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As células dos diversos órgãos do nosso corpo estão constantemente se
reproduzindo, isto é, uma célula adulta divide-se em duas, e por este processo,
chamado mitose, vai havendo o crescimento e a renovação das células durante os
anos. A mitose é realizada controladamente dentro das necessidades do
organismo. Porém, em determinadas ocasiões e por razões ainda desconhecidas,
certas células reproduzem-se com uma velocidade maior, desencadeando o
aparecimento de massas celulares denominadas neoplasias ou, mais comumente,
tumores.
Número de óbitos
Hoje, no Brasil, o câncer de mama constitui a primeira causa de morte por
câncer nas pessoas do sexo feminino, sendo que, para o ano de 1996, são
estimados cerca de 6.450 óbitos, o que equivale a 15% do total das mortes por
câncer em mulheres.
Fatores de Risco
Infelizmente, qualquer mulher pode vir a ter um câncer de mama. No entanto,
há determinados grupos de mulheres com maiores possibilidades de terem a
doença. Essas mulheres têm em comum certas características denominadas
fatores de risco. Vale dizer, elas apresentam condições favoráveis ao
desenvolvimento da doença mas não obrigatoriamente terão o câncer de mama;
apenas há maior probabilidade de tê-lo quando comparadas com a população
feminina em geral, que não apresenta esses fatores.
O câncer de mama ocorre com muito maior freqüência nas mulheres que nos
homens, numa proporção de 100 casos femininos para 1 masculino. Nas mulheres
a doença é mais freqüentemente descoberta entre os 40 e os 60 anos de idade.
Fatores de Risco
Hormonais e Reprodutivos
Reprodutivos e hormonais - As características reprodutivas associadas a um
maior risco de câncer de mama incluem, menarca precoce (primeira menstruação
antes dos 11 anos de idade), menopausa tardia (última menstruação após os 55
anos), idade do primeiro parto após os 30 anos, nuliparidade (nenhuma
gestação).
CAPÍTULO I – O CÂNCER
I.1. Introdução
Segundo Robbins (2001), o Câncer ou neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo
crescimento excede aquele dos tecidos normais e não está coordenado com ele, persistindo
da mesma maneira excessiva após o término do estímulo que induziu a alteração. Poucas
doenças causam tanto medo e sofrimento como câncer. Todas as pessoas conhecem alguém
que tenha morrido de câncer. O aspecto mais assustador do câncer é seu súbito e ao acaso
aparecimento em indivíduos aparentemente saudáveis.
As explicações para o aparente crescimento de casos de câncer no século XX são
controversas. O câncer certamente não é uma doença recente; portanto, as preocupações
crescentes podem ser resultados de um diagnóstico melhor e mais definitivo. E como
conseqüência da redução das doenças infecciosas e aumento da expectativa de vida, é muito
provável que um maior número de pessoas atinja a idade suficiente para desenvolver algum
tipo de câncer (Jack Pasternak ,2002). Os poluentes ambientais e as opções de estilo de
vida, contribuem para a ocorrência do câncer. Basicamente, o câncer se desenvolve quando
há uma falha nos processos que induzem a divisão celular, um defeito no controle do ciclo
da divisão celular e/ou um desequilíbrio no controle da morte celular programada
-APOPTOSE.
Nas neoplasias malignas o crescimento é mais rápido, desordenado e infiltrativo; as
células não guardam semelhanças com as que lhe deram origem e têm capacidade de se
desenvolver em outras partes do corpo, fenômeno este chamado metástase, que é a
principal característica dos tumores malignos. Embora a maioria dos tumores malignos
permaneçam desconhecidas, freqüentes pesquisas demonstraram mutações nas seqüências
do DNA, levando à expressão anormal ou desregulada de proto-oncogenes ou deleção de
genes supressores tumorais – ou ambos processos – tem sido relacionados a proliferação
celular normal.
Todos os cânceres são resultados de mutações em genes que participam do controle
dos processos normais de crescimento, limitando a proliferação celular ou reparando o dano
ao DNA. Aproximadamente 5% de todos os cânceres são hereditários e nestes as mutações
de linhagens germinativas exercem papel importante. Paralelamente, para os oncologistas,
o termo câncer familiar geralmente indica um câncer que acomete vários membros de uma
família mas não é necessariamente hereditário, enquanto que o câncer hereditário descreve
aqueles tumores herdados e que, em alguns casos, são familiais. A predisposição hereditária
para alguns cânceres foi relacionada a eventos em um gene e é manifestada por uma forte
história familial de um câncer relativamente raro.
2.1 O Câncer
O câncer é uma coleção de doenças nas quais crescimento e divisão celulares estão
desregulados. Sem regulação, as células se dividem sem parar, acumulando-se umas em
cima das outras para formar tumores. Quando as células se soltam de um tumor e invadem
os tecidos vizinhos, o tumor é maligno, e quando as células não invadem os tecidos
vizinhos, o tumor é benigno. Os tumores malignos podem se espalhar para outros locais do
corpo, formando tumores secundários. Este processo é chamado de metástase (mudança de
estado). Nos tumores malignos e benignos, algo deu errado com o sistema que controla a
divisão celular (SNUSTAD & SIMMONS, 2001). Embora a causa da maioria dos tumores
malignos permaneçam desconhecidas, freqüentes pesquisas demonstraram mutações nas
seqüências de DNA, levando à expressão anormal ou desregulada de proto-oncogenes ou
deleção de genes supressores tumorais- ou ambos processos – tem sido relacionados a
proliferação celular normal. Todos os tumores, benignos e malignos, possuem dois
componentes básicos: células neoplásicas proliferantes, que constituem o parênquima, e
estroma de suporte, constituído de tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. Algumas vezes, as
células parenquimatosas estimulam a formação de um abundante estroma contendo
colágeno, chamado de desmoplasia (ROBBINS, 2001). O crescimento e a evolução das
neoplasias dependem criticamente de seu estroma. Entretanto, a nomenclatura dos tumores
baseia-se no componente parenquimatoso.
2.3 Etiologia
Algumas formas de câncer são familiais elas ocorrem freqüentemente dentro das
famílias ou hereditárias; outras não são hereditárias e ocorrem esporadicamente entre todos
os membros de uma população(SNUSTAD & SIMMONS, 2001). Entretanto, todos os
cânceres são doenças genéticas no sentido de que são causadas por mudanças na
informação genética que é transmitida para as células filhas. A evidência disponível indica
que todos os cânceres são resultados de mutações em genes que participam do controle dos
processos normais de crescimento, limitando a proliferação celular ou reparando o dano ao
DNA. Aproximadamente 7% de todos os cânceres são hereditários e nestes as mutações de
linhagens germinativas exercem papel importante.
Embora existam centenas de tipos diferentes de câncer, todos têm uma coisa em
comum, a perda do controle normal da multiplicação celular.
A característica geral de todas as células cancerosas, é que seu crescimento é
desregulado. Quando as células normais são cultivadas in vitro elas formam uma única
camada de células – uma monocamada – na espécie do meio de cultura. As células
cancerosas, ao contrário, se superpõem umas as outras, se acumulando no meio de cultura
para formar massas. Este empilhamento desregulado ocorre porque as células cancerosas
não respondem aos Sinai químicos que inibem a divisão celular e porque não formam
associações estáveis com suas vizinhas. As anomalias externas que são aparentes em uma
cultura de célula cancerosa. Em geral tem um citoesqueleto desorganizado, elas podem
produzir proteínas incomuns e as apresentar na superfície, e freqüentemente tem números
anormais de cromossomos, ou seja, são aneuplóides(SNUSTAD & SIMMONS, 2001).
O Ciclo Celular consiste em períodos de crescimento, síntese de DNA e divisão. A
extensão deste ciclo é a duração de cada um de seus componentes são controlados por
sinais químicos externos e internos. A transição de cada fase do ciclo, como de G1 para S,
ou de G2 para M, requer a integração de sinais químicos específicos e respostas precisas a
estes sinais. Se os sinais são incorretamente sentidos ou se a célula não está preparada para
responder, a célula pode se tornar cancerosa.A visão atual do controle do ciclo celular é que
as transições entre as fases diferentes do ciclo (G1,S, G2 e M ) são controladas por “pontos
de controle”. Um ponto de controle (checkpoint) é um mecanismo que pàra a progressão do
ciclo até que o processo crítico tal como a síntese de DNA seja completada, ou até que o
DNA danificado seja reparado. A maquinaria molecular que apóia cada ponto de controle é
complexa. Entretanto, são conhecidos dois tipos de proteínas que tem papéis críticos: os
ciclinos e as cinases dependente de ciclina, em geral abreviado por CDKs.As CDKs são
componentes catalicamente ativos no mecanismo do ciclo celular. Estas proteínas regulam
as atividades de outras proteínas transferindo grupamentos fosfatos para elas(SNUSTAD &
SIMMONS, 2001). Entretanto, a atividade de fosforilação da CDKs depende da presença
de ciclinas. As ciclinas capacitam as CDKs a desempenhar a sua função formando
complexos ciclina-CDK. Quando as ciclinas estão ausentes estes complexos se formam, e
as CDKs são inativas. A progressão do ciclo celular, isto é, a passagem em cada um dos
pontos de controle requer, portanto, a formação e degradação alternada de complexos
ciclina-CDK.
Um dos pontos mais importantes de controle do ciclo celular, chamado Start, está na
metade de G1. A célula recebe tantos sinais externos quanto internos nestes pontos de
controle para determinar quando é apropriado passar para fase S. Este ponto de controle é
regulado pela ciclinas tipo D em conjunto com CDK4. Se uma célula é compelida a passar
pelo ponto de controle Start, pelo complexo ciclina D-CDK4, ela entra em outra rodada de
replicação do DNA(SNUSTAD & SIMMONS, 2001).
Os tumores cancerosos matam centenas de milhares de pessoas a cada ano. Nos
últimos anos, várias dúvidas a respeito do câncer, estimularam uma enorme quantidade de
pessoas sobre a biologia básica do câncer. Embora muitos detalhes ainda não estejam
claros, o achado fundamental é que os cânceres resultam de falhas genéticas. Em alguns
casos, estas falhas podem ser ativadas ou exacerbadas por fatores ambientais como, dieta,
exposição excessiva ao sol, ou a poluentes químicos. Os cânceres surgem quando genes
críticos são mutados. Estas mutações podem fazer com que os processos bioquímicos
ocorram erradamente e levem a uma proliferação desregulada de células(SNUSTAD &
SIMMONS, 2001).
2.4 Epidemiologia
2.4.1 Incidência
2.4.3 Idade
2.4.4 Hereditariedade
Apesar da taxa de mortalidade por câncer seja alta durante as últimas duas décadas,
foram feitos muitos progressos na detecção dos diferentes tipos de câncer. As técnicas de
genética molecular possibilitaram aos cientistas caracterizar os cânceres em modos que não
eram antes possíveis, e permitiram criar novas estratégias de terapia do câncer. Existem
poucas dúvidas de que o grande investimento nas pesquisas básicas seja compensador.
As células cancerosas podem ser obtidas para estudos experimentais removendo-se
amostras de um tumor e as dissociando em suas células constituintes com nutrientes
apropriados, estas células tumorais dissociadas podem ser cultivadas in vitro, as vezes
indefinidamente. As células cancerosas também podem ser derivadas de células normais
tratando-se estas células com agente que induzem o estado canceroso.
Diversas evidencias muestran que los tumores de mama de mujeres con una
mutación heredada en BRCA1 presentan un fenotipo histológico distinto del
de los tumores esporádicos, con predominio de receptores de estrenos
negativos, una mayor proliferación y una frecuencia más elevada de
mutaciones en el gen TP53. También se ha observado una mayor proporción
de carcinoma medular y una mejor afectación ganglionar, así como una
disminución de la angiogénesis y de la presencia de HER2-neu. Por el
contrario, en las portadoras de una mutación en BRCA2 se ha observado una
mayor frecuencia de receptores de estrógenos positivos y un menor índice de
proliferación en comparación con los tumores de portadoras de BRCA1.
La existencia de una mutación heredada presente en todas las células del tejido
mamario, supone una predisposición a padecer CM y se ha descrito un
aumento de segundas neoplasias en la mama contralateral, que puede llegar al
40% a los 4 años del primer diagnóstico.
BIBLIOGRAFÍA
• Mutaciones en el gen BRCA1 en mujeres españolas jóvenes con cáncer de mama. Díez O; Del Rio
E; Doménech M; Hernández E; Sanz J; Brunet J; et al. Med Clin (Barc), 199; 112:51-54.
• Identificación de una nueva mutación en el gen BRCA2 mediante análisis de la proteína truncada
en una familia española con cáncer de mama hereditario. Díez O; Del Río E; Doménech J; Sanz J;
Cortés J, Brunet J; et al. Med Clin (Barc), 1999; 112: 179-181.
• Hereditary breast cancer. Pathobiology, prognosis and BRCA1 and BRCA2 gene linkage. Marcus
JN; Watson P; Page DL; Nardo SA; Lenior GM; Tonin P; et al. Cancer, 1996;
Natureza do teste: Detecção por PCR de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
4) Mulheres sem diagnóstico de câncer de mama mas com 2 ou mais casos de câncer
de mama ou de ovário na família.
Aplicações
O exame é feito uma única vez na vida, em qualquer idade, inclusive em diagnóstico
pré-natal.
Histórico
Entre as mais de 150 mutações que ocorrem na população, duas mutações ocorrem
com uma frequência muito alta em judeus ashkenazim. Cada uma destas mutações
está presente em 1% de todos os judeus ashkenazim testados, fazendo que 1 em cada
50 pessoas estudadas possuam uma destas mutações (Tabela I). Estas mulheres
apresentam um risco de 56% de desenvolverem um tumor de mama antes dos 70 anos
de idade e 16% de chance de desenvolverem tumores de ovário. Estima-se que entre a
população de judeus ashkenazim, estas duas mutações são responsáveis por 9% de
todos os casos de tumores de mama e por 40% de todos os casos de tumores de
ovário.
O teste para a detecção destas duas mutações (185delAG no gene BRCA1) e 6174delT no gene
BRCA2) que a Genomic está agora disponibilizando, permite a detecção de pessoas portadoras
destes genes mutados.O valor preditivo deste exame é extremamente alto no caso de se encontrar
a mutação na pessoa estudada, a presença da mutação implica em uma probabilidade muito alta
(>90%) desta mulher vir a desenvolver um câncer de mama. No caso do exame não detectar a
presença de uma destas mutações, o valor preditivo do exame é baixo, pois não garante que a
paciente não venha a desenvolver câncer de mama devido a outras causas.O principal benefício
deste exame para as pessoas detectadas como portadoras de uma destas mutações é a
possibilidade de se intensificar as medidas de detecção precoce do tumor, o que eleva
substancialmente a possibilidade de cura.
Mulheres diagnosticadas com câncer de mama e com histórico familiar de câncer de mama.
Metodologia
Assessoria Técnica
Este teste foi desenvolvido pela Genomic e conta com a supervisão técnica do
Professor Fernando Reinach, PhD.
Reuters Health
Teste genético para câncer de mama Quem deve ser testada e o que
fazer com os resultados