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Mãe – O Outro Lado dos Gestos

[Intervenção Cênica]
Local: Uberlândia Shopping
Datas: 12,13 e 14 de Maio

Eu escolhi ser mãe; eu não escolhi e me vejo como se me arrebatasse uma tempestade
que levou tudo e que reconstruo os dias pensando em meu filho; eu quero ser mãe; eu
sou mãe e não arrego; eu sou irmã, mas cuido desde que minha mãe se foi para onde
todas as mães vão; eu deixei de ser mãe, talvez fosse o tempo necessário pra ver o tanto
que ser mãe é um fardo que nos cansa o ombro, mas que quando vemos nosso filho dar
o primeiro passo a dor é só um pretexto pro sorriso existir; deixem-me ser mãe até o
fim; e eu vou cantar; vou me entregar às janelas esperando; vou acordar e meu primeiro
pensamento será nele; Sou mãe e vou até o fim. E nós, juntas, somos irmães!

[yo vengo ofrecer mi corazon/canção]

¿Quién dijo que todo está perdido?


Yo vengo a ofrecer mi corazón,
Tanta sangre que se llevó el río,
Yo vengo a ofrecer mi corazón

No será tan fácil, ya sé qué pasa,


No será tan simple como pensaba,
Como abrir el pecho y sacar el alma,
Una cuchillada del amor.

Luna de los pobres siempre abierta,


Yo vengo a ofrecer mi corazón,
Como un documento inalterable
Yo vengo a ofrecer mi corazón.

Y uniré las puntas de un mismo lazo,


Y me iré tranquilo, me iré despacio,
Y te daré todo, y me darás algo,
Algo que me alivie un poco más.

¿Quién dijo que todo está perdido?


Yo vengo a ofrecer mi corazón,
Tanta sangre que se llevó el río,
Yo vengo a ofrecer mi corazón

Autoria: Mercedes Sosa

[para sempre/poema]
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

[benção da vida/poema]

Mãe se entrega
Mãe luta por seus filhos
Mãe é a primeira a apostar todas as fichas
Mãe que a cada passo
[deixa pra trás a mulher que foi
e reconstrói
a grande mulher que é.
E juntas seguimos enlaçadas as mãos
Somos todas irmães!

[para sempre 2/poema]

Mãe, na sua graça,


é eternidade.
Por que Deus se lembra
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Autoria: Carlos Drummond de Andrade

[reveladora/poema]

Que pretendes, mulher?


Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que te querem intimar..
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.

Autoria: Cora Coralina

[Mãe dolorida/Poema]

Mãe - que adormente este viver dorido,


E me vele esta noite de tal frio,
E com as mãos piedosas até o fio
Do meu pobre existir, meio partido...

Que me leve consigo, adormecido,


Ao passar pelo sítio mais sombrio...
Me banhe e lave a alma lá no rio
Da clara luz do seu olhar querido...

Eu dava o meu orgulho de homem - dava


Minha estéril ciência, sem receio,
E em débil criancinha me tornava,

Descuidada, feliz, dócil também,


Se eu pudesse dormir sobre o teu seio,
Se tu fosses, querida, a minha mãe!

Autoria: Antero de Quental

[flor minha flor/canção]

Flor minha flor,


Flor, vem cá!
Flor minha flor
Laia laia laia
Flor minha flor,
Flor, vem cá!
Flor minha flor
Laia laia laia
O anel que tu me deste
Flor vem cá
Era vidro e se quebrou
Flor vem cá
O amor que tu me tinhas
Flor vem cá
Era pouco e se acabou
Laia laia laia
Flor minha flor,
Flor, vem cá!
Flor minha flor
Laia laia laia
Autoria: Grupo Galpão - MG

[Mãe/poema]

MÃE...
São três letras apenas,
As desse nome bendito:
Três letrinhas, nada mais...
E nelas cabe o infinito
E palavra tão pequena
Confessam mesmo os ateus
És do tamanho do céu
E apenas menor do que Deus!

Autoria: Mario Quintana

[Nasce uma mãe/Citação]

No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. Ela nunca existiu antes.
A mulher existia, mas a mãe, nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo.

Autoria: Osho

[Medida/Citação]

“À medida que os filhos crescem, a mãe deve diminuir de tamanho. Mas a tendência da
gente é continuar a ser enorme.“

Autoria: Clarice Lispector

[Ventre/Citação]

Mãe, em teu ventre...


Mãe, em teu ventre
Encontrei amor
Em teus braços
Encontrei calor
Nos teus seios
Encontrei alimento
Em tua imagem
Encontrei exemplo.
Mãe, universo criador
Berço eterno da vida
Minha vida! Meu amor.

Autoria: Luis Alves

[mãe e o tempo/poema]
Ser mãe é ter outro relógio
que briga com as horas do dia.
às vezes tenho que ser tudo de uma só vez
pulsar por dois
mãe por telefone em tempo integral
hora do almoço lanche pra escola
arrumar uniforme,
vai escovar os dentes filho.
Vamos, tem que comer tudo.
Marquei hora pra ser mãe
horas de todos os dias
que insisto em dizer
vale cada segundo.
E que saudade me dá
da minha mãezinha.

[casinha pequenina/canção]

Tu não te lembras da casinha pequenina


Onde o nosso amor nasceu?
Tu não te lembras da casinha pequenina
Onde o nosso amor nasceu?
(Aqui cabe um dueto legal...)
Tinha um coqueiro do lado
Que coitado de saudade
Já morreu!
Tinha um coqueiro do lado
Que coitado de saudade
Já morreu!

Tu não te lembras das juras e perjuras


Que fizeste com fervor?
Tu não te lembras das juras e perjuras
Que fizeste com fervor?

Daquele beijo demorado, prolongado


Que selou
O nosso amor?
Daquele beijo demorado, prolongado
Que selou
O nosso amor?

Tu não te lembras do olhar que a meu pesar


Dou-te o adeus da despedida
Tu não te lembras do olhar que a meu pesar
Dou-te o adeus da despedida
Eu ficava tu partias tu sorrias
E eu chorei por toda a vida
Eu ficava tu partias tu sorrias
E eu chorei por toda a vida
[beleza divina/poema]

Beleza Divina
é ter o ventre abençoado,
para receber com todo amor
o filho que será gerado.
É amar sem fronteiras,
pelo instinto aflorado
e viver intensamente,
pelo filho tão amado.
Nem se vê e já se ama,
esse pedacinho de gente
que transforma nossa alma
mesmo quando ainda está no ventre.

[Minha Mãe/Poema]

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo


Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: - Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão, que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.

Autoria: Vinicius de Moraes

[rotina/poema]

Eu ouvindo Chico,
do quarto.
Minha mãe ouvindo meu pai gritar gol,
da cozinha.
Meu pai ouvindo o jogo do Botafogo,
da sala.
Insisto em dizer que nos comunicamos assim.
Quando passo na sala meu pai está deitado no mesmo sofá,
com a televisão no mudo e o rádio no ouvido.
Não conversamos.
Minha mãe já fez a janta e está agora dando o retoque final na cozinha.
Pego um copo com água e vou me deitar, Não conversamos.
Deito. Me arrependo. Vou até a cozinha de novo como se estivesse atrasado para um
compromisso, finjo olhar a geladeira procurando algo, fecho e digo boa noite.
Só boa noite. Sem beijo.
Silêncio.
Minha última lembrança é ouvir a porta da sala trancar e ver a luz da varanda apagar.

(E amanhã não tem jogo e nem vou ouvir Chico)

Autoria: Mário Cortês

[mais um adeus/canção]

Mais um adeus Cuidado, benzinho


Uma separação Não beba demais
Outra vez, solidão Se guarde para mim
Outra vez, sofrimento A ausência é um sofrimento
Mais um adeus E se tiver um momento
Que não pode esperar Me escreva um carinho
E mande o dinheiro
O amor é uma agonia Pro apartamento
Vem de noite, vai de dia Porque o vencimento
É uma alegria Não é como eu:
E de repente Não pode esperar
Uma vontade de chorar
O amor é uma agonia
Contraponto Vem de noite, vai de dia
É uma alegria
Olha, benzinho, cuidado E de repente
Com o seu resfriado Uma vontade de chorar
Não pegue sereno
Não tome gelado
O gim é um veneno

[meu destino/poema]

Nas palmas de tuas mãos Sorri. Falamos.


leio as linhas da minha vida. Esse dia foi marcado
Linhas cruzadas, sinuosas, com a pedra branca
interferindo no teu destino. da cabeça de um peixe.

Passavas com o fardo da vida... E, desde então, caminhamos


Corri ao teu encontro. juntos pela vida...

[Vigília das Mães/Poema]

Nossos filhos viajam pelos caminhos da vida,


pelas águas salgadas de muito longe,
pelas florestas que escondem os dias,
pelo céu, pelas cidades, por dentro do mundo escuro
de seus próprios silêncios.

Nós estamos aqui, nesta vigília inexplicável,


esperando o que não vem, o rosto que já não conhecemos.
Nossos filhos estão onde não vemos nem sabemos.
Nós somos as doloridas do mal que talvez não sofram,
mas suas alegrias não chegam nunca à solidão de que vivemos,
seu único presente, abundante e sem fim.

[Vigília das Mães 2/Poema]

Nossos filhos têm outro idioma, outros olhos, outra alma.


Não sabem ainda os caminhos de voltar, somente os de ir.
Eles vão para seus horizontes, sem memória ou saudade,
não querem prisão, atraso, adeuses:
deixam-se apenas gostar, apressados e inquietos.

Nós estamos aqui, nesta vigília inexplicável,


esperando o que não vem, o rosto que já não conhecemos.
Nossos filhos estão onde não vemos nem sabemos.
Nós somos as doloridas do mal que talvez não sofram,
mas suas alegrias não chegam nunca à solidão de que vivemos,
seu único presente, abundante e sem fim.

Autoria: Cecília Meireles

[Quem disse que para ser mãe, é necessário dar à luz?/Poema]

Quem disse que para ser mãe,


É necessário dar à luz?
O amor de mãe é ago imensurável
Único. Uma dádiva

Gravidez
Algo magestoso
Sensação única
Dois corações em um único ser

Adoção
Conexão da alma
Amor que nasce do olhar
O destino coloca mãe e filho frente a frente

O amor sem medida


A defesa irracional
Cada mãe é única
Cada mãe é especial

Algumas mais bravas


Outras mais calmas
Mas pergunte à criança "Qual a melhor mãe do mundo?"
E ele dirá - A minha
Autoria: Sara Bernardes

[por aquelas/poema]

Por aquelas que foram bem amadas


E por todas que vivem em segredo
E as que vivem na vida a dor e o medo
Onde o amor é a súbita certeza
Onde voz e silêncio se confundem
Misturando alegria com tristeza
E é com elas que a luz se torna intensa
Como um sol que ilumina a escuridão
Onde o amor brilhará com mais beleza
Só por elas mais forte que paixão
Os sorrisos do mundo esparramando
As sementes que brilham na imensidão

Autoria: Zé Ramalho e Jards Macalé

[amor/canção]

Leve, como leve pluma


Muito leve, leve pousa.
Muito leve, leve pousa.
Na simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Suave coisa nenhuma.
Sombra, silêncio ou espuma.
Nuvem azul
Que arrefece.
Simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma.
Que em mim amadurece.

[flor mamãe/poema]

Quem tiver sua Mãezinha


Ame-a com todo fervor
Aos olhos da tua Mãe
Você tem muito valor.
Nos momentos Mais difíceis
Em tempos de aflições
Quando tudo parece perdido
E as tentativas em vão,
Tua Mãe lhe aparece
E com os dois braços abertos
Conforta o teu coração.
As Mães são flores no campo,
Na aldeia, ou na cidade,
São joias de muito valor
Que nenhum dinheiro paga;
Regue as flores com carinho,
Todas as Mães deste mundo
São flores do mesmo jardim.

Autoria: Joaquim Gomes Alves

[Cimo, cima, ensimesma/poema]

Tu és o cimo
que lá de cima
me ensimesma
e lá dentro
vasculho
e
te percebo
mãe
única
tu sois vento da manhã
rádio baixinho essas horas
cheiro de pão de queijo
alho no arroz
almoço tá pronto
não renega a vontade de ser mãe
teima
e não quer regresso
mãe irmã
mãe pai
mãe tia
mãe avó
ama sem perguntar porquê.

Autoria: Mário Cortês

[dia desses/poema]

Dia desses
mandaram criança lá em casa
só pra dizer que ali morava gente
que coloria o céu de azul.

nem sei quem teve a ideia


de dizer que era lá de casa
que o azul do céu saía.
vê se pode?

Mãe não fazia nada de diferente


era só cozinha e suspiro
Suspiro não sei de quê,
Saudade?
pode ser.
Tristeza?
Não.
lá no alpendre
mãe bordava umas coisa
branca e azul sem saber pra onde ia
e eu só vendo a toada
daquelas linha sem fim.

Perguntei pra minha mãe,


“o que é isso mãe?”
ela disse:
é o céu meu filho.
disseram pra mim
que mãe que é mãe
dá até o céu
pra ver um filho feliz.

Desde esse dia


parei de soltar pipa
com medo de estragar
as nuvens que mamãe fez.

Autoria: Mário Cortês

[desatino/poema]

Desatino pensar em ti.


Em tudo que faço
vejo mãe
aqui e ali.
Acho que você
é a matéria do meu pensamento.

[Levo/canção]

Levo minha mãe comigo


embora já se tenha ido
Levo minha mãe comigo
talvez por sermos tão parecidos.

Levo minha mãe comigo


de um modo que não sei dizer
Levo minha mãe comigo
pois deu-me seu próprio ser.

[tumtum/poema]

Desde pequeno aprendi


que o coração faz Tum Tum
e que o amor que tem a mãe
é uma bateria de Tum Tum.

[abrir meu coração/poema]

Certo dia
irei abrir meu coração
e arrancar todos os amores
mal resolvidos
e ver como a senhora está mãe.

[seu pudesse não ia/poema]

Toda despedida
com minha mãe
se eu pudesse deixava de ir,
só pra entender o quanto ficar
dela
é pra sempre.

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