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Atividade laboratorial – Extração de DNA de células animais

Dada a posição dos grupos fosfato no polímero, a sua carga negativa torna a molécula
altamente hidrofílica. Em consequência disto, as moléculas que interagem com o
material genético (nomeadamente proteínas) têm em geral cargas positivas necessárias a
estabelecerem-se ligações iónicas com o ADN.
Os segmentos de ADN que são responsáveis por carregar a informação genética são
denominados genes. O restante da sequência de ADN tem uma importância estrutural
ou está envolvido na regulação do uso da informação genética.
Cloroplasto: organelo formado por duas membranas e por estruturas em forma de disco
(tilacoides) internas. É a sede da fotossíntese, pois contém moléculas de clorofila que
capturam a energia solar e produzem moléculas como glicose que poderá ser utilizada
pelas mitocôndrias para a geração de ATP.
Parede celular: constituída por celulose (polissacarídeo) e também por glicoproteínas
(açúcar + proteína), hemicelulose (união de certos açúcares com 5 carbonos) e pectina
(polissacarídeo). A celulose forma fibras, enquanto as outras constituem uma espécie de
cimento; juntas formam uma estrutura muito resistente.
Vacúolo: Estrutura derivada do retículo endoplasmático que pode conter líquidos e
pigmentos, além de diversas outras substâncias.

Já o etanol faz com que o DNA não se dissolva, provocando a sua separação da solução
aquosa inicialmente preparada, elevando-se para a camada alcoólica.
Isto acontece porque o DNA é menos denso que a água e que a mistura, fazendo com
que este se mova lentamente para a superfície, em direção ao etanol, deixando aparecer
os pequenos filamentos.
Estes juntam-se através do etanol, formando uns filamentos esbranquiçados (DNA).
O detergente teve a função desagregar as membranas fosfolipídicas. O adicionamento
do detergente afeta as membranas plasmáticas, pois elas são constituídas por lípidos e
com a rutura das mesmas, o conteúdo celular solta-se e dispersa-se na solução. O cloreto
de sódio teve como objetivo impedir a repulsão elétrica entre as moléculas de DNA por
ter carga positiva neutralizando a carga negativa do grupo de fosfato do DNA e permitiu
a sua agregação de modo a formar filamentos mais espessos e compridos sendo assim
mais visíveis.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E DO PROCEDIMENTO


Foi realizada a extração do ADN do kiwi, pois as células deste fruto possuem esta
molécula com grande densidade. A extração do ADN destas células consiste
fundamentalmente em três etapas:
1ª Rutura das células para a libertação dos seus núcleos;
2ª Desmembramento da cromatina nos seus componentes básicos, ADN e proteínas;
3ª Separação do ADN dos demais componentes celulares.
Para começar, na primeira etapa, foi necessário esmagar o kiwi para libertar o conteúdo
do ADN que estava dentro do núcleo das células e por isso, intacto. Obteve-se assim o
maior número possível de células.
Como resultado desta operação resultou uma polpa de kiwi espessa.
Ao kiwi foi, numa primeira fase, adicionado sal, detergente e água:
Utilizámos o sal (cloreto de sódio) para ajudar a manter as proteínas dissolvidas no
líquido extraído, impedindo que elas se precipitem com o ADN. Mas a razão principal
pela qual utilizámos o Sal deve-se ao facto que este interfere com a carga da molécula
de ADN, tornando a molécula mais estável, com a ajuda das proteínas histonas. Ao
contribuir com iões positivos para a solução, vai provocar reações químicas e
neutralizar a carga por natureza negativa do ADN. (O cloreto de sódio dissocia-se em
Na+ e Cl- enquanto que o açúcar-fosfato, presente na molécula de ADN possui uma
carga negativa. A junção dos dois elementos permite a agregação das moléculas de
ADN, visto que os iões Na+ reagem com os grupos fosfato do ADN).
O detergente tem por função de separar as gorduras e afetar as membranas, abrindo e
dissolvendo as camadas lipídicas que compõem a membrana plasmática e as membranas
dos organelos.
Ao filtrar a preparação para o tubo de ensaio apenas uma parte líquida e quase
translúcida atravessa o filtro e se deposita no fundo, de forma uniforme, enquanto que as
substâncias mais espessas da polpa de kiwi não atravessaram o filtro e ficaram detidas
no funil.
Posteriormente adicionámos o álcool gelado porque o ADN não é solúvel neste
composto, logo vai precipitá-lo. Por outro lado, ajuda a remover a impurezas do ADN.
Ao derramarmos o álcool na solução, foi claro que estes dois não são solúveis e a pouco
e pouco começaram a notar-se no extrato filamentos brancos muito finos, na zona de
intersecção dos dois. Estes filamentos representam o ADN.
Como o ADN precipitado é menos denso que a água, ascende rapidamente e acumula-se
na parte superior, ascendendo depois lentamente na camada de álcool, tornando possível
a sua visualização.

CONCLUSÃO
Assim podemos concluir que a molécula do ADN:

 É pouco solúvel no álcool


 É muito pouco densa (ascendeu, mesmo para além do álcool, que já é pouco
denso)
 Tal como esperado, as células vegetais, mais propriamente as do Kiwi contém
ADN na sua constituição.

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