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Direito Administrativo - Prof - Júlio Marqueti - Aula 06 - Atos Administrativos Servidores Públicos e Intervenção Na Propriedade Privada PDF
Direito Administrativo - Prof - Júlio Marqueti - Aula 06 - Atos Administrativos Servidores Públicos e Intervenção Na Propriedade Privada PDF
Indicações de bibliográficas:
Constituição Federal
Palavras-chave:
Competência;
Objeto;
Motivo;
Finalidade;
Forma.
Competência – para existir, é necessário que o ato emane de autoridade pública. Para
ser válido é imprescindível que seja prolatado pela autoridade a quem a lei atribui
competência para a prática do ato. Ela é um requisito vinculado. Não admite
discricionariedade.
Motivo – é toda situação de fato e de direito que leva à prática do ato. O motivo também
admite a discricionariedade.
A pergunta é: o porquê aconteceu?
Finalidade – Todo ato administrativo deve ter como fim a satisfação do interesse público e
não interesses exclusivos do administrador ou de terceiros. A ausência desse requisito leva
à nulidade por “desvio de finalidade” (ou desvio de poder), além de, em tese, configurar
improbidade administrativa por ofensa ao princípio da moralidade. O princípio que se
apresenta é o da “impessoalidade”, não se admite discricionariedade.
A pergunta é: Para quê?
Forma – é o modo pelo qual ele se apresenta ao mundo, ou seja, como é que ele irá se
apresentar. A forma do ato administrativo é aquela prevista em lei, e em regra é escrito.
O (art. 5º, XI CF) – ele é muito ilustrativo, traz situações de autoexecutoriedade e
situações que não podem ocorrer a autoexecutoriedade.
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IX – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo, em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Ex: multa.
1º) Anulação;
Obs: O Judiciário poderá anular o ato administrativo porque nós adotamos o sistema de
controle judicial ou de jurisdição única.
A retroatividade da anulação está intimamente ligada à presunção de veracidade,
legalidade do ato administrativo, ela só vai retroagir para apagar os atos que geraram
efeitos.
Art. 53 Lei 9784/99 - A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
Art. 55 Lei 9784/99 – Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
2º) Revogação do ato administrativo – só se revoga ato legal e discricionário. Ato ilegal é
anulado.
Obs: A licença é ato vinculado e por isso não pode ser revogada, mas não impede a sua
retirada e está não será por revogação.
Caducidade - decorre do ato legal (lei) que se contrapõe ao ato anteriormente editado.
I – nomeação;
II – promoção;
III e IV – Revogados;
V – readaptação;
VI – reversão;
VII – aproveitamento;
VIII – reintegração;
IX – recondução.
Com a inabilitação no estágio probatório de novo cargo. Ela pressupõe que o sujeito
seja estável;
Reintegração do anterior ocupante.
LEITURA IMPORTANTE!
Domínio eminente – o Estado pode subjugar a sua vontade todos os bens que estão no
seu território, é fruto da sua soberania, pode ser:
Tombamento – é uma limitação do direito de propriedade que recai sobre o bem – Decreto
Lei. 25/37; É um ato Discricionário (Procedimento); Não tem indenização.
Art. 5º XXV CF - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Ex: Ocupação de bens privados para obras públicas – Decreto Lei. 3.365/41 (art. 36); Art.
58, V Lei. 8666/93.
Obs: Município pode desapropriar bens da zona rural, desde que não seja de reforma
agrária.
A desapropriação é um procedimento bifásico:
1ª) Vai até a declaração de utilidade pública, interesse social ou de necessidade pública;
Lícita – não surge o direito de retrocessão, ou seja, não pode reaver o bem;
LEITURA IMPRESCINDÍVEL!!!!
Artigos: (5º XXIV CF/88, 182 CF/88, 184 CF/88 e 243 CF/88).
Art. 182 – A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§4º – É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
Obs: Desapropriação por interesse social – tem caráter sancionatório, logo haverá
indenização em forma de título da dívida pública, resgatáveis até 10 anos, sendo o sujeito
apenas o município, tendo como objeto o imóvel urbano não edificado, subutilizado e não
utilizado.
Art. 184 CF - Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.
Art. 243 CF – As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na
forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação
popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.