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29/11/2019 PARTE VI - CORRIGINDO IDEIAS EQUIVOCADAS :: Beit B'nei Or

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PARTE VI - CORRIGINDO IDEIAS EQUIVOCADAS


21/08/2013 13:48

PARTE VI - CORRIGINDO IDEIAS EQUIVOCADAS

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29/11/2019 PARTE VI - CORRIGINDO IDEIAS EQUIVOCADAS :: Beit B'nei Or

Por Tsadok Ben Derech

Os defensores da Trindade alegam que existem vários versículos que falam do Pai e do Filho, o
que apontaria para a existência de 2 (duas) pessoas diferentes (ex: Rm 1:1, 7; I Co 1:1, 2; Gl
1:1; Ef 2:6 etc), enquanto alguns textos falam do “Espírito Santo”, que seria a terceira pessoa
da Trindade (ex: Jo 14:26; I Co 12:1-3; II Co 13:14 etc).

Como visto, a Bíblia nunca falou em “pessoas” para se referir ao ETERNO, e nem usou o
vocábulo “trindade”. Pelo contrário, prescreveu que somente existe 1 (um) Elohim, o Criador
dos céus e da terra (Devarim/Deuteronômio 6:4; Yochanan Marcus/Marcos 12:29). Então, por
tudo o que foi lecionado, fica claro que todos os textos que falam do Pai e do Filho estão se
referindo a duas k’numeh do ETERNO, e não a duas pessoas distintas.

Temos que entender, ainda, que Yeshua veio ao mundo como homem e,
consequentemente, sentiu fome, sede, dor e demais sensações terrenas. Como pessoa de
carne e osso, Yeshua teve uma natureza humana, apesar de possuir elohut
(“divindade”/natureza divina). Daí, quando Yeshua orava ao Pai, não estava entrando em
contato com outra pessoa, mas sim a natureza humana de Yeshua buscava conectar-se com a
k’numah do Pai.

Muitas pessoas se confundem e não compreendem vários versículos pelo simples fato de
esquecerem que Yeshua encarnou como homem mortal e, em resultado, teve fraquezas
e passou por tentações em todas as áreas, com a diferença de que nunca pecou
(Ivrim/Hebreus 4:15).

Quando as Escrituras demonstram que o Filho aprendeu a obedecer (Ivrim/Hebreus 5:8) e que
fazia a vontade daquele que o enviou (Yochanan/João 6:38), isto não significa que a Bíblia
está mencionando duas pessoas diferentes (o Pai e o Filho). Em verdade, Yeshua, enquanto
homem, submeteu-se a YHWH Pai.

De igual modo, no verso em que o Mashiach diz que “o Pai é maior do que Eu” (Yochanan/João
14:28), temos o homem Yeshua falando de YHWH, duas k’numeh entrando em contato uma
com a outra. Tal versículo não demonstra que o Pai é superior ao Filho, já que ambos são
YHWH. Quer dizer o texto que o Messias, em sua condição humana, é inferior ao Pai. Porém,
sob o aspecto da elohut (“divindade”), inexiste hierarquia entre Pai e Filho, já que estes não
são duas pessoas, mas o mesmo YHWH.

Há quem diga, erroneamente, que YHWH é um Ser Superior e que Yeshua seria seu Filho, uma
divindade inferior e subordinada ao Pai. Para esta concepção, Yeshua está acima dos homens e
debaixo de YHWH, sendo o Mashiach “um elohim” com poderes reduzidos e limitados pelo Pai.
Propaga esta enganosa teoria que Yeshua não é onisciente e que não pode ser adorado, por
tratar-se de “elohim” subalterno. Tal teoria é manifestamente contrária às Escrituras, pois
descreve Yeshua como sendo um “subdeus” ou “semideus”, pensamento este que é
influenciado pela cultura greco-romana idólatra. Nesta visão distorcida, termina-se por criar
um panteão de dois deuses: o Pai, que é o Chefe, e o Filho, seu encarregado.

Infelizmente, a teoria dos “2 deuses” é encampada por algumas Igrejas Cristãs, pelos
Testemunhas de Jeová e, pasmem, por alguns grupos de judeus messiânicos. Mas não existe
nada de novo debaixo do sol. A heresia descrita já era propagada pelo “Pai da Igreja” Justino
Mártir (100 a 165 D.C), no início da nova religião, denominada Cristianismo.

Ao lerem os cristãos gentios que Yeshua era o “Filho de Elohim”, não compreendiam que este
título messiânico se referia ao próprio ETERNO que se manifestou em carne. Pensavam os
cristãos, oriundos de religiões politeístas, que o “Filho de Deus” seria um ser mitológico
nascido de um deus de forma sobrenatural. Escreveu Justino Mártir que não estava propondo
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nada diferente daquilo que já era crido no âmbito da mitologia, ou seja, que Yeshua era o
Logos, o primogênito de Deus, tal como Júpiter ou Mercúrio (Primeira Apologia, capítulos 21-
23). Júpiter[1] é o deus romano filho dos deuses Saturno e Cibele. Mercúrio[2] é o deus
romano filho de Júpiter e de Bona Dea (“Deusa Bondosa”).

Vejam o que Justino Mártir, um dos fundadores do Cristianismo, quis dizer: o título “Filho de
Elohim” atribuído a Yeshua é igual à designação “Filho de Deus” praticada no âmbito pagão,
porque Yeshua é o Filho do ETERNO tal como o deus Júpiter é Filho de Saturno e o deus
Mercúrio é Filho de Júpiter. Resumindo: Yeshua foi equiparado aos deuses romanos, na
qualidade de um “subdeus”.

É exatamente este raciocínio pagão que se alastra em alguns círculos religiosos de hoje, ao
afirmarem que Yeshua está em posição de subordinação em relação ao Pai. Não!!! Lembre-se
do que já foi escrito e provado à luz das Escrituras: Yeshua é YHWH que se manifestou em
carne, e não um “semideus”.

A B’rit Chadashá em aramaico é clara ao demonstrar que Yeshua recebeu adoração, extraindo-
se daí que o Mashiach é o ETERNO, porquanto somente este pode ser o destinatário de
adoração.

Com efeito, em aramaico, o verbo “sagad” (‫ )סגד‬significa “adorar”, “cultuar”, “prestar


reverência ou deferência ao ETERNO ou a outros deuses”, conforme atestam o Lexicon to the
Syriac New Testament (Peshitta), de William Jennings, na página 146, e o Compendious Syriac
Dictionary, de Robert Payne Smith, na página 360.

Na B’rit Chadashá em aramaico, a raiz triconsonantal do verbo “sagad” aparece sempre


relacionada à adoração ao ETERNO:

“Adore a YHWH, seu Elohim, e sirva somente a ele.” (Mt 4:10 = Lc 4:8).

“Senhor, posso ver que é um profeta, respondeu a mulher. Nossos pais


adoraram nesta montanha, mas vocês dizem que o lugar onde se deve adorar é
Yerushalayim [Jerusalém]. Yeshua disse: Senhora, creia em mim, está chegando
o tempo em que vocês não adorarão o Pai nem nesta montanha nem em
Yerushalayim. Vocês não sabem o que adoram; nós adoramos o que
conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas está chegando o tempo em
que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque
esse é o tipo de gente que o Pai deseja que o adore.” (Jo 4:19-24).

Fica claro ao se ler os textos citados que a adoração é destinada exclusivamente ao ETERNO, e
nos versos transcritos, em aramaico, foi usado o verbo “sagad”, traduzido para o português
como “adorar”. Pois bem, há passagens da B’rit Chadashá em que o verbo “sagad” (adorar) é
usado em relação a Yeshua, ou seja, o Mashiach foi adorado. Então, o raciocínio torna-se
bastante simples: 1) os escritores da B’rit Chadashá disseram que somente YHWH pode ser
adorado; 2) tais escritores também mencionaram que Yeshua foi adorado; 3) logo, Yeshua é
YHWH. Eis as Escrituras traduzidas do aramaico que apontam Yeshua recebendo atos de
adoração:

“E, entrando na casa, viram o menino [Yeshua] com Miryam [Maria], sua mãe, e,
prostrando-se, o adoraram...” (Mt 2:11).

“Imediatamente Yeshua estendeu a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de


pouca fé, por que duvidaste?

E logo que subiram para o barco, o vento cessou.

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Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és o


Filho de Elohim.” (Mt 14:31-33).

“E eis que Yeshua lhes veio ao encontro, dizendo: shalom alechem [paz esteja
convosco]. E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram.” (Mt
28:9).

“Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.” (Mt 28:17).

Destarte, comprova-se que Yeshua é YHWH pelo fato de receber adoração, já que somente o
ETERNO é digno de ser adorado.

Em suma, pode-se asseverar:

1) todos os textos que mencionam o Pai e o Filho estão tratando de duas k’numeh do ETERNO,
e não de duas Pessoas diferentes;

2) da mesma forma, a referência a Yeshua, a Elohim e à Ruach HaKodesh (ex: II Co 13:14)


não prova a existência de 3 Pessoas, e sim a existência de três k’numeh de YHWH, que é UM,
1 (uma) Pessoa (Devarim/Deuteronômio 6:4; Yochanan Marcus/Marcos 12:29);

3) os versículos que mostram Yeshua em submissão ao Pai expressam, em realidade,


situações em que a natureza humana do Mashiach (Messias) se subordinou a YHWH.

Continua...

[1] Já na mitologia grega, Júpiter se identifica com o deus “Zeus”.

[2] Na mitologia grega, é sincretizado com o deus “Hermes”.

Etiquetas:

YESHUA É YHHW | MARYAH | k'NUMEH | Peshitta | Aramaico

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