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O simbolismo do MST na marcha e na mística:

espaço itinerante de formação humana


Cristine Lima Torres*

Resumo: Este artigo discute a mística e a marcha dos sem-terra vinculados ao


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Consiste em um
estudo sobre a formação humana no processo da luta pela terra, buscando
construir estratégias educativas não-formais, tendo como base a oralidade, que
re-significam os saberes populares. Buscou-se acompanhar o trajeto das
marchas do MST da Bahia, registrar a dinâmica das místicas e das marchas,
analisando as possibilidades de formação durante o processo. Utilizou-se como
metodologia de trabalho a pesquisa histórica e imagética e como instrumentos
as entrevistas com militantes e filmagem da dinâmica organizativa que
caracteriza a temática abordada. Conclui-se que processos educativos como
esses são fundamentais e viabilizam a invenção de novas formas de
sociabilidade, sendo a solidariedade, a valorização pela vida, formas sociais
que constituem um exercício de educação para a consciência crítica e
emancipatória.
Palavras-chave: Mística; marcha; religiosidade; educação emancipatória.

*
CRISTINE LIMA TORRES é Mestra Educação pela Universidade Federal da Bahia e
Professora da Escola Estadual Professor Aristides de Souza Oliveira.

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Foto da autora

O Movimento dos Trabalhadores Rurais [...] as práticas educativas escolares


Sem Terra (MST) se origina da união de e não-escolares sempre estiveram
diferentes movimentos isolados presentes, porém, ao longo do
descontentes e de oposição ao modelo processo, o MST foi acumulando
de reforma agrária imposto pelo regime novas experiências e demandas, e
assim sofreu modificações,
militar. Contrariamente a este modelo quantitativa e qualitativamente. De
que priorizava a colonização de terras início como educação popular na
devolutas em regiões remotas, organização dos grupos de sem-
objetivando a exportação de excedentes terra, e posteriormente nos
populacionais e integração estratégica, o acampamentos e assentamentos em
MST buscou lutar pela redistribuição formas diversas, nas assembléias,
das terras improdutivas. nas reuniões gerais, nas audiências
com autoridades, nas inúmeras
O Movimento dos Trabalhadores Rurais maneiras de organização e lutas
Sem Terra é a principal organização sociais desenvolvidas. Num
social que luta pela terra desde a década segundo momento o MST buscou o
de 1980, e que adotou a estratégia de acesso à educação escolar como
ocupar latifúndios como forma de instrumento para contribuir na
pressionar o governo a colocar em pauta qualificação da luta pela terra e pelo
a reforma agrária no Brasil. O MST se projeto histórico socialista.
envolve numa série de lutas que são (ARAUJO, 2007, p. 302).
indissociáveis na conquista pelos diretos No decorrer das primeiras ocupações, os
fundamentais para qualquer cidadão, a sem-terra constataram que a educação
educação é uma delas. deveria ser também uma prioridade.

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Seria fundamental dominar o cotidiano de formação da
conhecimento socialmente produzido identidade dos sem-terra do MST.
para que pudessem se relacionar com as (CALDART, 2001a, p. 20).
instituições que concretizariam as O processo é lento, construído passo a
legalizações da terra e financiamentos passo, não há linearidade, mas a
para a construção do assentamento. essência das práticas pedagógicas e do
Nessa perspectiva, a educação tornou-se conteúdo básico estabelecido, que
uma meta do Movimento, inseparável privilegia as questões significativas para
das ações de luta pela terra. Stédile o MST, sempre estará presente em cada
deixa bem claro ao afirmar que: espaço de formação. Seja a escola
Apenas a luta pela terra não formal, os cursos não-formais, ou até
transforma o sujeito em cidadão, se mesmo a formação oral, todos
nós também não tivermos acesso à preencherão os espaços do Movimento.
educação. É por isso que nós do
movimento Sem Terra
A Marcha dos Sem Terra
compreendemos que existe um Esse artigo resultou de análise dos
casamento necessário entre a registros imagético e publicações do
conquista da terra e a conquista da MST coletados durante os quatro anos
educação. (STEDILLE apud (2001 a 2005) em que acompanhamos o
Caldart, 1997, p.25).
MST em marchas, encontros, ocupações
O direito a educação formal de e mobilizações com o intuito de
qualidade e dentro dos assentamentos compreender a lógica de atuação e o
foi motivo de intensa luta que os sem- processo de formação ocorrido nas
terra travaram no inicio do Movimento práticas educativas não-formais que
e travam até hoje juntos às secretarias perpassam toda a dinâmica organizativa
de educação e às prefeituras. Uma do Movimento, destacando nesse artigo
educação que seja configurada por eles o simbolismo inerente a mística e
e para eles, forjada em movimento com marcha.
a base social que o compõe, através de
Ao iniciar a organização do trabalho,
debates, erros e acertos, com o intuito
diante do grande acervo imagético e
de disseminar a discussão sobre a
documental, optamos pela pesquisa com
importância da luta pela terra e da
o foco na Marcha Nacional pela
reforma agrária, bem como a construção
Reforma Agrária, por ter sido uma
de uma sociedade mais justa que atenda
mobilização mais longa, mais
as necessidades dos cidadãos.
organizada, que envolveu os sem terra
A relação do MST com a educação de todo o Brasil, além de outros
é, pois, uma relação de origem: a movimentos sociais, instituições
história do MST é a história de uma parceiras e grupos de intelectuais que
grande obra educativa. [...] Se apóiam os movimentos sociais.
recuperarmos a concepção de
educação como formação humana é Na gênese do MST, a marcha se fez
a sua prática que encontramos no presente como uma forma de
MST desde que foi criado: a mobilização para chamar a atenção do
transformação dos ‘desgarrados da Estado e da sociedade sobre a
terra’ e dos ‘pobres de tudo’ em necessidade de reforma agrária no
cidadãos dispostos a lutar por um Brasil. Anualmente, o MST organiza os
lugar digno na história. É a
trabalhadores rurais sem terra
educação que podemos ver em cada
uma das ações que constituem o
acampados e assentados, e unido a

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outros movimentos que lutam pela terra, resolver sobre desapropriação de
realiza uma marcha. Esta varia em áreas, vistoria de áreas e crédito.
percurso e duração, dependendo das Aproveita nesse momento e
resoluções internas estaduais, e culmina desencadeia um processo de
em datas significativas, nacional e negociação com o governo do
estado, como INCRA e com os
internacionalmente, no dia sete de
órgãos responsáveis pela reforma
setembro, no Grito dos Excluídos, ou no agrária, então aproveita um
dia dezessete de abril, Dia Internacional momento de uma marcha dessa e
da Luta Camponesa. A Marcha objetiva, faz negociações (BETÃO, 2004).
principalmente, chamar atenção da
sociedade para a questão agrária no Na história da humanidade, as marchas
país. se fizeram presentes em diferentes
períodos e culturas, como forma de
Essa forma de mobilização é histórica mobilização social, com intenções das
no MST, desde a época em que eram mais diversas. Segundo Chaves:
trabalhadores sem terra vinculados a
“A grande marcha do sal”
movimentos isolados. Para Betão,
organizada por Gandhi, em uma
coordenador do MST- Bahia: cruzada pacífica pela libertação da
A marcha está no campo histórico, Índia; “a grande marcha”, de caráter
a marcha faz parte do processo de militar, organizada por Mao Tse-
luta do movimento. Desde o inicio tung, na China; a marcha
da organização que as ocupações de promovida por Martin Luther King,
terra e as marchas estão juntos, são a favor dos direitos civis da
formas de luta. A ocupação é forma população negra americana; a
de luta, a marcha é forma de luta, é “Coluna Prestes”, empreendida
forma de pressionar o governo e pelos tenentistas brasileiros no
mostrar para a sociedade que início do século são uns poucos
estamos organizados, pra mostrar exemplos da diversidade de que se
para a sociedade que o movimento reveste a manifestação coletiva.
sem terra tem uma proposta, é uma (CHAVES, 2000, p.19)
forma de divulgar o movimento e
Considerando a aproximação do MST
mostrar para a sociedade que o
movimento não é aquilo que a
com grupos religiosos e em particular a
mídia mostra. Desde o início do igreja católica, a marcha e a mística são
movimento a gente trabalha essas elementos simbólicos que migram da
marchas, essas caminhadas, já faz igreja católica para o MST. Por que os
parte do cotidiano do movimento e Sem Terra marcham? Por que se
em determinado momento se faz a submetem a essa trajetória tão dura de
marcha com objetivos até caminhar por dias seguidos, suportando
diferenciados, de acordo o sol e frio e todos os incômodos dessa
momento. É o momento político longa estrada?
que determina as ações. (BETÃO,
2004) Quando marchamos, levamos em
nossos passos os sonhos daqueles
A marcha, além de buscar visibilidade que nos acompanham, e de milhares
para o MST, também vem acompanhada de outros seres humanos que
de outras ações, a depender dos ficaram esperando por nossa volta...
interesses coletivos dos sem-terra. Por isso quem for para a marcha
Segundo Betão: estará lutando por si, pela família
de todos os Sem Terra, mas
A marcha incorpora outras também pelas futuras gerações que
questões, temos problemas a

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nascem e precisarão de terra para serviço das verdadeiras aspirações do
trabalhar. (MST, 2005b, p. 59). povo.
A marcha é uma mobilização que tem A religiosidade sempre esteve presente
elementos simbólicos presentes na fé desde o inicio da formação do MST.
dos trabalhadores rurais sem terra, não é Segundo Silva (2004), tanto os setores
simplesmente um ato puro de marchar, progressistas da igreja Católica, quanto
percorrer uma distância e visibilizar a a Igreja Evangélica de Confissão
causa para a sociedade; ela tem uma Luterana no Brasil tiveram uma
significação maior para os sem-terra: participação fundamental na articulação
“A marcha sempre foi um ato e politização dos conflitos por posse de
heróico na história da humanidade. terra. A Teologia da Libertação surgiu
Sempre que os povos se sentiram como um novo paradigma
ameaçados ou tiveram problemas a fundamentando a atuação da igreja
resolver, saíram de seus locais de Católica na década de 1960. Após o
origem e foram em busca de Concílio Vaticano II e a II e III
soluções, usando o próprio corpo Conferências do Episcopado Latino-
como instrumento de luta”. (MST, Americano, ela passa a se identificar
2005. p: 59).
com as camadas subalternas,
A marcha dos sem-terra é tratada como redimensionando a evangelização e
uma analogia ao êxodo do povo hebreu passando a considerar como
na busca da terra prometida. Ao se fundamental “o conhecimento e a
reportar a marcha, em entrevista valorização da cultura popular” (p.43).
concedida a Bernardo Mançano, no Dessa forma, parcela da igreja rompe
livro Brava Gente, Stédile explica essa com o sistema capitalista, raiz de
questão simbólica para o movimento: exclusões, atuando na articulação dos
No caso da luta pela terra, o livro movimentos de luta pela terra, levando
Êxodo era uma referência para que a reflexão ao trabalhador rural sobre o
os trabalhadores compreendessem processo de opressão a que eram
melhor a sua história. Nas submetidos, desenvolvendo “o conceito
comunidades durante os estudos de autonomia e libertação a partir de
bíblicos era feita uma analogia leituras bíblicas e da análise da
entre o êxodo do povo hebreu e o problemática social, na qual os
êxodo do sem-terra sofrido pelos integrantes estavam inseridos”. (p.43)
trabalhadores rurais. Esse processo
pedagógico enriquecia as novas O outro elemento importante que migra
formas de organização que da igreja católica é a mística. Segundo
emergiam. Estava em movimento a Boff:
fermentação da caminhada à terra
Originalmente a palavra mistério
prometida. (STEDILLE:
(mysterion, em grego, provém de
MANÇANO, 1999. p. 74)
múein, que quer dizer perceber o
Para os sem-terra, ligados ao MST, a caráter escondido, não comunicado,
terra prometida não está mais no eterno, de uma realidade ou de uma
é aqui e é motivo de luta política, fruto intenção) não possui um conteúdo
da ação consciente e organizada. Não teórico, mas está ligada à
será o poder estabelecido pelo Estado experiência religiosa, nos ritos de
iniciação. A pessoa é levada a
que dará direitos aos cidadãos. São eles,
experimentar, por meio de
cidadãos, que precisam conquistá-los, celebrações, cânticos, danças,
colocando a estrutura do Estado a dramatizações e realização de

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gestos rituais, uma revelação ou o trabalho nos setores, a formação
uma iluminação conservada por um cotidiana daqueles que são novatos, as
grupo determinado, e fechada. viagens para eventos e reuniões, as
Importa enfatizar o fato de que mobilizações, o “trabalho de beija-flor”
mistério está ligado a essa indo de casa em casa para organizar
vivência/experiência globalizante.
coletivamente o local de moradia. Por
(BOFF, 1999, p.12).
isso a sua dimensão educativa é
A mística é uma forte presença dos fundamental para que o movimento
resquícios dessa formação inicial que continue se expandindo. Segundo Boff,
foi incorporada ao movimento e para os antigos militantes a mística:
transformada em um ritual ecumênico,
Mística significa, então, o conjunto
cultural, político e ideológico.
de convicções profundas, as visões
A mística faz parte do cotidiano do grandiosas e as paixões fortes que
MST. Está presente em todos os atos, mobilizam pessoas e movimentos
mobilizações, encontros, assembléias, na vontade de mudanças, inspiram
enfim, em todas as reuniões do MST. É práticas capazes de afrontar
quaisquer dificuldades ou
uma forte marca no Movimento, pois
sustentam a esperança face aos
alimenta os Sem Terra de esperança, é fracassos históricos. (BOFF, 1999,
onde eles se vêem retratados, se p.24)
identificam, pois ela é uma síntese das
histórias de luta que os trabalhadores Para Leonardo Boff (2004) a mística
rurais vivenciam, e uma utopia por dias político-social está vinculada a uma
melhores com a terra conquistada. utopia “capacidade de projetar, a partir
Através dessa celebração, os valores são das potencialidades do real, novos
cultivados e transmitidos, a sonhos, modelos alternativos e projetos
interpretação da realidade social é diferentes de história [...] desfatalizam a
apresentada, a identidade coletiva história, não reconhecem como ditado
reforçada, fortalecendo as convicções da história a situação injusta imposta e
dos militantes. mantida pelas forças opressoras” (p.24)
Ela é a força, a energia cotidiana Para Freire (1987) o fatalismo presente
que tem animado a família Sem no oprimido “é fruto de uma situação
Terra a continuar na luta, ajudando histórica e sociológica e não um traço
cada pessoa a enxergar e a manter a essencial na forma de ser do povo”.
utopia coletiva. A mística é aquele (p.49). Assim a importância da ala
sentimento materializado em progressista da igreja na
símbolos, que nos faz sentir que conscientização política e ideológica
não estamos sozinhos e são os laços
dos camponeses no sentido de
que nos unem a outros lutadores
compreenderem a importância da
que nos dão mais força para
prosseguir na construção de um organização para o processo de luta.
projeto coletivo (CALDART, 2001. Considerações finais
p.29)
A marcha, como espaço itinerante de
A mística apresenta-se em duas formação humana, evidencia a
dimensões: a prática de um ritual organicidade do MST e os valores que
presente em todas as reuniões e uma busca cultuar. Ao participar do MST, os
energia intrínseca ao militante que o sem-terra envolvem-se numa estrutura
conduz, direcionando-o, dando força organizativa complexa e inicia um
para enfrentar a labuta cotidiana da luta: processo de uma maior clareza político-

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ideológica, o que contribui para humano, a percepção crítica “se
estabelecer uma mudança nas relações desenvolve num clima de esperança e
sociais com os companheiros de luta. confiança que leva os homens a
empenharem-se na superação das
A formação humana proporcionada pela
“situações-limites” (p.91).
participação na Marcha faz com que os
sem-terra internalizem os princípios e A mística é uma vivência coletiva
valores do movimento caracterizando-se fundamental para o Movimento, pois
como um processo contínuo que, ao possibilita a formação política e
buscar interagir e compreender a ideológica, conforma-se como um
realidade social, procura desvelar as esteio por onde os sem-terra
raízes por onde está fincada a compreendem a sociedade capitalista e
sociedade. os seus mecanismos de exclusão por
O simbolismo presente na mística busca meio de elementos simbólicos
acessíveis e apreendidos conforme o
aproximar os sem-terra dos princípios
grau de entendimento de cada pessoa
culturais e políticos do MST, sendo,
que a vivencia.
portanto, um importante elemento de
coesão que apresenta todos os Ao caminhar, os marchantes, vistos ao
princípios valorativos do MST através longe, não se distinguiam suas
dos cânticos, das encenações; trazendo a individualidades. Enfileirados, com seus
força utópica dos sem-terra para bonés ou chapéus de palha, vestindo
continuar na luta. Sendo assim, a camisa vermelha, com um radinho de
mística se caracteriza como uma prática pilha e uma mochila preta nas costas,
educativa não-formal para alcançar eram doze mil pessoas, jovens e adultos,
aprendizagens significativas que de diversas regiões do país, que se
contribuem para a formação humana aglutinavam numa só intencionalidade:
em/no Movimento. mostrar que são brasileiros e herdeiros2
dessa nação, e que estão dispostos a
Para Freire (1987), no ato educativo
lutar por condições melhores de vida,
dialógico é preciso que se conheça
pela dignidade conquistada pelo
como se constitui o pensar e a
trabalho na terra.
linguagem do povo, e a partir dessa
constatação, selecionar os conteúdos da O MST nos traz elementos inovadores
aprendizagem. Os sem-terra, ao “pensar para o sistema educacional brasileiro,
a mística” 1 , trazem elementos do seu apontando a importância da práxis
cotidiano, a labuta diária na terra, o cotidiana, da interação mundo-educação
enfrentamento à exclusão e a utopia de como ferramenta de apropriação dos
uma sociedade mais justa e igualitária, conteúdos significativos para a vida
apresentando conteúdos simbólicos de escolar. A concepção de educação, a
fácil acesso e, possibilitando com isso, prática pedagógica, a importância da
que os companheiros apreendam a cultura popular para o saber escolar,
realidade, conscientizando-se da precisam ser revistas. Faz-se necessário
necessidade e possibilidade de apropriar-se do mundo que nos rodeia,
mudanças para uma vida melhor. Para da história forjada no cotidiano como
Paulo Freire (1987), ao se instalar no ser um conteúdo fundamental para
compreender a história humanidade
1
Pensar a mística é um termo usado pelos sem-
terra quando têm a responsabilidade de elaborar
2
e organizar uma mística a ser Alusão a música de Cabacinha – militante de
apresentada/vivenciada. MST

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O simbolismo presente em todas as Referências
ações, Atos e tarefas compartilhadas ARAÚJO, Maria Nalva Rodrigues de. As
durante o percurso da marcha, Contradições e as Possibilidades de
marcaram de forma significativa cada Construção de uma Educação Emancipatória
no Contexto da Luta pela Terra. 2007. 333.
participante. E, a depender do seu
Tese(Doutorado em educação)- Faculdade de
envolvimento com a construção diária Educação. Universidade Federal da Bahia.
dessa grande escola itinerante, puderam
BOFF, Leonardo, Beto, Frei. Mística e
assimilar lições que nunca serão Espiritualidade. Rio de Janeiro, Rocco, 1999.
esquecidas e que ainda serão
desdobradas em ações nos seus CALDART, Roseli. Educação em Movimento.
Formação de Educadores e Educadoras no
acampamentos e assentamentos. É a MST. Petrópolis, Ed. Vozes, 1997.
vida latejando e sendo construída a cada
_______. O MST e a formação dos sem terra:
passo, é uma nova abordagem cultural
o movimento social como princípio educativo.
que valoriza o enfrentamento às Estudos Avançados vol.15 no.43 São Paulo
condições subumanas impostas pelo Sept./Dec. 2001a.
capitalismo e que de fato lança um __________. Pedagogia do Movimento Sem
outro olhar, novas formas de atuar Terra: acompanhamento à escola. Boletim de
criticamente a fim de que se construa Educação nº 8 , São Paulo. Editora Peres.
uma nova perspectiva de vida 2001b.
cultivando valores e ideais que CHAVES, Christine Alencar. A Marcha
confluem na invenção de novas formas Nacional dos Sem-Terra: Um Estudo sobre a
de sociabilidade que constituem um Fabricação do Social. Rio de Janeiro: Relume-
exercício de educação para a Dumará UFRJ, 2000.
consciência crítica e emancipatória. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio
de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
MST. O Funcionamento das Brigadas. Max
Print editora, São Paulo. 2005a.
______. Marcha Nacional pela Reforma
Agrária. Max Print editora, São Paulo. 2005b.
SILVA, Emerson Neves. Formação e Ideário
do MST. Rio Grande do Sul: Editora Unisinos,
2004.
STEDILLE, João Pedro; MANÇANO,
Bernardo Fernandes. Brava Gente: A
Trajetória do MST e a Luta pela Terra no Brasil.
São Paulo: Ed. Perseu Abramo, 1999.
MILITANTE ENTREVISTADO
Betão – Marcha Valença – Salvador, 2004.

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