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Dez Dicas para escrever um Conto de Terror

Prof. Eduardo Elisalde Toledo

1. Do que você tem medo. Analise suas fobias e traumas e tente perceber quais são
as sensações que você experiencia quando está com medo.
2. Os monstros são os outros. Numa história deste gênero, os monstros se tornam
muito mais assustadores quando são caracterizados de forma a fugir completamente
do padrão “normal” ditado pela sociedade. Temos medo do que é diferente, do
desconhecido.
3. Pense num cenário assustador. O local onde acontece uma história de terror tem
um papel fundamental na construção do “clima” que é apresentado ao leitor e que
permite que ele possa realmente sentir o “horror que se aproxima a cada instante”.
4. As coisas que possuímos podem acabar nos possuindo. Adicione objetos
amaldiçoados em sua narrativa. Deixe seu leitor temer as coisas comuns que ocupam
os espaços familiares da nossa casa e dos lugares que frequentamos.
5. Releia os clássicos. Os monstros que dominaram a literatura clássica de horror,
vampiros, fantasmas e outros monstros que habitam as sombras, sempre podem
servir de inspiração para criação de novas histórias, releituras e reinterpretações dos
antigos horrores, que ainda têm o poder de nos assustar.
6. Os monstros da imaginação são sempre mais assustadores do que os descritos
nas narrativas de horror. Às vezes, sugerir uma ameaça misteriosa pode provocar
mais calafrios no leitor do que uma descrição cheia de detalhes grotescos. “Menos é
mais” é uma máxima que sempre traz bons resultados para as narrativas deste
gênero.
7. Conte sua história do ponto de vista que provoque mais sustos. Numa narrativa
em primeira pessoa muitas vezes temos a possibilidade de provocar muito mais
surpresas no leitor quando escrevemos histórias de horror.
8. O Mal está em todos os lugares. Fuja dos clichês. Não apele para os personagens
mais comuns do gênero de horror e para os cenários que já não assustam ninguém.
Tente imaginar lugares, personagens e enredos que ofereçam ao leitor uma
experiência nova.
9. Monstro interno ou monstro externo? Às vezes uma narrativa exige um monstro
fisicamente grotesco que revele em sua aparência toda a sua essência horrenda.
Outras vezes um monstro interno, com uma aparência comum ou familiar, provoca
muito mais medo, porque induz o leitor à paranoia de imaginar que há “lobos com pele
de cordeiro” com quem ele convive diariamente e nem suspeita.
10. Use os cinco sentidos. Faça o leitor imergir na sua narrativa fazendo referência aos
cinco sentidos. Um som, um cheiro, a forma estranha de um objeto, tudo pode
provocar um estado de terror no leitor.

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