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BRUNO VIEIRA PIOLA

JANIEL WRUBLESKI

MARCUS VINICIUS DO VALE NUNES

WELLINGTON RODRIGUES

PROJETO E CONSTRUÇÃO DE UM TROCADOR DE


CALOR DE CASCO/TUBOS DE 2 ESTÁGIOS
VOLTADO PARA RESFRIAMENTO DE FLUÍDO DE
REFRIGERAÇÃO

Telêmaco Borba - PR

2018
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BRUNO VIEIRA PIOLA

JANIEL WRUBLESKI

MARCUS VINICIUS DO VALE NUNES


WELLINGTON RODRIGUES

PROJETO E CONSTRUÇÃO DE UM TROCADOR DE


CALOR DE CASCO/TUBOS DE 2 ESTÁGIOS
VOLTADO PARA RESFRIAMENTO DE FLUÍDO DE
REFRIGERAÇÃO

Trabalho apresentado para a disciplina de


Transferência de calor II, do Curso de
Engenharia Mecânica, da Faculdade de
Telêmaco Borba, como requisito parcial
para aprovação desta disciplina.
Orientador: Prof. Gabriel Nunes Maia

Telêmaco Borba - PR
2018
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Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 4
2.1. NORMAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM TROCADOR DE CALOR ................ 4
2.2. MODELO DO PROJETo ................................................................................... 4
2.3. CÁLCULOS ....................................................................................................... 9
3. METODOLOGIA ............................................................................................. 14
3.1. DESENHO DO CONJUNTO ........................................................................... 15
3.2. SELEÇÃO DOS MATERIAIS E DIMENSÕES ................................................. 17
3.3. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO................................................................... 18
3.4. FORMAS DE AVALIAÇÃO .............................................................................. 18
3.5. RESULTADO DOS TESTES ........................................................................... 19
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 19
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1. INTRODUÇÃO

Troca de calor é um processo físico que é muito utilizado em diversos


setores industriais onde se deseja maximizar a performance de uma planta. Os
equipamentos concebidos para utilização nestes processos são chamados de
trocador de calor.

Trocador de calor é um equipamento aplicado para resfriamento e/ou


aquecimento de fluídos, sejam eles iguais ou não. O intuito de aquecer ou resfriar
um fluído é para que o mesmo possa atender os processos conforme suas
exigências (SOUZA, 2013).

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. NORMAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM TROCADOR DE CALOR

No mercado há normas disponíveis para aplicação de um trocador de calor,


no Estados Unidos por exemplo estas normas seguem o padrão estabelecido pelo
TEMA (Associação Americana dos Fabricantes de Trocadores de Calor Tubulares),
porém é importante ressaltar que estas normas são de conduta complementar e
não substituí o padrão estabelecido pelos códigos ASME, dando apenas um adendo
para condições de casos particulares. (PEREIRA, 2009).

No Brasil, as normas para construção e terminologia de um trocador de


calor de casco e tubo, tubo duplo, placas e resfriadores de ar podem ser
consultadas na NBR12555 de 1991 da ABNT. Diferente da norma americana do
TEMA, está norma torna-se imprescindível sua utilização pois trata-se da execução
e terminologia de maneira geral e não apenas para casos específicos. (PEREIRA,
2009).

2.2. MODELO DO PROJETO

No mercado há vários modelos de trocadores de calor empregados, para as


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mais variadas aplicações, como por exemplo visto no fluxograma da figura 1 abaixo:

Figura 1 - Fluxograma de classificação dos trocadores de calor

Contato
direto
Processo de
transferência
Contato
indireto
Trocadores
de calor
Tubular

Tipo de
construção

Placas

Fonte: Bohorquez (2014)

Segundo Bohorquez (2014), o processo de transferência pode ser descrito


como direta ou indireta uma vez que no processo direto os fluídos se misturam e
para este tipo há também a questão da transferência não só do calor, mas também
de massa, um dos exemplos dessa situação são as torres de resfriamento. Já nos
processos indiretos, Bohorquez (2014) ainda os define como no caso quando há
uma parede que separa os dois fluídos, sendo assim não ocorre a mistura entre
eles, um dos exemplos para este caso pode ser dado como uma serpentina.

Quanto ao tipo de construção os trocadores de calor podem ser


classificados como trocadores de placas ou ainda trocadores de tubos.

Trocadores de placas:
6

São trocadores de calor que são constituídos por placas lisas ou onduladas
e estes modelos tendem a ser mais compactos quando comparados com a
capacidade de troca térmica x tamanho dos trocadores de tubo. (BOHORQUEZ,
2014).

Trocadores de tubos:

O mais popular devido a sua versatilidade, o trocador de calor de


casco/tubos se resume em um equipamento cilíndrico onde no seu interior circula o
fluído externo e ainda no seu interior há os tubos que também contam com fluído
para troca de temperatura (SOUZA, 2013). O desenho esquemático de um trocador
de calor de 1 estágio pode ser visto na figura 1 abaixo:

Figura 2 - Desenho esquemático de um trocador de calor e seus componentes

Fonte: Adaptado de air company (2016)

Para o modelo casco e tubo ainda há vários casos onde são necessárias
maiores eficiências e para isso, algumas adaptações na forma construtiva podem
ser realizadas, onde por exemplo há trocadores deste tipo no mercado com 2, 4, 6 e
até 8 estágios, como pode ser observado na figura 3 abaixo. (ALJUNDI, 2013).
7

Figura 3 - Demonstração das divisões por quantidade de estágios de um trocador de calor casco e
tubo

Fonte: Adaptado de webbuster (2013)

Ainda como meio de melhoria da eficiência podem ser instalados no corpo


interno do casco do trocador, algumas chapas com o nome de chicana. Com a
adição da chicana no trocador, o fluído externo tende a ter uma diminuição da
velocidade do fluxo dentro do trocador, fazendo com isso que os fluídos tenham um
melhor coeficiente de transferência, as chicanas também servem para apoiar a
estrutura do trocador de calor afim de diminuir ou evitar o efeito de vibração durante
a operação do equipamento. (LEES,2013).

Segue na figura 4 abaixo a demonstração da forma de uma chicana:

Figura 4 – Exemplo da forma construtiva das chicanas


8

Fonte: Adaptado de WMU (2013)

Segue ainda na imagem 5, a demonstração do caminho a seguir pelo fluído


com a adição das chicanas:

Figura 5 - Demonstração do comportamento do fluído com a adição das


chicanas

Fonte: Adaptado de Less (2013)

Ainda como modo do aumento da troca térmica do trocador, pode ser


aplicado o modo contracorrente, onde a direção dos fluxos dos fluídos quente e frio
são opostas dentro dos tubos / casco, o que significa que enquanto o fluído quente
segue seu caminho pela direção do fluxo contrário ao do fluído frio, ele está exposto
a um diferencial de temperatura ainda maior, resultando numa melhor eficiência da
troca térmica. (CLARK, 2017).

Segue na figura 6 a demonstração dos tipos de fluxo empregados:


9

Figura 6 - Demonstração dos tipos de fluxo Paralelo x Contra fluxo

Fonte: Adaptado de Clark (2017)

O modelo de trocador a ser descrito e projetado neste trabalho será o


trocador de calor casco/tubos pois como cita o texto acima, este modelo é bem
versátil e pode trabalhar com várias faixas de temperatura, pressões, composição
da atmosfera e dos fluidos, viscosidades elevadas e etc. Ainda com relação ao
projeto proposto, será aplicado ao trocador dois estágios com 3 chicanas
adicionadas ao longo do interno do casco usando o modelo de fluxo contrafluxo.

2.3. CÁLCULOS

O trocador em questão foi dimensionado para utilização de resfriamento da


água de refrigeração. Os cálculos foram realizados conforme referencial teórico
encontrado em artigos, livros e sites do meio eletrônico.

 Água quente
10

Pressão = 115923,75 𝑃𝑎
𝑘𝑔
Vazão = 0,9716 𝑠
𝑘𝑔
Vazão mássica – considerando 10% da perda de carga 0,8744 𝑠

 Água fria
𝑘𝑔
Considerando a vazão mássica de 0,14 𝑠 , as propriedades físicas da água podem
ser observadas conforme a tabla xx logo abaixo:
Tabela 1 - Propriedades da água

Temperatura Densidade Condutividade Viscosidade Viscosidade Número


(°C) (kg/m³) térmica "k" dinâmica Cinemática de
(w/m.K) (kg/m.s) m²/s Prandtl
(Pr)
Temp. Quente / Entra
40 0,631 0,631 6,53𝑥10−4 6,582𝑥10−7 4,32
Temp. Quente / Sai
39,07 0,6295 0,6295 6,65462𝑥10−4 6,71𝑥10−7
4,41486
Temp. Fria / Entra
19 0,5962 0,5962 1,0292𝑥10−3 1,03𝑥10−6 7,226
Temp. Fria / Sai
24 0,6052 0,6052 9,132𝑥10−4 9,158𝑥10−7 6,314
Fonte: O autor (2018)

Quantidade de calor trocado para o liquido quente e frio:

𝑘𝑔 𝑘𝑗 𝑘𝑗 𝒌𝒋
𝑄𝑓 = 0,14 . (100,57 − 79,651 ) = 𝟐, 𝟗𝟑𝟎
𝑠 𝑘𝑔 𝑘𝑔 𝒔

𝑘𝑔 𝑘𝑗 𝑘𝑗 𝒌𝒋
𝑄𝑓 = 0,8744 . (167,502 − 164,155 ) = 𝟐, 𝟗𝟑𝟎
𝑠 𝑘𝑔 𝑘𝑔 𝒔

𝑄̇𝑓 = 𝑀𝑓 (𝐻𝑓 𝑠𝑎í𝑑𝑎 − 𝐻𝑓 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎)

𝑄̇𝑓 = 𝑀𝑎 (𝐻𝑞 𝑠𝑎í𝑑𝑎 − 𝐻𝑞 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎)

𝑘𝑔
𝑀 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎𝑠,
𝑠
𝑘𝑔
𝐻 = 𝐸𝑛𝑡𝑎𝑙𝑝𝑖𝑎,
𝑠

Cálculo da diferença de temperatura média logarítmica:

𝛥𝑇1 = 𝑇𝑞 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 − 𝑇𝑓 𝑠𝑎𝑖 = 40°𝐶 − 24°𝐶 = 𝟏𝟔°𝑪


11

𝛥𝑇2 = 𝑇𝑞 𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑓 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 = 39,2°𝐶 − 19°𝐶 = 𝟐𝟎, 𝟐°𝑪


𝛥𝑇1 −𝛥𝑇2 16°𝐶−20,2°𝐶
𝛥𝑡𝑙𝑚 = 𝛥𝑇1 = 16 °𝐶 = 𝟏𝟖, 𝟎𝟏𝟖°𝑪
𝐿𝑛 ( ) 𝐿𝑛 ( )
𝛥𝑇2 20,2°𝐶

Valor do rendimento térmico do fluído frio “P”:

𝑇𝑓 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 − 𝑇𝑓 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 24°𝐶 − 19°𝐶


𝑃= = = 𝟎, 𝟐𝟑𝟖
𝑇𝑞 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 − 𝑇𝑞 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 40°𝐶 − 19°𝐶

Razão entre os produtos de vazão mássica e o calor especifico dos fluidos


“R”:

𝑇𝑄 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 − 𝑇𝑄 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 40°𝐶 − 39,07°𝐶


𝑅= = = 𝟎, 𝟏𝟖𝟔
𝑇𝑓 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 − 𝑇𝑓 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 24°𝐶 − 19°𝐶

Quantidade de tubo a ser utilizado:


Definido 8 tubos de Ø = 9,52mm.

Velocidade pelo número interno de tubos e número de Reynolds:

0,8744
𝑀̇𝐶 𝑀̇𝐶 8 𝒎
𝑉= = = = 𝟏, 𝟓𝟒
𝜌𝐴𝑐 1 𝑘𝑔 1 𝒔
𝜌 4 𝜋 𝐷² 992,1 ( 𝜋 0,009522 )
𝑚³ 4

𝑚
𝑉𝑑𝑖 1,54 𝑠 𝑥 0,00952
𝑅𝑒 = = 𝑚 = 𝟐𝟐𝟐𝟕𝟒, 𝟎𝟖
𝑣 6,582𝑥10−7 𝑠

Número de Reynolds é maior que 10000, regime de escoamento é turbulento.

Número de Nusselt:
12

𝑓 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜
𝑓 = (0,790. 𝐿𝑛 − 1,64)−2
𝑓 = (0,790. 𝐿𝑛 22274,08 − 1,64)−2
𝑓 = (0,790. 𝐿𝑛 22274,08 − 1,64)−2 = 0,010
𝑓
(8) . 𝑅𝑒𝑑. 𝑃𝑟
𝑁𝑢𝑑 =
𝑓 2
1,07 + 12,7 √8 . (𝑃𝑟 3 − 1)

0,0262
19815,25. 4,32 280,346157
𝑁𝑢𝑑 = 8 =
0,0262 2 1,302212215
1,07 + 12,7 √ 8 (4,323 − 1)

𝑵𝒖𝒅 = 𝟐𝟏𝟓, 𝟐𝟖𝟒

Coeficiente convectivo externo:

𝑘𝑔
𝑀̇𝑐 0,14 𝑠
𝑉= =
1 𝑘𝑔 1
𝜌 4 . 𝜋 (𝐷02 − 8. 𝐷𝑖 2 ) 977,7 [ 𝜋 (0,047622 − 0,009522 )]
𝑚³ 40

𝑚
𝑉 = 0,0986
𝑠

𝐷ℎ = 0,0381𝑚

𝑚
𝑉𝐷ℎ 0,0986 𝑠 . 0,0381
𝑅𝑒 = = = 𝟑𝟖𝟔𝟖, 𝟖𝟓
𝑣 −7 𝑚2
9,71.10 𝑠

Reynolds está entre 3000 e 10000 onde conclui-se que o escoamento é transiente.

𝑤
𝑘 0,601
ℎ0 . 𝑁𝑢 = 𝑚. 𝑘 36,60 = 𝟓𝟕𝟕, 𝟑𝟒 𝒘
𝐷ℎ 0,00381 𝑚 𝒎𝟐 𝒌
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Coeficiente de troca de térmica:

𝐽
2930 𝑆
𝐿= 𝑤 = 𝟗, 𝟖𝟓𝒎
554,89 𝜋 0,00952 . 17,93 °𝐶
𝑚2 °𝑐

Dividindo o comprimento por 9 obtém-se o comprimento de cada tubo de 1,094m.

Área de troca térmica:

𝐽
𝑄 2930
𝐴𝑠 = = 𝑤
𝑠
= 𝟎, 𝟐𝟗𝟒 𝒎𝟐
𝑈.𝛥𝐿 𝑚𝑐𝑓 554,89 . 17,93 °𝐶
𝑚2 𝑘

Perda de carga no interior do trocador pelos bocais de entrada:

𝑘𝑔 𝑚
𝑘 . 𝜌 . 𝑣²𝑏𝑜𝑐𝑎𝑙 992,1 3 (1,0 𝑠 )²
𝛥𝜌 𝑏𝑜𝑐𝑎𝑖𝑠 = = 1,1 . 𝑚
2 2

𝜟𝝆 𝒃𝒐𝒄𝒂𝒊𝒔 = 𝟓𝟓𝟒, 𝟔𝟔 𝝆𝒂

Perda de carga no interior do trocador pelos bocais de saída:

𝜟𝝆 𝒃𝒐𝒄𝒂𝒊𝒔 = 𝟓𝟓𝟒, 𝟔𝟔 𝝆𝒂

Bocais de saída:

𝑘𝑔 𝑚
𝜌. 𝑣 2 𝑏𝑜𝑐𝑎𝑙 992,7 . (1,0 𝑠 )²
𝛥𝜌 𝑏𝑜𝑐𝑎𝑖𝑠 = 𝑘. = 0,7 𝑚³
2 2

𝜟𝝆 𝒃𝒐𝒄𝒂𝒊𝒔 = 𝟑𝟒𝟕, 𝟒𝟒𝟓 𝒑𝒂

Perda de carga para os tubos internos:


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0,264 0,264
𝑓 = 0,0035 + 𝑅𝑒 0,42 = 0,0035 + = 𝟎, 𝟎𝟎𝟕𝟔𝟒
19815,250,42

Considerando que o diâmetro e igual a 1 considerando que a temperatura média e a


temperatura da parede são a mesma.

4 . 𝑓. 𝐿 . 𝑁𝑝𝑡 . 𝜌 𝑣² 4 . 0,00764 . 1,094 . 9 . 992,4 . (1,0)²


𝛥𝜌 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠 = = = 𝟏𝟔𝟏𝟒𝟎, 𝟗𝟐 𝑷𝒂
2 . 𝐷𝑖 . Ø 2 . 0,00925 . 1

Perda de carga nos canais de distribuição:

𝑘𝑔
𝑘. 𝜌. 𝑣² 992,1
𝛥𝑝 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 = 𝑘 . 𝑁𝑝𝑡 = 1,6 𝑚³ 9 = 𝟕𝟏𝟒𝟑, 𝟏𝟐 𝑷𝒂
2 2

Perda de carga total:

𝛥𝜌 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝛥𝜌 𝑇𝑢𝑏𝑜𝑠 + 𝛥𝜌 𝑏𝑜𝑐𝑎𝑖𝑠 + 𝛥𝑝 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠


𝛥𝜌 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 554,66 + 347,445 + 16140,92 𝑝𝑎 + 7143,12 = 𝟐𝟒𝟏𝟖𝟔, 𝟏𝟒𝟓 𝑷𝒂

3. METODOLOGIA

Para elaboração do seguinte trabalho fez-se necessário a utilização da


pesquisa bibliográfica através da pesquisa de teorias em artigos, livros, revistas.
Após a busca dessas teorias, pode ser realizado a análise para produção da
explicação e exposição do objeto/conteúdo investigado.

Também foi realizado o processo de confecção do protótipo onde foram


executados os seguintes passos:

Seleção dos materiais;

Seleção das dimensões do equipamento;

Construção do protótipo;

Testes e ajustes gerais;

Apresentação do protótipo.
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3.1. DESENHO DO CONJUNTO

Como pode ser observado nas imagens subsequentes:

1º Desenho do conjunto montado;

2º Desenho dos tubos internos + chicanas;

3º Desenho em corte da montagem tubos internos + casco;

4º Desenho da montagem do casco e tubo.

Figura 7 - Desenho em vista isométrica do conjunto

Fonte: O autor (2018)


16

Figura 8 - Vista isométrica dos tubos + Chicanas

Fonte: O autor (2018)

Figura 9 - Vista em corte da montagem dos tubos internos + casco

Fonte: O autor (2018)


17

Figura 10 - Montagem do casco e tubo: Vista externa

Fonte: O autor (2018)

3.2. SELEÇÃO DOS MATERIAIS E DIMENSÕES

Para construção do equipamento foram selecionados os melhores materiais


no quesito custo/benefício com relação as suas dimensões, segue na tabela 2
abaixo os materiais utilizados:

Tabela 2 - Seleção dos materiais para construção do protótipo

Tabela de seleção de Materiais


Função Material Dimensões Quantidade Custo
Casco do Aço acalmado submetido a Ø 130 mm 1 pç R$ 200,00
trocador conformação por calandragem
Tubos internos Tubo de cobre 3/8" x 310mm 3m R$ 72,00
Entrada de água Conexões tipo espigão 1/4" 4 pç R$ 20,00
Chicanas Chapa de aço galvanizado Ø 130mm x 1,5 0,07 m² R$ 50,00
mm de espessura
Mangueiras Mangueira em PVC & poliéster 1/2" x 2m 1 pç R$ 12,00
Flanges Chapa de aço carbono 0,1 m² 1 pç R$ 40,00
Fixação dos Parafuso/Porca 1/4" 6 pç R$ 5,00
flanges
Vedação Junta de grafite Ø 170 x 140 mm 1 pç R$ 30,00
Projeto Cálculos + Desenhos+ - R$ 1.500,00
Garantia
Montagem Serviços de solda+ mecânica 0,5 m R$ 400,00
Custo total do Projeto R$ 2.329,00

Fonte: O autor (2018)


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3.3. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO

Após a seleção da dimensão dos componentes do trocador de calor, foi


realizada a cotação dos materiais para construção do protótipo onde foram
empregados os materiais conforme dispostos na tabela 3 abaixo:

Tabela 3 - Seleção dos materiais para o protótipo

Tabela de seleção de Materiais


Função Material Dimensões Quantidade Custo
Casco do Aço acalmado submetido a Ø 130 mm 1 pç R$ 0,00
trocador conformação por
calandragem
Tubos internos Tubo de cobre 3/8" x 310mm 3m R$
72,00
Entrada de água Conexões 1/4" 4 pç R$
20,00
Chicanas Chapa de aço galvanizado Ø 130mm x 1,5 mm de espessura 0,07 m² R$ 0,00
Entrada de água Mangueira em PVC & 1/2" x 2m 1 pç R$
poliéster 12,00
Flanges Chapa de aço carbono 0,1 m² 1 pç R$ 0,00
Fixação dos Parafuso/Porca 1/4" 6 pç R$ 2,00
flanges
Vedação Junta de borracha Ø 170 x 140 mm 1 pç R$ 0,00
Montagem Serviços de solda 0,5 m R$ 0,00
Custo total do Protótipo R$
106,00
Fonte: O autor (2018)

Logo após a aquisição dos materiais acima listados foi dado início ao
processo de fabricação do trocador, onde pode ser observado no relatório
fotográfico em anexo a este documento.

3.4. FORMAS DE AVALIAÇÃO

Como o protótipo é uma construção quase fiel do projeto proposto, foram


realizados testes com o fluído quente e frio (água). Com a ajuda de um pirômetro,
foram tomadas as medidas das temperaturas antes do processo e anotadas as
mesmas, em seguida foram tomadas as medidas após o processo de troca de calor
e então foi realizada uma comparação dos dados de forma a constatar a eficiência
do protótipo.
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3.5. RESULTADO DOS TESTES

Conforme citado no item anterior, o fluído de operação tanto quente como


frio é água, porém para facilitar a análise do teste foi nomeado a água quente de
entrada de fluído “A” e a água fria de entrada de fluído “B”.
A vazão do fluído A é de 0,91 L/min e o teste foi realizado por 5 minutos.
Conforme segue nas imagens 11 e 12 abaixo, a temperatura de entrada do
fluído A no momento do teste foi de 40 °C e na saída foram constatados 31 °C.

Figura 11 - Temperatura do fluído “A” quente Figura 12 – Temperatura do fluído "A" (quente)
na entrada na saída

Fonte: O autor (2018) Fonte: O autor (2018)

Já para o fluído frio B, foi possível obter o aumento na temperatura de 24°C


para 27°C (entrada/saída respectivamente) como segue nas imagens 13 e 14
abaixo, é importante ressaltar que o fluído frio é alimentado direto por uma torneira
e a vazão encontrada foi de 2, 94 L/ min.
19

Figura 13 - Temperatura de entrada do fluído Figura 14 - Temperatura de saída do fluído "B"


"B"

Fonte: O autor (2018)


Fonte: O autor (2018)

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como pode ser observado, os trocadores de calor são ferramentas de


importante aplicação na indústria, visto que sua forma construtiva e operacional não
requer mecanismos complexos, tornando-o um equipamento de baixo custo. Ainda
pode ser visto que devido a sua funcionalidade há um grande ganho energético,
pois os fluídos tanto frio quanto quente podem ser reaproveitados para outras
utilizações nos processos.

O projeto foi concluído e teve seu protótipo desenvolvido sendo que todos
os passos para os requisitos mínimos foram obedecidos.

Foram realizadas também as comparações das temperaturas do protótipo


concluído, que devido as diferenças dos materiais empregados na construção com
relação ao projeto foram constatadas diferenças nos resultados obtidos, porém
satisfatórios.
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REFERÊNCIAS

ALJUNDI, K. WHAT IS THE DIFFERENCE BETWEEN SHELL PASSES AND TUBE


PASSES. 2013. Disponível em:< http://www.webbusterz.org/what-is-the-difference-
between-shell-passes-and-tube-passes/>. Acesso em: 3 de novembro de 2018.

BOHORQUEZ, W. O. I. Trocadores de Calor. Universidade Federal de Juiz de


Fora-Departamento de engenharia Mecânica. Minas Gerais. 2014.

CLARK, K. PARALLEL VS. COUNTERFLOW HEAT EXCHANGERS FOR NON-


ENGINEERS. 2018. Disponível em:
<https://www.cpesystems.com/blogs/news/parallel-vs-counterflow-heat-exchangers-
for-non-engineers>. Acesso em: 3 de novembro de 2018.

LEEHS, M. Shell-and-Tube Heat Exchangers. Western Michigan University 2013.


Disponível em:
<http://homepages.wmich.edu/~leehs/ME539/Section%205.4%20Shell-and-
tube%20heat%20exchanger_corrected.pdf>. Acesso em: 3 de novembro de 2018.

LUNA, C. E.; OLIVEIRA, É. F. MONTAGEM DE UM TROCADOR DE CALOR


CASCO E TUBO. 2010. Monografia (TCC) – Curso de Engenharia Química com
ênfase em processos de fabricação de celulose e papel, Faculdade de Telêmaco
Borba, Telêmaco Borba.

PEREIRA, A. Trocador de calor. Faculdade Jorge Amado-Departamento de


Engenharia de Produção. Salvador. 2009.

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