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Processo Penal II – M3 1

Desaforamento
Via de Regra, leva-se em consideração o Locus Delicti (local do fato). Esse é o juízo
competente para fazer o julgamento. No Tribunal do Juri, o juízo pode ser desaforado
(muda-se a competência para fazer o julgamento).

Fundamento
1. Interesse da ordem pública: Quando a cidade em que vai ocorrer o júri é muito
pequena, e a realização nela é muito “pesada”, ocorrendo ameaça para o juiz,
promotor, advogado de defesa.
2. Duvida sobre a imparcialidade do júri: O Júri é composto por 25 jurados e mais juiz
presidente. Pode ocorrer de algum(s) jurado (s), já ter um pré-julgamento sobre o caso
a ser julgado.
3. Segurança pessoal do acusado: Quando ocorre risco de vida para o acusado.

Competência para requerer o desaforamento:


 MP  sim
 Assistente Acusação  sim, mas a partir do momento em que for aceito (tem os
mesmos direitos)
 Defesa  sim
 Juiz  sim, de oficio.

Decisão sobre o desaforamento


 O julgamento do desaforamento é feito Tribunal a qual o juízo está vinculado. Se o
pedido de desaforamento for feito pelo MP, pela defesa ou assistente de acusação, o
juiz presidente do tribunal do júri vai ser consultado antes, para que o Tribunal de
Justiça possa decidir. Provavelmente o que o juiz disser, será aceito.
 Não pode ocorrer “acordo” para o desaforamento em 1º grau. É necessária analise do
Tribunal de Justiça, que: 1) Distribui o pedido para uma das câmaras; 2) Escolhe-se o
relator, o revisor e vogal ou convocado; 3) Não tem sustentação oral no Tribunal de
Justiça.
 O desaforamento ocorre para a comarca mais próxima, desde que esta tenha
condições. No estado do Paraná, existem julgados que podem ocorrer na Vara do
Tribunal do Júri da capital.

Desaforamento por excesso de prazo


 Depois da sentença de pronuncia, caso não haja recurso (ocorre a preclusão pro-
judicato), após o transito da sentença, o juiz tem o prazo de 6 meses para marcar o júri,
06 meses. Se exceder esse prazo, pode ser feito o pedido o desaforamento.

Ausência no Plenário de Júri


1. Juiz – caso ocorra, não se instala a sessão.
2. MP – pode ser justificada (nada ocorre) ou injustificada (comunica-se o Procurador
Geral do MP), adiando-se a sessão.
3. Defesa - pode ser justificada (nada ocorre) ou injustificada (comunica-se a OAB),
adiando-se a sessão.
4. Acusado: não gera dano algum, pois não comparecer ao próprio Juri é um direito do

Ausência de testemunha
 Verifica-se se a testemunha foi intimada. Se não foi intimada, não deverá comparecer.
Se intimada, e não estiver presente, consulta-se a parte que arrolou, para ver a
necessidade da oitiva.

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 Se for necessária a oitiva da testemunha, mas a parte que arrolou desisitir, não ocorre
problema algum. Entretanto, caso seja insistido no depoimento da testemunha, o
oficial de justiça deve conduzi-la coercitivamente, e caso não seja encontrada,
suspende-se o Juri, pela necessidade dela ser ouvida em plenário.
 Ouvir a testemunha em plenário pode ser arriscado, pois o depoimento pode não ser
igual ao depoimento anterior. Melhor é usar as provas já produzidas nos autos.
 Se necessário a

Atos realizados durante a investigação, durante o IP, e que são usados para a
denuncia, tem valor parcial.
Atos de prova, que são realizados em juízo, tem valor de prova.

Ausência do acusado
1º ato  Verifica-se se o acusado foi intimado.
Se não foi intimado, o juri é adiado até o acusado ser localizado
Se foi intimado, ocorre o juri.
Se não estiver presente, ocorre normalmente.
Se não presente, ocorre normalmente.

Jurados mínimos para a instalação do Júri


O numero mínimo de jurados para instalação do Juri é 15. Caso estejam presente menos
jurados, o juiz determinara aos oficiais de justiças que procedam a condução de um dos
faltantes.

Recusas
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e
a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 cada
parte, sem motivar a recusa.
Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes será
excluído daquela sessão de instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a
composição do Conselho de Sentença com os jurados remanescentes
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, as recusas poderão ser feitas por um só
defensor.
É considerando um absurdo a defesa fazer a 1ª recusa imotivada. Se o MP fosse quem 1º
recusaria o jurado, sobraria a vaga para a defesa fazer a recusa imotivada posteriormente.
Imotivada: podem ser recusados até 3 jurados, sem motivação.
Motivada: é aquela fundamentada, não tendo limite. Entretanto é necessário ter prova pré-
constituída (deve ter fundamento e prova para ser apresentada no momento da alegação
da recusa).

Instrução em Plenário
 Instrução significa levar as provas ao conhecimento do juiz. No caso do plenário, é a
produção de provas feitas na presença dos julgadores. Entretanto existem aqueles que
são feitos na ausência dos julgadores (perícia, documentos juntados pela defesa). As
provas feitas em audiência (audiência, do latim audire = ouvir), na sessão do Júri, tem
peso mais forte. As provas presenciais ocorrem no plenário, durante o Júri.
 O Júri é composto por 7 jurados. Estes fazem juramento (prestam compromisso),
conforme a lei e os ditames do direito (consciência) e de acordo com a lei.
 Inicia-se os depoimentos das testemunhas arroladas. Assim os jurados devem
permanecer incomunicáveis sobre o processo.
 Depoimento da Vítima: Os depoimentos inicia-se, se possível, pela vítima (Quanto
mais frágil a vitima, mais difícil se torna a defesa). As perguntas para a vítima seguem a

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seguinte sequencia: MP, Assistente de acusação (caso exista), defesa e por ultimo os
jurados. Após o depoimento, o juiz consulta o MP, e a defesa sobre a dispensa da
vítima.
 Testemunhas de acusação: Os depoimentos seguem a seguinte sequencia: MP,
Assistente de acusação (caso exista), defesa e por ultimo os jurados. Caso falte alguma,
verifica-se se foi intimada. Depois consulta-se a defesa se é necessário ouvi-la. Em caso
positivo, procede-se a condução.
 Testemunhas de defesa: Os depoimentos seguem a seguinte sequencia: Defesa, MP,
Assistente de acusação (caso exista), e por ultimo os jurados. Caso falte alguma,
verifica-se se foi intimada. Depois consulta-se a defesa se é necessário ouvi-la. Em caso
positivo, procede-se a condução.
 Antes de ouvir o réu, pode ser feita acareação. Acareação é “cara a cara”. Ocorre
quando 2 testemunhas tem 2 depoimentos diferentes, sobre fato relevante, e que
devem ser ouvidas frente a frente.
 Depoimento do réu: Iniciam-se pelo Juiz, MP, Assistente de acusação, Defesa e
jurados. O réu pode negar-se a falar.
 Ouvido o réu, pode ocorrer a acareação com uma das testemunhas:
o Se a vitima mentir: responde por denunciação caluniosa.
o Se a testemunha mentir: responde por falso testemunho.
o Se o réu mentir: não ocorre crime.
 Pode ocorrer acareação antes e depois do interrogatório. Acareação entre testemunha
e réu, no entendimento do Ernani, é descabido, pois somente deve ocorrer com
testemunhas e informantes.

Debates Orais no Júri


 O debates começam pela acusação (MP e Assistente), sendo o tempo dividido de
comum acordo entre eles. No total, a acusação tem 1h e 30 m (até 2008 eram 2 horas).
Da mesma forma, a defesa tem 1h e 30 m (até 2008 eram 2 horas). Tanto para a defesa,
quando para a acusação, essa etapa é obrigatória, não podendo ser renunciada. Na
sequencia, é consultado ao MP se tem interesse na réplica, que tem duração de 1 hora.
Em caso negativo, encerram-se os debates, pois não ocorrerá a tréplica. Caso ocorra a
Tréplica, terá duração de 1 hora. Tanto Réplica quanto Tréplica, são um direito e não
uma obrigação. Caso não ocorra réplica, consequentemente não ocorre a tréplica.
o Duração quando somente 1 réu
 Acusação: até 1h e 30 m
 Defesa: até 1h e 30 m
 Réplica: até 1h
 Tréplica: até 1h
 Quando a mais de um réu, o tempo fica reduzido, tendo em vista necessidade dividir o
tempo. Para acusação e defesa são 2h e 30m, sendo que a réplica e a treplica tem
duração de 2h.
o Duração quando mais de 1 réu
 Acusação: até 2h e 30 m
 Defesa: até 2h e 30 m
 Réplica: até 2h
 Tréplica: até 2h

 Roteiro de Debates
Até 2008, o MP devia ler o Libelo. Agora não mais existe a necessidade.
 Saudação

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Inicia-se com a saudação, onde o MP saúda o juiz, a defesa, os servidores, a PM,


o público e por ultimo os jurados. A defesa faz a saudação da mesma forma.
 Defesa Técnica
 Fatos dos autos: inicia-se com um resumo dos fatos narrados nos autos.
 Doutrina: Pode-se utilizar Doutrina, entretanto, não deve-se utilizar citações
muito longas.
 Jurisprudência: explicar de forma simples os julgados dos tribunais.
 Direito Comparado
 Conhecimento Gerais: Biblia, fontes empíricas.
 Fontes Amplas

 Juntada de provas (materiais) ante do Juri (art. 479)


Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição
de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
É necessário a parte contraria ter acesso as provas juntadas com antecedência de 3
dias uteis da data do Juri, sendo necessário que esse prazo seja do momento da ciência
do jurado das provas juntadas.

 Votação – Quesitos
Quesitos são formas jurídicas de se fazer perguntas aos jurados. A quesitação ocorre
após os debates, quando o juiz consulta os jurados se estão aptos a julgar (votar os
quesitos). No Brasil, que adota o sistema francês, prevalece a incomunicabilidade dos
jurados sobre o processo a ser julgado.
Parágrafo único do artigo 482 do CPP Os quesitos serão redigidos em proposições
afirmativas, simples e distintas, de modo que cada um deles possa ser respondido com
suficiente clareza e necessária precisão. Na sua elaboração, o presidente levará em conta
os termos da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação,
do interrogatório e das alegações das partes.
 Se quesita as teses defendidas (única ou plural).
 Utilizam-se perguntas afirmativas (ex.: o acusado deve ser absolvido?)
 Pode ocorrer que o advogado use tese diversa do depoimento do acusado (isso
gera um trabalho árduo para a defesa). Nesse caso, quesita-se as duas teses
(alegação do réu e também a alegação da defesa).

Ordem dos quesitos (art 482 e ss)


Nos quesitos 1 e 2, caso a resposta seja afirmativa, vota-se o outro quesito. Em caso
negativo, absolve-se o acusado.
No Quesito 3, utiliza-se as teses da defesa (legitima defesa, clemencia, etc). Em caso de
resposta positiva, absolve-se o réu (por qualquer motivo). Em caso de resposta
negativa, vota-se os próximos quesitos. Destaca-se que a tese de negativa de autoria,
alega-se no quesito 2. Este quesito 3, é um quesito de mérito, pois o réu é absolvido ou
condenado.
No quesito 4, verifica-se se existe atenuantes (homicídio privilegiado, etc).
Independente da resposta, na sequencia, vota-se o quesito 5. Em caso de respostas
positiva, diminui-se a pena.
No quesito 5, verifica-se a existência de qualificadoras. Em caso de respostas positiva,
aumenta-se a pena.
Materialidade do Fato?
 Não
 Sim 
 Autoria ou coparticipação?

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 Não
 Sim 
 Acusado deve ser absolvido?
 Sim
 Não 
 Existe causa de diminuição da pena alegado pela defesa?
 Sim 
 Não 
 Existe qualificadora ou causa de aumento de pena?

Até 2008, aferia-se todos os 7 votos. Atualmente, quando se chega na maioria dos
votos, encerra-se a votação, não abrindo os demais votos. Após abertos pelo Juiz, os
votos devem ser mostrados para o MP e para a Defesa.

 Atribuições do Juiz Presidente do Júri (art 497 do CPP)


Com a reforma de 2008, ampliaram-se os poderes do juiz presidente do Juri.

Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras
expressamente referidas neste Código:
I – regular a polícia das sessões e prender os desobedientes;
II – requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob sua exclusiva autoridade;
III – dirigir os debates, intervindo em caso de abuso, excesso de linguagem ou
mediante requerimento de uma das partes;
IV – resolver as questões incidentes que não dependam de pronunciamento do júri;
V – nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo indefeso, podendo, neste caso,
dissolver o Conselho e designar novo dia para o julgamento, com a nomeação ou a
constituição de novo defensor;
VI – mandar retirar da sala o acusado que dificultar a realização do julgamento, o
qual prosseguirá sem a sua presença;
VII – suspender a sessão pelo tempo indispensável à realização das diligências
requeridas ou entendidas necessárias, mantida a incomunicabilidade dos jurados;
VIII – interromper a sessão por tempo razoável, para proferir sentença e para
repouso ou refeição dos jurados;
IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministério Público e a defesa, ou a requerimento de
qualquer destes, a arguição de extinção de punibilidade;
X – resolver as questões de direito suscitadas no curso do julgamento;
XI – determinar, de ofício ou a requerimento das partes ou de qualquer jurado, as
diligências destinadas a sanar nulidade ou a suprir falta que prejudique o
esclarecimento da verdade;
XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a
outra estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte
requerido, que serão acrescidos ao tempo desta última.

 Nos itens I e II, estabelece-se o poder de polícia amplo do magistrado.

 No item III, estabelece a direção dos debates, enumerando as hipóteses de


intervenção (caso de abuso, excesso de linguagem ou mediante requerimento de uma
das partes - apartes)
o Abuso: refere-se mais a fatos do processo
o Excesso de linguagem:

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o Apartes: até 2008 não tinha regulação. Uma das partes pedia aparte, e o
dono da palavra concedia (ou não). A partir de 2008, o juiz passou a
conceder o aparte. É tratado no item XII
APARTE
 Deferido pelo “dono da palavra” – Ok
 Indeferido pelo “dono da palavra” – O juiz pode deferir por até 3
minutos, sendo que este tempo será restituído a quem concede.
As partes não podem fazer referencia a sentença de pronuncia, nem fazer
referencia ao silencio do réu, pois isto gera nulidade.

 No item IV, trata das questões incidentais. São aquelas que aparecem no decorrer
do julgamento e que não dependam do pronunciamento do juiz. Assim, qualquer
decisão que não seja de mérito, deve ser decidida pelo juiz. As questões no juri são:
o Meritórias: ficam a cargo dos jurados decidir.
o Incidentais: ficam a cargo de o juiz presidente decidir. Pelo principio da
exclusão, tudo que não for de mérito, é considerada incidental.

 No item V, trata da situação de acusado indefeso. É o caso quando a defesa técnica


é feita de forma ineficaz e desidiosa, e que não pode ser considerada uma defesa
técnica. O Juiz pode declarar de oficio a ausência de defesa técnica, ou seja, que o
réu está indefeso. O MP e o Assistente de Acusação podem requerer que o acusado
seja tido como indefeso. O próprio réu pode alegar que está indefeso.
 No item VI, o réu tem o direito de permanecer no plenário, entretanto o juiz pode
determinar a retirada do acusado que dificulte a realização da sessão do juri.
 No item VII, o juiz pode se determinar a suspensão da sessão, para realização de
diligencias.
 No item VIII, o juiz pode determinar a suspensão da sessão, para proferir sentença
e para repouso ou refeição dos jurados.
 No item XII, regulamenta-se durante os debates, a intervenção da outra parte
(aparte), por até 3 minutos para cada aparte requerido, e que serão restituídos a
aquele que conceder.

 Sentença no Juri (Art. 492)


Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que:
I – no caso de condenação:
a) fixará a pena-base;
b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos
debates;
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas
admitidas pelo júri;
d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código;
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se
encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva;
f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação;
II – no caso de absolvição:
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver
preso;
b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas;
c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível.
§ 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz
singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida,

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aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei
como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes
da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
§ 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida
será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o
disposto no § 1o deste artigo.

 A) Pena Base
Leva em consideração as circunstancias jurídicas do artigo 59 do CP
 B) Agravantes e Atenuantes
Agravantes são tratadas no artigo 61, e atenuantes no artigo 65. São alegadas pelo
MP e defesa nos debates.
Existem dois entendimentos com relação aos “debates”.
 Alegado nos debates é só o que as partes MP e Defesa alegarem durante o
debates. Este é o entendimento que prevalece.
 Caso ocorra divergência entre as alegações da defesa e do réu, incluem-se as
alegações da defesa, do réu e do MP, inclusive devendo ser quesitado. Nesse
caso, o termo “debate” é interpretado lato sensu, ou seja, incluindo não só o
debate entre MP e Defesa, e sim todo o juri, incluindo as alegações do réu no
depoimento.
 C) Causas de aumento e diminuição de pena.
 E) Prisão
Se o acusado já estiver preso antes do Juri e for condenado, ou caso o acusado
estiver solto antes do juri e for condenado, só será preso após o Juri, se presente os
requisitos da prisão preventiva. Neste caso, analisa-se sob a ótica do artigo 312
para avaliar a necessidade de manutenção da prisão (Art. 312. A prisão preventiva
poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.)
Existe a prisão processual (prevista nos artigos 311 e 312 do CPP), e a prisão pena,
que ocorre após o transito em julgado da sentença condenatória.
Após o transito em julgado, pode ocorrer a prisão, pois aí ocorre a prisão pena.
Antes do transito em julgado, é prisão processual, ou seja, preventiva.

A sentença deve ser lida em plenário, sendo considerada publicada, o que enseja a
intimação das partes, quando inicia-se o prazo recursal. A defesa pode interpor
recurso em plenário.

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