir de agora, que irá te aproximar mais de você mesma?

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Realização profissional e carreira

H
á pessoas que levam a sua profissão apenas como uma maneira
de se sustentar, pagar contas, um meio para poder sobreviver,
assim como há também as pessoas que aproveitam a necessi-
dade de trabalhar, para se desenvolver. Mas, como é que a gente se
desenvolve profissionalmente se o foco estiver no outro?

Os números não mentem! O mercado de trabalho ainda é mais ocupado


pelos homens, especialmente nos cargos mais altos. Como TUDO, isso
também está mudando, mas ainda falta bastante para chegarmos lá.

Temos a questão do machismo, que de fato, limita as mulheres a chega-


rem em certos lugares, e estas questões são externas e internas. Muitas
mulheres acreditam que o lugar delas não é lá fora, trabalhando, mas
sim, em casa, cuidando da família. E está tudo bem, essa possibilidade
de fato existe e você pode escolher e combinar isso com o seu parceiro.

O foco hoje, é pensarmos juntas sobre como a sua profissão e carreira


podem trazer realização e satisfação pra sua vida. Essa área nos permite
desenvolver vários aspectos, como a nossa inteligência emocional, inte-
lectual, relacionamento interpessoal, o próprio relacionamento afetivo,
o autoconhecimento, a autoconfiança, enfrentar medos, a nossa capaci-
dade de negociação, e ainda contribuir para um mundo melhor.

Além do mais, quando você se desenvolve profissionalmente, você tem


um reconhecimento por isso, o que te traz satisfação, porque mostra
o quanto você é capaz de ultrapassar e vencer desafios!

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E o reconhecimento financeiro? Ganhar dinheiro é bom! E receber por
um trabalho que você se propôs a fazer (e fazer bem feito), é melhor
ainda! O dinheiro traz conforto, a possibilidade de alcançar mais coisas
e ainda ajudar as pessoas que você ama e que às vezes podem precisar
de você. Também traz uma certa liberdade, e aí, ficar com o outro, se
torna um escolha, não uma obrigação.

Mas, como tudo na vida, o seu desenvolvimento profissional e a sua


carreira, também precisam do AUTOCONHECIMENTO como aliado!
Caso contrário, você entra no modo automático, isso se torna um
fardo e você passa a vida esperando para que “o príncipe encantado”
apareça e venha te salvar desse sofrimento!

Para você olhar para essa área, responda, de preferência escrevendo:


O que você tem feito pra se sentir realizada profissionalmente? Como
tem cuidado da sua carreira? Sabia que hoje em dia as competências
técnicas são muito importantes, mas se você não tiver inteligência
emocional, você pode ficar pra trás? Futuramente, isso pesará mais
ainda. Você tem cuidado da sua saúde emocional para que se saia
melhor profissionalmente? Ou continua esperando que alguém venha
te salvar desse martírio diário para que vivam felizes para sempre?

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Desenvolvimento intelectual

C
omo e qual é o seu interesse em entender como as coisas fun-
cionam, por que são, como são, como você pode executá-las de
formas diferentes? Você gosta de descobertas e novidades?

O nosso desenvolvimento intelectual está diretamente ligado à nossa


vontade de descobrir, saber e entender mais. Para se desenvolver intelec-
tualmente, você precisa ter interesse e curiosidade, e muitas vezes, cora-
gem, porque o conhecimento também aumenta as nossas inquietações.

Esse movimento é incrível! Ele nos faz questionar o lugar onde esta-
mos, pensar em novas situações, onde podemos chegar, descobrir,
explorar, buscar, preencher e incomodar! Resumidamente, eu associo
o desenvolvimento intelectual à vitalidade! Faço esse paralelo porque
quanto mais a gente descobre, mais a gente quer saber e mais procu-
ramos buscar. A gente sai do lugar passivo e assume uma posição de
movimento, interesse e ação!

O desenvolvimento intelectual nos tira do lugar que nos colocaram:


aquele lugar de que a vida se resume em “nascemos, crescemos, estu-
damos, namoramos, trabalhamos, casamos, temos filhos, nos aposen-
tamos e morremos...” A gente para de esperar e passa, de fato, a agir!

Existem diversas formas de se desenvolver intelectualmente, e isso de-


pende mais da sua intenção do que do material utilizado para essa finali-
dade. Podemos aprender e a nos desenvolver por meio de uma conver-
sa, um filme, cursos, esportes, músicas, atividades e jogos, por exemplo.

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Você tem se desenvolvido intelectualmente? De que maneira? De que
outras maneiras você pode continuar desenvolvendo o seu intelectual?
Esses dias eu vi uma moça na televisão dizendo que aprendeu espa-
nhol e hoje fala fluentemente fazendo cursos gratuitos e estudando pela
internet. Ela ainda disse que paga internet pra isso. Ou seja: ferramentas
nós temos. Será que estamos usando de maneira positiva?

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Desenvolvimento emocional

D
esenvolvimento Emocional não tem NADA a ver com se
sentir bem, ser compreensiva, estar alegre ou ser amorosa
o tempo inteiro.

Desenvolvimento Emocional tem a ver com conhecer as suas emoções


e encontrar estratégias para lidar com elas da melhor maneira possível,
para você e para a situação que estiver vivendo. É aproveitar as suas
qualidades e desenvolver seus pontos fracos. Desenvolver a sua capaci-
dade de avaliação, decisão, e tomar as rédeas da sua própria vida!

Mais uma vez você vai precisar do autoconhecimento. Pois é, parece que é
através dele que podemos criar uma vida com mais sentido pra nós mesmas.

O desenvolvimento emocional te permite se fortalecer, se compreen-


der e principalmente, a se aceitar; como mulher e como ser humano!
E seres humanos sentem raiva, ficam tristes, se chateiam, têm dúvidas,
exageram, falham, decepcionam, SE decepcionam, criam expectativas
e mais uma vez, se decepcionam! Inclusive, o desenvolvimento emocio-
nal te ajuda a regular as suas expectativas pra que entenda melhor as
suas próprias decepções, porque sim, se é você quem cria expectativas,
também é você quem SE decepciona!

Além da psicoterapia, também existem várias maneiras para se desen-


volver emocionalmente. Uma delas é se observar e testar novas estraté-
gias! Eu sei, você deve estar se imaginando naquele momento em que
fica cega e quando viu, já fez ou falou o que não deveria. Isso a gente

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chama de impulso. Que tal pensar em uma nova estratégia para lidar
com o seu impulso? Espere passar alguns minutinhos antes de tomar
qualquer atitude ou dizer qualquer coisa. Depois me conta o que acon-
teceu, vou adorar saber a sua experiência.

Ah! Isso não é mágica, tá? No começo vai parecer estranho, você vai
querer explodir, mas permita-se experimentar de novo e de novo,
e quantas vezes forem necessárias. Normalmente, coisas novas nos cau-
sam estranheza. Mas a gente sempre se acostuma. Que tal tornar hábi-
to comportamentos que te colocam pra cima, ao invés daqueles que
te fazem se sentir arrependida, triste ou exposta de alguma maneira?

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Saúde física

N
ão dá para falar sobre uma vida com mais sentido, sem falar da
nossa saúde física. Ela é essencial e até mesmo mais valorizada
do que a nossa saúde emocional, culturalmente falando. É mais
valorizada porque falamos de uma coisa concreta, de matéria, uma coi-
sa que podemos olhar, tocar, cuidar e controlar. Quando você faz um
machucado na pele, ou tem uma doença física, você consegue acompa-
nhar o processo e isso faz com que a gente acredite e cuide com mais
atenção das dessas questões.

Um engano é considerar ausência de doenças como saúde! Saúde é ou-


traaaa coisa! Saúde é a prática de exercícios, uma alimentação saudável
e balanceada, noites de sono bem dormidas... É você cuidar do seu cor-
po como ele merece e como PRECISA para ter um bom funcionamento.
O nosso corpo é uma máquina! E uma máquina só funciona bem quan-
do todas as peças estão em harmonia, estão conversando entre si e em
sintonia para que cada peça atue de acordo com a sua funcionalidade.

Além disso, o nosso físico também é a nossa ferramenta, é o que nos


permite alcançar e desenvolver muitos dos nossos objetivos. Não adian-
ta nada você ir pra psicoterapia, fazer um processo de coaching, uma
sessão de PNL e não colocar nada em prática. Já dizia um sábio por aí
que “sonho sem ação é ilusão”, então, como podemos realizar os nos-
sos desejos se não agirmos? Como agiremos se não tivermos a nossa
ferramenta física para isso?

E até agora estou falando apenas em saúde básica! Ainda temos ou-
tras questões físicas que influenciam totalmente as nossas emoções

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e a nossa saúde, de maneira geral, como por exemplo, os padrões de
beleza que nos são impostos e que excluem pessoas que NASCERAM
fora desse tal padrão! Quer dizer: se você não NASCE dentro do que
é esperado, você já é automaticamente excluída?! Isso te soa absurdo?
Porque pra mim, é como se fosse um grito agudo na porta do ouvido.
Daqueles ensurdecedores!!!

Fico pensando como é que alguém pode criar padrões sobre uma ques-
tão que foge totalmente do nosso controle? Como é que padrões que
não influenciam absolutamente nada de maneira positiva na vida de
alguém e no mundo, são criados? Afinal, a gente não escolhe COMO
nasce, com que corpo, cabelo, cor, estrutura óssea a gente vai viver,
certo? Então esse padrão também é uma ilusão. Uma injusta ilusão!
Por isso, nós PRECISAMOS aceitar cada parte de nós como são. Isso
quer dizer que não devemos cuidar e melhorar coisas que achamos que
podem ser melhores? É CLARO que podemos! Mas quando isso se
torna o único foco, alguma coisa aí dentro vai muito mal.

Talvez você também esteja sendo injusta com você mesma e valorizando
coisas que fogem ao seu controle. Talvez isso esteja influenciando as suas
relações de maneira negativa e você pense que precisa de alguém para
“acreditar” que é aceita e merece ser amada. De novo, voltamos ao lugar
de colocar em foco o relacionamento. Isso quer dizer que muitas vezes
o foco em relacionamento também pode estar sendo usado para provar
algo que você não acredita merecer e que você mesma não se dá: amor!

Fora isso, temos a questão da sexualidade feminina, que AINDA é um


tabu! A gente não se toca, não fomos estimuladas e até mesmo autori-
zadas a isso. Quando uma menina se toca, todos falam que não pode,
que é sujo e feio. Depois, a mulher cresce com vergonha de menstruar,
escondendo a menstruação, como se fosse um processo de outro mun-

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do. E pra maioria das mulheres isso é um problemão mesmo, porque
menstruam muito, sentem cólicas homéricas, tem alteração hormonal
que dá vontade de matar um... E eu me pergunto se todo esse descon-
forto é porque a menstruação realmente é algo desconfortável mesmo
ou se é porque a menstruação é um processo natural proibido... Vou
deixar pra que você possa pensar sobre isso com você mesma!

Continuando o caminho da relação com o seu corpo, chegamos nas


relações sexuais. Outro assunto proibido pra mulher, a não ser que seja
pra satisfazer e/ou seduzir o parceiro, pra conquistar e segurar uma re-
lação. Ainda tem mulheres que fazem sexo com seus maridos para que
a relação não termine, mesmo sem sentir mais tesão - se é que um
dia sentiu - por ele... Tem mulheres que se quer sabem o que é tesão.
E tem as que acreditam que só é possível sentir esse tesão na com-
panhia de alguém. Se, sabendo sobre um ponto específico de prazer
no nosso corpo (o clitóris), ainda tem muitas mulheres que não sen-
tem prazer sexual, você já pode imaginar que não sabemos nada sobre
o nosso funcionamento, certo? Pois é... Acabo de chegar a conclusão
que somos tão negligentes com a nossa saúde física quanto com
a nossa saúde emocional/mental.

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Recursos e saúde financeira

P
recisamos falar sobre dinheiro! Esse recurso que faz parte da vida
de todas nós, mas que para muitas ainda é um TABU. Mas, se ele
não for olhado, acaba só por nos limitar.

Podemos começar pela pergunta que não quer calar: você cuida da sua
saúde financeira? Ou você é do tipo de pessoa que tem tanto medo
do dinheiro, que até deixa de olhar pra ele pra não se assustar? Você
nunca nem pensou nisso? Acha que dinheiro é pra pagar as contas
e se sobrar algo você pensa no que faz?

Como é que você lida com o seu dinheiro? Acha ele suado, difícil de ga-
nhar e fácil de gastar? Acredita que dinheiro na mão é vendaval? Ou você
acredita que existem recursos financeiros para todos? Você se sente ca-
paz de ganhar dinheiro suficiente pra bancar a sua vida, ou você acredita
que só é capaz de ter tudo o que quer se alguém te ajudar ou te bancar?

Esse assunto é mais um daqueles que vai muuuuito além do dinheiro.


Prometo que tentarei ser breve e focada, mas não posso deixar de pon-
tuar que o dinheiro também pode ser uma maneira de manipular e lidar
com as nossas relações.

Muitas mulheres carregam a crença de que só conseguirão ter dinheiro


se tiverem um parceiro amoroso. Outras, acreditam que quando tem
um parceiro, é ele quem tem que bancar a maioria dos gastos e des-
pesas - e até mesmo os seus caprichos. Ainda tem outras que não se
sentem merecedoras de dinheiro. E aquelas que acreditam que dinheiro
é sujo e até que é o mal da humanidade. Mas no fundo, todas querem

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e precisam de dinheiro para sobreviver. E para se proporcionar certos
prazeres também.

Você já parou pra pensar que quanto mais dinheiro você tiver, mais pes-
soas você poderá ajudar, começando por si mesma? Já pensou que ga-
nhar mais dinheiro te ajudará a fazer a economia girar? E que o dinheiro
também é uma maneira de você valorizar as suas competências e habili-
dades? Habilidades e competências que podem ser desenvolvidas e te
trazer ainda mais dinheiro? É um verdadeiro ciclo: uma coisa puxa a outra!

Que tal repensar em sua relação com o dinheiro? De que maneira e para
que você usa o seu dinheiro? E emocionalmente falando? Você é grata
pelo dinheiro que recebe? Ou você prefere usar o dinheiro como uma
desculpa para nortear as suas relações?

Algumas dicas para você começar a se relacionar com a sua vida e saú-
de financeira são: uma consultoria financeira, só pra te ajudar a orga-
nizar e usar o seu dinheiro de uma maneira mais inteligente. Também
pode ser por meio de psicoterapia, pra entender como é que você lida
e como usa o dinheiro em sua vida. Ainda pode ser por um processo de
coaching, que te trará ferramentas práticas e te ajudará a formar novas
crenças em relação ao dinheiro.

Você está cuidando dos seus recursos e saúde financeira?

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Diversão e lazer

D
esse tema eu entendo bem! Rs. Mas, como profissional, con-
fesso que me surpreende perceber que essa área também
é tão limitada em nossas vidas: a gente não sabe se divertir!!!!
Como assim??? Você sabia que o lazer é um dos pilares para o trata-
mento da depressão e ansiedade? Pois é, a gente também PRECISA
relaxar pra ter qualidade de vida.

Se engana quem acha que lazer e diversão tem a ver só com festas
e baladas. Na verdade, lazer e diversão são aquelas coisas que te
ajudam a se desligar do mundo e aproveitar um certo momento sem
nenhuma preocupação.

Há pessoas que se divertem vendo filmes, séries, documentários, nove-


las... Outras, quando se juntam com as amigas e passam o dia cuidando
dos cabelos, das unhas, da pele e conversando (falando nisso, o nosso
próximo assunto será sobre isso)...

Há quem se divirta organizando as suas coisas, a casa, o guarda-roupas…


cozinhando, pesquisando e se aprofundando em determinado assunto.
Há quem viaje pra se desligar de tudo. Outras pessoas preferem parques,
meditação, esportes, exercícios físicos...

A lista é infindável, então se você ainda não descobriu o que te faz


se divertir, só pode ser porque ainda não experimentou as diversas
possibilidades... Está tão focada em que, que não encontra tempo
pra sua própria diversão?

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Muitas mulheres focam tanto na área de amor e relacionamento, tem
tanto medo de perder a sua relação, de prejudicar o relacionamento,
que abrem mão das próprias necessidades só para cuidar do que diz
respeito a essa área isolada da vida, que acredita ser a principal e vital
para si, se não, a única por direito.

Quando estiver lendo isso, preste atenção no que você sente, não no
que você pensa de maneira certa ou errada, porque às vezes, a gen-
te aprende que uma coisa tem que ser de um jeito ou de outro, e nos
desconectamos da maneira como sentimos as coisas. Muitas de nós sa-
bemos racionalmente dos benefícios do lazer, mas a crença de que um
relacionamento é a coisa mais importante na vida de uma mulher, pode
ser muito maior e fazer com que, sem perceber, a gente não dê espaço
pra que outras coisas aconteçam. Muitas mulheres já não sabem mais
do que gostam e o que as deixam mais felizes...

Cuidar da sua diversão e lazer, além de fazer bem pra sua saúde, tam-
bém pode fazer bem pra sua relação (se você tiver uma), afinal, você
vai deixar de pressionar o outro e para de fazer de tudo pra que essa
relação dê certo, vai focar em outras coisas e deixar as coisas aconte-
cerem, vai se relacionar mais, ao invés de querer controlar. Vai passar
a olhar mais pra você, pra suas emoções, vai encontrar maneiras de
se sentir mais satisfeita mesmo sozinha e ainda poderá contribuir pra
diversão e lazer da própria relação. Você não precisa excluir uma coisa
pra ter outra. E se alguém te disser o contrário, talvez você tenha que
excluir essa pessoa da sua vida!

Falando em se sentir satisfeita mesmo sozinha, como é pra você se


divertir sozinha? Imagino que se você não sabe quais coisas te deixam
mais feliz e satisfeita, também não deve fazer muitas coisas sozinha,

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certo? Talvez, toda a sua diversão e lazer estejam ligadas às diversões
e prazeres do seu par... Isso também pode te deixar confusa e sem
saber o que realmente gosta... Você simplesmente aceita o que vier
e se encaixa ali pra tentar se sentir feliz, afinal, você acredita que o rela-
cionamento é a coisa mais importante da sua vida e que vocês tem que
gostar das mesmas coisas para que sejam um casal que “deu certo”.

Diante disso, tenho que te contar que, além de olhar pra essa área com
mais carinho, também é importante que você olhe pra essa área com
a sua perspectiva, pensando no que é que você pode fazer para se
divertir e relaxar em sua própria companhia, do que é que você gosta,
o que é importante pra você?

Ah, ficar em casa, quietinha, na sua, cuidando de você, também pode


ser uma forma de se divertir e relaxar, não é, necessariamente, um sinto-
ma depressivo... Tem muita gente em movimento e buscando diversão
o tempo inteiro, com sintomas muito mais fortes de depressão e ansie-
dade do que a gente imagina.

Pra te ajudar, pegue um papel e uma caneta e responda para você


mesma: o que é que você faz pra se divertir? Qual é o seu lazer?
O que te dá prazer? Em que momento você deixa de se preocupar?

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Vida social e amizades

C
omo vai a sua vida social e suas amizades? As relações humanas
fazem parte de toda a nossa vida. Por mais que a gente desenvol-
va a nossa independência emocional, sempre iremos, em algum
grau, depender de alguém para vivermos uma vida com mais sentido.

Eu sei, às vezes a gente sente vontade de se trancar num quarto e não


ver a cara de ninguém, porque se relacionar, realmente não é das tare-
fas mais fáceis, ainda mais quando não estamos nos relacionando bem
com nós mesmas e com as nossas vidas.

Quem nunca diminuiu drasticamente o seu círculo de amizades ou as suas


relações sociais por conta de um relacionamento amoroso? Quem aí não
tem uma amiga que já fez ou, sempre que se relaciona, faz isso? Eu mes-
ma tenho várias! Rs. E isso é tão comum, que quando uma pessoa some
e depois de uma tempo aparece, as pessoas costumam perguntar se ela
está ou estava namorando. Na maioria das vezes, a resposta é que sim.

E é natural que uma pessoa diminua o seu convívio social quando


está em um relacionamento, inclusive porque casais, principalmente
no começo das relações, passam mais tempo juntos e acabam ten-
do compromissos das duas partes pra administrar. Mas é importante
que você fique atenta para perceber quando você abre mão dos seus
compromissos (sociais ou não), para viver a vida da outra pessoa. E as
mulheres, de maneira geral, acabam fazendo isso... Essa é mais uma
prova de que a maioria das mulheres ainda abre mão de suas vidas
em nome do relacionamento afetivo.

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Quando a gente se apaixona, quer viver pertinho da outra pessoa,
sentindo todo o prazer que a gente puder, o tempo inteiro. E isso não
tem mal nenhum! É uma delícia viver toda essa paixão das relações.
Mas as relações sociais e amizades também são MUITO importantes
pra uma vida mais prazerosa!

É através das relações sociais e amizades que a gente se desenvolve.


É uma outra maneira de receber afeto, atenção, apoio, carinho, alertas
que às vezes são necessários.

As relações sociais e amizades, muitas vezes nos ajudam a lembrar quem


nós somos e quais são as nossas qualidades. Elas também nos ajudam
a nos distrairmos, nos divertirmos, a ter outras perspectivas, viver novas
experiências, ter trocas leves, verdadeiras e viver outras coisas que não
estão ligadas apenas com o relacionamento amoroso. Mas, tudo isso se
essas relações forem saudáveis também! E pra isso, nem preciso falar
sobre a importância do autoconhecimento de novo, certo?

Amizade também é relacionamento e relacionamentos devem ser


CONSTRUÍDOS, CUIDADOS E NUTRIDOS! Essa também é uma das
áreas que sustenta a nossa vida. Se você não tiver amigos, a tendência
a se sentir sozinha, aumenta! Mas não vá deixar pra cuidar disso, apenas
quando estiver sozinha, porque as pessoas não vão ficar muito felizes em
servir como seu apoio apenas quando você estiver solteira, concorda?

Faça uma rápida avaliação para você mesma: como estão as suas
amizades? As suas relações sociais? Como você costuma cuidar delas?

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Família

F
amília é aquela outra área essencial da nossa vida. Impossí-
vel passar por essa vida, sem esbarrar nesse tema em algum
momento.

Em tempos de discussão e tentativa de definição do que é família,


o significado que existe por trás disso, vale muito mais do que quem
realmente a constitui.

Já vi muitas “famílias tradicionais” que causam mais traumas do que


aquelas famílias que a gente olha e não entende nada sobre como
ela foi construída. Do mesmo jeito que famílias mais tradicionais
também podem ser funcionais e essas que a gente não entende nada,
podem ser traumáticas. Não existe um padrão de família que com-
prove que famílias formadas por determinadas pessoas são as que
são boas para viver e conviver.

Mas, independente disso, a família tem uma grande influência em nos-


sas vidas, na nossa história e em nosso desenvolvimento. É o primeiro
contato que temos com o mundo e as nossas primeiras referências.
Mas, ela não é a responsável pela vida que temos quando nos torna-
mos adultos. Depois que você cresce, os seus recursos te permitem
buscar o caminho que você considera serem os melhores para você.
Qualquer coisa além disso, é querer responsabilizar alguém pela con-
dição da sua vida... Que, se você faz dentro da família, deve fazer tam-
bém dentro das suas relações afetivas. E aí, a gente não fala mais so-
bre família, mas sobre a maneira como você se posiciona em sua vida.

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Você pode definir a família como aquele aglomerado de gente es-
tranha que “tem que se amar” porque é sangue do mesmo sangue,
pode considerar os seus amigos como sua família, pode criar e fazer
o possível pra sua família parecer aquela família linda e impecável que
a gente vê nos comerciais de margarina (e que, falando sério, não enga-
nam mais ninguém), pode criar a sua nova família e considerá-la como
única, também pode escolher aprender a aceitar e amar a sua família
exatamente como ela é, com todas as suas qualidades e limitações.
A maneira como você irá olhar para isso, é uma escolha sua!

Tem gente que olha para a família como o seu bem mais precioso, tan-
to que abre mão da própria vida pra agradar os seus integrantes. Há
outras, que não querem nem olhar, porque não conseguem lidar com
as emoções que o núcleo provoca em si.

A verdade é que a família faz parte da sua história, e para você ter
uma vida com mais sentido, você precisa honrar essa história, limpar
mágoas, tristezas, decepções, diminuir expectativas e fazer as pazes
com essas pessoas que fizeram e fazem o melhor que podem, mesmo
que essa afirmação pareça um absurdo. Acredite: sempre existe uma
intenção positiva por trás de cada ação.

Isso não quer dizer que você precisa conviver com essa família, se isso for
um problema pra você, mas pra você será libertador cuidar dessas feridas
que hoje são suas e só limitam você a viver a sua vida de maneira completa.

Talvez, você viva atrás de um relacionamento acreditando que a rela-


ção amorosa é o foco principal da sua vida, porque, na realidade, você
está tentando apagar um sentimento ruim que carrega dessa histo-
ria familiar, e entra nas relações tentando ressignificar esse sentimen-
to que só pertence a você e que só será transformado quando você

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escolher que isso aconteça. Logo, cuidar das suas questões e da sua
área familiar, influencia diretamente a maneira como você se relaciona
afetivamente. Já pensou nisso?

Momento reflexão: Você cuida da sua área familiar? Quem são as


pessoas que você considera sua família? Como você faz pra cuidar
dessa área que influencia todo o seu funcionamento e a sua vida?

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Contribuição social

A
té com isso eu tenho que me preocupar, Giulianna?”, talvez
você esteja se perguntando nesse momento. E eu digo que
não! Você não “tem que” NADA! Mas você pode. E é mais uma
área importantíssima, além de também te tirar do foco do relaciona-
mento amoroso!

Primeiro vamos começar explicando o que é essa tal de contribuição


social que estou falando aqui. Não tem nada a ver com taxas e impostos
que pagamos, ok?! Rs.

A contribuição social é a maneira como você colabora para que a so-


ciedade funcione de uma maneira melhor, mais agradável e justa. Isso
pode acontecer de diversas maneiras: quando você separa o lixo, se
preocupa em que lugar você vai jogá-lo, com o consumo consciente
para não gerar mais lixo ainda... Pode ser feito por meio de caridade,
por meio de uma coisa que você saiba fazer e gostaria de ajudar ou-
tra pessoa a aprender... Algo que você sabe que pode fazer bem para
o outro, e então compartilha, assim como os conteúdos que eu produ-
zo e compartilho com muitas mulheres. Essa é uma maneira de contri-
buição social da minha parte: ajudar mulheres a, pelo menos, perce-
berem que são donas de suas próprias vidas, que são “Donnadelas”
e que podem criar uma vida que faça sentido pra elas!!!! Isso contri-
bui para uma sociedade mais feliz e satisfeita, diminuindo o grau de
doenças emocionais que aumentam todos os dias!

Quando você contribui com a sociedade, você contribui com a sua


própria vida, se abrindo também para novas possibilidades. Além

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disso, a sua contribuição pode ajudar outras pessoas a encontrarem
um novo sentido para a vida delas. Você deixa a sua marca no mundo
e também na vida dessas pessoas.

Seguir regras e leis, também são maneiras de contribuir com a socie-


dade, já que elas foram criadas para poder organizar e tornar a vida
de todos mais prática e segura, como por exemplo, o simples fato de
deixar o assento preferencial dentro de transportes públicos vagos para
as pessoas que precisam usá-los, bem como vagas de estacionamento
reservadas a determinados públicos. Esses são pequenos exemplos que
podem transformar e melhorar o mundo e as nossas relações sociais.

Você contribui com a sociedade? De que maneira? 

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Espiritualidade

T
alvez esse seja o capítulo mais polêmico e difícil de ser escrito,
mas não posso ignorar essa área, já que é tão presente e impor-
tante em nossas vidas.

Falar sobre espiritualidade é sempre delicado, primeiro porque a maio-


ria de nós associa espiritualidade a religião, e normalmente, religiões
são bastante diferentes umas das outras. E já que temos essa questão
da diferença, que muitas vezes, é encarada com uma certa dificuldade
entre as pessoas, já adianto que espiritualidade não é religião e que es-
sas duas coisas não estão necessariamente ligadas uma à outra.

Eu li, assisti e conversei com muitas pessoas sobre o tema, para poder
trazer o assunto aqui e conversar com você, e o que fez mais sentido, foi
o que uma amiga me disse: isso é muito pessoal, por isso, difícil de ser
dito e definido. Busquei olhar para a espiritualidade por vários ângulos,
e de fato, cada um tem suas crenças, práticas e experiências!

Eu, particularmente, acredito que a espiritualidade, acima de qual-


quer crença, tenha a ver com ser “alguém melhor”: com você e com
o outro! Melhor no sentido de praticar a compaixão, o acolhimento
e o empoderamento, de maneira geral. É pensar no bem estar e feli-
cidade de todos. Espiritualidade está diretamente ligada ao autoco-
nhecimento, mais uma vez!

E já que isso é tão individual, olhe pra dentro de você e defina


o que é espiritualidade para você! Como você pratica a sua espiri-
tualidade? Qual é o seu olhar sobre isso? De que maneira você cuida
dessa área da sua vida?

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Considerações finais

A
qui, eu pude abordar com você diversos temas e áreas importan-
tes em nossas vidas que vão muuuuuito além do amor e relacio-
namento e que podem dar mais sentido à sua vida!

Talvez, agora você esteja se perguntando o que você faz com tudo
isso?! Pensando nisso, eu criei um E-book de Autocoaching para te
ajudar nessa jornada!

Nesse E-book, eu reuni ferramentas que ajudarão mulheres a viverem


uma vida feliz e plena para além do amor e relacionamento amoroso.
Explorando outras áreas da vida você perceberá que satisfação e pra-
zer podem ser encontrados não só no relacionamento.

Após colocar essas ferramentas e exercícios em prática, você ampliará


o olhar sobre a sua própria vida, impactando diretamente seu compor-
tamento e aumentando ainda mais a sua autoestima. Ele te ajudará
a viver de maneira mais prazerosa com você mesma, que é a pessoa
mais importante da sua vida.

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Coaching, entre em contato pelo WhatsApp clicando AQUI!

Seguimos juntas!

Giulianna Ruiz
Desenvolvimento Emocional para Mulheres
Psicoterapia e Coaching
Atendimentos Online
Brasil | Exterior
(11) 97441 4846

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www.donnadela.com

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