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CORRENTES
l Psicologia Humanista
O humanismo leva a psicologia ao Pessoalismo, dividido em:
● Psicologia humanista (influência do renascimento) razão como árbitro
decisivo
● Psicologia existencial: esta psicologia busca entender a experiência humana,
é uma psicologia compreensiva na qual Gestalt, doutrina que defende que,
para se compreender as partes, é preciso, antes, compreender o todo, faz
parte. O psicólogo estadunidense Carl Rogers era adepto desta psicologia
Carl Rogers acreditava que se no behaviorismo a ênfase está nas técnicas de
controle e na psicanálise freudiana era demorada a investigação, o melhor a
seguir era a chamada de terceira força (Maslow), uma terapia não diretiva,
centrada na pessoa que as liberta das garras da tradição. Carl Rogers era
protestante, porém abandonou a religião conforme desenvolvia suas teorias.
Sugestão de livro:
ROGERS, Carl. T ornar-se Pessoa. Lisboa Editora Padrões Culturais. 2009
A primeira edição do livro Tornar-se Pessoa foi escrita em 1961. Aqui o terapeuta
ganha espaço, que a relação interpessoal entre paciente e terapeuta se torna
importante. Rogers afirma que “Tornar-se humano mais importante que ser
humano”. Neste processo terapêutico há uma reorganização do “eu”.
Os aspectos da mudança na terapia de Rogers foram:
● Catarse: pôr para fora todo sentimento, experiência de vida, por expressão
de emoções ou em palavras.
● Insight: flashes, entender a subjetividade das coisas, sentindo-se diferente
em relação a isso.
● Centralização na experiência: a experiência da pessoa é a autoridade
suprema, o “eu” não é mais um vigia e sim um habitante da experiência.
● Crescimento: é um processo contínuo, avançando com novos insights. Para
Rogers a natureza é boa e avança numa direção construtiva.
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l Psicologia Existencial
Grandes nomes do Existencialismo foram:
● Kierkegaard, filósofo dinamarquês;
● Nietzsche, filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor alemão;
● Jaspers, filósofo e psiquiatra alemão;
● Heidegger, filósofo, escritor, professor universitário alemão;
● Sartre, filósofo, escritor e crítico francês;
● Dostoievski, escritor, filósofo e jornalista russo, destacou-se na Literatura;
● Kafka, escritor alemão destacado na Literatura;
● Bultmann, teólogo alemão;
● Tillich, teólogo alemão-estadunidense e filósofo da religião
● Walter Kaufmann, filósofo, poeta e tradutor alemão que diz “O
existencialismo não é uma filosofia, mas um rótulo de várias revoltas bem
diferentes entre si contra a filosofia tradicional” O ponto em comum de tudo
isso é o individualismo exacerbado.
Apesar de ter vários pontos positivos no existencialismo, algo que devemos
levar em consideração é a ditadura do gerúndio, onde tudo está acontecendo no
agora, porém uma vida saudável é uma vida que saiba conjugar em todos os
tempos verbais, passado, presente e futuro. O grande problema dessas
correntes é que o foco acaba sendo em apenas um tempo verbal durante todo o
processo.
l Sartre
Para Sartre, a existência precede essência, não sou para existir, eu existo para
depois ser. A frase “Se Deus não existe, tudo é possível” de Dostoiévski foi de
grande impacto na vida de Sartre, pois agora, no sentido moral, o ser humano é
capaz de fazer qualquer coisa.
No cristianismo, é a essência antes da existência, onde recebemos uma
essência, a imagem e semelhança de Deus, para depois existir. Gestalt segue a
filosofia de Sartre, onde você não tem essência pré-determinada e sim, escolhas
durante a sua existência que criaram a sua essência.
Sartre afirma que começamos com o subjetivo, o homem simplesmente é o que
é, o homem nada mais é do que faz de si mesmo (1 princípio do existencialismo).
Existimos e mediante a nossa capacidade de decidir e tornar a nossa essência.
Sugestão de livro:
SARTRE, Jean-Paul. O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica.
Petrópolis-RJ Editora Vozes. 2005
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l Viktor Frankl
É da 3 escola vienense de psicoterapia. A primeira era de Freud com o “desejo
de alcançar prazer”, a segunda com Adler, psicólogo austríaco, com o “desejo de
alcançar poder” e a terceira com Frankl, psiquiatra austríaco judeu, com o
“desejo de alcançar significado”.
Por ser judeu, Frankl foi preso em um campo de concentração nazista, fonte de
inspiração para seu livro. Frankl diz que as pessoas que sobreviveram ao campo
foram as que tinham um significado mais profundo em suas vidas, logo, as que
não tinham capacidade de criar significado acabaram não resistindo
Esta terceira escola de Viena se utiliza da Logoterapia, que é justamente esta
busca pelo significado, o que significa ser humano e a necessidade de
responsabilidade dele diante do processo. Frankl se aproxima do pensamento
cristão ao fugir dos conceitos ateístas de Sartre e Freud. Procura evitar o
pessimismo freudiano e o otimismo de Rogers, assertivo no ponto de equilíbrio.
Sugestão de livro:
FRANKL, Viktor E. E m Busca de Sentido. Petrópolis-RJ Editora Vozes 2009.
l Gestalt
Nesta corrente o todo é maior do que o resultado da soma de suas partes, por
exemplo, pense em uma cadeira, as partes que a compõem vão além do que a
simples cadeira. Esta abordagem não fala de psicanálise, mas sim da percepção
da pessoa. Não é sobre causas, é, a partir de hoje, ampliar consciência para
reagir diferente no aqui e agora. Vemos então uma crítica a psicanálise com foco
no passado. Este pensamento do aqui e agora traz a responsabilidade para a
pessoa, questionando o que que eu faço com que foi feito de mim.
Um exemplo de um discurso Gestaltiano ocorre no filme Rocky Balboa, lançado
em 2006, onde o personagem interpretado por Sylvester Stallone, Rocky, diz ao
seu filho que está em um momento difícil de sua vida “[...] Eu, você, ninguém
nunca vai bater tão duro e forte como a vida. Mas a vida não é sobre quão forte
você bate. A vida é sobre quanta pancada você pode aguentar e ainda assim
seguir em frente. Quanto você pode apanhar e ainda assim continuar seguindo
em frente. [...]” ou seja, o que você irá fazer com o que a vida lhe fez.
Gestalt traz então a afirmação de eu posso me escolher. Como não existe uma
essência rígida, sendo possível nos construir como pessoas diferentes. Esta
plasticidade, possibilidade de movimento no existir do ser humano, se levado ao
extremo, fere os princípios do cristianismo.
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Todas essas correntes trabalham com:
● Racionalismo: a razão que pensa e pesa sobre as coisas;
● Empirismo: as coisas mediante prova de tentativa e erro.
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