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Órgão: SSMA

PROCEDIMENTOS LOCK-OUT / TAG-OUT Nº 002

Data: Junho/2019

PROCEDIMENTOS

LOCK-OUT / TAG-OUT

INFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS LTDA


CNPJ: 33.078.767/0001-92

Dourados/MS
Junho - 2019

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Órgão: SSMA

PROCEDIMENTOS LOCK-OUT / TAG-OUT Nº 002

Data: Junho/2019

1. OBJETIVO

Criar procedimentos de controle para o uso de travas e cadeados de segurança, a fim


de prevenir os acionamentos acidentais ou indevidos de chaves elétricas, válvulas ou
outro tipo de comando e evitar a ocorrência de acidentes.

2. DEFINIÇÕES

Energia - Entende-se como energia, todas as forças eletromecânicas utilizadas para


acionamento de máquinas e equipamentos, como por exemplo, a eletricidade, ar
comprimido, óleo ou água sob pressão, vapor, etc.

O vapor e o ar comprimido, mesmo quando utilizados para outros fins, continuam


classificados como energia para efeito de segurança, uma vez que, pôr suas
características próprias, podem causar lesões.

Entrada de energia - É o ponto de entrada da energia para alimentar o equipamento,


tais como a Quadro de Distribuição Geral, válvula principal de ar comprimido/vapor,
etc.

Neste ponto (entrada) é que se deve dar a interrupção e travamento para fins de
segurança. Não havendo possibilidade de permanecer interrompida a energia na chave
geral ou na válvula principal e, desde que não haja uma entrada na máquina onde
possam ser colocados a trava e o cadeado, deverá ser aplicada qualquer outra medida
que possa realmente impedir, com segurança o acionamento das fontes de energia.

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Pressão Residual - É a pressão que ainda permanece na tubulação depois de fechada ou


interrompida a fonte de fornecimento de energia, hidráulica, pneumática ou a vapor. A
menos que a válvula possua meios próprios para sangria, uma seção do tubo deve ser
desacoplada para aliviar a pressão, se existir o risco.

Cadeados de Segurança - São cadeados cuja finalidade é manter


travada e interrompida as entradas de energia. Devem ser de marca
ou tipo diferentes dos demais usados na fábrica, de modo a não
serem confundidos ou usados para outros fins. Não devem pertencer
as séries de cadeados que possam ser abertos com chave mestra.

Trava de Segurança - É um dispositivo com duas


hastes articuladas que, aplicado no local de
travamento, permite a colocação de até seis
diferentes cadeados no mesmo ponto de interrupção
de energia.

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Órgão: SSMA

PROCEDIMENTOS LOCK-OUT / TAG-OUT Nº 002

Data: Junho/2019

Aplicação da Trava e Cadeado:

 Em todos os trabalhos de manutenção,


reparos, limpeza, preparo, etc., de
máquinas, instalações e outros
equipamentos, nos quais os
empregados correm o risco de sofrer
alguma lesão, em caso de acionamento
indevido, é obrigatório o uso de cadeados de segurança para travar as fontes de
energia, que devem ser previamente interrompidas.

 Quando mais de um empregado for trabalhar no mesmo serviço, é obrigatório a


aplicação de trava de segurança com tantos cadeados quantos forem os
empregados envolvidos.

 Quando se tratar de chave elétrica, o botão de partida deve ser desligado, a


alavanca da chave puxada NA POSIÇÀO DESLIGADA E TRAVADA COM
CADEADO.

 O ar comprimido deve ser fechado, travado e sangrado para evitar qualquer


movimento no mecanismo do equipamento. Procedimento idêntico deve ser
observado com máquinas acionadas pôr sistema hidráulico ou a vapor.

 Em casos de sistema hidráulico de máquinas e equipamentos, a própria bomba


deve ter a chave desligada e travada.

 Nos casos de travamento de válvula que não possua local adequado para
colocação do cadeado deve ser usada corrente ou outro meio auxiliar.

 Depois de travada a fonte de energia, os comandos da máquina devem ser


acionados para certificar-se de que realmente o fornecimento de energia está
neutralizado.

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 A colocação da trava e cadeado de segurança, assim como a conservação dos


mesmos no devido lugar, até que o serviço seja terminado, deve ser atribuição
do empregado de maior responsabilidade em relação ao serviço.

 A Segurança do Trabalho, através do seu técnico, colocará um cadeado na trava


de segurança se julgar necessário ou se for a última a dar a palavra para
liberação da máquina, instalação, etc.

 Em casos de serviços temporários onde os empregados da produção são


designados para executar trabalhos de limpeza, ajuste ou troca de ferramentas,
que se incluem entre os que requerem o travamento de fontes de energia, o
supervisor da execução dos trabalhos deverá providenciar o cadeado de
segurança e dar as devidas instruções quanto a aplicação do mesmo.

Cadeados Extras:

A supervisão dos grupos que usam cadeados de segurança


poderá ter sob seu controle, e de comum acordo com a
Seção de Segurança, alguns cadeados extras para serem
usados em casos especiais ou de emergência.

Esses cadeados serão usados nas seguintes circunstâncias:

a) Nos casos em que um mesmo empregado necessite de mais de um cadeado no


mesmo serviço, isto é, quando há mais de uma fonte de energia a ser travada;

b) Quando o serviço ficar pronto, mas a máquina ou equipamento deva permanecer


parado pôr motivo de segurança;

c) Quando o supervisor achar conveniente manter um cadeado na trava, por


exemplo, para verificar as condições da máquina ou equipamento antes de
entregar o serviço.

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Cartão de "Perigo":

 Cartão "Perigo" é usado adicionalmente ao cadeado e serve para identificar a


principal pessoa envolvida no trabalho, que deverá preenchê-lo corretamente e
assiná-lo.
 O cartão não substitui o cadeado de segurança. É apenas uma medida
suplementar.
 O uso do cartão serve também para indicar algum equipamento que não esteja
em condições de uso e que deverá ser reparado ou substituído.
 Quando afixado, o cartão deverá estar devidamente preenchido.
 Somente em casos extremos, em que não houver outro meio, é que o cartão
poderá ser usado sozinho.
 Nesses casos, deverá haver maior vigilância pôr parte das pessoas, mas o cartão
deverá ser respeitado como um dispositivo de segurança.

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3. BLOQUEIO E IDENTIFICAÇÃO DE ENERGIA

Os procedimentos de Bloqueio e Identificação de Energia são a maneira mais


efetiva para prevenir os acidentes causados pela liberação descontrolada de energia
perigosa.
Seu objetivo é garantir um estado de ENERGIA ZERO, onde tem-se a certeza de
que não haverá acionamento inesperado do equipamento ou liberação acidental de
energia perigosa.

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4. COMO APLICAR O BLOQUEIO E IDENTIFICAÇÃO DE ENERGIA?

“Regra”

4.1 PREPARAÇÃO
Identifique a energia envolvida (tipos, fontes e perigos) e os dispositivos de
controle existentes (botoeiras, chaves, válvulas, etc.)

4.2 COMUNICAÇÃO INICIAL


Comunique todo pessoal envolvido (incluindo seu supervisor e o supervisor da
área) que você irá desligar e bloquear o equipamento.

4.3 DESLIGAMENTO
Desligue o equipamento através de todos os dispositivos normais de controle
existentes (botão de parada, chave liga / desliga, válvula, etc.)

4.4 ISOLAMENTO
Isole todas as fontes de energia do equipamento. Na maioria dos casos existem
várias fontes. Para tanto, poderá ser necessário desconectar cabos de força, desligar
chaves gerais, retirar fusíveis, fechar válvulas mestras, flangear tubulações, etc.)

4.5 BLOQUEIO E IDENTIFICAÇÃO


Bloqueie as fontes de energia com dispositivos de bloqueio adequados e afixe
conjuntamente uma etiqueta devidamente preenchida.

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4.6 DESCARGA DA ENERGIA ARMAZENADA


Mesmo após desligado e bloqueado, um equipamento ou instalação pode ainda
apresentar alguma energia armazenada (eletricidade estática, partes aquecidas,
pressão residual em tubulações, etc.)
Essa energia deve ser dissipada através de procedimentos como aterramento,
bloqueio de partes móveis, calço de peças suspensas, purga de tubulações e
resfriamento e partes aquecidas. Se possível um novo acúmulo posterior de energia
armazenada, fazer o monitoramento.

4.7 VERIFICAÇÃO DO ISOLAMENTO


Teste o equipamento par assegurar-se de que ele não pode ser energizado. Se
necessário, utiliza instrumentos de medição. Durante o teste certifique-se que
ninguém está em contato com o equipamento.

4.8 EXECUÇÃO DA ATIVIDADE EM SEGURANÇA


Finalmente pode-se garantir que temos um estado de "energia zero”, e há total
segurança para realização dos serviços necessários junto ao equipamento.

4.9 RESTABELECIMENTO DA ENERGIA


Uma vez encerrado o serviço, certifique-se que todas as proteções foram
reinstaladas, e o equipamento está seguro para voltar a operar. Assegure-se de que
ninguém está em contato, retire os dispositivos de bloqueio e etiquetas, acione-o, e
teste seu funcionamento.

4.10 COMUNICAÇÃO FINAL


Comunique todo o pessoal envolvido (incluindo seu supervisor e o supervisor da
área) que o equipamento ou instalação está operacional novamente.

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5. SITUAÇÕES ESPECIAIS

Quando há diversas pessoas trabalhando num mesmo equipamento ou


instalação, cada uma deve colocar seu próprio dispositivo de bloqueio e etiqueta. Para
tanto, existem travas especiais que permitem a aplicação de vários cadeados
simultaneamente.

6. MUDANÇA DE TURNO OU EQUIPE DE TRABALHO

Durante mudança de turno, os equipamentos que precisam ser mantidos sem


energia não devem ficar desbloqueados. O empregado que está encerrando o turno, deve
aguardar o companheiro aplicar seu dispositivo de bloqueio e identificação, para então
retirar os seus.

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7. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO BLOQUEIO

Eventualmente pode-se encontrar uma situação onde é necessário manter um


equipamento sem energia mas, devido restrições técnicas, não é possível aplicar o
dispositivo de bloqueio.
 Envolver o SESMT;
 Aplicar uma etiqueta de identificação e advertência no mesmo local onde seria
aplicado o bloqueio;
 Designar um funcionário responsável para garantir que a fonte de energia não
seja acionada. O mesmo deve manter-se em contato visual constante com essa
fonte.

Notas:
A violação de um dispositivo de bloqueio só deve ser feita em situações excepcionais
(como perda da chave, ausência do funcionário responsável ou não identificação do
mesmo) e sob autorização formal do supervisor ou gerente da área. Chaves reservas e
chaves mestras só devem utilizadas nessas situações. Para tanto deve ser preenchido
previamente formulário especifico (modelo em anexo).
A violação não autorizada de um dispositivo de bloqueio (utilização sem permissão
de chave reserva ou rompimento proposital de um cadeado, por exemplo) deve ser
considerada falta grave e o responsável estar sujeito à aplicação de medidas
disciplinares.

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8. ELABORAÇÃO

Dourados/MS, junho de 2019.

Giuliano Arzamendia Gomes Clayton Yoshizaki


Engenheiro de Segurança do Trabalho Arquiteto
CREA/MS Nº 62452D Engenheiro de Segurança do Trabalho
CAU/BR nº A41307-0

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9. ANEXOS

 FORMULARIO PARA VIOLAÇÃO DE BLOQUEIO;

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FUNCIONARIO RESPONSAVEL PELO BLOQUEIO


NOME: FUNÇÃO:
DEPARTAMENTO: TURNO:

DADOS SOBRE EQUIPAMENTO A SER VIOLADO


TIPO DE BLOQUEIO: EQUIPAMENTO/SETOR:
MOTIVO DA VIOLAÇÃO:

CHECK LIST DE SEGURANÇA SIM NÃO


1. O Funcionário responsável pelo bloqueio foi localizado e comunicado?
2. Existe algum funcionário em contato com o equipamento a ser desbloqueado?
3. O equipamento está seguro para voltar a operar?
4. A área foi inspecionada para garantir o restabelecimento seguro da energia?
5. Todo pessoal envolvido foi comunicado que o equipamento será desbloqueado?
6. Foi recolhido todo material/ferramentas do local?
AÇÕES REQUERIDAS:

APROVAÇÃO (SUPERVISOR OU GERENTE RESPONSAVEL)


NOME:
FUNÇÃO: DEPARTAMENTO: TURNO:
DATA:_______/__________/__________ HORARIO:______:_______

ASSINATURA/VISTO:

ENVIAR ESTA AUTORIZAÇÃO DEVIDAMENTE PREENCHIDA E ASSINADA PARA O DEPTO. DE SEGURANÇA DO TRABALHO

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