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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SANTA FÉ DO SUL

CURSO DE DIREITO
ANTROPOLOGIA JURIDICA
PROFA. DRA. REGINA M. DE SOUZA
SELETIVIDADE SOCIAL E POLÍTICA NO BRASIL
Autor: Ronaldo Félix Moreira Júnior
Sabe-se que mesmo com o fim da ditadura militar no Brasil no final da
década de 1980 e a transição para os meios democráticos de governo não se
logrou êxito em acabar com o fenômeno da violência no país, um fenômeno
endêmico que remonta ao período da própria colônia. Algumas mudanças
nesse período tiveram grande importância no contexto dos rumos tomados
pela política criminal brasileira, bem como em relação ao encarceramento. Um
importante ponto a ser mencionado é a adoção, pelo Brasil, de políticas
criminais embasadas nas políticas neoliberais norte-americanas.
Entende-se como política criminal o conjunto de princípios e de
recomendações com capacidade de transformar ou reformar a produção
legislativa e os órgãos responsáveis por sua aplicação (BATISTA, 2011). Essas
políticas, como mencionado, sofreram grande influência de um neoliberalismo
emergente nos países do norte do Atlântico.
Por isso é importante mencionar que na década de 1980, nos Estados
Unidos e no Reino Unido, nasceu um projeto neoliberal complexo que: 1)
exigia menor ingerência do governo no que diz respeito às prerrogativas do
capital; 2) exigia maior ingerência governamental para o mascaramento das
consequências sociais nocivas decorrentes da deterioração da proteção social
(WACQUANT, 2001).
O documentário Justiça, de Maria Augusta Ramos (2004), retrata as salas de
audiências do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mostrando os diversos
servidores do Poder Judiciário e a relação entre eles com réus e seus
familiares. A obra retrata as estruturas de poder existentes, abordando a
criminalização da pobreza, mostrando não apenas como o chamado “acesso
à Justiça” é, para grande parcela da população, algo inalcançável. Conforme
o documentário avança, é possível perceber que para esses grupos
marginalizados a única faceta do Poder Judiciário conhecida é uma faceta
autoritária e desigual. O documentário está disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=qUWZHNWcj7U>.
Percebe-se, portanto, o nascimento de uma política na qual os gastos
em habitação, saúde e educação foram diminuídos enquanto aqueles
relacionados às políticas de segurança sofreram um considerável aumento.
Pode-se concluir, então, uma necessária relação de complementação entre as
políticas econômicas e as políticas punitivas desse período.
Para Wacquant (2003), trata-se de uma clara atuação de um Estado
disciplinar que atua utilizando serviços sociais mínimos, mas como
instrumentos de vigilância e controle, enquanto faz uso do encarceramento e
extermínio como forma de repressão.
Não é surpresa que esse tipo de política criminal acabou por sendo
exportada para países periféricos, como o Brasil.
A lógica da tolerância zero no encarceramento
Mesmo com as constantes denúncias realizadas pela criminologia crítica
latino-americana, a racionalidade etnocêntrica racista acabou por se infiltrar
na América Latina como um discurso e ideologia capaz de configurar as
práticas punitivas autoritárias, um processo certamente agravado pela adoção
das políticas de tolerância zero.
A participação do Poder Judiciário dentro desse processo é evidente, o
que corrobora para o processo de encarceramento em massa, principalmente
da juventude negra.
Difíceis ganhos fáceis: Drogas e juventude pobre no Rio de Janeiro” (2003), é
uma excelente obra, pertencente à coleção Pensamento Criminológico, da
autora Vera Malaguti Batista, que trata do envolvimento da juventude pobre
brasileira com o tráfico de drogas. Com clareza, a obra narra as diferentes
formas de repressão existentes: aquela contra os jovens de classe média e
alta e aquela em relação ao jovem negro e pobre. A autora expõe como a
droga é utilizada como forma de refúgio para os jovens excluídos e como isso
é uma das características responsáveis pela entrada desses indivíduos no
mundo do tráfico.
É importante frisar, por exemplo, a lei de crimes hediondos 8.072
(BRASIL, 1990). Para Carvalho (2015), houve uma demora de um período de
mais de 15 anos para que o dispositivo que determinava o cumprimento de
pena em regime integralmente fechado fosse declarado inconstitucional.
Ressalta também o autor que em um sistema considerado democrático,
os poderes deveriam exercer funções de controle e também de limitação dos
excessos, cabendo ao judiciário fixar diretrizes mínimas com o objetivo de
racionalizar o sistema penal, principalmente por meio do controle de
constitucionalidade.
Além da legislação mencionada, os dados trazidos por Carvalho (2015)
apontam que a condenação pelo artigo 33 da atual Lei de drogas 11.343
(BRASIL, 2006) é, seguido pelo roubo, artigo 157 do Código Penal, a que mais
contribui para o encarceramento nacional.

Estrutura social brasileira e controle social periférico


Como tem sido mencionado, o controle social, principalmente em
relação ao controle formal exercido pelo poder punitivo, tem se direcionado
para as regiões periféricas do país. Nesse contexto, muito se discute a
criminalidade e repressão que tem acontecido em favelas, mas para que se
possa compreender de maneira aprofundada esses fenômenos, é preciso
entender como se formaram esses complexos habitacionais e em que
circunstâncias.
Sobre esse assunto, Lícia do Prado Valladares (2005) lembra que a
primeira aglomeração a realizar uma ocupação irregular de um território surgiu
no Rio de Janeiro, formada em boa parte por soldados que lutaram na Guerra
de Canudos.
Grande parte dos municípios brasileiros possuem favelas. No início do
século XXI, 23% de 1.269 prefeituras consultadas pelo IBGE confirmaram a
existência desse tipo de ocupação.
Esse número tem claramente aumentado. Aproximadamente foram
identificadas 16.433 favelas no país, com um total de 2.362.708 domicílios, um
número que pode ser bem maior, tendo em vista que apenas 13% das
administrações municipais contatadas forneceram dados de cadastro desse
tipo de moradia. A região sudeste é a que mais abriga esse tipo de ocupação,
com um total de 1,405 milhão de domicílios distribuídos em um total de 6.106
favelas (RAMOS, 2007).
Ainda é importante mencionar que mesmo após a libertação dos
escravos, nunca houve um efetivo processo que livrasse esse grupo de
indivíduos dos estigmas a ele imposto durante o decorrer dos últimos séculos,
como trataremos mais a seguir.

A gênese da favela
A Guerra de Canudos – conflito ocorrido na comunidade de Canudos, na
Bahia, com início em 1896 por conta dos problemas econômicos e sociais que a
região, caracterizada por latifúndios improdutivos, enfrentava na época –teve
seu fim no ano de 1898, com a vitória do exército sobre os sertanejos.
Entretanto, os soldados que lutaram no confronto não foram pagos como
havia sido prometido, o que fez com que fossem para o Rio de Janeiro (até
então capital do Brasil) para realizar uma pressão sobre o Ministério da
Guerra. Ainda assim, esses soldados não conseguiram reaver o pagamento e,
impossibilitados de prosseguir para qualquer outro local, acabaram se
instalando no Morro da Providência, chamado posteriormente de Morro da
Favella (VALLADARES, 2005).
Pode-se concluir que, da mesma maneira, muitos grupos periféricos no
país deixaram seus locais de origem e acabaram ocupando as periferias das
grandes cidades. Muitos desses grupos eram formados por ex-escravos.
Grande parte dos municípios brasileiros possuem favelas. No início do
século XXI, 23% de 1.269 prefeituras consultadas pelo IBGE confirmaram a
existência desse tipo de ocupação.
Esse número tem claramente aumentado. Aproximadamente foram
identificadas 16.433 favelas no país, com um total de 2.362.708 domicílios, um
número que pode ser bem maior, tendo em vista que apenas 13% das
administrações municipais contatadas forneceram dados de cadastro desse
tipo de moradia. A região sudeste é a que mais abriga esse tipo de ocupação,
com um total de 1,405 milhão de domicílios distribuídos em um total de 6.106
favelas (RAMOS, 2007).
“Favela”, termo latino para “pequena fava”, é o nome de uma região da
Bahia de onde vieram migrantes que se instalaram no Rio de Janeiro em
elevações similares às que habitavam em seu estado de origem. A expressão
acabou por ser utilizada para designar qualquer aglomeração irregular
construída no país (VALLADARES, 2005).
Subcidadania e poder punitivo
Jessé Souza, com sua obra “A invisibilidade da desigualdade brasileira”,
teve a importante tarefa em desconstruir um mito já arraigado na sociedade
de uma falsa igualdade. Ao mencionar autores clássicos como Sérgio Buarque
de Holanda (autor de Raízes do Brasil) e Gilberto Freyre (Casa-Grande &
Senzala), Souza (2006) salienta que eles incorrem no erro de considerar os
indivíduos da sociedade brasileira como se fossem semelhantes. Sem que
houvesse uma divisão de classe, apenas a renda os diferenciaria.
Nesse contexto, é importante mencionar as ideias de “estigma” trazidas
por Bacila (2015), baseadas nos estudos de Goffman. Bacila entende que uma
das consequências dos estigmas é a exclusão da relação social normal, assim
como a falta de percepção de quaisquer qualidades da pessoa estigmatizada.
Ao mencionar Goffman, Bacila (2015) salienta que as discriminações são tantas
que são reduzidas as chances de vida do indivíduo estigmatizado. Há uma ideia
de inferioridade e de perigo que o estigmatizado supostamente representa,
fazendo com que ele seja tratado como um estranho, um outsider.
Mencionada invisibilidade e esses estigmas da população dessas regiões de
periferia (em sua grande maioria negra) podem ser representadas em dois
aspectos do próprio Poder Público.
A costumeira omissão do Poder Público (tratando-se do primeiro
aspecto) em relação a esse tipo de grupo de indivíduos e no que diz respeito à
sua atuação em habitações irregulares pode mais uma vez ser verificada no
que tange às favelas, já que o governo se manifestou oficialmente pela
primeira vez sobre elas apenas no ano de 1937, com a edição do Código de
Obras que, pela primeira vez, reconheceu a existências desses locais e proibiu
que outros similares fossem criados (VALLADARES, 2000, p. 12). Essa omissão
acabou por fazer com que, ao contrário do previsto, o fenômeno se expandisse
e fosse recriado em diferentes regiões do país.
É importante destacar, a ligação da exclusão e invisibilidade com
fenômenos como o mercado informal e a própria marginalidade. Carvalho
(2003) aponta que uma das consequências das inúmeras contradições sociais é
a violência e insegurança que, na América Latina e principalmente no Brasil,
não está ligada unicamente com a incapacidade da atuação policial (ou sua
atuação arbitrária e violenta), mas também com a ausência de políticas
sociais urbanas eficazes, que sejam capazes de reconhecer e efetivar os
direitos da população sem que haja restrição a seu acesso, nem mesmo o
estigma das diferenças que conformam seus diferentes segmentos.
Quadro 1 - Cidades com o maior número de favelas registradas pelo IBGE no
início do século

Em relação ao segundo aspecto (comissivo), é preciso mais uma vez


retornar ao constante discurso da “Lei e da Ordem” ou o discurso da
“segurança cidadã”. Como mencionado, tem ocorrido um considerável
aumento da legislação penal. Esse aparato legislativo serve para aumentar
ainda mais a repressão por parte de grupos de periferia e contribuir para o já
inchado aparato legislativo, que trata como questões criminais situações que
poderiam ser solucionadas por outras searas do Direito. É importante
mencionar que a destinação desse aparato é em relação ao grupo periférico
estigmatizado, invisível em relação ao bem-estar fornecido pelo Poder
Público, mas estigmatizado pelas políticas de segurança pública. É certo que
tais legislações são plenamente incapazes de contribuir efetivamente para a
redução da criminalidade, servindo apenas para a manutenção discurso da
insegurança e também para a inflação do cárcere brasileiro.
O Brasil, portanto, é marcado por um controle da população
marginalizada por meio do Direito Penal, que despende grandes quantias em
comparação com as políticas públicas positivas na proteção dos membros da
sociedade não-excluídos e principalmente de seus bens. Destaca-se, mais
uma vez, a exclusão de duas vias.
Em relação às condições carcerárias, há visível piora. Bacila (2015)
lembra que nas cadeias que suportavam um máximo de dez presos eram
colocados aproximadamente cem indivíduos. É curioso o fato de que o
discurso da ressocialização do detento era algo feito ao mesmo tempo em que
se vivenciava condições desumanas dentro dos presídios brasileiros. Havia um
discurso de prevenção criminal baseado na educação e no trabalho, mas que é
completamente desligado da realidade no cotidiano dos presídios.
Indivíduos que cometem todo tipo de delito: sejam aqueles que
praticaram roubos, homicídios (pelas mais diversas motivações), extorsões
mediante sequestro, estupro e tráfico de drogas; todos, conforme Bacila
(2015), são amontoados em um local completamente insalubre e submetidos a
riscos de agressões físicas e também serem assassinados ou agredidos
sexualmente. Ainda correm o risco de contraírem doenças graves. Muitos
desses detentos, como já informado, estão presos nesses lugares mesmo que
tenham praticado delitos com mínima periculosidade, como pequenos furtos e
tráfico de pouca quantidade de drogas. Interessante mencionar que a
denúncia feita pelo autor se assemelha ao que foi descrito por John Howard há
200 anos, ao criticar as péssimas condições das penitenciárias inglesas.
Importa dizer que, ao se estigmatizar o preso e tratá-lo nas condições
citadas, cria-se nele um inimigo comum, e, por conseguinte, são fornecidas
todas as condições para que esses presidiários se unam para reagir a tantas
atrocidades (BACILA, 2015). Isso quer dizer que o discurso da insegurança e do
medo em relação ao indivíduo dessas camadas sociais pode fazer com que
alguém preso, por exemplo, por ter praticado um pequeno furto, acabe por se
tornar, na prisão, a imagem de insegurança e medo que é disseminada na
sociedade. Trata-se do que é chamado de “profecia autorrealizável”.
Bacila (2015) também menciona os atentados provocados pelo Primeiro
Comando da Capital (PCC) no Estado de São Paulo nos últimos anos. Os alvos
atingidos e as pessoas que foram mortas simbolizam a normalidade social.
O autor ressalta que, ainda que se discorde das ações praticadas contra a
população “normal”, é preciso compreender que este é, em alguns casos, o
resultado do tratamento de pessoas como estigmatizadas, ou verdadeiros
inimigos públicos.
Questão 2: Explique as razões pelas quais a violência é considerada um fenômeno endêmico
no Brasil.

Questão 3: O encarceramento no Brasil é uma forma de ressocialização ou repressão?


Explique

Questão 4: Explique o conceito de racionalidade etnocêntrica racista.

Questão 5: Explique a questão da estrutura social brasileira e controle social periférico, que se
verifica, na contemporaneidade, por meio do crescimento das favelas.

Questão 6: Considere a diferença entre o sistema de execução penal norueguês e brasileiro e


comente as consequências para cada país. (?????????????????????)

Questão 7: Caracterize e exemplifique os conceitos de subcidadania e poder punitivo no Brasil.

3: Levando em conta que, como foi mencionado por Bacila (2015) as cadeias brasileiras não
possuem infraestrutura para manter uma qualidade de vida aceitável ao indivíduo, já que, na
maioria das vezes, ocorre a super lotação das celas, falta de saneamento básico, precariedade de
oportunidades de estudo e desenvolvimento do indivíduo, juntamente com a falta de políticas
sociais que irão ‘’marginalizar’’ e ‘’estigmatizar’’ o indivíduo quando sair da penitenciaria,
fazendo com que seja ainda mais difícil se inserir no mercado de trabalho ou estudar, portanto,
pode-se afirmar que, o encarceramento no Brasil é realizado baseado na repressão do individuo.

4: A Racionalidade etnocêntrica racista é o fenômeno caracterizado pela discrepância de


tratamento do jovem negro da periferia em relação ao jovem de classe média, discrepância essa
que pode ser observada não somente no âmbito social quanto na área dos direitos democráticos de
ambos.

5: Pode se dizer que as favelas são fenômenos sociais ocasionado pela marginalização do
indivíduo, pois, é de amplo conhecimento que o indivíduo morador da favela só está ali pela falta
de políticas sociais, falta de empregos e falta de oportunidades no geral, fenômeno este que pode
ser observado durante a criação do Morro da Favella, que, foi fundado pelos antigos soldados que
batalharam e venceram a guerra de canudos, soldados estes que não foram pagos e tiveram que se
deslocar da Bahia para o Rio de Janeiro (capital durante o fim da guerra em 1898) para
reivindicar seus direitos. Direitos estes que não foram concebidos forçando-os a se unir e
construir o morro, para tentar de alguma forma sobreviver, mesmo que em um ambiente
completamente inviável. Em 1937 o governo se pronuncia pela primeira vez a respeito da criação
de favelas, reconhecendo a existência das inúmeras favelas que já existiam, porém, determinando
que não deveria acontecer a criação de novas localidades, mesmo que eles não disponibilizassem
recursos político-sociais para as pessoas marginalizadas (escravos e imigrantes que vieram de
outras regiões do pais em busca de emprego e qualidade de vida), e, devido a falta de recursos
para essa população, o número de favelas aumenta drasticamente, número esse que vem
crescendo até hoje, principalmente na região sudeste do pais.

7: Subcidadania é o termo aplicado aos habitantes da periferia que enfrentam a exclusão de duas
vias, caracterizadas pela marginalização do indivíduo pelo direito penal e a falta de políticas
sociais para a inserção do morador em sistemas de educação e empregos de qualidade. Por
fazerem parte da subcidadania, os moradores da periferia muitas vezes são excluídos de toda e
qualquer oportunidade de desenvolvimento, levando em conta que a educação e oportunidades de
empregos são escassas na periferia, então, muitas vezes esses indivíduos recorrem ao mundo da
criminalidade como fonte de renda e em busca de uma possível ascensão social, quando acontece
a prisão deste individuo, ele é colocado em um ambiente completamente hostil de repressão,
transformando o mesmo em um ‘’inimigo’' da sociedade, ou seja, o indivíduo que outrora foi
invisível aos olhos do poder público, passa agora a se tornar um inimigo da segurança pública e
uma total ameaça ao conceito de ‘'Lei e Ordem’' da sociedade.

Legenda para a dondoca


Algumas partes do texto estão assim:
AAAAAAAA
Ou
AAAAAAAA

Coloquei assim pq achei esses trechos são intercalados entre as respostas q tem essas cores ai,
acho q é meio obvio mas já deixei avisado
As partes que tão em:
AAAAAAAAA

São as partes ainda mais importantes do que as grifadas então da uma atenção especial pra essas.
Enfim, é isso ai.

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