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CAPÍTULO I

HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

1.1 Conceito de Humanização

O termo Humanização deriva do palavra latina humus (“terra”, chão). A Humanização pode ser
conceitualizada como o acto de tornarmos mais humanos.

Hora bem , há inumeros autores que conceitualizão a mesma tal como CUIDADO
HUMANIZADO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (Thayná e João, 2018 ) “ Humanização é o
termo utilizado para descrever a aquisição ou assimilação de características humanas positivas
por uma pessoa ou grupo de pessoas.”

A Fema(Fundação educacional do município de Assis) em um documento publicado em


2013 diz que a “humanização é o ato de tornar o indivíduo mais humano, oferecer condições
sociáveis, valorizando e respeitando seus princípios éticos e morais. É sinônimo de empregar
sabedoria e sentimento nos cuidados prestados, agir de maneira sincera e leal ao outro, ouvir
com ciência e paciência o pedido de socorro escondido por de traz de conflitos, dores,
incertezas, solidão, carência, enfim, sensações inerentes de pessoas envolvidas em um
processo de perdas. É neste exato momento de troca que se executa a humanização”.

No ponto de vista da Saúde segundo Valdir (2016), Humanizar para comunicar ou


comunicar para humanizar diz que a “humanização deve ser compreendida, sobretudo tudo ,
por este aspecto final de ganhar a confiança do paciente e oferecer-lhe melhor atendimento,
sendo necessário para isso demonstrar segurança que a rede de saúde oferece”.

Segundo Isabel (2009), Caminhos da humanização na Saúde diz que A humanização é


hoje um tema frequente nos serviços públicos de Saúde, nos textos oficiais e nas publicações
da área da Saúde Coletiva. Embora o termo laico humanização possa guardar em si um traço
maniqueísta, seu uso histórico o consagra como aquele que rememora movimentos de
recuperação de valores humanos esquecidos, ou solapados em tempos de frouxidão ética. No
nosso horizonte histórico, a humanização desponta, novamente, no momento em que a
sociedade pós-moderna passa por uma revisão de valores e atitudes. Não é possível pensar a
humanização na saúde sem antes dar uma olhada no que acontece no mundo
contemporâneo...

No sentido filosófico, humanização é um termo que encontra suas raízes no


Humanismo, corrente filosófica que reconhece o valor e a dignidade do Homem – a medida de
todas as coisas – considerando sua natureza, seus limites, interesses e potenciais. O
Humanismo busca compreender o Homem e criar meios para que os indivíduos compreendam
uns aos outros. Na leitura psicanalítica, o termo fala do lugar da subjetividade no campo da
Saúde. Humanização, como tornar humano, significa admitir todas as dimensões humanas –
históricas, sociais, artísticas, subjetivas, sagradas ou nefastas – e possibilitar escolhas
conscientes e responsáveis.
Segundo a Reflexões conceituais sobre humanização da saúde: concepção de enfermeiros de
Unidades de Terapia Intensiva(Guimarães 2014) Apud PEREIRA,ARAUJO,SILVA(2016) refere
que a humanização como empatia pelo paciente deve ser compreendida pelo enfermeiro
como a capacidade de se colocar no lugar do outro, sendo assim um instrumento valioso nesse
processo, pois é possível reconhecer as limitações perante as convicções do outro, paciente
e /ou familiar, na busca por uma atuação de promoção de cuidados diferenciados, visando
prioritariamente o cuidado holístico para além do tratamento da patologia, atender o usuário
percebendo suas demandas físicas, atreladas ao sofrimento psicológico, social e espiritual
existente na condição de adoecimento. Dessa forma a humanização como empatia e como
cuidado holístico devem andar em sintonia, pois a partir daí, é possível escolher a melhor
forma de assistir o sujeito em questão.

Segundo Cimino (2016) ,HUMANIZAR PARA COMUNICAR OU COMUNICAR PARA HUMANIZAR?


Faz uma abordagem difinindo que a humanização não é um modismo, se definirmos
humanizar e comunicar no contexto da construção de novas políticas públicas de saúde.
Atrevo-me a afirmar que tanto a humanização quanto a comunicação encontram-se no código
genético de cada ser humano. Nesse caso, basta desenvolvê-los, aprimorá-los, ampliá-los,
juntá-los e difundi-los.

Diz Rios (2009), Caminhos da Humanização. Pensar a humanização como política significa
menos o que fazer e mais como fazer. Embora importantes, não são necessariamente as ações
ditas humanizadoras que determinam um caráter humanizado serviço como um todo, mas a
consideração aos princípios conceituais que definem a humanização como a base para toda e
qualquer atividade. Este é o grande desafio: criar uma nova cultura de funcionamento
institucional e de relacionamentos na qual, cotidianamente, se façam presente os valores da
humanização.

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