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Índice

I.Introdução..................................................................................................................2

I.I. Contextualização do tema........................................................................................3

II. Revisão de Literatura.............................................................................................4

2.1.Causa do Crime........................................................................................................4

2.2. Causa Economica....................................................................................................4

2.4. Pobreza....................................................................................................................5

2.5.Fome........................................................................................................................5

2.6.Tipos do Crime........................................................................................................6

2.7.Os autores do Crimes...............................................................................................7

2.8.Consequências do Crime.........................................................................................8

Conclusão.......................................................................................................................9

Referencias Bibliograficas.........................................................................................10
Introdução
O presente trabalho, subordinado ao tema de criminalidade em Moçambique, onde irei a
falar de autores, tipos de crime, causas e consequências, surge no âmbito do processo de
análise de políticas públicas, que os governos criam para resolver os problemas que
afectam o cidadão e a comunidade no geral. Com destaque para as políticas públicas de
segurança, ligadas a Prevenção e combate ao crime.

Devido ao recrudescimento do fenómeno da criminalidade em Moçambique, o governo


foi obrigado a introduzir o Policiamento Comunitário como uma política pública de
segurança capaz de reduzir os focos de criminalidade nos bairros periféricos das
cidades, através do trabalho conjunto entre a polícia e a comunidade.

O aumento da criminalidade urbana, ao longo da década de 1990, seguramente


provocou impacto no Sistema de Justiça Criminal moçambicano principalmente, na
polícia, no ministério público, no tribunal e na prisão. Esse impacto vem mostrando de
uma forma aguda a dificuldade do Sistema de Justiça Criminal de conter os crimes e os
criminosos. Acumula-se na sociedade moçambicana contemporânea a insatisfação de
que a polícia, a procuradoria, os tribunais e a prisão não funcionam, o que torna
profunda as descrenças dos cidadãos na capacidade do poder público de oferecer
segurança pública (KULA, 2009).

O Policiamento Comunitário é uma estratégia organizacional que os governos criaram a


nível mundial, como uma forma de estreitar relações entre a polícia e a comunidade e
fazer com que a população contribua na garantia da sua própria segurança. O trabalho é
composto por três partes sendo assim, o primeiro capítulo ocupa-se pela introdução,
contextualização do tema.

O segundo capitulo ocupa-se pelo desenvolvimento do (revisão da literatura) onde são


postos em evidencia os principais autores que abordam sobre criminalidade em
Moçambique, os tipos de crime, as suas causas consequência no seio da comunidade,
onde vamos usar uma pesquisa Bibliográfica iremos consultar autores que abordaram
acerca do tema .o terceiro será a conclusão.

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I.I. Contextualização do tema
A criminalidade aparece em todas as sociedades e civilizações, integra o mundo atual,
tanto nas grandes cidades, quanto nos lugares mais isolados. Sendo o crime obra do
homem, passou-se a considerar várias ciências que contribuem para o conhecimento da
personalidade humana (sociologia, psicologia, psiquiatria, antropologia, etc.), passando
a serem estudados e pesquisados os fenómenos criminosos como manifestação das
características sociais da criminalidade.

Antigamente pensava-se que o criminoso já nascia com a marca da criminalidade, sendo


a delinquência seu único destino. Chegou-se a definir os criminosos congénitos, que
teria características que os levaria a ser um criminoso em potencial. Todavia, com
inúmeros estudos, verificou-se que factores sociais contribuem na trajectória da vida de
um indivíduo, colaborando para a inserção ou não no mundo da criminalidade
(MACHADO NETO,1987).

Quando emergem as crises económicas, mais se instiga a criminalidade. Pobreza;


miséria; mal vivência; fome e desnutrição; civilização cultura, educação, escola e
analfabetismo; casa; rua; desemprego e subemprego; profissão; guerra; urbanização e
densidade demográfica; industrialização; migração e imigração e política são
estimuladoras que influenciam o poder de decisão do indivíduo que tende para a
delinquência. Esta situação fez com que no ano de 1996, o número de casos criminais
atingisse cifras elevadas, o que criou um clima de desconfiança entre a população e as
forças policiais e motivou a população a fizer a justiça pelas próprias mãos
caracterizada pela onda de linchamentos (MACAMO, 2005).

Apontar os motivos e consequências se faz necessários, até mesmo porque trazem em


todos os cidadãos reacções quanto aos princípios morais e éticos, construídos ao longo
da vida. Não se pode esperar que um indivíduo faminto, abandonado e desesperado,
revoltado contra tudo e contra todos tenha condições de discernir princípios morais. No
entanto, tem verificado uma evolução na tipificação dos crimes com destaque para a
violação de menores, tráfico de pessoas, venda de órgãos humanos, assaltos de viaturas,
residências, bancos e outras instituições (ALBERGARIA,1988).

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II. Revisão de Literatura
Neste ponto, apresenta-se um debate onde iremos buscar autores que abordam acerca da
criminalidade, através da literatura existente, procurando verificar o seu contributo na
segurança dos cidadãos e o âmbito da sua criação em vários países do mundo, numa
perspectiva de análise de políticas públicas.

2.1.Causa do Crime
Pobreza; miséria; mal vivência; fome e desnutrição; civilização cultura, educação,
escola e analfabetismo; casa; rua; desemprego e subemprego; profissão; guerra;
urbanização e densidade demográfica; industrialização; migração e imigração e política
são estimuladoras que influenciam o poder de decisão do indivíduo que tende para a
delinquência.

2.2. Causa Económica


A situação económica é forte influência nos fenómenos da criminalidade temos políticas
salariais arbitrárias; grandes indústrias fechando suas portas por estarem passando por
crises; actividade comercial na expandindo; desempregos e dificuldade de achar
colocação no mercado de trabalho; aumento velado da inflação e especulação,
aumentando o baixo poder aquisitivo popular e finalmente sob o escudo protector da
justiça, muitos acumulam riquezas, pelas leis que fazem para proteger a colectividade, e
que, na verdade camuflam a impunidade dos potentados da exploração da economia
popular. Portanto, para o marxismo, a delinquência seria produto do sistema capitalista
e a tarefa da criminologia se resumiria em demonstrar as relações entre a estrutura
económica da sociedade e o crime.

Ao analisar o pensamento de Marx, mostrando que o aspecto mais importante do crime,


no contexto social é a função do crime.
O crime tira do mercado de trabalho uma parte supérflua da população, e assim reduz a
competição entre os trabalhadores; até o ponto em que previne os salários de caírem
abaixo de um mínimo, a luta contra o crime absorve uma outra parte dessa população.
(MARX, 1983 apud FERNANDES, 2002: 281)

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2.4. Pobreza
A influência da pobreza sobre o crime acontece de forma indirecta sentimentos nobres
são destruídos com a pobreza. Muitos advogados ressalvam-se na defesa de seus
clientes tendo esse princípio. Os assaltantes, de um modo geral, são indivíduos
semianalfabetos, pobres ou ainda miseráveis. Não possuindo formação moral adequada,
são tidos como refugo da sociedade, onde nutrem ódio e aversão pelos que possuem
bens, especialmente os grandes patrimónios, como mansões e automóveis luxuosos.
Nutrindo essa revolta de não possuir tais bens e vivendo na pobreza, adquire-se um
sentido de violência, onde esta insatisfação de inconformidade os leva a actos anti-
sociais desde uma fixação de muro até a conclusão de um crime bárbaro, pois o fato é
que estes não se apiedam das vítimas, matando-as por uma desarmada defesa.

2.5.Fome
A fome de que se trata é aquela crónica, isto é a falta de ter o que comer no dia-a-dia do
indivíduo, impulsionando à prática de delitos. A nutrição incompleta faltando às
vitaminas A e D, produz o raquitismo, doença grave, que coloca a criança em condição
inferior em relação as demais, podendo levá-la à deformações corporais que na vida
escolar começará a aparecer complexos de inferioridade, ou outros que terá reacção
negativa contra seus colegas, agindo com ressentimentos que mais tarde podem ser
extensivos à sociedade.

Muitas dessas crianças submetidas à inferioridade física e intelectual, incapazes para o


trabalho e vários aspectos de uma vida normal (prática de exportes), podem mais tarde
seguir um caminho para a delinquência. Sendo a desnutrição ou a alimentação
inadequada, alguns autores citam que em razão de estragos psicossomáticos que
costumam produzir, pode ser factor que predispõe ou é determinante de criminalidade,
destaca -se que alguns autores defendem a ideia de que o homem só se torna violento
devido à influência externa, sendo a violência, portanto um estado imposto pelo
ambiente, e não inato.

Outros autores, todavia defendem que a natureza violenta do homem é instintiva, faz
parte de sua genética e o ambiente apenas permite que esse comportamento aflore, em
maior ou menor grau. Nesse sentido, serão apresentadas a seguir algumas
argumentações sobre essa questão: se a causa da violência é inerente ao ser humano, e

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puramente biológica se é condicionada pelo meio, e estritamente influenciada por
factores ambientais ou se é uma junção de ambos ( MERTON,1996,p.34).

As regiões violentas consistem em bairros pobres e deteriorados localizados em regiões


centrais das cidades, comunidades violentas” consistem em regiões habitadas por
populações de origens variadas, principalmente imigrantes. A associação diferencial
culmina no crime porque a comunidade não é organizada o bastante contra aquele
comportamento. A lei age em uma direcção, enquanto outras forças actuam em sentido
contrário mercado, as “regras do jogo” entram em conflito com as regras jurídicas. Um
empresário que busca obedecer à lei é impelido por seus competidores a adoptar os
métodos deles (SOUZA, 2006).

O recrudescimento da criminalidade urbana levou a população adoptar rotinas de


cautela. “A violência e o medo combinam processos de mudança social nas
comunidades contemporânea” no seu estudo sobre a violência urbana no bairro que as
pessoas do bairro evitavam andar de noite com medo de serem assaltadas quando isso é
inevitável, usam várias estratégias, tais como: guardar o dinheiro o telefone celular os
brincos, colares e alianças nas cuecas (CALDEIRA, 2000).

2.6.Tipos do Crime
Alguns intervenientes do referido encontro voltaram a “atacar” à Polícia pela alegada
impunidade de alguns malfeitores que, conduzidos às celas, voltam a cometer o mesmo
tipo de crime nos bairros, contribuindo, deste modo, para a instabilidade social na urbe.
os principais tipos de crimes estão relacionados com assaltos, em algumas sociedades os
crimes também estão relacionados com roubos de bicicletas: as bicicletas podem ser
uma ferramenta imprescindível para o trabalho, a sua perda é uma tragédia, e a sua
substituição é muito cara.
É por esta razão que a gravidade do crime nem sempre está relacionada com o uso da
violência Em muitas ocasiões, o "crime" é uma intrusão na intimidade e privacidade da
pessoa, quer no seu lar, na sua viatura ou caminhando pela rua, por parte de um agressor
que pretende roubar um bem para o usar ou vender. O uso da violência aumenta o
trauma experimentado pelas vítimas

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No entanto, nas nossas sociedades tem-se tem verificado uma evolução na tipificação
dos crimes com destaque para a violação de menores, tráfico de pessoas, venda de
órgãos humanos, assaltos de viaturas, residências, bancos e outras instituições Esta
situação origina um ambiente de insegurança pública nos bairros periféricos , o que leva
a população a questionar sobre o papel do Estado na garantia da segurança dos
cidadãos(MOSSE,2006).

2.7.Os autores do Crimes


O criminoso seria um indivíduo mal socializado, que não internalizou por meio da
educação, elementos que proporcionariam o autocontrolo o crime não é produzido
socialmente, como nas teorias sociológicas positivistas, o crime é um comportamento
natural que deve ser evitado pela colectividade. Quando os meios de se evitar o crime
não são adequadamente usados, há uma boa probabilidade de ocorrência do
comportamento criminoso. Outro lado importante os autores do crimes podem ser
indivíduos que com vivem no nosso dia-dia, nosso primos irmãos pessoas com uma
renda muito baixa, em que a solução da suas vida e olhar o crime como solução para
suas sobrevivências

A existência de valores de normas próprias de grupos marginais, de processos positivos


de aprendizado de habilidades necessárias para o crime é negada. Na verdade, o
criminoso é um ser socialmente imperfeito. Não é capaz de processar todas as
informações presentes no ambiente onde agem. Não lida de maneira adequada com a
existência de sanções referentes ao comportamento criminoso e principalmente com o
facto de que todos os prémios para comportamento conformista e disciplinado se
encontram no seu futuro (MUSSALAMA, 2007).

2.8.Consequências do Crime
As consequências do crime a nível das nossas sociedades elas podem reduzir o
desenvolvimento local, onde a população vai tendo medo de desenvolver suas
actividades por medo do crime. Outro ponto importante a criminalidade ela é vista como
desvio de normas sociais. O governo devia adoptar muitas estratégias para combater a
criminalidade na sociedade Observou que em muitos bairros periféricos das cidades
moçambicanas a noite passou a ser o medo, o risco de ser assaltado, o perigo de
emboscada, um espectro de uma possibilidade doentia prolongada e confluindo para a
mesma situação de “mal-estar profundo impacto da criminalidade urbana violenta

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cresceu a desconfiança na capacidade e eficiência do Sistema de Justiça Criminal em
aplicar a lei, ordem e tranquilidade pública, numa nova criminalidade urbana.
Onde os criminosos passaram a aplicar uso da força com o objectivo de matar ferir ou
provocar lesões corporais deixando ou não marcas evidentes na vítima. Por um lado, o
Policiamento Comunitário pode ser definido como uma estratégia de combate a
criminalidade, que tem vindo a ser adoptada em diferentes países do mundo, como uma
forma de fazer face a ineficiência dos órgãos policiais e, por outro lado este tipo de
policiamento cria mecanismos de aproximação entre a comunidade e a polícia no
combate a criminalidade.

As políticas públicas têm como objectivo responder a demandas, principalmente dos


sectores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. Essas demandas
são interpretadas por aqueles que ocupam o poder e, são influenciados por uma agenda
que se cria na sociedade civil através da pressão e mobilização da esfera social
(CLARKE, 2004).

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Conclusão
Chegando a conclusão do presente trabalho, onde falei do tema de criminalidade em
Moçambique, onde foquei os seguintes autores, tipos de crime, causas e consequências,
no âmbito do processo de análise de políticas públicas, que os governos criam para
resolver os problemas que afectam o cidadão e a comunidade no geral. Com destaque
para as políticas públicas de segurança, ligadas a Prevenção e combate ao crime.

Os crimes considerados mais frequentes foram as ofensas corporais e os roubos em


casas, muito distantes de outros tipos de crimes. Esta tendência é igual para as
províncias. O anterior coincide com a opinião expressa sobre os crimes que representam
maior ameaça. A causa principal da criminalidade segundo as autoridades policiais é o
desemprego.

Devido ao recrudescimento do fenómeno da criminalidade em Moçambique, o governo


notou-se que foi obrigado a introduzir o Policiamento Comunitário como uma política
pública de segurança capaz de reduzir os focos de criminalidade nos bairros periféricos
das cidades, através do trabalho conjunto entre a polícia e a comunidade.

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Referencias Bibliográficas
ALBERGARIA, Jason. Criminologia Teórica e Prática. 2ª ed. Rio de Janeiro: Aide
Editora, 1988.
MACHADO NETO, Antônio Luiz. Sociologia Jurídica. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 1987.
MOSSE, Marcelo.A corrupção no sector de justiça em Moçambique. Documento
para a discussão n°3.Maputo: Centro de Integridade Pública. 2006.
Merton, R. King (1996). On social structure and science. University of Chicago Press.
Chicago and London
MACAMO, Nataniel; (2005b). Uma Reflexão Sobre a Implementação do Policiamento
Comunitário em Moçambique, Comunicado apresentado no XV Conselho Coordenador
do Ministério do Interior.
CALDEIRA, Teresa. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo.
São Paulo: Editora 34/Edusp. 2000.

FERNANDES, Newton; FERNANDES, Valter. Criminologia Integrada. 2ª ed.rev.


actual., e ampl. São Paulo: Editora dos Tribunais, 2002.
MUSSALAMA, A. Polícia prende cidadão e exige cinco mil meticais para soltura.
Revista Democracia e Direitos Humanos. Maputo: Edição nº 101, fevereiro 2007, p.8.
CLARKE, R. V e FELSON, M. “Introduction: criminology, routine activity, and
rational choice”. In: Clarke, R. V e Felson, M. Routine activity, and rational choice.
New Brunswick: Transaction, 2004.
KULA. Criminalidade e Vitimização: Cidades de Maputo, Beira e Nampula. Maputo:
KULA, 2009.
SOUZA, Celina (2006). Políticas Públicas: uma revisão da literatura, Sociologias,
Porto Alegre, ano 8.

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